Amor e sexo e muita porrada no correr da história que tem como personagem central a guerreira Ginga. É africana, viveu 81 anos, morrendo aparentemente de morte natural no dia 17 de dezembro de 1663.
Ginga governou Ndongo e Matamba durante cerca de 40 anos, substituindo o pai e o irmão. Era temida e respeitada. Não tinha papas na lingua, dizia o que bem queria. Ou mal.
O angolano Jose Eduardo Agualusa é o autor do livro (capa ao lado) que conta a historia interessantíssima de Ginga ou Nzinga. Depois de virar cristã, Ginga foi batizada com o nome de Ana de Souza.
A história contada passa-se entre Recife/Olinda, Luanda e Angola.
Corriam os tempos da invasão pernambucana pelos holandeses que tiveram à frente o conde Maurício de Nassau.
Nassau tinha muito interesse em conquistar parte da África. Pra isso contava com Ginga, que detestava os abusadores portugueses que tudo queriam e nada davam.
A Rainha Ginga tem como narrador o personagem recifense Francisco José da Santa Cruz que virou secretário particular da rainha. É padre, mas traído pelo desejo sexual deixou a batina e gerou um filho cujo nome é Cristóvão.
Na narração há episódios brutais, violentos e um torturador incorrigível, miserável: um tal de Bittencourt, que chegou a cair em desgraça junto à Inquisição.
Claro, recomendo já a leitura de A Rainha Ginga. Numa frase: Esse é um livro pra lá de ótimo que mistura com categoria a ficção com a realidade histórica.
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