Nos últimos dias, o calor vem sufocando gente cá de Sampa e também do Rio de Janeiro.
Numa prosa há pouco via fone com o flautista Altamiro Carrilho, a queixa:
- Aqui no Rio o tempo está muito quente, muito calor, suor às bicas.
Essa foi a introdução para uma conversa que se estenderia até sua vinda no próximo 24, para apresentação no dia seguinte no teatro do Sesc Santana, ali na Luís Villares, zona Norte da cidade.
Lá pras tantas, ele disse que tem andado meio adoentado, com uma ponte de safena incomodando aqui de lado do peito.
Sim, deveremos subir juntos ao palco.
Antes de interpretar com sua flauta mágica a polca-dobrado São Paulo Quatrocentão, do paulistano Garoto e do gaúcho Chiquinho, para os festejos do 4º centenário da cidade, em 1954, Altamiro nos falará sobre a sua arte e suas idas e vindas pelo planetinha Terra.
Foi aqui em São Paulo que Altamiro foi mais querido no correr da sua trajetória, como um dos mais importantes flautistas do mundo.
Muitas histórias a contar.
Farei a devida provocação, depois de situá-lo no campo das artes musicais.
Ao mesmo tempo em que Altamiro homenageará São Paulo com sua presença no próximo dia 25, no Sesc, São Paulo também o homenageará com palmas e reconhecimento.
VANZOLINI E GUDIN
Depois de amanhã 9, às 20 horas, estarei ao lado dos compositores paulistanos Eduardo Gudin (Paulista) e Paulo Vanzolini (Ronda) proseando em torno da música que é feita para a cidade de São Paulo desde meados do século XVIII, como mostro na instalação Roteiro Musical da Cidade de São Paulo, resultado até aqui de 22 anos de pesquisas e que ficará aberta à visitação pública até o dia 1º de abril – verdade! O nosso encontro se dará num espaço chamado “arena”, bem no meio da instalação. A entrada é gratuita, mas são pouquíssimos os lugares a serem ocupados.
MOTIM POLICIAL
Pois é, o que está ocorrendo na Bahia não é propriamente uma greve, é um motim.
PRIVATARIA
O processo iniciado a todo vapor por FHC e tchurma, continua: ontem foram entregues os principais aeroportos brasileiros.
TINHORÃO
José Ramos Tinhorão, o mais importante historiados brasileiro, completou hoje 84 anos de produção lucidíssima. Ele agora está escrevendo um livro a ver com navegação. Está começando pelo século XV. Vem coisa boa, já, já, em forma de livro.
SOL NO MEIO DO CÉU
Da Avenida Paulista até aqui onde me acho, na Alameda Eduardo Prado, Campos Eliseos, vim ouvindo, ontem, a prosa bem temperada dum motorista de táxi de idade avançada, cabelos ralos e todo branco, simpaticíssimo. Ele:
- Veja como são as coisas. Agora faltam dez minutos pras 18 horas e o sol ainda está firme, bem no meio do céu.
É o tal horário de verão, não é?
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