Vocês duvidam? Cego também vê... As fotos aí na montagem, foram feitas por mim.
A minha casa hoje riu feito um moleque sem destino. É sempre assim, quando pessoas queridas batem a minha porta.
Tive a alegria de, mais uma vez, receber o querido amigo Cadu Ribeiro. Cadu é integrante de um dos mais competentes conjuntos musicais de São Paulo: Trio Gato com Fome, que tem ainda na sua composição o cavaquinista Gregory e o 7 cordas Renato.
E hoje 28, à noite, ouvi boa parte do repertório do novo disco do Gato com Fome. Atenção: todo o repertorio do novo disco do gato com fome, a intitular-se Sedento, eu tive a alegria e o privilegio de ouvir ao violão magico do menino grande Cadu. Aguardem porque é coisa séria e bonita o que esta fazendo Cadu e o seu grupo.
O novo disco, o terceiro do Gato com Fome, traz parceria inédita do inspirado Carlinhos Vergueiro com Cadu e Gregory. Carlinhos foi um dos últimos parceiros do Adoniran.
É bom demais o grupo musical Gato com Fome, cujo padrinho é o mestre Osvaldinho da Cuíca.
O disco trará nas suas 11 faixas, pérolas como Cantei meu Samba, Minha vez no festival e Veneno de Tocandira.
Minha vez no Festival, que estará no novo disco do Gato com Fome foi apresentada no programa do Boldrin, num dia que eu não me lembro. Vejam:
Aí na foto: Miro, Assis Ângelo, Lu, Lúcia Agostini, Marlene, Ana Maria, Geremias, Antônio Camadoni, Janete, Francisca, Manoel Bueno, Rosely, Eduardo, Celia e Marcos.
O último fim de semana eu o passei numa cidadezinha muito bonitinha, chamada Cunha. Nada haver com o famoso escritor Euclides, aquele de Os Sertões.
Cunha é uma cidade localizada na região do Vale do Paraíba, a 288 km da Capital Paulista.
Essa cidade, cujas origens datam do século 16 oferecem boas pousadas como a Dona Felicidade. A administradora, a mineira Lurdinha, é de uma atenção incrível com seus visitantes. Um encanto de pessoa. O chefe de cozinha, Miro, também é todo atenção com todos que o procuram. Na cozinha é um sábio, um mestre. Saí de lá pesando uns 200 kg a mais. Ô coisa boa!
Assisti a vitória do Flamengo na residência particular de Lurdinha e Miro. Tomei umas duas lapadas pra aquecer a garganta e soltar a timidez para aplaudir do rubro-negro carioca.
Depois do jogo, novela e o JN.
No JN de sábado 23 ouvi um lero enorme sobre o animador Gugu não-sei-que-lá. E tome falatório. A princípio pensei tratar-se da morte de um figurão da política ou de um herói nacional qualquer. Pobre do país que precisa de herói.
Mas o falatório a respeito do ilustre morto era sobre seu "legado". Aí foi que me lembrei: Esse Gugu foi o cara que ficou famoso por apresentar um quadro na TV chamado A Banheira do Gugu, afe! Lembrei-me também que foi ele quem soltou entrevista forjada com dois supostos integrantes da facção criminosa conhecida por PCC. Deus do céu! Essa mentira ou fake news como se diz hoje, foi ao ar no 7 de setembro de 2003. Mas o que eu quero dizer mesmo, é o seguinte: Fiquei impressionadíssimo com a notícia sobre a morte desse cidadão veiculada durante horas e horas em todos os canais de TV e rádio, jornais e revistas que também não economizaram espaço para falar do legado desse apresentador de abobrinhas tão comuns na nossa televisão.
Deixo uma pergunta: Por que as mídias dedicam tão pouco espaço a nossa cultura popular?
A cultura popular, eu já disse, é a identidade de um povo. E o nosso povo, esse que faz e curte cultura é incrível. A propósito: Não recordo ter visto em toda a minha vida esse Gugu com um livro na mão ou falando de algum poeta, romancista ou historiador brasileiro ou não. Meu amigo, minha amiga, você saberia distinguir cultura popular de cultura de massa?
Wilson Seraine é um desses caras que a gente olha e não dá
um tostão. Furado.
Seraine é nordestino da capital piauiense. Cabra bom. Tem
mil e uma histórias pra contar.
Wilson Seraine virou professor no século passado, mas
continua ensinando tudo que aprendeu. E o seu território de aprendizagem e
ensinamento não é brinquedo, não. O cara desliza com muita naturalidade nas
áreas de matemática e Física. Costumo chama-lo de “Homem-Bomba”. E sabem por
que?
Outro dia, Seraine chegou em casa dizendo que no dia
seguinte ia submeter-se à uma prova, na USP, que tratava de questões referentes
à energia nuclear. Faltou, eu soube depois, uma coisinha de nada para o cara
ameaçar o mundo com uma bomba. Nuclear. Mas na verdade, na verdade, Wilson não
é de ameaçar nada nem ninguém. Tampouco com bomba!
O professor Wilson Seraine é e sempre será um homem de paz. Eu
o conheço desde o século passado. Foi ele quem me levou à proferir palestra sobre cultura popular no principal teatro de Teresina. Uns 500/600 lugares,
todos lotados. E entre os assentos ocupados, o mestre Loyola Brandão.
Viva o grande escritor Ignacio de Loyola Brandão!
Brandão é, hoje, membro da Academia Brasileira de Letras,
ABL. Mas essa é outra história.
Acabo de tomar conhecimento de uma notícia importantíssima
para quem curte, para quem gosta, da cultura popular brasileira: Wilson Seraine
acaba de receber título de Cidadão de Fortaleza, cidadão sertanejo!
Wilson Seraine tem publicados uns dez livros sobre o que o
povo conta e faz. Luiz Gonzaga, entre eles. Aí na foto, mostro a vocês um trabalho
excepcionalíssimo organizado pelo professor Seraine. E mais não digo. Corram à
procura do livro Cordéis Gonzaguianos – Antologia. Vocês vão gostar, tenho certeza.
Eu disse que não digo, mas digo: no dia 10 de novembro de
1949, no Rio de Janeiro, Luiz Gonzaga entrava num estúdio da extinta RCA Victor
e gravava o primeiro forró da história musical: Forró de Mané Vito, composto em
parceria com Zé Dantas, pernambucano como o próprio Rei do Baião, para lembrar,
clique:
O artista
paraibano Jackson do Pandeiro nasceu em 1919. Façam as contas, 1, 2, 3...10, 20, 30... 100! Cem Anos!
Jackson
começou a gravar discos em 1953. A primeira música, o coco Sebastiana, foi
gravada no estúdio da rádio Jornal do Comercio, provavelmente em setembro, e
lançada pela extinta gravadora Copacabana, em Outubro e Novembro daquele ano. Essa música
foi composta pelo pernambucano, Rosil Cavalcanti (1915-1968). Aliás, de Rosil, Jackson
gravou mais 23 títulos, de acordo com o levantamento feito por seu biógrafo Rômulo
Nóbrega. https://assisangelo.blogspot.com/2014/07/biba-jackson-biba-rosil.html
Para marcar o
centenário do intérprete nascido no município de Alagoa Grande, os cineastas
Marcus Vilar e Cacá Teixeira apresentam logo mais à noite, em Campina Grande, o
documentário Jackson, na Batida do Pandeiro. Esse filme, com 100 minutos de
duração, traz vários depoimentos de pessoas que conviveram ou estudaram a obra
do artista e compositores por ele gravado. Entre esses depoimentos, o de
Rômulo Nóbrega, curto e grosso.
Fernando Moura, um jornalista paulista há muitos anos radicado na capital paraibana, é o consultor musical do filme de Marcus e Cacá. Fernando é um dos grandes conhecedores da obra de Jackson. Em 2001, pela editora 34, ele publicou o livro Jackson do Pandeiro – O Rei do Ritmo em parceria com o também jornalista Antônio Vicente. O livro é impecável!
O filme será exibido amanhã 27 no Museu Nacional da República, em Brasília. Hora: 14:00. Em João Pessoal, mais precisamente em uma das salas de cinema do Shopping Manaíra, o filme será exibido sábado 30, às 16h.
Na foto acima
o livro sobre Jackson escrito por Fernando e Antônio e o primeiro disco gravado
por Jackson que se acham no Instituto Memória Brasil, IMB.
O Brasil está doente. E sofrendo faz tempo. É sofrimento depressivo provocado pela irracionalidade de muitos que lhe acompanham no estradar político.
O preconceito tem sido uma erva daninha regada pela irracionalidade de muitos que andam à toa, sem ter bem o que fazer. E veja o senhor: Cada vez mais o negro tem sido vítima dos bocós à solta, da violência, da incompreensão, intolerância. No Rio, por exemplo, um bando de maus brasileiros, racistas, fascistas de plantão, tentou calar a missa de um padre, avançando sobre ele para tomar-lhe o microfone. Heresia pura. Era missa para todo mundo, inclusive para nossos irmãos afrodescendentes. Somos todos iguais não? Esse pessoal gritou, bagunçou, e terminou falando em latim ou algo equivalente parte da celebração.
Ataques a negros no Dia Consciência Negra aconteceram de canto a canto do Brasil.
A Amazônia está gemendo, pedindo socorro. É grande o desmatamento que lá ocorre. Por causa disso, os Estados Unidos acabam de orientar grandes empresas a não comprarem madeira do Brasil. Outros países, como a Bélgica e a Alemanha, continuam preocupados com a falta de política ambiental do Governo. Sei que o senhor nunca foi chegado a uma boa leitura, mas de qualquer modo, tomo a liberdade de lhe enviar um poema que acabo de fazer sobre a questão. Pra refletir: Agora é óleo cru Que mata o nosso mar Que mata nossos peixes Num leve pestanejam É terrível o que se vê E difícil acreditar Porque se mata tanto Impunemente no mar? É horror o que ocorre Lá longe em alto mar Navios assassinos Matando só por matar Esse é crime grave Que alguém tem de pagar É um crime ambiental Pintar de piche o mar O mar está gemendo Pedindo pra se salvar Gritando SOS Para não se afogar
Tudo isso sem falar nos índices de violência identificados no alto desemprego. Doze milhões e tanto de desempregados no país não é coisa pouca não, o senhor sabe. E quem está entrando no mercado agora, Deus do céu!
E Brumadinho, hein!
No mesmo dia em que se tentou levar à reflexão o dia da Consciência Negra, completavam-se 300 dias da tragédia de Brumadinho, que espantou o mundo. Talvez o senhor não tenha tempo para ver/ouvir o post abaixo, mas quem sabe...
Ah! Ia-me esquecendo, senhor presidente: minha pressão medida hoje deu 12x8. E o tum, tum do meu coração é Brasil, Brasil, Brasil... Abraço, Assis
Ontem 17 estive acompanhando parte da programação da 23ª edição do projeto Revelando São Paulo, alí no Parque da Água Branca, SP. À noite revisitei O Pequeno Príncipe, pérola da literatura infantoadulta de um cara que ficou conhecido em Santa Catarina, SC, como Zé Perry. Esse Perry, claro, era Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944). Ele, que era aviador, morreu abatido por um caça Alemão um ano depois de lançar, nos Estado Unidos, seu famoso Príncipe. Corria a Grande Guerra. Esse livro é o terceiro mais traduzido no mundo. É como eu disso: Uma pérola.
Mas não é bem sobre isso que eu quero falar.
Mirianês Zabot é uma cantora nascida lá pra bandas onde nasceu Paixão Côrtes (1927-2018) https://youtu.be/T5IBBUJkx4g. Voz pura, clara, limpa, pequena "mas grande", como diria o compositor Gonzaguinha.
Tem muito artista bom no Brasil. Artista de todos os tamanhos. E da música popular, inclusive. É só procurar por caminhos que não sejam as mídias tradicionais, que acha.
O primeiro disco de Mirianês, Mosaico Foto-Prosaico, foi à praça em 2009, de modo independente. O disco, de 11 faixas, começa com um baiãozinho estilizado intitulado Anabela, de Mario Gil e Paulo Cesar Pinheiro. Essa música tem uma versão ao vivo de Mirianês e sua colega Consuelo de Paula, uma beleza, confiram https://youtu.be/dgM2yukFUZI.
Mosaico Foto-Prosaico, é um disco simples, de repertório simples, que leva facilmente as pessoas à sensibilidade e reflexão. A curiosidades, por exemplo: mais uma estilização, dessa vez, em ritmo de embolada. Falo de Berimbau Sabiá, de Otávio Segala. Joíssima. O mago Hermeto Pascoal é lembrado nessa faixa. Um trecho:
Berimbau, santo de casa, que agora vai lhe mostrar Um feito bem brasileiro que de santo, só por lá Não é Hermeto nem Pascoal que de faixa vai pular Mas se a lei do autoral vier duro me pegar Eu vou dizer que o Pau Brasil no meio do bê-a-bá...
A propósito nessa faixa Berimbau Sabiá, há também uma referência oportuna ao jornalista, advogado e poeta maranhense Antônio Gonçalves Dias (1823-1864). A referência é ao nome e ao poema mais adaptado, plagiado, ou referido Canção do Exílio, que o autor gerou no tempo em que estudava em Portugal. Fica a lembrança. Aliás, Chico e Tom inspiraram-se em Dias para compor Sabiá, que um dia Vandré me diz querer ainda gravá-la em disco.
O segundo disco de Mirianês, que está circulando por aí, intitula-se Mirianês Zabot canta Gonzaguinha - Pegou um Sonho e Partiu, tem 12 faixas, gravadas também de modo independente. Nesse disco a interprete foi rigorosa na escolha do repertório de Gonzaguinha. Começa com a canção Maravida. Forte, lírica, belíssima. É o Gonzaguinha mais leve, mais solto captado por Mirianês.
Luiz Gonzaga do Nascimento Jr (1945-1991) não era filho biológico do Rei do Baião, Luiz Gonzaga (1912-1989) https://assisangelo.blogspot.com/2013/09/gonzaguinha-e-primavera.html. Viviam às turras, mas foi em disco do pai que ele começou a aparecer ao chamado grande público.
Gonzagão gravou 17 músicas de Gonzaguinha.
Em 1969, a "princesinha do baião" Claudette Soares defendeu no Segundo Festival Universitário da Canção, no Rio, uma música de Gonzaguinha: Mundo Novo, Vida Nova. Que ganharia faixa no CD Claudette Soares Ao Vivo, em 2000. Depois dela, muitas outras cantoras interpretaram o filho de Gonzagão. De Elis a Simone. Foi Maria Bethanea que o tornou nome nacional ao lançar um LP com a canção Explode Coração. Antes disso, Gonzaguinha lançou em compacto Comportamento Geral. Isso, em 1972. A censura desceu o pau e mandou recolher o disco do mercado. Quem chamou a atenção da censura pra essa música foi o polêmico apresentador de TV Flávio Cavalcante, que o chamou de "terrorista". Isso bastou para a Censura, crau!
Claudette é uma pérola a ser cada vez mais cultivada na nossa música popular. De Gonzaga ela gravou coisa pouca, gravou Baião, o suficiente pra o velho de Exú chamá-la de princesa, pois bem, essa mesma princesa atendeu ao convite de Mirianês para, juntas, gravaram De Volta ao Começo. Arrepia. Ouçam:
O primeiro disco de Mirianês Zabot é quase um prosseguimento do segundo, embora no primeiro não haja nenhuma composição de Gonzaguinha.
Gonzaguinha foi criado no morro de São Carlos, no Estácio, berço da escola e samba Deixa Falar. Ele desceu o morro direto para brigar no asfalto, de lá mergulhou no universo Gonzaguiano. Galope, faixa 10 do disco Mirianês Zabot canta Gonzaguinha - Pegou um Sonho e Partiu, é um pedaço do seu mundo "nordestino". Nessa composição ele cita dois clássicos do pai. Baião (1946) e Vozes da Seca (1953). Essa última foi uma paulada no governo da época, talvez tenha despertado alguma coisa política no adolescente que crescia de mal com a vida, com o mundo. A questão social é uma questão ultra-presente na obra de Gonzaguinha, e isso pode também ter ocorrido com a cantora Mirianês, pois ela desceu da serra gaúcha e partiu direto pra fogueira do asfalto. Ela dele carrega algo que tem haver com as injustiças sociais etc.
Eu se fosse você, meu amigo, minha amiga, ia correndo à procura dos discos de Mirianês Zabot.
Quer saber mais a respeito dessa cantora, acesse:
Site: www.mirianeszabot.com.br
BRAHMA
No próximo dia 27, uma quarta, a partir das 21h, a cantora Mirianês Zabot estará se aprestando no tradicional Bar Brahma, que fica alí nas esquinas famosas Ipiranga e São João. O espetáculo intitulado Gafieiras e Outras Verves (Baile de Gafieira), tem a participação dos cantores Alexandre Arez e Chocolatte de Vila Maria; dos músicas Sergio Bello (violão), Fabio Canella (bateria), Henrique Pereira (contrabaixo) e Fabinho Oliva (trombone). O show integra o projeto Talento MPB. Ingressos antecipados pelo Whatsapp (11) 98390-8201.
Sem dúvida, é muito bom passear. Acabo de passear. Fui ao Parque da Água Branca ali na Matarazzo, perto de onde moro cá em Sampa. Fui ouvir grupos folclóricos do interior de São Paulo. Gostei do Fandango de Tamanco de Itaoca, cidadezinha que se localiza a duzentos e tantos quilômetros da capital paulista.
Mais de 300 atrações constaram da programação do projeto Revelando SP, agora na sua 23 ª edição, que começou no dia 13 e termina hoje às 20 horas, com espetáculo musical do paulista Renato Teixeira, autor da impagável Romaria.
Tirante a muvuca do ambiente e a comida, no geral, sem gosto foi legal estar por lá.
Ah! Não custa dizer: senti falta de pessoas da organização do evento capacitadas para atender a cegos como eu, deficientes em geral e idosos também carentes de atendimento especial.
E viva a vida!
NO CHILE, POLÍCIA CEGA O POVO
I-n-a-c-r-e-d-i-t-á-v-e-l!
Ouço no rádio que a polícia chilena atirou para cegar e cegou cerca de 250 pessoas em passeata nas ruas do Chile. A ordem foi essa: cegar!
A que ponto chega a crueldade humana. Tiros com balas de borracha nos olhos dos outros e o que, hein?
Na noite de 14/11/1969, uma sexta-feira, o craque Pelé fez o seu milésimo gol. Não no Maracanã, mas na capital paraibana, João Pessoa. O goleiro vazado, Lula Marques, entrou dessa forma para a história do futebol. Lula defendia as cores do Botafogo paraibano.
Mas quem entrou para a história do 1.000º gol de Pelé foi mesmo o argentino Andrada, que defendia o Vasco. Esse segundo milésimo foi no Maracanã.
Andrada morreu em setembro passado, aos 80 anos. Pelé, hoje beirando esses mesmos 80, é o mais internacional dentre todos os jogadores brasileiros.
Muitos os discos gravados sobre Pelé, em LPs e 78 rpm. Algumas pelo próprio. O acervo do Instituto Memória Brasil (IMB) tem grande parte deles.
Não me contaram e nem ouvi no rádio ou TV que o dia 10 de novembro foi o dia que, há exatos 70 anos, Luiz Gonzaga entrou no estúdio da extinta RCA Victor e gravou o primeiro forró constante na discografia brasileira: Forró de Mané Vito, do próprio Gonzaga em parceria com o conterrâneo Zé Dantas.
Pois bem, no último dia 10, estive compartilhando a data com amigos. Entre esses amigos os jornalistas Severo e Serginho, as irmãs cantoras Célia e Celma, num bate-papo na casa do craque do violão Osvaldinho Viana, cá no bairro paulistano da Lapa. Foi uma festa, uma farra.
Depois de abusar da culinária dos Viana (né, Mariza?), fui para um papo de encerramento da exposição multimídia Luiz Gonzaga na eternidade dos 30.
Fiquei feliz por reencontrar no espaço da exposição, no Centro Cultural Santo Amaro, o colega Zé Hamilton Ribeiro e sua companheirinha de vida e arte, Yolanda. Lá também estavam o multiartista Luiz Carlos Bahia e o pernambucano Edinaldo Freire, um dos mais importantes diretores de teatro do Brasil. A propósito, sua nova pérola é O Caso Severina.
Luiz Gonzaga na eternidade dos 30, levada à cena pelo sonho de realização da colega jornalista Sylvia Jardim, recebeu mais de 5 mil estudantes da região de Santo Amaro. Cumpriu a sua meta. À diretora do centro cultural que recebeu essa exposição, Andrea Sousa, meu agradecimento. Tudo o que se acha na referida exposição faz parte do Instituto Memória Brasil - IMB.
Estou feliz.
Estou voltando à tona para por alguma ordem nessa esculhambação geral em que vivemos.
Viva a Cultura Popular!
No dia 9 de novembro, há 30 anos, o mundo civilizado aplaudia a derrubada do muro de Berlim. De um lado o Capital, do outro o Capitalismo. Não vou entrar nos detalhes, quem pensa sabe do que falo.
Ontem 8 o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva saiu da carceragem da PF, no Paraná. Ao sair, ele falou para o seu público e disse, disse, disse o que voltaria a dizer hoje 9 à tarde, em São Bernardo, seu lugar de início. Muita gente o aplaudiu. Compreensível.
Eu conheci Lula de perto, no final dos anos de 1970. Eu era repórter da Folha e um dos jovens entusiasmados pelas idéias socialistas.
Lula falou hoje 9 durante 45 minutos. Falou sobre tudo que tinha que falar: o Capitalismo é uma merda e quem é contra o Capitalismo é também um merda.
Lula meteu a ripa no SBT, na Record e na Globo.
Fico cá eu pensando: por quê a esquerda e a direita metem o pau na Globo?
Eu quero o melhor para o meu país.
O Bolsonaro é uma besta quadrada que não sabe sequer o que é cultura popular. Nunca leu nada. É um alienígena entre nós. Repito: uma besta.
E Lula, heim!
Depois do que ouvi pela TVT, Lula ao vivo falando o que tinha de falar, chego a modesta conclusão de que Lula precisa de Bolsonaro, como Bolsonaro precisa de Lula, para politicamente sobreviver.
Lula brigou comigo à toa, num tempo distante. A foto aí em que aparecemos é do final dos anos 80, quando ele era deputado federal Constituinte e eu chefe de reportagem da Editoria de Política do jornal O Estado de S.Paulo.
No discurso proferido hoje na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, Lula meteu o pau em meio mundo, inclusive no SBT e no seu dono, Sílvio Santos. De Sílvio não tenho procuração pra dele falar, mas é um cara interessante. Eu o entrevistei para o Estadão (foto aí). O Lula já esteve no SBT e lá falou tudo o que quis, sem censura. Foi no SBT que Jô estreou o seu programa de entrevistas e lá eu também falei o que tinha que falar. Comigo, na ocasião a rainha do forró Anastácia.
VIDA É FESTA. OUVIR HOJE 9, MEIO-DIA, O CARLOS SÍLVIO ENTREVISTANDO LAYA E MARQUINHO MENDONÇA TOCANDO COM MAESTRIA NO PROGRAMA PAIAIÁ(RÁDIO CONECTADOS). COISA BONITA DEMAIS! O MARQUINHO FALOU COISAS INCRÍVEIS, ATÉ SOBRE A ORIGEM DE INSTRUMENTOS MUSICAIS. NESSE PONTO, PECOU AQUI E ACOLÁ. PECOU, MAS LAYA O SALVOU CANTANDO.
LUIZ GONZAGA...
OH, PESSOAL, AMANHÃ, 10, ÚLTIMO DIA QUE TODOS NÓS TEREMOS PRA VER OU REVER "GONZAGA NA ETERNIDADE DOS 30".
QUEM NÃO FOI VÁ CORRENDO. COISA MUITO BONITA NO CENTRO CULTURAL DE SANTO AMARO. AV. JOÃO DIAS, 822. SANTO AMARO.
Ninguém pede pra nascer e, de sã consciência, ninguém pede pra morrer.
A morte é fim ou começo? Mas essa não é a questão, até porque ninguém sabe sequer o dia em que Cristo nasceu.
Mas, é muito bom vivermos um dia seguido de outro.
Aniversário de nascimento é sempre bom de se comemorar.
Dia desses, participei das comemorações de mais um ano na vida das amigas cantoras, gêmeas, de Ubá - MG, Célia e Celma. Foi no apartamento do Daniel, empresário, no bairro paulistano da Lapa. Lá estiveram, Severo, Raimundo José, Ana, Jeremias, Mirianês Zabot, Oswaldinho, Serginho, Mary, Laura, Jandaira.
Houve brindes e cantoria até bem tarde do tempo. Tempo esse que prossegue nos incentivando a acompanhá-lo no dia a dia, para onde quer que vá. Fica o registro, fotográfico inclusive (foto acima).
Viva a vida!
Novo Site do IMBVocê meu amigo, você minha amiga, já deu um a entradinha no endereço da nova página do Instituto Memória Brasil? Estão dizendo por aí que está ficando bonitinha a danada da página. Tem até rádio, com músicas que vale a pena ouvir. Confira e diga pra mim o que achou. Ah! Ia-me esquecendo: Aceitamos sugestões para que fique a melhor das melhores páginas desse mundo doido chamado internet. E Viva a Cultura Popular! Clique: https://institutomemoriabrasil.com.br
Não será exagero comparar a compositora pernambucana Anastácia com a compositora carioca Chiquinha Gonzaga, de batismo Francisca Edwiges Neves Gonzaga (1847-1935).
Chiquinha deixou um legado incrível: mais de um milhar de composições nos mais diversos ritmos. Anastácia, por sua vez, já gerou pelo menos 700 composições, entre boleros, arrasta-pés etc.
Na história da nossa música popular não se tem notícia de uma mulher que tenha composto tantos forrós quanto Anastácia "Estou vivendo mais uma belíssima fase da minha vida", diz ela num telefonema a mim. E acrescenta "No próximo dia 11 de dezembro estarei desembarcando em Portugal para receber um prêmio e realizar 3 shows já agendados".
Em maio , ela completou 79 anos. "Agora estou m,e preparando para as comemorações dos meus 80 aninhos com novos shows e um novo disco com músicas inéditas".
Vão participar do novo disco de Anastácia, Zeca Baleiro e Chico César, seus novos parceiros; Alceu Valença, Geraldinho Azevedo e outras feras da nossa música.
LAYA E MARQUINHO NO PAIAIÁ
No próximo sábado 9, a partir do meio dia, a cantora Laya e o compositor e violonista Marquinho Mendonça estarão sendo entrevistados pelo apresentador do programa Paiaiá (Rádio Conectados), o baiano Carlos Sílvio. Laya é uma das mais bonitas vozes femininas que já ouvi. Quanto a Marquinho afirmo, sem medo de errar, ser ele um dos violonistas mais inspirados. Os dedos dele parecem ser mágicos, tão rápidos são ao dedilhar. Não percam. Ah! E por falar no Paiaiá, acompanhem a entrevista que o cantor e compositor e também radialista Luiz Wilson deu outro dia ao já referido Carlos Sílvio:
Sem ter o que fazer ontem a noite, e cheio de saudade, telefonei ao Vandré e Oswaldinho. Ambos notei estarem ótimos, com o astral lá em cima. Vandré falou rapidamente do noticiário que vê/ouve na tevê (Jornal Nacional). Prá ele rádio boa é a CBN. Oswaldinho dia desse passará por cá para um bom dedo de prosa.
Mostrar o mundo para o mundo não é coisa fácil, e quando esse mundo
que se tenta mostrar tem a ver com a arte é até mais difícil. Mesmo.
E o que dizer sobre um artista
que representa o mundo?
Leonardo da Vinci, italiano
(1452-1519) nasceu numa vila que lhe dá o sobrenome, em Toscana.
Esse cara da vila que leva o
seu nome foi tudo o que alguém pode ser na vida, no mundo, em qualquer tempo.
Mas, não vou me estender nesse
assunto, até poque assunto demais conhecido nos últimos 500 anos.
Fui um dos privilegiados
convidados à inauguração da Exposição Leonardo da Vinci - 500 anos de um Gênio,num novo espaço para a cultura brasileira:
MIS Experience gerido pelo Museu da Imagem e do Som, MIS, que fica logo ali na
rua Vladimir Herzog, 75, no bairro paulistano de Água Branca, pertinho da TV
Cultura.
Foi bom demais ouvir o que ouvi
na preleção sobre o novo espaço cultural, que paulistas e paulistanos e gente
de todo o canto pode se extasiar. Coisa bonita, muito bonita.
Pois bem, fui um dos convidados
privilegiados a "ver" a exposição multimídia - e põe multimídia nisso
- sobre o gênio italiano Leonardo da Vinci. E pra completar a alegria que
carreguei comigo até o novo MIS, fui acompanhado da minha amiga jornalista
Cilene Soares. E lá encontrei e reencontrei pessoas incríveis do nosso viver:
Marcos Mendonça e sua querida Dalva, Gil Costa, Marquinhos, Sérgio e Carla,
Lílian (maravilhosa!), Walker, Felipe, Kainan, Gabrielle. Rolando Boldrin e
tantas outras pessoas da nossa convivência profissional. Aloás, acho que Deus
também estava lá.
Será que Leonardo é Deus?
Desde a minha infância aprendi
que os maiores dos maiores É Deus.
A Exposição Leonardo da Vinci - 500 anos de um Gênio,no MIS, é
um gol fantástico - mais um! - marcado pelo craque Marcos Mendonça.
O Brasil tem jeito, não é
mesmo, Kobra?
É de Kobra o belíssimo
painel/mural (acima) que está logo alo à entrada da exposição, que fica em
cartaz até o dia 1 de março do ano que vem.
Eduardo Kobra, que conhece
todas as artes e a alma do mundo, foi o cara que a meu pedido fez a capa do
livro A Presença do Futebol na Música Popular Brasileira (2010).
Esse livro eu comecei a gerá-lo
na França. Olha a capa aí:
O cantor e compositor cearense Raimundo Fagner nasceu no dia
13 de outubro de 1949. Nesse mesmo ano, no dia 10 de novembro e cantor e
compósito e pernambucano Luiz Gonzaga entrava no estúdio da extinta RCA Victor
e gravava o primeiro forró da Discografia Brasileira, Forró de Mané Vito.
Depois de Dominguinhos, Fagner é o cantor que mais tem
gravado músicas do Rei do Baião. Gonzaga e Fagner chegaram, inclusive, a gravar juntos, 2 LPs.
Em 1971, Fagner tinha 22 anos de idade. Nesse ano, ele
estreou em disco ao lado do conterrâneo Cirino. Gravadora: RGE, já extinta. O
disco, um compacto simples, passou praticamente despercebido por todo o mundo.
Dois anos depois, já noutra gravadora (PolyGram), ele grava o primeiro LP:
Manera Fru-Fru, Manera: O Último Pau de Arara. E daí não parou mais.
Entrevistei Raimundo Fagner várias vezes nos programas que
comandei, nas rádios Capital e Trianon.
Em maio de 2013 o cantor cearense e eu (foto abaixo) chegamos
a receber o Troféu Gonzagão, criado na Paraíba (PB) para premiar pessoas que têm divulgado a
obra de Luiz Gonzaga.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acham todos
os discos de Fagner. Entre eles curiosidades como uma entrevista gravada em LP
(foto acima).
A jornalista Regina Echeverria acaba de lançar à praça o
livro Raimundo Fagner: Quem me levará sou eu. Nesse livro o biografado conta
muitos e muitos lances da sua vida, como o que que dá conta da sua decisão em
defender a canção Quem me levará sou eu, de Dominguinhos e Manduka. Isso
ocorreu no festival da extinta TV Tupi, em 1979. Manduka era filho do poeta
Thiago de Mello.