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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

LULA GANHOU. O POVO GANHOU. VIVA A DEMOCRACIA!


Até o momento em que dito estas mal batidas linhas, o candidato à reeleição Bolsonaro continuava em lugar desconhecido e não sabido. Na moita, arquitetando loucuras radicais. É do seu feitio.
Bolsonaro passou 38 dias para reconhecer a vitória de Biden à presidência dos EUA. Biden, por sua vez, não demorou nem 38 minutos para reconhecer e aplaudir a vitória de Luís Inácio Lula da Silva, ontem 30.
Essa é a 3ª vitória de Lula à presidência da República.
Lula ganhou com uma diferença de 2,1 milhões de votos. Nos detalhes, o TSE divulgou números totais: Lula recebeu 60.345.999 votos, 2.139.645 a mais que Bolsonaro.
Na parte da manhã de ontem eu calculava a diferença pro Lula em 2.225.000 votos.
Os brasileiros residentes do estrangeiro aptos a votar eram de 697 mil, desses votaram 298.169. Lula ganhou com 152.605 votos.
As abstenções somaram 32.200.558, um pouco a menos que no 1º turno.
O presidente derrotado ganhou porém, em 13 Estados e no Distrito Federal.
O candidato do PSDB no Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, de virada faturou mais uma eleição derrotando o candidato bolsonarista Onyx Lorenzoni. Leite teve, no total, 3.687.126. A diferença de votos a seu oponente foi de 919.340.
Lorenzoni é aquele radical negacionista que, depois de virar as costas e recusar-se a apertar a mão de Leite, disse que a melhor vacina contra o Coronavírus era pegar o Coronavírus. Homofóbico, disse também que "iria ter uma 1ª Dama de verdade", no governo gaúcho. Quebrou a cara.
Em São Paulo, Bolsonaro fez da sua sombra Tarcísio de Freitas, governador.
Em Minas, mesmo com toda máquina do Estado, Bolsonaro perdeu. Curiosidade: historicamente, o candidato a presidente da República que ganha em Minas, ganha o Brasil.
Lula, no seu discurso após a vitória, disse que "A partir de 1º de janeiro de 2023, vou governar para 215 milhões de brasileiros e brasileiras, e não apenas para aqueles que votaram em mim. Não existem dois Brasis, somos um único país, um único povo, uma grande nação".
E disse também: "Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário. Se somos o terceiro maior produtor mundial de alimentos e o primeiro de proteína animal, se temos tecnologia e uma imensidão de terras agricultáveis, se somos capazes de exportar para o mundo inteiro, temos o dever de garantir que todo brasileiro possa tomar café da manhã, almoçar e jantar todos os dias".
As principais ruas e avenidas do Brasil se encheram de brasileiros comemorando a vitória de Lula, a vitória do próprio povo, da Democracia.
A avenida Paulista ficou completamente tomada de pessoas de todas as idades e credos.
Fica o registro.

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

O poeta mineiro de Itabira Carlos Drummond nasceu no dia 31 de outubro de 1902. Há exatamente 120 anos, portanto.
Drummond, que morreu no dia 17 de agosto de 1987, deixou uma obra excepcional. Chegou a ser indicado pra receber o Nobel de Literatura. Não deu. 
Eu entrevistei o poeta num dia qualquer de dezembro de 1980. 
É de Drummond a frase "Democracia é a forma de governo em que o povo imagina estar no poder".
Viva Drummond!

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