É certo que jamais vivemos num estado de preocupação e insegurança tão grande quanto esse que vivemos hoje, em que os cidadãos se acham completamente à merce dos foras da lei, traficantes, assassinos etc.
Os números contra a cidadania são alarmantes. Somente em 2017 passaram de 60 mil os casos que registraram morte por violência no Brasil.
Os números ainda indicam que Sergipe encabeça o ranking dos estados mais violentos, seguido do Rio Grande do Norte e Alagoas.
O Rio de Janeiro ocupa o 10º lugar nesse ranking de violência contra o cidadão comum.
O presidente de plantão, Temer, assina hoje papelada que dá existência a uma nova pasta: a de Segurança Pública, cujo titular será o da Defesa: Jungmann não sei o quê. Esse é mais um Ministério pra sugar legalmente a paciência do povo.
Senhores da Justiça norte americana estão ouvindo, hoje, um cara que é considerado o maior traficante de armas para o Brasil e sei lá mais pra onde.
E o Rio, como se sabe, está sob intervenção federal, desde o último dia 16.
Esse estado de desespero é um verdadeiro Deus-nos-acuda!
Milhares e milhares de homens das polícia militar, da polícia civil, do exército e da caixa prego foram acionados para trazer de volta a paz para os cidadãos. Isso me faz lembrar os milhares de homens da lei, armados até os dentes, acionados para prender ou matar José Rosa de Miranda, o Mineirinho.
Mineirinho caiu em desgraça depois de matar a tiros um desgraçado como ele, um deserdado da vida. Foi no Rio, num morro.
De um dia para o outro, os jornais "apresentavam" a população o "mais perigoso facínora" da virada dos anos de 1950.
No dia 1º de maio de 1962 jornais sensacionalistas voltavam a estampar manchetes dando conta da morte, em tiroteio, de José Rosa de Miranda, aos 28 anos de idade.
José Rosa não morreu em tiroteio, soube-se depois. Foi assassinado à queima-roupa e o corpo atirado nas quebradas de Jacarepaguá, região ainda considerada muito perigosa.
A escritora Clarice Lispector (1920-1977) escreveu e publicou na extinta revista Senhor um tocante conto sobre "o perigoso facínora".
Logo depois, na verdade dois meses depois, o cantor e compositor paraibano Antonio Barros fez o mesmo lançando à praça a canção A História de um Pistoleiro (Philips, junho 1952).
Em 1969, o cineasta Aurélio Teixeira levou ao cinema Minherinho, vivo ou morto, com Jece Valadão e Leila Diniz.
A História de um pistoleiro está no terceiro e ultimo disco (acima) de 78 rpm gravado por Antonio Barros.
Em 1996, portento há 22 anos, Wilson das Neves (1936-2007) e Paulo César Pinheiro compuseram um samba antecipando a realidade hoje vivida pelo Rio de Janeiro. lançou uma música que falava dos problemas que o Rio ganharia com a descida dos malandros para o asfalto carioca. Ouçam:
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