Infelizmente, é fato: O brasileiro, grosso modo falando, é de curta memória.
Não ouvi hoje 27, nem no rádio nem na TV, notícia dando conta do centenário de nascimento do carioca da Zona Norte Waldir Azevedo.
Waldir era músico, mais precisamente instrumentista. Começou a carreira muito cedo, menino ainda. Não tinha nem dez anos ainda quando apaixonou-se pela flauta, depois pelo bandolim e, sua paixão maior, o cavaquinho.
O cavaquinho é um pequeno instrumento de 4 cordas que faz a festa de quem gosta de ouvir música dedilhada.
O cavaquinho, pode se dizer, existe o antes e depois de Waldir.
Waldir Azevedo foi quem deu categoria maior a esse cativante instrumento.
O cavaco está para o Waldir como a sanfona está para Luiz Gonzaga e a cuíca para Osvaldinho. Sim, ele mesmo: Osvaldinho da Cuíca, de batismo Osvaldo Barro.
Bom, pessoal, era de Waldir Azevedo de quem queria falar. Falei. É dele o choro Brasileirinho. Ouça:
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RADAMÉS GNATTALI
O gaúcho Radamés Gnattali nasceu num dia como hoje: 27 de janeiro. O ano foi 1906.
Radamés era um figuraça. Sabia muita coisa do contexto musical, naturalmente. Foi maestro, arranjador, compositor. Fez arranjos de todos os grandes cantores da sua época. Fazia coisa boa, mesmo. Mas, encantado pelo som dos gringos americanos, enfiou osquestra no samba dos morros do Rio. Eu o conheci e o entrevistei. É uma história curiosa essa. Foi no Centro Cultural São Paulo. Gravador ligado, comecei a fazer perguntas. E ele falou, falou, falou. Bom papo. Meteu o pau no Tinhorão. Achei graça. Ao voltar para o jornal, Folha, fui transcrever a entrevista e, para minha surpresa, nada fora gravado. Mas ainda assim, escrevi. É isso.
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