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quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O PT NO DIVÃ

Uma vez disse Santo Agostinho que preferia os críticos por lhe corrigir aos puxa-sacos que corrompem.
Lula não leu isso, se tivesse lido a história do PT seria mais bonita.
Há poucos dias o senador eleito pelo PDT-CE, Cid Gomes, criticou o PT diante de petistas em reunião. Foi direto. Disse que o PT ia perder por não fazer "mea culpa". 
Ontem, 23, o cantor e compositor Mano Brown tomou fôlego e coragem para dizer que o PT esqueceu a língua do povo e por isso deve perder a corrida à presidência da República. Ouça:


Mano Brown, paulistano do Capão Redondo,  foi vaiado mas recebeu o apoio de Caetano Veloso que se achava a seu lado, junto com Chico Buarque e Fernando Haddad. 
Os problemas todos que estão mexendo com a vida do PT merecem estudo e, quem sabe, uma ida ao psicanalista. 
A cabeça do PT está doida.
Da semana passada prá cá, Haddad tem ensaiado fala sobre o reconhecimento dos erros petistas. Ontem mesmo, na Lapa carioca, ele chegou a concordar, embora timidamente, com o que disse Brown.
A campanha política à Presidência está em nível baixíssimo. Principalmente nesses últimos dias.
Bolsonaro, o líder nas pesquisas de opinião, tem xingado mais o seu concorrente do que apresentado propostas de governo. Diz que vai metralhar os vermelhos, que vai isso, que vai aquilo. E um dos seus filhos chegou a usar a internet para dizer que o STF pode ser fechado com a ação de um cabo e um soldado. Um horror!
Quando Bolsonaro abre a boca só diz besteira. 
O evangelista Mateus disse que o mal não é o que entra pela boca, é o que sai. Mas Bolsonaro, embora venha fazendo citações bíblicas, também é sujeito de pouca leitura, de visão curta, perigoso.
Há muita mentira nessa campanha de ambos os lados. E provocações assustadoras.
"Antes de mais nada eu vou votar no PT porque o Haddad é sério, ele foi o melhor ministro da educação e se o outro candidato ganhar eu não sei o que será do setor livreiro e do povo brasileiro".
Essa fala aí aspeada é do editor José Xavier Cortez. A propósito, a Cortez Editora publicou o livro, já esgotado,  Prá Que PT, que reúne artigos dos principais criadores do partido.
Votar no Bolsonaro é como votar no Dória. É como dar um cheque em branco, assinado, a quem não se conhece.
Nessa história toda, aparentemente o menos ruim é Haddad. Mas a fala corajosa do Mano Brown vale por mil tratados sociológicos ou antropológicos, que os petistas saibam levá-la em conta, chegando ou não ao governo neste momento. Porque o PT perdeu o rumo, não evoluiu no correr dos anos e acabou se tornando um partido comum. Para se recuperar ainda vai ter que comer muita poeira.
Acho que foi no livro O Imoral, do francês André Gide, que li algo como -Só não mudam de opinião os sábios ou burros assumidos.



















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