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quarta-feira, 19 de abril de 2023

DETALHES NA VIDA DE UM REI. EU, HEIN!

Existem vários livros contando
a história de Roberto Carlos.
Ele mesmo assinou vários
desses livros.

Não seria fora do tom dizer que Roberto Carlos não é desse planeta. Aliás, Fora do Tom é nome da segunda música que ele gravou desde que iniciou a carreira na segunda parte dos anos de 1950. Essa música ocupou o lado B do 78RPM que traz no lado A João e Maria.
João e Maria, diria anos depois Roberto, o levou à emoção quando a ouviu pela primeira vez numa emissora de rádio de São Paulo. A música não fez sucesso nenhum. Saiu pela Polydor.
Roberto Carlos não é alienígena, mas é do Brasil antigo. Quer dizer, mais ou menos. Nasceu no dia 19 de abril de 1941. O mundo estava em guerra, com Hitler à frente da desgraceira que inundou o mundo de sangue.
Em 1961, ano da renúncia do presidente Jânio Quadros, Roberto levou à praça o primeiro LP a que deu o título de Louco por Você. Esse título, em inglês Careful, Careful, é dos gringos Lee Pockriss e Paul Vance.
Quase todas as músicas de Louco por Você traz a assinatura do fora de ordem Carlos Imperial.
Imperial foi tão importante na vida de Roberto Carlos quanto Tim Maia. É história.
Roberto Carlos começou a carreira imitando João Gilberto. O registro se acha já em João e Maria.
O LP Louco por Você, que RC relega e o exclui de sua discografia, é todo dançante no ritmo de Bossa Nova.
Em 1963, quando o presidente da República era João Goulart, Roberto levou à praça pela CBS o LP que considera ser o marco de sua carreira: Splish Splash. Aí já é Jovem Guarda na veia.
O cantor que mais gravou músicas no Brasil até hoje foi Chico Alves (1897-1952): cerca de 900. O segundo é Roberto Carlos, com cerca de 700.
Considero RC um chato. E não só eu.

Quando o empresário Antônio Ermínio de Morais concorria ao cargo de governador de São Paulo, em 1986, Roberto era um de seus garotos propaganda. Fazia shows para o empresário. Num desses shows, aberto por Téo Azevedo e grupo, Roberto não lhe deu a mínima. Sequer o agradeceu com um tapinha nas costas. Téo, riu.
Num ano qualquer dos 80, fui escalado pela Folha para fazer a cobertura jornalística de uma passagem de som de Roberto no Anhembi (foto ao lado). Seu empresário, Marcos Lázaro (1925-2003), foi todo atenção. Grande profissional. Fica o registro.
No frigir dos ovos a vida de Roberto Carlos, chamado de "Rei da Jovem Guarda", é cheia de emoções e detalhes.
O dia 19 de abril marca também o Dia dos Povos Indígenas no Brasil. À propósito, há duas décadas, Téo Azevedo e eu compusemos uma música que intitulamos O Índio. Ouça, na voz da cantora Fatel:

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