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sábado, 4 de fevereiro de 2012

O MOLEQUE TOM ZÉ É UMA FESTA

Deixei a bicicleta de lado e fui ouvir Tom Zé.
Foi hoje domingo pé de cachimbo à tarde, no Parque Villa-Lobos, à Oeste da cidade.
Por acaso, pois eu não sabia que ele estava lá fazendo onda junto com a moçada.
Cheguei na hora de ouvi-lo mandar mundo e meio à putaquepariu por razões sei lá, enquanto, alternadamente, fazia a palavra porra explodir em uníssono com a platéia sob sol escaldante, em delírio e conivente.
Alegria pura.
Tom é o que é: um moleque-anárquico, pois, cheio de humor, um humorista; e não cantor de meios e jeitos tradicionais,
E nem voz teria pra isso, como Sílvio Caldas, Chico Alves, Orlando Silva, Nélson Gonçalves, Paulo Fortes, Roberto Luna, Fioravante...
Ele é de bagunçar coretos, isso é o que é.
Meio Chacrinha, quebrando amarras e sempre dando risadas,
Tom apresentou um repertório interessantíssimo, no qual inteiro coube o público.
Após uma penca de títulos mostrados, cantou a seu jeito, mais no fim, um forró estilizado falando de xique-xique ou sei lá.
A platéia endoidou, se mexendo e cantando refrão.
Em estado de graça, o moleque Tom Zé, pulando como se tivesse molinhas soltas nos pés, apresentou uma canção que fez para o alto de Pinheiros, onde estávamos.
Pra encerrar, contou a história de São São Paulo, Meu Amor... E mandou ver, lembrando uma certa Maria Joana que o censurou à época - 1968:
- Era pra tá na minha música: “Prostitutas invadiram/Todo centro da Cidade...”, mas ficou assim, por causa dessa Maria, uma grande católica: “Pecadoras invadiram...”.
Grande Tom, viva Tom!

MOREIRA DE ACOPIARA
Ontem, por acaso - sempre por acaso? - liguei a TV e peguei, sem querer - será sempre assim? – o poeta Moreira de Acopiara declamando um belo poema (Linguagem das Mãos, às páginas 342, 343, 344 e 345 do livro O Sertão é o Meu Lugar, da Duna Dueto Editora, 2011) no programa Ao Som da Viola, do seu conterrâneo e meu amigo Geraldo Amâncio, no canal NGT, que não sei se é gerado em São Paulo ou no Ceará. O fato é que foi uma coisa bonita o que ouvi.
Começava assim:

Pra que servem as mãos?
Para doar e pedir,
Ameaçar os irmãos,
Apaziguar e punir.
Servem para recusar,
Concordar, interrogar,
Condenar e absolver;
Sinalizar, aplaudir,
Chamar, negar, agredir,
Encorajar e escrever...

Grande Moreira de Acopiara!

BAHIA
O mundo está se acabando em Salvador, na Bahia.
Como pode?
Lá a ralé está invadindo estabelecimentos, saqueando e matando sob às barbas do Poder, hoje descontrolado e como Estado, falido.
O que está sucedendo lá é perigoso demais.
À ordem!
Polícia em greve, como pode?
Aguardemos os desdobramentos.









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