... Assim é Elomar Figueira de Mello: um príncipe da caatinga, que o mantém desidratado como um couro bem curtido, em seus 34 anos de vida e muitos séculos de cultura musical, nisso que suas composições são uma sábia mistura do romanceiro medieval, tal como era praticado pelos reis-cavalheiros e menestréis errantes e que culminou na época de Elizabeth, da Inglaterra; e do cancioneiro do Nordeste, com suas toadas em terças plangentes e suas canções de cordel, que trazem logo à mente os brancos e planos caminhos desolados do sertão, no fim extremo dos quais reponta de repente um cego cantador com os olhos comidos de glaucoma e guiado por um menino - anjo a cantar façanhas de antigos cangaceiros ou 'causos' escabrosos de paixões espúrias sob o sol assassino do agreste...
VISITA É COISA BOA
Ontem 20 a minha casa ficou mais alegre com a presença dos amigos Fausto e Vitor Nuzzi. Fausto é um grande chargista e Nuzzi autor de grandes livros. É dele, por exemplo, Geraldo Vandré - Uma Canção Interrompida (Kuarup, 2018). A prosa foi ótima, começou por voltas das 15h e terminou à boca da noite. Falamos de tudo um pouco: política, futebol, literatura, charge, pintura e tal. E molhamos o bico, que ninguém é de ferro. Aí na foto, o registro.
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