Catulo da Paixão Cearense nasceu em São Luís, Maranhão, como Artur
Nabantino Gonçalves de Azevedo.
Artur Azevedo, como ficou
conhecido Artur Nabantino, nasceu no dia 7 de julho de 1855.
Tinha oito anos de idade quando
já chamava a atenção do pai David vice-cônsul de Portugal, em São Luís, ao
imitar atores em ação.
Aos quinze o adolescente Artur já despertava a admiração de um
público que aos poucos ia formando.
O jornalismo, a poesia, o
conto, o teatro, logo cedo foram tomando conta do jovem que, para não depender
do pai, arranjou emprego público na terra onde nasceu. Muito jovem ainda,
trocou São Luís pelo Rio de Janeiro. E no Rio, logo integrou-se aos grupos de
intelectuais.
Foi amigo de Bilac, Castro
Alves e Machado de Assis, entre outros poetas e romancistas.
Pra sobreviver, independente da
família, Artur candidatou-se a um emprego público federal, no Rio. E ganhou.
Na sua obra, há vários
personagens negros.
Ele gostava muito de escritores
franceses e de operetas. Tanto que, em março de 1886, leva à cena a
adaptação que fez de A Donzela Teodora. A música para essa adaptação marcou a
estreia do músico paraibano Abdon Felinto Milanez (1858-1927).
A Donzela Teodora é uma personagem popular conhecida primeiramente
na Espanha do século XVIII.
A história da Donzela ganhou
versão em folheto de cordel,
do paraibano de Pombal, Leandro
Gomes de Barros (1865-1918), no começo do século XX.
Abdon Milanez era irmão do
pintor Pedro Américo. Catulo da Paixão Cearense (1863-1946) foi o primeiro
poeta letrista de chorinho, gênero musical criado pelo carioca Joaquim Antonio
da Silva Callado, que morreu em 1880, aos 31 anos de idade.
A letra do primeiro choro, Flor
Amorosa, é de autoria de Catulo. Essa música foi gravada em disco em 1902,
pelos irmãos Eymard (Casa Edison).
Artur Azevedo, autor de extensa
obra, morreu no dia 22 de outubro de 1908.
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