Machos e fêmeas insaciáveis se movimentam nas páginas dos livros de Dalton Trevisan (1925-2024). São tipos em constante busca de aventuras e prazeres que o sexo proporciona.
Nelsinho é o Ricardão de Trevisan. Ele aparece nas 15 histórias inseridas no livro O Vampiro de Curitiba, lançado em 1965 e que encheu de fama e grana o seu autor.
Dalton Trevisan já havia publicado dúzia e meia de livros. Todos de contos.
O único romance de Trevisan foi A Polaquinha, lançado em 1985. Nele brilha a modo próprio a personagem que dá título ao livro. É jovem, loira e bonita. A sua beleza é estonteante, provocando nos marmanjos o desejo de possuí-la a todo custo. Ainda adolescente, a protagonista é desbravada por um macho de plantão, que depois de fazer o que fez a abandona. E aí a história vai ganhando escopo.
Na primeira e na segunda vez que transa, a polaquinha não sente grandes prazeres. Isso ela só iria alcançar com um motorista de ônibus denominado Pedro. Casado, o tal tem filhos e um monte de amantes. Imbroxável, do jeito desejável pela mulherada que cai na sua rede.
Pedro é uma espécie de Ricardão e de Nelsinho, o vampiro que deu fama ao seu criador.
O curitibano Dalton Trevisan escreveu e publicou pra mais de 700 contos.
Antes de tornar-se o grande escritor que foi, Trevisan estudou Direito e começou a ser conhecido como repórter policial de um jornal de Curitiba. Morreu no dia 9 de dezembro aos 99 anos, seis meses e cinco dias.
O corpo do escritor foi cremado na terça 10, sem velório, sem nada. Como desejava.
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