Púbico aplaude de pé a performance dos artistas do musical Belchior - Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro! |
República emprenha-se em sucatear as ferramentas de valorização da cultura popular do País, incluindo a música, é de se louvar a coragem de empresários e produtores culturais como João Luiz Azevedo, que anda removendo montanhas Brasil a fora para levar a publico o belíssimo espetáculo Belchior - Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro!
Assisti ontem 11 no Teatro Liberdade (Rua São Joaquim, 129), entusiasmado, esse musical que leva à cena os atores e cantores cariocas Bruno Suzano e Pablo Paleologo.
Pablo permanece mais tempo cantando, enquanto Bruno ilustra cantos em que de alguma forma Belchior é personagem.
Belíssima é a cena em que Bruno retira de uma mala uma pipa, o que faz lembrar instantes da infância do autor de Eu Sou Apenas Um Rapaz Latino Americano, Como Nossos Pais e Coração Selvagem. Foto a baixo.
Outra cena bonita entre tantas, é quando Bruno feito criança, contente, conclui um barquinho de papel que ilustra à perfeição a cantiga Mucuripe, que o parceiro Fagner gravou no seu primeiro LP.
Belchior - Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro transcorre em pouco mais de uma hora. São 15 músicas muito bem interpretadas sem a preocupação de o interprete imitar o artista cearense. É de se destacar com louvor o acompanhamento musical a cargo de um grupo formado por Emília Rodrigues (baterista), Fabio Rocco (baixo), Marina Bastos (sax e flauta), Rico Farias (guitarra) e Thomas Lenny (teclado). A direção musical é de Pedro Nego.
O espetáculo vale a pena ser visto, por fans e não fans. Impossível ficar quito sem aplaudir a performance dos atores/cantores e da banda. Nota dez, também, para a iluminação de palco a cargo de Rodrigo Belay. O figurino e a cenografia levam assinatura de José Dias.
O espetáculo é ponteado por trechos significativos de entrevistas de Belchior pinçados dos jornais, revistas e até de uma fala dele mostrada pelo Fantástico, da TV Globo, no momento em que se encontrava ausente do Brasil, no Uruguai. Essa parte, aliás, possibilita ao público saber a opinião de Belchior sobre arte e artista, privado de público. O privado, pra ele, não é de interesse público.
As colagens de entrevistas de Belchior à imprensa serviram para o diretor do espetáculo, Pedro Cadore, formatar o roteiro que teve a colaboração de Claudio Pinto.
O Teatro Liberdade foi inaugurado em abril do ano passado e tem como diretor o português Manuel Fernandes, que anda entusiasmado com as possibilidades de ocupação do teatro. a próxima atração tem haver com Tim Maia. Hoje 12, quem não viu pode ainda ver o espetáculo Belchior - Ano Passado Eu Morri, Mas Esse Ano Eu Não Morro.
Belchior (1946-2017) foi um dos mais representativos artistas da nossa música popular.
Saiba algo mais sobre Belchior. Clique:
http://assisangelo.blogspot.com/2017/04/belchior-e-uma-lembranca-que-doi.html
http://assisangelo.blogspot.com/search?q=BELCHIOR+E+A+M%C3%81+POL%C3%8DTICA
http://assisangelo.blogspot.com/2015/03/por-onde-andara-belchior.html
Lindo material retratando a importante obra de nosso querido Belchior! Parabéns Assis Angelo!
ResponderExcluirÉ isso aí Claudia, a gente vai fazendo as coisas à medida em que nos lembramos... Obrigado!
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