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quarta-feira, 27 de junho de 2012

EUROCOPA? QUE NADA: LIBERTADORES.

Hoje estiveram conosco o jornalista Mauro Dias e o músico Mário Albanese (ao lado, no clic de Darlan Ferreira).
Conversa pra lá de boa.
Mauro revelando que estudou música etc.
Mário revelando e ensinando segredos do Jequibau, ritmo de compasso 5/4 que criou com o maestro gaúcho Ciro Pereira e lançado mundialmente em 1965.
Mário alegre depois das tantas, entre um cafezinho e outro triste ficou depois da perda do seu time – de Portugal – para o da Espanha, nos pênaltis na Donbass Arena, em Donetsk, na Ucrânia, pelas semifinais da Eurocopa.
Os dois times jogaram bem, mesmo com suas estrelas apagadass, e mereciam ganhar, tanto que empataram no tempo regulamentar e depois foram para a prorrogação.
A batida de pênaltis decidiu: Espanha.
Foi muito.
Mário não aguentou, pediu água e mais um cafezinho e disse que tudo bem.
E foi embora. 
Mas jogo mesmo, cá pra nós, começará daqui a pouco, às 21h50, em Buenos Aires: Corinthias x Boca Juniors, no estádio La Bombonera, pela final pela Libertadores.
Haja coração!

LUIZ GONZAGA E ASSIS VALENTE

Leio nos jornais que o pãozinho nosso de cada dia está ficando pela hora da morte.
O motivo, dizem, é a alta do dólar.
E aí, sem mais nem menos, lembro a marcha Pão Duro, única parceria do pernambucano de Exu Luiz Gonzaga com o baiano de Santo Amaro da Purificação Assis Valente, como compositor grande fornecedor da portuguesinha Carmen Miranda, que em 1950 estrelou filme roliudiano (Nancy Goes to Rio) interpretando a obra marco do baião, Baião, de Gonzaga e Humberto Teixeira.
A marcha dos dois foi gravada por um deles, Gonzaga, no dia 6 de junho de 1946 e lançada em setembro do mesmo ano, quatro meses depois de ir à praça em registro histórico do conjunto Quatro Ases e 1 Coringa o já referido marco musical do Rei do Baião.
Agora o seguinte, clique:

terça-feira, 26 de junho de 2012

TODO DIA É DIA DE CIRCO

Eu gosto de circo.
Fui a muitos circos nos meus tempos de criança e tenho muitas histórias de circo pra contar.
Os circos são mágicos.
E pelo jeito o jornalista multitudo Ayrton Mugnaini também gosta.
Ayrton também é mágico, uno, na fala, no pensamento e nas acrobacias.
Raciocínio rápido.
Como cidadão, solidário, franco, briguento.
Agora ele inventou de tocar em circo, mas precisamente no Pindorama Circo de Variedades, que tem acrobatas, malabaristas, palhaços, músicos e tudo e muito mais que se espera de um bom circo e seus intérpretes e personagens.
Tudo é dinâmico e muito rápido no circo do Ayrton.
“Estamos todos os domingos de junho, e agora de julho, das 11 às 12h, no teatro Oficina, à Rua Jaceguai, 520, com ingressos a R$ 5 (crianças moradoras do Bixiga), R$ 10 (adultos moradores do Bixiga e meia-entrada em geral) e R$ 20 (inteira)”, ele informa.
A banda na qual Ayrton está é formada por João Pedro Tognonato (teclados), Wilson Feitosa (acordeão), Luan Frenk (violino), Ícaro Mart inelli (contrabaixo), Fernando Bola (bateria) e o próprio Ayrton, ao violão.
Por que circo?
O próprio Ayrton responde:
"Sempre gostei de circo, e esta é minha primeira experiência como participante; embora eu já seja palhaço em tempo integral. Já posso falar que contabilizo 41 anos de instrumentos musicais, 36 anos de palco e algumas semanas de circo. Tocar acompanhando espetáculos circenses é um pouco análogo aos músicos que faziam trilha ao vivo na época do cinema mudo, só que mais difícil, pois o filme não muda, e um número de circo pode sair a cada hora um pouquinho diferente. Por exemplo: um artista equilibra um chapéu no nariz, tendo pedido para a banda parar quando o chapéu cair na cabeça dele. A banda tem de estar atenta, de olho no picadeiro, para parar todo mundo junto quando o chapéu cair... Nada de tocar “viajando” na música de olhos fechados, como nos shows”.
Números de acrobacia - trapézio, corda, tecido - ficam ainda mais emocionantes, segundo Ayrton. E explica: “Imagine o artista a cinco ou mais metros do chão, geralmente sem rede de segurança, e você tocando com os olhos grudados nele. Às vezes dá até medo de errar e assustar o artista... Daí que temos de tocar o melhor que pudermos”.
Ainda Ayrton:
“E a nossa banda é muito boa”.
Eu vou lá, vamos?

FLÁVIO TINÉ
E aí, meu compadre, que história é essa de cirurgia na coluna?

segunda-feira, 25 de junho de 2012

HOMEM DE PARTIDO, É PARTIDO?

Uma vez perguntei ao poeta Drummond de Andrade, em entrevista que publiquei na Folha, nos anos 80, acho, qual o partido político que ele tinha por predileção.
Resposta, seca:
- Homem de partido, é partido.
Pensando nisso, penso em bicho não pela metade...
Há pouco, pra minha tristeza, no canal plim, plim, vi/ouvi chamada de matéria sobre o bichinho paca.
Oi, oi!
E a repórter, toda delicadíssima e com ar de Eliana/Xuxa, quase virando os olhinhos...:
- Com permissão do Ibama, podemos ver os dentinhos da paca...
Oi, oi!
E ela, a bichinha repórter, toda fofinha, mostrando os dentinhos lindos sem cárie da paquinha com cara de sei lá.
E eu, coitado, na minha paz de Deus, lembrei os versos doidos do poeta Cego:

“Quem a paca compra
Cara a paca pagará
Pagará a paca cara...”

Pois, pois...
E aí a perguntinha que ainda resta, de alguém que pensa neste mundo muito louco de meu Deus dos infernos:
A aliança Lula/Maluf vai levar o Brasil a onde?

REFAZENDA LANÇA GRIFE LUIZ GONZAGA

Primeiro, foi Maria Bonita que ganhou grife.
Agora é o rei do baião, Luiz Gonzaga, no centenário de seu nascimento.
Trata-se de uma coleção de 14 estampas, incluindo blusas e vestidos, que será apresentada ao público
paulistano pela estilista pernambucana Magna Coeli, criadora da marca Refazenda, que existe desde 89.
A coleção - Luiz Gonzaga: 100 Anos - foi toda desenvolvida em cetim de seda, algodão e malha, informa o amigo Matias José Ribeiro, nas cores preta, cinza e sépia, e será lançada no próximo dia 30, às 16 horas, na Rua Aspicuelta, 188, Vila Madalena. O Trio Alvorada animará a festa de lançamento da grife gonzaguiana ao som de sanfona, triângulo e zabumba.
Informações pelos telefones 3816.5414 e 3082.5444.
Também no próximo dia 30, às 10 horas, será lançado Sertão (catálogo da exposição O Sertão da Caatinga, dos Santos, dos Beatos e dos Cabras da Peste), com iconografia do cangaço selecionada por Ricardo Albuquerque.
Uma banca de debates será instalada com especialistas em Nordeste, Padre Cícero e Cangaço.
A neta de Lampião, Vera Ferreira, falará sobre Maria Bonita, sua avó.
O evento, com entrada livre, ocorrerá às 10 horas no Museu Afro Brasil (Parque do Ibirapuera, portão 10).

sábado, 23 de junho de 2012

GRÉCIA E RONIWALTER JATOBÁ

Meu endereço eletrônico acaba de acolher uma mensagem do meu amigo brasileiro Paulo Panayotis, grego de mente e coração, dando conta de texto escrito pelo poeta e ensaísta Affonso Romano de Sant´Anna, que compartilho com vocês:
“Cheguei em Atenas há poucos dias, ou melhor, no dia exato em que ocorreu a eleição que deveria decidir se a Grécia iria ou na permanecer na Zona do Euro. Diziam que se o novo governo rejeitasse o Mercado Comum Europeu, a Grécia estaria definitivamente perdida. Por isto, embora tenha vindo para um encontro de literatura, trouxe no bolso um plano para salvar a Grécia. Se a vida inteira tentei salvar o Brasil, porque não salvar também a Grécia? E o plano, vocês vão ver, tem a sua lógica. Trata-se de salvar um país através da cultura, e é o seguinte: em matéria de dívidas, nós é que somos todos devedores da Grécia. Se tirarmos Sócrates, Platão, Aristóteles (sem falar em uma dezena de outros pensadores gregos) a filosofia simplesmente acaba. Se tirarmos Sófocles e suas tragédias e o teatro grego as suas comédias, o teatro ocidental fica desorientado. Nem Nietszche nem Heidegger existiriam sem a Grécia. O que seria da psicanálise sem “complexo de Édipo” em Freud. O que seria de nosso vocabulário. E a riqueza dos mitos gregos? E eu nem falei ainda da ciência, da matemática, da arquitetura. E o conceito de democracia, de onde vem? Em síntese: se nos tirássemos Homero da história da literatura ela perdia seu fundamento principal. Ha algum tempo a atriz Melina Mercuri, quando Ministra da Cultura sugeriu que todos os países que roubaram monumentos gregos, os devolvessem. Eu vou mais longe e começo por dizer que nós é que temos que pagar a divida para com a Grécia. Quantos milhões de pessoas no mundo vivem da cultura grega. Ninguém paga aos gregos pelos direitos autorais. Quantos editores, professores, atores, tradutores vivendo `as custas da cultura grega? O mundo acadêmico desabaria na América e na Europa sem a Grécia. Querem saber?: nem o Renascimento italiano a que devemos tanto, existiria se não fosse a Grécia. Meu plano é simples: com o apoio da UNESCO criar o imposto sobre tudo o que importamos e usamos da cultura grega. Que os gregos modernos continuem simplesmente com suas oliveiras, dançando e quebrando pratos, abrindo suas ilhas luminosas aos turistas e oferecendo seus museus e ruínas. Nós pagaremos, olímpica e dionisiacamente. para que eles simplesmente existam. Nossa divida para com a Grécia não tem preço".

RONIWALTER JATOBÁ
Anotem: o escritor Roniwalter Jatobá vai lançar novo livro no próximo dia 10, a partir das 18h30, na livraria Martins Fontes, à Avenida Paulista, 509. O livro já está sendo impresso e tem como título Cheiro de Chocolate e Outras Histórias. E aviso logo: quem não for é filho do padre.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

MULHER MATOU MARIDO DORMINDO?

Não era ideia falar neste espaço da mulher que fria e premeditadamente trucidou o marido no começo da noite do dia 19 do mês passado nas dependências da cobertura onde morava, na Vila Leopoldina, cá em Sampa. Mas achei curiosas as conclusões do menestrel Vital Farias, autor de pérolas como Ai Que Sodade de Ocê, e a ele pedi licença para repercutir o texto, ipsis-literis, que escreveu e me mandou, este:
"Desde o inicio desse Crime,Covarde, Bárbaro,Hediondo,que eu sempre AFIRMAVA, que a Assassina matou seu Marido QUANDO ELE DORMIA.!
No Crime premeditado, geralmente todas as ocorrências nele praticados,são de caráter pre-determinado, assim como no caso em tela.! O que a Assassina usou desde o começo é que ele, a Vitima, (o marido) teria discutido com ela e tentou lhe dá umas tapas.(ÁLIBE)
Isto, jamais aconteceu.! O Que houve na verdade é que, quando ele ADORMECEU,,ela premeditadamente lhe feriu o tiro certeiro na cabeça a queima roupa e em seguida consumou o fato com mais tiros de misericórdia. E DEPOIS DE HORAS, O ESQUARTEJOU.!!
.Ela jamais teria condições, de alvejá-lo,e nem haveria necessidade alguma, PARA TANTO, já que tudo foi sobejamente planejado.!
.Esse argumento que ela usa a princípio, que teria havido discussões, Isto não aconteceu..!
O crime é na verdade de natureza premeditado ou melhor dizendo, premeditadíssimo com requinte de Crueldade,Frieza e sobejamente COVARDE.!
Se as AUTORIDADES,AFIRMAREM que este Crime É DE NATUREZA PASSIONAL.! .Eu Vital Farias,a partir de agora vou acreditar em, Sacy Pererê,Mula Sem Cabeça,Boi tatá,Caipora,Cumade Fulôzinha, Xupa Cabras,Curupira,Negrinho do Pastoreio, Lobisomem,Cabeça de Cuia,etc..!
Ele, SIM, O MARIDO, era um Romântico,Um apaixonado pela vida e pelas Mulheres, E mesmo não o conhecendo pre-suponho que usava a sua FORTUNA, como quem usa Perfume":Para EMBRIAGAR as suas Pretendentes e ao mesmo tempo se sentir EMBRIAGADO, pela Riqueza que chegara as suas Mãos,DE UMA CERTA FORMA, por Hereditariedade.!
Acredito se tratar neste caso específico,como um jovem que de uma certa forma se sentia PODEROSO e como tal, acreditava na transformação da Lenda Bastante conhecida que é: DO PRÍNCIPE E DA PLEBEIA.!,
SEM SABER QUE A MALDADE HUMANA, AMA A FORTUNA E A SUA VAIDADE / AMBIÇÃO É PROPORCIONAL A RIQUEZA DESEJADA .!
QUE PARA TANTO, PRATICA O CRIME EM TROCA DA RIQUEZA MAL ARRANJADA E FACCIOSA.!
CONCLUINDO
Ao meu ver;
TUDO FOI PENSADO ANTES COM MUITA FRIEZA E PROFISSIONALISMO,.!
VITAL FARIAS.
PS: VITAL FARIAS,não é psicólogo,nem psiquiatra,não é Advogado,nem tampouco é BURRO SUFICIENTE PARA NÃO TER PODER DE OBSERVAÇÃO DO ÓBVIO.!!"

ALIANÇA PERDIDA
Essa quem me manda é o amigo Jorge Sá de Miranda Netto:
- O lulla perdeu mais um dedo; o da aliança, levado pelo maluf!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

CAIXINHA DE PANDORA

A vida política é mesmo assim, cheia de surpresas e mistérios; tal e qual a mitológica caixa de Pandora, em cujo interior se instalavam todos os males do mundo. E dentre os males, um bem havia: a esperança, combustível de sobrevivência da espécie humana até hoje.
Também entre surpresas e mistérios, se acham mudanças, choques, imprevisibilidades.
Exemplo recente disso é a convocação da deputada Erundina (PSB) para formar na chapa de Haddad (PT) à Prefeitura paulistana.
Num instante, provavelmente contrariando até seus princípios, ela disse sim.
No momento seguinte, ela bateu o pé e disse não.
Como ocupar um mesmo espaço e habitar em harmonia com “males” como Maluf (PP), ela se perguntou.
Para ela, a sua garganta é pequena demais para engolir o pepista.
E agora, o que será do PT em São Paulo?
E o PSDB, hein, que também disputou Maluf?
Nessa história, quem está se saindo obviamente bem demais é ele, sim, Maluf.
Aliás, ao firmar aliança com o partido de Lula, ele disse que estava fazendo isso por amor a São Paulo.
Pois é, só se for São Paulo Maluf.
Que viva a esperança, o bem intocável da caixinha de Pandora, a filha de Hefesto, o Deus do Fogo e da Metalurgia, com Atena, Deusa da Sabedoria, da Justiça e da Arte.
Enfim: quem é o mocinho e quem são os bandidos nessa história toda, hein?
Aguardemos o próximo episódio.

terça-feira, 19 de junho de 2012

GONZAGA FOR ALL

Do poeta e pesquisador da história do cordel Arievaldo Viana, eu acabo de receber cópia de entrevista da francesa Dominique Dreyfus dizendo que antes dela nenhum brasileiro havia escrito livro algum sobre o rei do baião, Luiz Gonzaga.
Essa fala nos induz a crer que mais uma vez um estrangeiro descobre o Brasil.
De estranhar, não é?
De estranhar inclusive porque a própria Dominique - que recebi na minha casa - leu e fez uso natural do livro Eu Vou Contar Pra Vocês, de minha autoria e que lancei em noite de festa no extinto teatro das Nações seis anos antes de ela publicar Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga.
Dita como foi, a declaração soa no mínimo como um desrespeito ao escritor Sinval Sá, que em 1966 escreveu e publicou O Sanfoneiro do Riacho da Brígida, Vida e Andanças de Luiz Gonzaga, essencial para se compreender cada vez mais e melhor o Rei do Baião. Desrespeito também ao poeta-vaqueiro Zepraxédi, o primeiro a contar a história de Gonzaga, em versos, em 1952. E ainda a José de Jesus Ferreira, que lançou Luiz Gonzaga Rei do Baião, Sua Vida, Seus Amigos, Suas Canções, pouco antes de mim.
De surpreender ainda é o fato de constar na bibliografia de A Vida do Viajante referência aos livros O Sanfoneiro do Riacho da Brígida, Luiz Gonzaga Rei do Baião, Sua Vida, Seus Amigos, Suas Canções e Eu Vou Contar Pra Vocês; e à pág. 13 o meu nome, à guisa de agradecimento e apoio.
No link abaixo, a entrevista. Clique:
http://www.acordacordel.blogspot.com/

ESPECIAL
Semana passada estive em Brasília, para somar falas com Arievaldo Viana e Sinval Sá num especial sobre o Rei do Baião, que está sendo feito por uma equipe de profissionais da TV e Rádio Câmara (parte da equipe no clic de Andrea Lago, acima). O especial deverá ir ao ar no próximo 2 de agosto, dia do seu desaparecimento em Recife.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

HOJE É DIA DE SÉRGIO RICARDO

O mariliense João Lutfi, que o Brasil todo conhece pelo pseudônimo de Sergio Ricardo (aí ao lado, em foto comigo no começo dos 90), está completando hoje 80 anos de idade.
Sérgio é um dos mais completos artistas brasileiros.
Ele praticou e ainda pratica um monte de profissões, entre as quais a de ator, instrumentista, locutor de rádio, cantor, compositor, roteirista e diretor de cinema.
Dentre seus filmes, talvez o mais conhecido - e aplaudido - seja A Noite do Espantalho, de 1974.
O primeiro que ele fez - um curta de 35 mm - data de 1962 e ficou em 2º lugar num festival realizado em San Francisco, Estados Unidos. Título: O Menino da Calça Branca.
Em 1964, ano do golpe que torturou, matou e fraturou o pensamento civil do País, Sérgio, a pedido de Glauber Rocha, compôs em 20 minutos a trilha sonora do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol.
Uma façanha, não?
Isso ele nos disse em 2008, durante encontro em que debatemos música, comportamento e política.
O encontro intitulado 1968: Cenas da Rebeldia, concorrido, ocorreu no Centro Cultural do BNB, em Fortaleza.
Como profissional da música, Sérgio Ricardo começou substituindo Tom Jobim numa casa noturna no Rio de Janeiro.
No disco, pela extinta RGE, ele estreou cantando a toada Vai Jangada, de Geraldo Serafim e Newton Castro, e o samba canção Sou Igual a Você, de Alcyr Pires Vermelho e Nazareno de Brito, em setembro de 1957.
Zelão, um de seus sambas mais famosos, lançado pela Odeon, foi gravado pela primeira vez, e por ele mesmo, no dia 31 de março de 1961.
Um dos momentos polêmicos e marcantes da vida de Sergio ocorreu na conturbada noite de 21 de outubro de 1967, durante a realização do III Festival da Música Popular Brasileira, no extinto Teatro Paramount, em São Paulo, quando sob uma tormenta de vaias ele transformou seu violão em cacos e o jogou à plateia em turbulência.
Parabéns, Sérgio, mais 80 procê.

CHICO SALLES E SOCORRO LIRA
Ontem fomos assistir Chico Salles na casa de espetáculos paulistana Traço de União, ali no bairro de Pinheiros. Ele cantou bem e com desenvoltura um repertório cativante, recheado de sambas, forrós e xotes. Lá para as tantas, a conterrânea Socorro Lira, que acaba de ser escolhida pela banca do 23º Prêmio de Música Popular Brasileira como Melhor Cantora Regional - regional, que diabo é isso? -, subiu ao palco pruma canja e mandou ver cantando toada e coco, ao lado de Chico. Nota 10! A produtora cultural Andrea Lago fez o registro fotográfico, como se vê aí embaixo.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

SAMBA E FORRÓ, COM CHICO SALLES

Domingo 17 tem Arraiá do Chico Salles na casa de espetáculos Traço de União, no bairro paulistano de Pinheiros.
Chico se fará acompanhar do Grupo Chabocão, formado por sanfona, zabumba, cavaco, pandeiro, violão de sete cordas e, claro, o triangulinho que o Rei do Baião botou na nossa música popular há coisa de 70 anos.
Não perca e leve os amigos para comer e/ou bebericar ao som do melhor som do dia.
Essa é a primeira vez que o Traço de União abre as portas para misturar o samba de Caymmi e Adoniran Barbosa com o forró de Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga.
Paraibano de Souza, no alto sertão, safra de 1951, Chico Salles, cantor, compositor e cordelista com cadeira cativa, a de nº 10, de Catullo da Paixão Cearense, na ABLC, mora no Rio de Janeiro desde a idade de 18 anos. No Rio, estudou e se formou em Engenharia Civil, profissão que logo abandonou para se dedicar de modo integral à música.
Chico tem muitas composições feitas em parceria com o humorista Mussum, que nos anos de 1980 o encaminhou pelas trilhas dos bambas cariocas; e os craques do ramo Noca da Portela, Roberto Serrão e Beto Moura.
Entre 2000 e 2010, Chico gravou cinco CDs; o último, O Bicho Pega.
Vamos aplaudí-lo?
O Traço de União fica ali à Rua Cláudio Soares, 73, Pinheiros. Contatos pelo telefone 11.3031.8065.
O tarrabufado está programado para começar às 13 horas e o término, quando Deus quiser.
Antes disso, amanhã 16, a partir das 20 horas, Chico se apresentará na festa junina do Restaurante Feijão de Corda, organizada pelo pessoal da Caravana Pintando o Sete, que tem à frente o piauiense Luiz Wilson, titular do Programa Pintando o Sete (Rádio Imprensa, FM 102,5).
O Feijão de Corda se localiza à Av. Antônio Pitanga, 857, Diadema, na região do Grande ABC.

A ARTE DO IMPOSSÍVEL

Política é a arte do impossível.
Política é a arte dos contrários.
Política é o começo e o fim do quê só Deus sabe.
Se não fosse, a conterrânea deputada federal Luiza Erundina se recolheria da vida pública, como pretendia.
Isso ela uma vez me disse.
Disse-me isso também, não faz muito, a sua assessora, Muna Zeyn.
Aliás, o desejo de Erundina, hoje do PSB, era fazer Muna vereadora por São Paulo e depois se afastar da política partidária.
Mas aí Lula e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, entram na parada e Erundina cede.
Mistérios da política...
Bem, a aliança com o PT facilitará, sem dúvida, a Muna ocupar uma cadeira na Câmara.
A paraibana Luiza Erundina conhece São Paulo como poucos, já foi prefeita de São Paulo e por isso angariará muitos votos e, provavelmente, ocupará a cadeira de vice do ex-ministro Fernando Haddad.
Na verdade, Erundina surge como salvação da lavoura do PT, que um dia a expulsou.
Agora Serra, coitado, danou-se.
E a Marta, hein?
PS - Na foto aí a deputada num intervalo do programa de rádio que eu apresentava, chamado São Paulo Capital Nordeste (Rádio Capital). Na ocasião, eu lhe sugeria apresentar projeto para criação do Dia Nacional do Forró, 13 de dezembro, que foi aprovado no Congresso em setembro de 2005 e sancionado em seguida pelo então presidente da República, Luiz Lula da Silva.
Fica o registro.

REICHENBACH
Conheci o cineasta há uns anos na capital pernambucana, no correr do lançamento do filme Boi, ou Box (em inglês), do qual participo com texto e narração. É um filme de Márie-Clemence e Cesar Pais, premiadíssimo mundo a fora (na Turquia, foi mostrado em praça pública com tradução livre e ao vivo). Carlos morreu ontem 14, no final da tarde, vítima dum cardíaco aos 67, no exato dia do seu nascimento.

MELHOR CANTORA
A paraibana Socorro Lira acaba de ser reconhecida pelo Prêmio de Música Brasileira, como Melhor Cantora.
Bom, não é?
Então, espalhe a notícia.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

SOCORRO LIRA GANHA PRÊMIO NACIONAL

Atenção, espalhem a boa nova e digam aos quatro ventos que a Paraíba tem motivo mais do que suficiente para fazer festa desde ontem à noite, quando uma de suas filhas mais talentosas e queridas, Socorro Lira, ganhou reconhecimento nacional ao ser agraciada com o disputado prêmio de Melhor Cantora, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
O prêmio, entregue sob uma chuva de aplausos e vivas, deveu-se à excelência de qualidade de um seus discos, o CD Lua Bonita, que foi gravado de forma independente entre 2008 e 2010 e lançado oficialmente em 2011, em homenagem ao esquecido compositor e intérprete - seu conterrâneo - Zé do Norte, de batismo Alfredo Ricardo do Nascimento, que desapareceu pobre e adoentado no começo do ano de 1992.
É dele, Zé, a música que dá título ao disco de Socorro e a adaptação da toada-baião Mulhé Rendeira, gravada inúmeras vezes no Brasil e no Exterior desde o seu lançamento na trilha sonora do filme O Cangaceiro, de Lima Barreto.
Mulhé Rendeira foi gravada pela primeira pelo cantor Homero Marques, com acompanhamento do conjunto musical paulistano Demônios da Garoa, em 1953.
A premiação como Melhor Cantora é um reconhecimento tardio, mas bem-vindo, do corpo de jurados da 23ª Edição do Prêmio de Música Brasileira ao enorme talento de Socorro Lira.
Concorreram ao Prêmio artistas escolhidos numa lista de mais de 800 nomes.
Saiba mais sobre o CD Lua Bonita e sobre a própria Socorro Lira clicando: http://www.socorrolira.com.br/projetos_interna.php?id=1

E veja ela interpretando uma de suas composições no programa Sr. Brasil. Clique:

sexta-feira, 8 de junho de 2012

AINDA GERALDO VANDRÉ, AGORA NUM FILME

O Que Sou Nunca Escondi, que acabo de assistir, é um filme de 54 minutos dirigido por Alexandre Napoli e Helena Wolfenson, de 2011, sobre a existência e trajetória do personagem da música brasileira Geraldo Vandré, criado pelo paraibano Geraldo Pedrosa de Araújo Dias nos começos dos anos de 1960, em São Paulo, como certa vez ele disse em entrevista que publiquei no dia 17 de setembro de 1978 no extinto suplemento dominical Folhetim, do jornal paulistano Folha de S.Paulo.
Essa entrevista pode ser conferida no news letter Jornalistas&Cia
(http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular02.pdf)
Esse documentário tem importância por mostrar pontos de partida para melhor compreensão, no futuro, do polêmico personagem que um dia fez o Brasil cantar pelo sonho de tempos melhores.
Artistas da nossa música, como Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte, que integraram o Quarteto Novo, criado por Geraldo para acompanhá-lo nas suas apresentações País a fora, são valorosos; como valorosos são também os depoimentos de Jair Rodrigues, intérprete de Disparada no II Festival da MPB, promovido pela TV Record em 1966, e do maestro Júlio Medaglia, um dos mais criativos e presentes arranjadores de obras do tempo dos festivais de música popular.
Há alguns senões, no documentário.
Vandré, por exemplo, não deixou a música para trabalhar como advogado.
Outro: não são de modo algum emblemáticas a moda de viola Disparada e a guarânia Caminhando ou Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores, classificada em 2º lugar no III Festival Internacional da Canção, em 1968.
Disparada chama a atenção para alguém que chega de longe com ideias de mudança.
Caminhando, também; mas a sua mensagem vai além, levando a quem a ouve a repensar a história.
Ao lado dos protagonistas citados, eu digo também lá minhas bobagens.
Eu e o cantador mineiro Téo Azevedo fizemos uma música em lembrança de Vandré. Quem a interpreta é o cantor Emídio Santana. Clique:
Ah, sim: melhor do que não rodar um documentário, é rodá-lo.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

SECA, SEDE E CHUVA

Esta semana, principalmente de ontem pra hoje, começou a chover; mas basicamente só nas capitais e cidades litorâneas, como mostra mapa da Folha aí ao lado com previsões para amanhã e depois.
Enquanto isso, mais da metade dos municípios baianos e centenas de outros Nordeste a fora continuam sem água de chuva e o povo, de tabela, vivendo com fome e sede.
O que fazer?
Na região Norte, enchentes.
Em Brasília, grosso modo, o estado é de festa e abstração.
Vide a CPI Cachoeira e o próprio Cachoeira ironizando os mortais comuns.
Aonde vamos parar?
E pensar que Dom Pedro um dia prometeu vender até a última joia da cora para acabar com a seca no Nordeste...

segunda-feira, 4 de junho de 2012

GERALDO VANDRÉ NO JORNALISTAS&CIA

Folheando a Folha edição de ontem, domingo 3, li notícia dando conta de esboço de projeto-lei que fecha brechas para oportunistas fazerem uso de horários da televisão como quiserem, vendendo fé e almas, sapatos e churrasqueiras entre outras tranqueiras.
A suíte da matéria na edição de hoje da mesma Folha, com representantes de igrejas de últimas horas se manifestando, chiando grosso, dizendo que o projeto não passa no Congresso.
Mas tem de passar.
O Brasil precisa mudar.
A presidente Dilma precisa peitar e derrubar modelos vigentes que só prejudicam a população.
Você, meu amigo, sabia que igrejas são livres de impostos?
Pois é.
E a gente pagando todos os anos em impostos os olhos da cara durante cinco meses, de janeiro a maio.
E ainda tem a grana altíssima procedente do erário cahoeirando para os partidos políticos.
Essa farra também tem de acabar.
Enquanto isso, o Brasil passa fome, o Nordeste se flagela.
Chia, Brasil!
Passeatas nas ruas não pela liberação pura e simples da maconha, mas por um Brasil melhor!

ESPECIAL GERALDO VANDRÉ
O Newsletter Jornalistas&Cia leva ao mundo entrevista que fiz com o cantor e compositor Geraldo Vandré, autor da guarânia Caminhando ou Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores, obra empatada no III FIC com Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim, em 1968. Amanhã 5, faz 46 anos que Vandré Ganhou o primeiro festival de canção com Porta Estandarte. Acho que vocês vão gostar.
Clique nos links abaixo e ou copie e cole na barra de navegação:

http://www.jornalistasecia.com.br/edicoes/culturapopular02.pdf

http://www.youtube.com/watch?v=JeRMSqOXfYk&feature=youtu.be

domingo, 3 de junho de 2012

CRIA DA VULGARIDADE

Enquanto o talentoso compositor e intérprete Maciel Melo, sertanejo pernambucano de Iguaraci, se apresenta para pequenas plateias no Nordeste com opriginalidade e tudo o mais - ele é o mais fértil e autêntico compositor nordestino da atualidade -, outros banais, sem competência artística e de futuro incerto se apresentam para multidões no Brasil e no Exterior Teló, cria, aliás, da vulgaridade que permeia os dials de hoje.
Mas ele talvez nem tenha culpa tenha, pois o mal gosto, além dele, está emburrecendo o País.
Esse Teló, como tantos, é apenas - e lamentalvemente - um pedaço de papel descartável nas privadas da vida.
A culpa, se há, é nossa, que pouco fazemos para manter com qualidade os nossos ouvidos.
Com isso, o Brasil perde.
O Brasil está perdendo a graça e ficando feio.
Tanto, que o mundo de hoje não conhece o talento musical do Brasil. Um Brasil que deu ao mundo o maior compositor operístico das Américas: Carlos Gomes.
Que deu Ary Barroso, que deu Luiz Gonzaga...
São brasileiros Jackson do Pandeiro, Manezinho Araújo, Chico Buarque, Tom Jobim, Geraldo Vandré, tantos!
Há poucas horas, pra minha tristeza, foi mostrado num programa da Plim, Plim, do Faustão, um forró que não é forró, mas dito como tal.
E o apresentador insistindo, alardeando que "foró" era o que estava sendo mostrando.
Não era.
Podia ser tudo, menos forró.
Talvez "foró", como ele repetia o tempo todo na alegria de quem sabe tudo.
Ignorância ou burrice?
Inteligência, não.
Conhecimento, não.
Cultura?
Opa!
Nem pensar.
Muitas macaquices foram mostradas, menos a dança do forró, que é bonita etc. e tal.
Orgulhosamente o apresentador dizia que a edição do seu programa, naquela hora, estava sendo vista em 130 países, pela Globo Internacional.
Ao fim citou um dos nosos principais estudiosos da cultura popular, Luís da Câmara Cascudo - com quem aprendi pessoalmente um monte de brasilidades - para justificar o inacreditável que apresentou no quadro a Dança dos Famosos.
Meu Deus do céu!
O Brasil, musicalmente, é um dos mais ricos países do mundo.
Talvez o mais rico, mas não pelas porcarias que a TV Globo muitas vezes insiste mostrar.
A música do Brasil não é a "música" que esse Teló tem "cantado".
Ele faz mal ao País...
A pensar: 2012 é o ano do centenário de Luiz Gonzaga.
O que a Globo vai fazer?
Mais respeito, sr. Faustão, o Brasil é bonito demais.
Tá, sei que nem os brasileiros sabem disso...
Pena, não é?
Mas fuja do caminho do emburrecimento.
Volte a mostrar o Brasil como o sr. fez outro dia, quando o Vandré foi unanimidade por votação eletronica ou sei lá numa cidade fora da Paraíba.
Tenha mais carinho por nosso país.
Quando o sr. não souber de algo que queira apresentar, e nem a sua produção saiba também, procure quem saiba.

CONGRESSO MEGA BRASIL DE COMUNICAÇÃO
Abaixo - é só clicar -, trecho de fala do juiz Onaldo Queiroga, da Paraíba, sobre cultura popular, durante palestra que desenvolvi no 15º Congresso Mega Brasil de Cultura Popular, no último dia 31, no Centro de Conveções Rebouças, na capital paulsita. Durante a intervenção, na questão do uso de verba pública, o Dr. Queiroga cobra ação do Ministério Público e fala da imbecibilização dos ouvintes.

sábado, 2 de junho de 2012

HOJE, LUZIVAN MATIAS X MANOEL SOARES

Recebo telefonema do cantor e compositor Chico Salles informando sobre a contaminação das festas juninas por tranqueiras erroneamente chamadas musicais, que tem entre seus representantes uma multidão de falsos talentos e oportunistas de primeira hora.
Chico vai se apresentar em Souza, seu berço.
Dia 16 próximo ele estará no Traço de União, cá em Sampa, cantando forró, samba e baião.
Ele é dos bons.
O Canto da Ema, ótima casa de espetáculos com autores e intérpretes nordestinos basicamente, bem que poderia levá-lo para uma noitada com repertório gonzaguiano.
Enfim, estamos no ano do centenário de nascimento de Luiz Gonzaga, certo?
Fiquei sabendo que o medianeirense onipresente Michel Teló não vai mais se apresentar no São João de Patos, na Paraíba, e assim deixa de extrair dos cofres públicos a bagatela de R$ 800 mil, seu cachê.
Motivo?
Simples: os patoenses abriram a boca e gritaram um basta.
Em Caruaru, a onda contra tranqueiras ditas musicais está ganhando forma e volume.
Enquanto isso, artistas como Oswaldinho do Acordeon continuam esquecidos das programações juninas.

REPENTISTAS
Logo mais às 15 horas Luzivan Matias e Manoel Soares estarão trocando versos de improviso ao som de violas, na Rua Fradique Coutinho, 1004, Vila Madalena. A apresentação faz parte da programação Violas e Repentes, promovido pelo Raso da Catarina.
Luzivan é das poucas mulheres repentistas, atualmente.
No universo feminino da viola repentista há, entre outras, Mocinha de Passira, Minervina Ferreira e Maria Soledade.
Vamos lá, prestigiar o evento do conterrâneo Alessandro Azevedo?

sexta-feira, 1 de junho de 2012

MICHEL TELÓ FAZENDO FESTA A SÃO JOÃO?

A Cultura Popular e as Oportunidades de Marketing e Comunicação Que o Brasil e as Empresas Brasileiras Desconhecem.
Este foi o tema da palestra que desenvolvi ontem no 15º Congresso Mega Brasil de Comunicação, num dos auditórios do Centro de Convenções Rebouças, na capital paulista.
Plateia inteligente e atenta.
Falei o que tinha de falar, que as empresas não apostam por ignorância ou desconhecimento nas oportunidades que lhes batem à porta. Perdem, assim, oportunidades de ouro de alinhar seus produtos a temas da cultura nacional.
São raras as empresas que não perdem oportunidades desse tipo.
A Natura, é um exemplo.
Tempo atrás essa empresa viu na literatura de cordel e na xilogravura fontes de qualidade e beleza para fazer par com seus produtos.
E se saiu bem, é claro.
Portanto, por que não segui-la e apostar em brasilidade?
Acho, aliás, que o governo precisa estar mais presente nessa questão, pois não bastam as tímidas e complicadas leis de incentivo para mostrar a cara do Brasil para brasileiros e também a outras gentes.
As formas de patrocínio como são intimidam, por serem extremamente burocráticas.
Está mais do que na hora de tudo ser revisto.
Se não houver cuidado, o Brasil vai virar um enorme caldeirão de tranqueira.
Perderemos com isso.
E a verdade é que ainda desconhecemos a força e a beleza da nossa cultura popular.
Neste mês de junho, de São João, pipocam de ponta a ponta do País substituições de originalidades e bom gosto nas festas juninas.
Caruaru, terra de Mestre Vitalino, está sendo invadida por bobagens como Calypso, Banda Chiclete com Banana e Michel Teló.
Pode?
Isso nunca foi exemplo de cultura popular.
É de massa, produtos popularescos e prejudiciais à inteligência.
Enquanto isso artistas na concepção da palavra, como Oswaldinho do Acordeon, ficam em casa chupando dedo, sem serem lembrados e, portanto, sem nada poderem fazer.
Você sabia que este é o ano do centenário de nascimento do rei do baião, Luiz Gonzaga?
Os valores, hoje invertidos, precisam voltar a seus lugares.
Vamos ouvir Oswaldinho tocando para Daiane cantar a música em homenagem a Gonzagão?

quinta-feira, 31 de maio de 2012

TERMINA HOJE O CONGRESSO MEGA BRASIL

Iniciado na manhã do último dia 29 termina hoje mais uma edição do Congresso Mega Brasil de
Comunicação, no Centro de Convenções Rebouças.
Mais de 1.200 pessoas continuam participando e acompanhando as palestras e debates.
Logo mais às 11h50, será a minha vez de expor e trocar ideias no Congresso.
Faço isso pela terceira vez, em anos alternados.
Hoje, abordarei o tema A CULTURA POPULAR E AS OPORTUNIDADES DE MARKETING E COMUNICAÇÃO QUE O BRASIL E AS EMPRESAS BRASILEIRAS DESCONHECEM.
A mediadora será uma representante do Exército brasileiro, a capitã Marília Villas Bôas.
Vamos lá?
Abaixo, registro da homenagem recebida no Congresso pelo diretor-presidente da Rádio Jovem Pan, A. A. A. de Carvalho, o Tuta, cuja fala de agradecimento não durou um minuto sequer: findou com um grito pelo fim da retransmissão do horário oficial Voz do Brasil.
A título de curiosidade: foi nessa rádio que entrevistei pela última vez o rei do baião, Luiz Gonzaga.
A entrevista foi feita por telefone e na ocasião Gonzaga, emocionado ao falar comigo, disse que estava indo naquele momento fazer promessa em Canindé, a Meca do povo nordestino.
Não tenho comigo essa entrevista, talvez esteja nos arquivos da rádio.
Tomara. Clique:

quarta-feira, 30 de maio de 2012

RONIWALTER JATOBÁ E A MONTANHA AZUL

Depois de falar a respeito da seca que novamente castiga sem dó nem piedade o forte e heroico povo nordestino e de citar a região onde viveu até a idade de rapaz o romancista Roniwalter Jatobá, de berço mineiro - Campanário -, eu fiquei sabendo que o ponto onde se acha a montanha azul do seu livro foi outrora um verdadeiro paraíso de verdor e beleza sem par e festa incomum para as meninas dos nossos olhos.
Mas tudo mudou, embora persistam as tradições.
A Procissão dos Homens, por exemplo, é muito antiga, de origem portuguesa, que ainda anda viva nos dias de hoje.
Ocorre em Bananeiras - não confundir com o belo município do brejo paraibano.
Bananeiras, aqui, é um distrito de Pindobaçu, ao norte de Piemonte, na Bahia.
Enfim, como complemento ao que escrevi, Roniwalter (em primeiro plano, de camiseta) acrescenta num texto via email que compartilho com vocês, este:
“Publicado pela primeira vez em 1982, Viagem à Montanha Azul é o meu primeiro livro dirigido às crianças. Além de ser uma história cheia de aventuras, também é uma oportunidade para que os jovens leitores conheçam um fantástico mundo onde convivem o sonho e a realidade, onde bichos e homens coabitam em profundo respeito, e onde a integridade dos seres humanos e da natureza permanece como regra essencial.
No Dicionário crítico da literatura infantil/juvenil brasileira, a professora Nelly Novaes Coelho afirmou que Viagem à Montanha Azul “é uma excelente leitura para jovens leitores, no sentido de lhes sugerir atitudes positivas para a ação ou o sonho e principalmente por lhes dar a certeza de que temos raízes profundas no tempo e no espaço.” Já o crítico Edmir Perrotti, em O Estado de S. Paulo, apontou que Viagem à Montanha Azul é um livro de resgate. “Tenta, narrando as aventuras de três meninos, recuperar a memória de um grupo indígena, os Muribecas, totalmente exterminado pelas armas de fogo do branco invasor”, disse. “É um pequeno livro que merece ser lido com atenção.”
Traduzido em 1983 para o inglês pela professora Janet Romberg, da Universidade do Colorado, recebeu o título de Travels to Blue Mountain.
A montanha azul, referida no livro, existe de verdade. Fica em Bananeiras, sertão da Bahia, um lugarejo perto de Campo Formoso e onde vive parte de minha família. Ali nasce o rio Aipim - o rio da minha infância -, hoje seco devido a seca que, de novo, castiga o Nordeste e seu povo”.

MEGA BRASIL
Começou ontem o Congresso Mega Brasil, no Centro de Convenções Rebouças. Comparecemos à solenidade de entrega do Prêmio Personalidade da Comunicação ao diretor-presidente da Rádio Jovem Pan, A. A. A. de Carvalho, o Tuta. Também como destaque do Congresso, hoje será lançado o Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa 2012. Evento marcado para às 19 horas. Vamos?
No registro acima, os jornalistas Vanira Kunk, Eduardo Ribeiro, Sérgio Gomes, Jorge Miranda e Audálio Dantas; Darlan Ferreira, eu e Andrea Lago.

terça-feira, 29 de maio de 2012

IDADE MÉDIA, SECA E RONIWALTER JATOBÁ

Foi no dia 29 de maio do ano de 1453 que se iniciou o período da chamada Idade Moderna.
A data marca o fim da Idade Média depois de três tempos, pelo menos.
O marco é a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos.
A defesa dessa data como início da era moderna é dos franceses, que levariam para o mundo a ideia de democracia, após a queda ou tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789.
Mas os portugueses não aceitam isso.
Para os portugueses, a era moderna começa com a conquista de Ceuta, cidade islâmica localizada no Norte africano, em 1415.
Foi nessa guerra que o poeta Camões foi atingido por uma flecha perdida e perdeu um olho.
Mas isso é apenas um detalhe.
Importante mesmo é o que meu amigo Roniwalter Jatobá acaba de me dizer, via fone: que esteve durante três dias em visita a sua terra, a Bahia.
Palestrou para estudantes da escola onde aprendeu as primeiras letras: Colégio Augusto Galvão.
Sua presença na escola motivou a direção a fretar um ônibus e levar 40 meninos e meninas para conhecer a região de Campo Formoso, BA.
Roni foi o guia.
Guia do roteiro que ele escreveu sobre a Montanha Azul.
Viagem à Montanha Azul é o título de um de seus livros infantojuvenis, lançado originalmente em 1982 e depois relançado várias vezes (reprodução da capa da edição da Global).
Uma grande tristeza aguardava Roni e os estudantes: a seca braba que está acabando de novo com o Nordeste.
“Chorei, meu amigo”, ele acaba de me dizer.
“Nunca vi tanta tristeza junta na terra que me inspirou a escrever Viagem à Montanha Azul”.
A montanha azul fica no sertão baiano.
MORTE
E Roni ainda me diz:
“O nosso amigo Souza Lopes acaba de morrer”.
Souza Lopes era poeta e advogado, de origem também baiana.
Que Deus o tenha.

AINDA OSWALDINHO DO ACORDEON

Leio nos jornais notícia sobre desentendimento entre herdeiros e desvio de dinheiro do espólio do artista plástico Alfredo Volpi (1896-1988), O Pintor das Bandeirinhas, também chamado de Mestre do Cambuci.
Fico triste.
Mas eu sabia que isso um dia iria acontecer.
Essa certeza teve por base uma entrevista (ao lado)que fiz com ele em junho de 1977, publicada em dezenas de jornais Brasil afora.
Foi uma entrevista bonita, reveladora da arte e do artista, um autodidata nascido em Lucca, Itália, e chegado ao nosso País com apenas dois anos de idade. Com 12, ele já enchia telas e telas com figuras e cores.
“Pintor das bandeirinhas”, ele me disse na ocasião, “foi uma besteira anunciada por Di Cavalcanti” e explicou:
“O problema da pintura é linha, forma e cor”.
Pois é, só isso aliado à técnica e sensibilidade que ele tinha de sobra.
Mesmo iniciado na pintura em 1910, só em 1944 é que ele tomou coragem para mostrar seus quadros numa exposição individual.
A nossa conversa foi longa.
Ao nos despedirmos, ele me presenteou com um desenho.
Meio sem jeito, aceitei.
Surpresa:
À saída, sem que ele soubesse, uma pessoa da sua família me cortou o caminho e tomou de volta o presente.
Até aqui, esse foi um dos maiores constrangimentos que já senti.
Claro, jamais contei isso ao pintor.

O CORVO
Peguei a última sessão de cinema ontem.
Assisti O Corvo, baseado em conto homônomo de Edgar Alan Poe. Obra-prima.
O filme surpreende.
Com o roteiro bem resolvido de Ben Livingston e Hannah Shakespeare, o diretor James MacTeigue deita e rola, em alguns momentos provocando calafrios.
É bonito, de suspense na medida certa.
A história gira em torno de um serial que dá dor de cabeça a polícia.
O assassino atua na esteira de personagens criados por Poe, que é envenenado.
O final leu eu não conto.

OSWALDINHO DO ACORDEON
Ainda o espetáculo no auditório Ibirapuera.
Clique:

segunda-feira, 28 de maio de 2012

SOCORRO LIRA, OSWALDINHO E INEZITA BARROSO

A cantora, compositora e instrumentista paraibana Socorro Lira (ao lado) é atração especial amanhã no Sesc Pinheiros, a partir das 19h30. Ela preparará para os felizardos que lá estiverem um rubacão daqueles.
Rubacão, ou arrubacão, é um dos mais saborosos pratos típicos da Paraíba, parecido com o velho e também bom baião-de-dois, de que tanto o Rei do Baião gostava.
Entre os ingredientes para o prato em questão estão o charque ou carne de sol, feijão verde, nata fresca, queijo de coalho, coentro, cominho, tomate e pimentão.
A última vez que comi um bom rubacão, e faz tempo, foi na casa de José Nêumanne, ao lado de Zé Ramalho e do seu amigo e empresário, Otto Guerra.
Em tempo: Socorro está concorrendo ao prêmio de Melhor Cantora do Prêmio Música Popular Brasileira na sua 23ª edição, ao lado de Kátya Teixeira e Roberta Nistra, pelos discos Zé do Norte 100 Anos, Feito de Corda e Cantiga e Roberta Nistra, respetivamente.
Para o CD de Socorro, dei uns pitacos e assinei o encarte.
É coisa boa.
Concorrem ao Prêmio Música Brasileira 104 artistas, selecionados dentre 735 CDs e 93 inscritos.
João Bosco, que está fazendo 40 anos de carreira, é o grande homenageado dessa edição do Prêmio.
Os ganhadores do 23º Prêmio Música Popular Brasileira serão conhecidos em noite de gala no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no próximo dia 13 de junho.

INEZITA BARROSO
No primeiro momento, ela me pareceu triste.
Falou de uma dorzinha aqui, outra ali e de Balancinho, que morreu há três dias.
Mas é a vida.
Depois falou de Ventania, que nasceu para cantar e de certo modo substituir Balancinho.
Mas o frio destes dias aperreia, e muito, principalmente para quem gosta de temperatura amena, como ela.
E aí brincou, sorriu, gargalhou.
Mostrou que está atualizada, ouvindo discos e vendo hora ou outra a televisão.
Quanta bobagem no ar!
Contou que outro dia falou ao programa Cocoricó a respeito do livro A Menina Inezita Barroso (Cortez Editora), que escrevi sobre ela no ano passado.
Repetiu, aliás, o desejo da neta que mora em Londres, que quer porque quer que eu dê continuação à história da Menina.
E aí perguntou se já terminou a exposição Roteiro Musical da Cidade de São Paulo.
Já, eu disse.
E foi ontem.
E falou e falou; e como sempre, ouvi e falei também.
Nossos telefonemas são assim, duram pelo menos uma hora.
E hoje não foi diferente.
Perguntou o que acho do som de CD.
Comprimido, esquisito...
E ela: O som é ruim, bom mesmo é o som do vinil.
Há como discordar?
E Balancinho?
Balancinho era o nome de um sabiá dela, que tinha hora que parecia disputar trinos com Ventania.
Ventania é um sabiá que se deixa ouvir até por Virgulino, um chorrinho forte e compridinho, de centímetros, peralta que só, abusado, que come agrião, castanha de caju, toma café, bebe água mineral e só falta falar.
Um dia ele vai virar gente, ela acha.
Sei não, acho que isso não será bom pra ele...

OSWALDINHO DO ACORDEON
Foi um belo espetáculo o de ontem à noite no Auditório Ibirapuera, com Oswaldinho fazendo o que sabe fazer, e muito bem: encantar gente.
Um privilégio e tanto para o público presente.
No horário marcado, o regional Vibrafone Chorão entrou no palco esquentando os instrumentos e preparando terreno para mestre Oswaldinho deitar e rolar; o que fez com categoria, sob uma chuva de aplausos.
Foi só coisa boa, música de primeira, como Forró Chorado, do próprio Oswaldinho; Gracioso, de Altamiro Carrilho; Um Chorinho Diferente, de Gaúcho e Ivone Rabelo; Treze de Dezembro, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas, com letra de Gilberto Gil interpretada por Bia Goes; Viajando, de K-Ximbinho; Oswaldinho no Choro, de Washington Luiz; Músicos e Poetas, de Sivuca.
Ainda no repertório de ontem, obras de Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e Rosil Cavalcanti, autor do clássico Meu Cariri.
Rosil morreu sem saber por que Dilu Melo consta como parceira nessa música.
A Quitanda Musical assinou a produção de Forró Chorado, título do espetáculo de Oswaldinho do Acordeon, que tem tudo pra correr o Brasil.
Fica o registro.
Ah! a foto aí de baixo, feita por DArlan Ferreira, se justifica pelo seguinte: na última hora, a produção me convocou para subir ao palco e dizer o óbvio, ou seja, que Oswaldinho é um mágico etc., que domina o acordeom como a própria respiração, para a alegria de quem gosta do que é bom. Em minutos, contei um pouco da história da sanfona no Brasil, que começou com o italiano Giuseppe Rielli, seu filho Rielinho, Antenógenes Silva, Luiz Gonzaga, Gerson Filho, Sivuca, Dominguinhos, Oswaldinho...

domingo, 27 de maio de 2012

OSWALDINHO DO ACORDEON E ROTEIRO MUSICAL

Hoje é o último dia de visitação pública - e gratuita - à exposição Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, instalada com visibilidade na área de Convivência II do Sesc Santana, desde o último 25 de janeiro.
Foi a forma que encontrei para homenagear a cidade que tão bem me acolheu nos idos dos 70.
Muitos milhares de pessoas do Brasil e de fora, gente simples, cantores e compositores, jornalistas, poetas, escritores, atores e atrizes, além de estudantes de idades diversas, do 1º ao último grau a visitaram nesses meses todos.
Mas hoje é o último dia infelizmente, pois tudo tem começo, meio e fim.
Pela exposição Roteiro Musical da Cidade de São Paulo passaram emoções de quem viveu a Revolução de 32, as comemorações do 4º Centenário e o dia a dia da cidade hoje em dia.
Nos livros de presença colocados discretamente na área chamada Arena, acham-se centenas de opiniões a respeito do Roteiro Musical da Cidade de São Paulo.
Eu, autor da exposição e dos textos, curador, também na condição de presidente do Instituto Memória Brasil, de onde todas as peças e história foram extraídas, só posso dizer que estou feliz com o resultado final; satisfeito com o carinho e o respeito a mim dispensados pelo Sesc e, por extensão, à criativa e dedicada profissional do campo da produção cultural Andrea Lago, que do coração e da mente gerou ideias definitivas e tanto por esse caminho se empenhou para que tudo desse certo, como deu.
Os nossos agradecimentos são extensivos também às empresas incumbidas de por o imaginado de pé.
Por isso temos ainda de retribuir aos programadores, coordenadores e dirigentes do rede Sesc o carinho e o respeito a nós dispensados.
Agradecemos por tudo que nos foi oferecido além do carinho, a atenção e a sensibilidade, pois sabemos que não é fácil pôr fichas e apostar no desconhecido.
Nosso caso.
Digo isso porque experiência igual como a que apresentamos ao público frequentador do Sesc jamais foi apresentada em qualquer parte do mundo, por ninguém.
Enfim, são mais de três mil músicas reunidas sobre a cidade; sem falar das milhares de fotos e partituras, além de jornais e revistas raros disponibilizados para a exposição.
Quer dizer: nunca a história de uma cidade - São Paulo no caso, a 5ª maior do planeta - foi contada através da música numa exposição/instalação pública, como a que apresentamos com o conhecimento de quem imagina saber valorizar a história.
Claro, não custa lembrar o espantoso número de pessoas que visitou a exposição, de maneira espontânea.
Espontânea porque assim foi, de boca a boca e pela Internet.
Num estalar de dedos, num piscar d´olhos, o público se multiplicou no Sesc Santana sem ser levado por uma reportagem sequer de qualquer expressivo jornal ou revista de São Paulo ou de outro grande centro do País, fosse Folha, Estado ou O Globo; Veja, Isto É ou Época.
Daí a certeza de que o trabalho apresentado foi de qualidade e valia.
O nosso próximo passo será produzir uma enciclopédia.
Nome?
Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, Pequena Enciclopédia da Música Brasileira.
Essa obra será disponibilizada em todas as bibliotecas escolares do Brasil, gratuitamente e em breve.
Num clique abaixo, um pouco da exposição ainda hoje visitável:

OSWALDINHO DO ACORDEON
Meu amigo e parceiro Oswaldinho do Acordeon, filho do grande Pedro Sertanejo, estará logo mais às 19 horas se apresentando no Auditório Ibirapauera e lançando um novo disco (Forró Chorado). O auditório Ibirapuera fica ali na Avenida Pedro Álvares Cabral, 702, Moema. O mágico do Acordeon Oswaldinho será acompanhado por Zeli Silva (baixo), Vinicius Gomes (guitarra), Ricardo Valverde (zabumba e vibrafone), Vinicius Barros (pandeiro), Welligton (violão 7 cordas), Washington Luiz (sax curvo), Deni Domênico (cavaquinho) e Bia Goes (voz). O espetáculo terá a participação especial de Thiago Santo e o do grupo Vibrafone Chorão. Claro que estaremos lá não só prestigiando o artista, mas antes de tudo testemunhando um acontecimento histórico.
Vá também e leve os amigos, e faça com que os amigos levem também seus amigos.
Oswaldinho é um fenômeno musical e orgulho da arte musical brasileira.
Agora clique abaixo na arte do craque da informática Darlan Ferreira enriquecida por fotos tiradas no estúdio da Rádio Trianon durante o programa O Brasil tá na Moda com a cantora Inezita Barroso, o xilogravurista Ciro Fernandes, o próprio Oswaldinho e sua filha Samanta e, com calma, ouça uma música (Lua do Sertão) que fizemos juntos - eu e Oswaldinho - em homenagem ao Rei do Baião, cujo centenário de nascimento está se aproximando. A voz que canta é de Daiane.

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