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segunda-feira, 28 de janeiro de 2019
PAPA VÊ RISCO NO POPULISMO
sábado, 26 de janeiro de 2019
MICHEL LEGRAND GRAVOU MULHER RENDEIRA....
Foi num sábado que conversei com ele rapidamente, por telefone. Ele no Rio de Janeiro e eu cá em Sampa. Na ocasião eu apresentava o programa São Paulo Capital Nordeste, pela Rádio capital AM 1040. Eu tinha combinado com a sua produção uma participação dele no meu programa, ao vivo. E assim foi.
O motivo da entrevista de Legrand ao meu programa era o fato de ele ter gravado o baião Mulher Rendeira, de domínio público, adaptado pelo paraibano Zé do Norte ( 1908-1979).
Mulher Rendeira integrou a trilha sonora do filme O Cangaceiro, de Lima Barreto (1906-1982). Esse filme, com roteiro da escritora cearense Raquel de Queirós (1910-2003), foi lançado em 1953. Ganhou o mundo e muitos prêmios.
Originalmente, a música Mulher Rendeira é interpretada por Homero Marques e o conjunto paulistano Demônios da Garoa.
Dentre os inúmeros intérpretes estrangeiros de Mulher Rendeira, se acham Joan Baez, Domenico Modugno e Michel Legrand. Daí.. não consegui fazer como queria, por problemas técnicos, a entrevista com esse que foi um dos maiores artistas da música francesa. O meu amigo Peter, francês nas origens intelectuais, funcionaria como intérprete.
Michel Legrand gravou Mulher Rendeira num dos primeiros LPs gravados no Brasil, pela extinta Colúmbia, isso em 1960. Nesse mesmo disco há a gravação de Aquarela do Brasil, do mineiro Ary Barroso. Curiosidade: Zé do Norte morreu pobre de marré, marré. Deixou muitos filhos com mães diferentes.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha o LP de Legrand com Mulher Rendeira e Aquarela do Brasil ( foto acima). Ouça:
DOR E MORTE EM BRUMADINHO
Autor: Assis Ângelo
Morre sorte, morre vida
Morre fé, morre esperança
Morre fim, morre começo
Morre paz, morre bonança
Morre tudo, nada fica
Só a dor da má lembrança
Morrem homens e mulheres
E crianças nas esquinas
Morre dia, morre noite
Nos morros, nas colinas
Morre tudo que se mexe
No rico solo de Minas
Mariana se repete
Com dor e muito espinho
O povo de Deus precisa
De amor e mais carinho
Por quê morre tanta gente
D'uma vez em Brumadinho?
O terror desceu matando
Pelas águas do Feijão*
Provocando desespero
Pavor e destruição
O poder não tem limite
nem pudor nem compaixão
Força e violência
Tem o Grande Capital
Que transforma gente em coisa
Pelo tal do vil metal
Impondo a "Mais valia"
Na alma nacional
A Vale do Rio Doce
De doce não tem nada
Tem dor, tem agonia
E chicote pra lapada
Quem reclama ganha cruz,
Vira coisa descartada
Vale tudo, vale tudo
Na terra da bandalheira
Vale roubar o povo
Vale vale a roubalheira
Só por isso vale pôr
Os ratos na ratoeira!
......................................
*Córrego do Feijão, cuja as águas foram invadidas pelos rejeitos da barragem de Brumadinho administrada pela Vale do Rio Doce, no dia 25 de janeiro de 2019
sexta-feira, 25 de janeiro de 2019
IRRESPONSABILIDADE MATA, EM MINAS
A cantora Clara Nunes (1942-1983) era mineira de Paraopeba. ela e muita gente bonita. Eu a conheci, simples e forte como os ventos do São Francisco.
Paraopeba é um município que dista da capital mineira, 100 Km mais ou menos.
Paraopeba nasceu às margens do rio de mesmo nome, ali pelo século 18.
Paraopeba fica perto de Brumadinho, onde acaba de ocorrer uma tragédia enorme, provocada pela irresponsabilidade dos dirigentes da Vale e outros poderosos.
Paraopeba é uma cidade muito bonita, pequena e pacata. E o rio, lindo. Como o rio Doce, que perdeu a cor e o sabor com a tragédia que praticamente o engoliu em novembro de 2015. Lembram-se?
http://assisangelo.blogspot.com/2015/11/estao-esquecendo-mariana.html
O rio Paraopeba, como tantos e tantos, acaba misturando-se às águas do mar, depois de serpentear por regiões diversas.
O rio Paraopeba se acha em contos e romances de autores brasileiros.E na música, também.
João Guimarães Rosa (1908-1967) adorava citar cidades e rios nas suas obras. Em Grande Sertão , ele deixa seus personagens falar por ele. Cita umas duas dezenas de lugarejos e cidades por onde passa. Aliás, nesse livro, os personagens nadam e atravessam rios, riachos, riachões, etc.
No tempo de Rosa não havia essas malditas barragens que matam bichos, peixes e gente.
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Assis e Clara Nunes |
SEBASTIÃO MARINHO
O cantador repentista Sebastião telefona dizendo que se acha na cidade em que nasceu, a paraibana Solânea. Ele, como faz todos os anos, põe a viola nas costas e vai cantar Nordeste afora. Já esteve esse ano em vários municípios da Paraíba e Rio Grande do Norte. Diz que está tudo muito bom, mas falta água. a seca é grande por onde tem andado. As cenas que vê o fazem sofrer. Cenas de sol quente, de seca, de dor. Mas assim que é a vida. E a vida segue. Nesse fim de semana Marinho vai estar em Pilões, PB. À Capital paulista, voltará no próximo dia 6.
QUARENTA E UM ANOS, SÓ SE FAZ UMA VEZ!

Como é bom viver.
Há quem negue a idade, que bobagem!
Minha querida Inesita Barroso ( 1925-2015) dizia tantas coisas bonitas sobre o tempo "a gente não leva nada!", "que tal brincar?".
E dizia também: "porque negar a idade?" e ela brincava também dizendo e continuava brincando: "somos tão pobres, mas ricos somos pela autenticidade que Deus nos dá".
Inezita dizia tudo com tanta naturalidade que enchia- me de alegria. Carmélia alves (1925-2013), a rainha do baião e Anastácia achavam muita graça do que Inezita (1925-2015) dizia. Machado de Assis ( 1839-1908) sabia como ninguém falar de coisas e gentes , de vaidades, de histórias do dia a dia. No romance Esaú e Jacó ( 1904), ele dá vida a incríveis personagens, baseados no livro Gênesis. Começa com Perpétua e sua irmã Natividade subindo o Morro do Castelo, Rio, em busca do futuro enunciado pela adivinha Cabloca. E a história segue. Lá pelas tantas, bem para tantas, Natividade fica triste no seu aniversário de 41 anos de idade. Esse detalhe no romance Machadiano fez me lembrar o aniversário de Mirian, irmã de Mara e Márcia, filha do potiguar Xavier Cortes. Quarenta e um anos! No romance de Machado, Natividade sofre por pensar que o marido Santos tinha se esquecido de data para ela tão importante. É quando ele, Santos, dá lhe um abraço e beijos e beijos, anunciando que ela é desde aquele instante baronesa, mulher do barão, e ele barão. E os 2 filhos Pedro e Paulo ( Esaú e Jacó), razão que a levou a consultar a Cabloca, não entendem nada, mas vibram e batem palmas. Esau e Jacó é um livro absolutamente necessário em qualquer estante que se preze. Viva Mirian, irmã de Mara e Márcia!
O futuro de Pedro, previsto pela mãe, é ser médico. E o de Paulo, advogado.
A história segue num crescente, mas não vou contar o final.
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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019
SAMPA:CURIOSIDADES MUSICAIS
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
BRASIL DE BRASILEIRO
Eu brigava muito com o Arnaldo. Ele dizia que eu era doido e idiota, pelo ponto puro e simples de eu aplaudir Castro Alves, baiano, por ter feito com tanta grandeza o Navio Negreiro.
Castro Alves, branco que era, assumiu a liberdade da vida. E isso independia e independe de cor. E Arnaldo não entendia isso.
Arnaldo entendia que negro tinha que falar de negro e que branco era inimigo.
Que bobagem!
Os negros trazidos de África prá mover a vida do Brasil construíram o Brasil.
Depois de tudo que aconteceu, escravos na vida continuamos. Brancos e negros, negros e brancos.
Ouvi há pouco o repeteco da fala do ex capitão, ora presidente Bolsonaro. E lá estava ele em Davos abrindo para o mundo o Brasil. Pôxa, que bom!
Estou torcendo para que o novo governo, eleito pelo povo, dê certo.
Cá prá nós, é engraçado ouvir o Bolsonaro falar "quéshtão",Óquei, óquei, óquei??
Então tá, ok?
A gente pode errar falando, podemos acertar nos gestos.
Não votei no Bolsonaro.
Quem sabe quem sou, sabe que fui eu um dos fundadores do PT.
EDUARDO ARAÚJO
Ontem ou anteontem ouvi Vila, chamado professor, dizer na Pan que Eduardo Araújo tinha ido para outro plano. Ele diz isso sempre de modo apoplético. Eduardo continua vivo e cantando muito bem. Fica o registro. Aliás, o Vila disse uma vez que estava fazendo um livro baseado em livro que eu escrevi falando do Nordeste. Eu gosto do Vila. Disseram que esse livro sobre o Nordeste escrito pelo Vila já saiu, opa!
segunda-feira, 21 de janeiro de 2019
PRA PENSAR: A REVOLUÇÃO DOS BICHOS
PAIAIA E SÃO PAULO PARA TODOS
A Tv Cultura, de São Paulo, costuma trazer programa e entrevistados importantíssimos. É a melhor TV. Às vezes pisa aqui, às vezes pisa acolá. Mas isso é bom para provocar o tico e teco que há em nós.
O historiador José Ramos Tinhorão chega sempre a mim, as sextas-feiras, reclamando que está com uma dor aqui e ali.
Velhice foi o tema do programa Roda Viva da segunda 14 passada. Confira:
http://tvcultura.com.br/playlists/46_roda-viva-ultimos-programas.html
PAIAIÁ
Depois de quase um ano voltei ao programa Paiaiá.
O Paiaiá é um programa apresentado pelo Paiaiaense Carlos Sílvio, que vai ao ar todos os sábados, ao meio-dia, na Rádio Web Conectados (www.radioconectados.com.br). O cabra é bom.
O programa Paiaiá, da Conectados, é um programa que fala de jovens e velhos, de meninos e meninas, de ricos e pobres, e talentos em geral...
Dessa vez falei sobre os 465 anos que São Paulo a completar na próxima sexta-feira. Falei de Inezita, Paulo Vanzolini, Alberto Marino, Zica Bergami,Osvaldinho da Cuica, Tom Zé e outros grandes que cantaram São Paulo. Até eu andei fazendo isso, junto com Jarbas Mariz.
Clique a assista a entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=hxuMwA1DKEA
Rapaziada do Brás originalmente é uma valsa-choro de autoria de Marino feita em 1917 sem letra. A letra veio depois, em 1965, quando Marino Jr. letrou a música do pai para Carlos Galhardo gravar. Ouça:
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
DE PAIAIÁ PARA SÃO PAULO
Dia 25 de Janeiro a cidade de São Paulo completa 465 anos e para falar dessa cidade e como ela foi tratada através da música, amanhã, meio-dia, ao vivo, começando a temporada 2019 do programa Paiaiá na Conectados, eu estarei no programa para falar de músicas que homenageiam a cidade de São Paulo .
Acesse: www.radioconectados.com.br ou pelo nosso aplicativo https://goo.gl/beZewi.
WhatsApp: 01120616257
Apresentação: Carlos Sílvio. Saiba quem é Carlos Sílvio clicando nesse link:
http://assisangelo.blogspot.com/2019/01/de-paiaia-para-o-mundo.html
Reprise, domingo, 19h00
Não percam.
Rádio web Conectados, a maior web rádio do Brasil.
segunda-feira, 14 de janeiro de 2019
HOMENS DE SAIA, E DAÍ?

E lá fui eu arrancando pensamentos, conhecimentos, história.
O homem nasceu nu e assim continua nascendo. Mas houve um tempo em que o homem nu passou a vestir o que hoje é considerado saia. Os escoceses usam saia há menos tempo do que se imagina. Os guerreiros romanos, gladiadores, usavam saia para ter movimentos livres nas pernas.
Calça amarra, limita movimentos. E é aí onde o homem macho se acha e se perde.
Por não querer se achar, o homem se perde em jeans.
Caetano Veloso de saia vi outro dia, não pegou bem: pernas magrelas, sorriso oco e tudo sem cor. Não pegou bem porque ficou feio prá danar.
E de saia editores como Cortez, hein? José Xavier Cortez com seus já 81 anos de idade ficaria bem com uma sainha. Mas o diabo é o tal do preconceito, da discriminação...
Que tal minha gente saber, conhecer a história? A história do mundo, claro. Em 1979, o Trio Nordestino gravou e a Copacabana, extinta, lançou o LP Trio Nordestino e o Homem de Saia. A música Homem de Saia é a terceira do lado A desse LP. O homem de saia fotografado na capa do disco é Ribinha, cearense. O autor da música, Enéas. Ouçam:
CHORINHO
Amanhã, 15, depois do Jornal da Cultura estrei mais uma vez dizendo mais uma coisinha sobre choro e chorões no programa de 13 capítulos O Brasil Toca Choro. Enquanto o amanhã não chega, cliquem:
SÃO PAULO EM PAUTA
sábado, 12 de janeiro de 2019
Dia de festa
O dia 12, como todos os dias, historicamente é um dia bonito.
Hoje, 12 de janeiro de 2019, vai ficar pra história, como o dia em que meu peito bateu mais depressa, por ter recebido, pessoas que a tempo o meu peito queia ver, brincar, se divertir, etc.
Sou paraibano de João Pessoa, como muita gente sabe.
João Pessoa de Albuquerque era governador/presidente da Paraíba, quando aceitou ser forte na chapa presidencial que punha o gaúcho Getúlio Vargas, como o homem que dirigiria, como dirigiu, o destino do nosso País até quando foi possível...
A minha casa, hoje, acendeu-se toda de alegria.
A capital da Paraíba recebeu o nome de João Pessoa em 1930. Mas, essa é outra história...
Eu e a minha casa, incluindo a minha mente e o meu coração, encheram-se de alegria, com a presença de Dirceu e Andréa Noronha e seus filhos incríveis Maria Clara e Emanuel. E como se não bastasse, neste mesmo ambiente e tempo, estiveram meus amores queridos, meninas joíssimas, Ana e Cla.
Dia 12 de janeiro...
LINDUARTE NORONHA
como não bastasse, de tão grande que foi este meu dia, veio a mim e a todos que comigo estiveram, o nome mágico do grande pernambucano da Paraíba, Linduarte Noronha. Linduarte foi tão grande quanto Deus. Detalhe: Deus não filmava e nem nunca quis ser cineasta, Linduarte não quis ser Deus, mas quis ser cineasta. Deus criou o mundo e Linduarte, o cinema brasileiro. E o detalhe, um detalhinho bobo: a obra do genial Linduarte está interditada. Que pena! O Brasil precisa beber da obra de gênios, como Linduarte. E eu estou falando tudo isso agora com a alegria de quem me dá estas informações: Dirceu Noronha de Oliveira Filho, o sobrinho. Amigos, amigas, procurem Linduarte Noronha nesta história louca em que está se transformando o YouTube, procurem aí, no YouTube, Linduarte Noronha (1930-2012).
terça-feira, 8 de janeiro de 2019
ELIS, MINISSÉRIE DA GLOBO
Eça nasceu em 1845. Cem anos depois nascia no Rio Grande do Sul a brasileira Elis Regina. Elis nasceu em Janeiro de 1945, Eça em março.
O que tem a ver Eça com Elis? Simples: Eça foi um grande escritor e Elis uma grande intérprete da nossa música popular.
Mais tarde, depois do Jornal Nacional e da novela que vem em seguida, estréia na telinha da Plin Plin, a série em 4 capítulos: Elis - Viver é Melhor Que Sonhar, com a atriz Andréia Horta.
Eu vou seguir essa história.
Conheci Elis em 1978, acho.
O Primo Basílio foi escrito em 1878.
DOMINGO NO PARQUE
Mais de 12 milhões de brasileiros se acham completamente desempregados. Acrescente-se a esses números mais um tanto enorme de brasileiros sem emprego nenhum, mas fazendo bicos. E mais não sei quantos de desempregados completamente desiludidos, cabisbaixos, pessimistas, desistentes de seguir a busca por um emprego com carteira assinada.
Deus do céu, até quando essa situação persistirá?
Ouvi não sei onde alguém dizer que os milionários, bilionários, trilionários brasileiros situam-se entre 8 a 10 % da população calculada pelo IBGE em mais de 200 milhões de habitantes. Trabalhar faz bem, não trabalhar é um horror. Horror maior, porém é não fazer nada.
No começo de tudo, diz a história bíblica, que Deus criou o mundo e tudo o mais, incluindo Adão e Eva, únicos seres pensantes do Éden. Mas um dia, cansados de nada fazer, esses dois puseram os pés pelas mãos e deu no que deu: expulsos do bem bom, pelo Criador.
Eu já trabalhei muito, muito mesmo. Parei, endoidei e agora estou voltando à naturalidade da vida, que é ir e vir.
Fiquei cego dos olhos, pirei um pouco e acudido por anjos à minha volta cá estou, vendo com os olhos das pessoas que amo. Por que digo tudo isso? Hoje até o começo da tarde fez um calor dos diabos. Ontem, também. Anteontem fui ao parque. Foi bom. Peguei sol e o sol me pegou. Caminhei, passeei e até ensaiei uma corrida na pista do Parque da Aclimação, cá em Sampa. Essa pista mede 998 metros. Dei 3 voltas. Depois fui levado à relva onde escutei leitura feita pela namorada Lúcia, e o registro está aí em cima.
Viva a vida!
ESTOU ME MODERNIZANDO
domingo, 6 de janeiro de 2019
BOLSONARO, EDUCAÇÃO E PAULO FREIRE
Paulo Freire, que conheci de perto, deixou uma obra monumental. O seu método de ensino foi e é um método revolucionário. Claro que os poderosos da chamada direita política e intelectual o abominam até hoje e certamente o abominarão para sempre.
Bolsonaro, o novo presidente eleito pela maioria dos brasileiros, também abomina o método Paulo freiriano. Portanto, tirar o seu método educativo da escola chega a ser até compreensível, embora lamentável.
Escola com partido ou sem partido?
Nos anos de 1970 o carioca Augusto Boal (1931-2009) adotou o método freiriano, levando-o para aplicação no Peru. Não deu certo.
Escola não tem que ter partido político. Escola tem que ter professor preparado e bem preparado para transmitir história e ensinamentos. Tem que ensinar matemática, et cetera. E para ter professor assim tem que apostar na educação, tem que apostar no futuro do país, como faz o governo da Coréia do Sul. Fui longe?
Acabaram-se os curso Primário, Ginasial e Científico. Agora temos o ensino fundamental ministrado no correr de 9 anos. O resultado final dessa história toda é que há cerca de 30 milhões de brasileiros denominados de analfabetos funcionais. Um crime, não é? Fora esses, há ainda, mais uns 12 milhões de brasileiros que não sabem distinguir um "o" de uma roda de caminhão. É duro, mas é isso que ocorre. E grosso modo, acrescento: atualmente professor finge que ensina e aluno finge que aprende, quando não isso ocorre o pau canta nas salas de aula. Os registros policiais confirmam isso. E o professor ganha uma titica de nada.
Até os anos de 1980 e meados por ali, a média de caminhada dos brasileiros era de 10 mil passos/dia. Hoje essa média chega apenas a 2,5 mil passos. O que quero dizer com isso? quero dizer que em todas ou quase em todas as áreas da vida cotidiana brasileira estamos regredindo, na educação, inclusive.
Meu amigo, minha amiga, você sabe quantos livros dizem que nós brasileiros lemos por ano? nem vou dizer aqui. Prefiro que façam uma pequena pesquisa nesse "coiso" chamado Google. É de arrepiar.
Estamos nos emburrecendo a passo galopante.
Paulo Freire foi sem dúvida, um grande brasileiro. Seus livros devem ser lidos cada vez mais e as editoras tem a obrigação de incentivar essa leitura. Há caminhos para isso e para tudo e todos os problemas que nos cercam.
Bolsonaro pode ser um problema ou não.
Para o bem ou para o mal, não nos esqueçamos: quem o escolheu foi o povo, através das urnas certo?
sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
VIVENDO E DESCOBRINDO A VIDA

Antes de mais nada as fotos e o vídeo nesta página apresentadas são de inteira responsabilidade de meu amigo treinador Anderson Gonzaga
Ouvi hoje cedo na CBN o professor de ginástica Marcio Atalla dizer que nos anos de 1980 os brasileiros caminhavam, diariamente, cerca de 7 km. Esses 7 km equivalem a aproximadamente 10 mil passos. Hoje segundo o mesmo especialista, os brasileiros caminham em média 2,5 km. Até nisso estamos regredindo.
Perdi a visão dos meus olhos há quase 5 anos. Nesse período, comi o pão que o diabo amassou. Hoje já como até bolo e tomo umas e outras dando vivas à vida. Mas não basta só isso. É preciso mostrar que a vida é um barato, é uma alegria, é uma dádiva. Por isso temos, também, de exercitar o corpo além da alma. É isso e muito mais o que ando fazendo nos últimos 2 anos. Poesia por exemplo. Acompanhem-me:
quinta-feira, 3 de janeiro de 2019
Leiam
Olá, pessoal. É o seguinte: o texto aí abaixo é grandão, é cheio de links. Mas, sugiro que vocês leiam. Tam a ver com brasilidade, cegueria e mals tratos. Claro, falo de tudo isso com categoria. E viva cidadania!
https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8155438913674603024#editor/target=post;postID=2426840783862497397;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=1;src=postname
DE PAIAIÁ PARA O MUNDO
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Assis e Carlos Sílvio (foto:Lúcia Agostini) |
Carlos Silvio é um comunicador nato.E como se diz lá no nosso Nordeste:o cabra é tão bom, tão bom,que se não tivesse nascido outro não nasceria. Mas é assim, como diz José Cortez: "cabra bom já nasce temperado". Caso do Silvio, pois.
Encontrei Carlos Silvio por telefone. Ele telefonou me convidando a participar do programa Paiaiá , levado ao ar todos os sábados pela rádio web Conectados, que fica ali no bairro paulistano do Ipiranga, onde no meio da tarde de 1822, Dom Pedro I desembaiou a espada e berrou: "Independência ou Morte!".
Exageros a parte de Dom Pedro, o fato é que o dito grito entrou para a história como para a história está entrando o bom baiano de Paiaiá Carlos Silvio.
Bom, fui ao programa do Sílvio e falei falei um monte de coisas que me veio à mente.
Carlos Sílvio me surpreendeu como apresentador do Paiaiá na Conectados. Vocês querem ver como me saí na ocasião? Clique:
https://www.youtube.com/watch?v=IB5cxBilm4A&t=10s
Por que estou falando tudo isso?
No próximo dia 19 estarei de volta ao Paiaiá. Dessa vez contando um pouco da história da cidade paulistana através da música que pra ela é composta. Até eu fiz umas coisinhas sobre sampa, com acompanhamento especial e inusitado do Cidadão do Samba, Osvaldinho da Cuíca..Clique:
https://www.youtube.com/watch?v=bn5AtXEMP8s&t=19s
Mas, biograficamente, quem é o cidadão Carlos Sílvio? É ele mesmo quem conta: "meu nome de batismo é Carlos Sílvio Lima Ramos. Nasci em 27 de junho de 1977. Sou filho de Agnelo da Silva Ramos e Maria Neuza; ele ferreiro e ela dona de casa. Ele está vivo. Sou o terceiro de 10 filhos, 5 homens e 5 mulheres. Desses dez, vingaram cinco mulheres e eu. Morei em Paiaiá até 21 anos de idade e migrei para São Paulo no dia 10 de janeiro de 1999. Vim para São Paulo como milhões de nordestinos em busca de uma vida melhor. Todos nós temos sonhos, meu sonho sempre foi trabalhar com comunicação e este sonho está sendo realizado há exatos 2 anos e 7 meses, na Rádio Conectados (www.radioconectados.com.br). Casei em São Paulo. Faz 10 anos. Minha companheira é Gleice Fonseca, com quem tenho um filho Murilo de 9 anos, que Deus nos trouxe e mais um, Enzo, que Deus nos deu por outros caminhos. Adotar é fundamental. No programa Paiaiá já entrevistei mais de uma centena de pessoas, das mais diversas áreas do viver cotidiano, da música a psicanálise. Do jurídico ao esporte.Todos me entusiasmaram, mas alguns mais como: Prof. Geraldo Prado (historiador), Sérgio Martins (jornalista), Dr. Lafayete Lage (ortopedista), Diego Viñas (futebol de várzea), José Erenilson da Silva ( escritor) e tantos mais. Claro, no nosso programa contamos com colaboradores excepcionais como o historiador Darlan Zurc, do povoado da Melancia, assim como Paiaiá, município de Nova Soure.
No mais sou São paulino, talvez minha melhor qualidade. O meu programa vai ao ar todos os sábados, das 12 as 13 horas. Meu programa trata de registrar o pensamento de quem se preocupa a levar informação sobre o cotidiano cultural da vida brasileira para o mundo".
quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
OS INVISÍVEIS NA POSSE DE BOLSONARO
Foi evento bonito o que levou mais de 100 mil pessoas a prestigiar a posse do novo presidente da República, em Brasília. Bolsonaro falou forte, firme, sem reticências ou meias palavras. Falou de esperança. Diz que o dia de ontem 1 é histórico. Prometeu que não titubeará em destruir os inimigos do Brasil e que lutará por uma sociedade sem divisão. Os corruptos estão na sua mira, como na sua mira estão as organizações criminosas. O povo o aplaudiu, gritou, bateu palmas e em coro improvisado cantou: "o capitão chegou, o capitão chegou".
O hino nacional foi tocado várias vezes em momentos diferentes. Foram tocadas também músicas de repertório nacional, clássicas, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Saiba mais sobre essa música:
http://assisangelo.blogspot.com/2018/11/hoje-e-dia-de-ary-barroso.html
Ary, o bom mineiro de Ubá foi musicalmente seguidor do nacionalismo. Foi ele também o criador do samba patriótico. Foi grande esse Ary;
Esquerda, direita, ou o quer for não importa. O que importa mesmo é que o Brasil cresça e com ele, nós.
A nação brasileira sofre desde sempre, desde a chegada dos invasores de outras terras. Portugueses, inclusive. Foram muitas, muitas as guerras, os conflitos armados no território nacional. O livro as Batalhas Brasileiras, de Hernani Donato, conta isso. É obra lançada há anos pela Ibrasa, cuja leitura recomendo.
O que mais me impressionou foi o texto de Michele Bolsonaro, lido por Adriana Ramos e interpretado em Libra pela própria autora.
Michele nasceu em Brasília, é jovem e há muito vem se dedicando a um público invisível à sociedade: surdos, etc.
No Brasil 46% da população, sofrem algum tipo de deficiência. |Os dados são do IBGE, colhidos há uma década.
Passa fácil fácil, de 1 milhão o número de cegos no país. Não é mole não.
Dia desse falei a respeito desses números aos presidente da Fundação Padre Anchieta, Marco Mendonça, quando eu lhe disse que sou hoje um desses invisíveis, surpreendeu-se. Foi um bom papo. Falei-lhe do projeto que tenho de apresentar um programa de rádio e TV direcionado a essa gente e ao público em geral. Aparentemente entusiasmou-se.
De cego e cegueira posso falar. Mais de 3 mil tipos de problemas mexem com a visão humana. O meu caso foi descolamento de retina. Comi pão amassado, dormido, mas agora já como até bolo e com sorriso na cara. Se não houvesse a meu redor as poucas pessoas que há.....
Depressão é um mal dos infernos que nos chega de uma hora para outra.
No mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde- OMS, há mais de 300 milhões de pessoas sofrendo desse mal.O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países atingidos pela depressão.
https://www.youtube.com/watch?v=Isyz6nN2Wus&feature=youtu.be
E no caso da cegueira, ainda segundo a OMS, a cada 5 segundos uma pessoa passa a ver tudo escuro.
A padroeira dos cegos é Santa Luzia, uma italiana que comeu o pão que o diabo amassou. Atacada por carrascos, perdeu os olhos e virou estrela. Isso foi há não sei quanto tempo. Pra ela escrevi uns versos:
Assis Ângelo na Rádio Globo
https://www.youtube.com/watch?v=bM9STb620l
terça-feira, 1 de janeiro de 2019
ENTRE AMIGOS
Peter Alouche é um daqueles caras que ao conhecermos logo viram amigo. Foi assim comigo. Faz uns 30 anos que eu o conheço e como tal, amigos.
Pois bem, após a visão sumir dos meus olhos com ela foram também muitos conhecidos. Peter ficou. E sempre sempre conversamos pessoalmente ou por telefone. No último dia de 2018 ele bateu à porta estendendo os braços e o sorriso e conversamos sobre mil e um assuntos. Aliás também sobre a obra- prima As Mil e Uma Noites, um clássico eterno das Arábias. A propósito, Peter que fala muitas línguas esclareceu que a tradução original do título é As Mil Noite Mais Uma. A primeira tradução de As Mil e Uma Noites, traz a assinatura do imperador Pedro II.
Declamei umas coisinhas para o Peter, entre as quais essa aí do link. Clique:
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
CANGAÇO, ONTEM E HOJE
Em1937 o ditador Vargas anistiou o cangaceiro Antonio Silvino.
O tempo passou, e o mesmo Vargas anistiou Volta Seca.
Volta Seca e outros cangaceiros do bando de lampião foram anistiados pelo presidente gaúcho Getúlio Vargas.
Entrevistei alguns cangaceiros no programa Capital Nordeste.
E a vida foi e a vida vai e continua. E Temer, temendo o próximo governo, pôs a caneta no bolso e não escreveu nada: recusou-se a anistiar, a perdoar, quem está preso sem muita culpa.
Corisco, o cangaceiro maior depois de lampião, recusou-se a dar a sua vida à prisão. Morreu dizendo que não se entregaria.
A GRAÇA DE DEZEMBRO, AGOSTINI
Nesse tempo de dizer oi, amigos queridos a mim vieram brincar no espaço que vivo todos os dias. Papo vem , papo vai, uma viola, um violão, uma cuíca, um dizer sim, um dizer não. Isso é dezembro, é janeiro novo, vivendo oi, dizendo sim e janeiro chegando.
Falar como falei agora há pouco, com Renato Teixeira, aquele da Romaria, dizendo oi dizendo sim, estou aí já já. Fevereiro chegarei para conversar.
Por telefone ouvir tantos amigos como Fausto, o cartunista; Rômulo, Expedito Jorge Leite, da Ibrasa; Vital Farias....
E chegando cá em casa, Tinhorão para dizer oi e tomar um vinho, junto com Kadu, do trio Gato com Fome. E minha namorada, Lúcia, batendo tintim com copo de vinho, vindo das bandas de Taubaté. E veja você: Lúcia é ramo filial do Angelo Agostini, aquele dos traços pioneiros , que deram graça ao dia a dia do Pedro imperial.
sábado, 29 de dezembro de 2018
GERALDO VANDRÉ E VITOR NUZZI
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