Olá pessoal, tudo bem?
Fui eu perguntando e, em uníssono, meus queridos botões levantaram-se batendo palmas. E disseram, juntos, "Tudo bem, mestre!".
Que coisa é essa de mestre?
Zilidoro, sem segurar o riso, por todos respondeu: " E que a gente ouviu por aí que o sr. foi premiado com, vá lá, um negócio chamado Mestre da Cultura Popular".
"Realmente, vimos isso em algum lugar", disseram juntos os amigos Bil e Barrica. "Me-re-ci-da-men-te", aplaudiu Zoião, logo interrompido por Lampa: "Para de puxar o saco, cara".
Bem, pessoal, eu trouxe aqui uns amigos para lhes apresentar. Este aqui é o músico e roteirista Magrão. Este aqui é maestro, dos bons. Representa o Brasil, mundo afora, há muito tempo. E aqui temos a jornalista Cilene Soares. É sabidona. Emprestou o seu talento à TV Globo, TV Bandeirantes e à TV do sistema SESC.
"Há muito tempo o Assis fala de vocês. E bem", foi falando fácil o artista da nossa boa música Magrão.
Eu da minha parte, foi dizendo Cilene "Sinto-me bem aqui com vocês, como certamente diria o cantor Nelson Gonçalves".
A referência feita a Nelson deve-se ao fato de ele ter gravado uma música, um samba, com esse título. Foi a primeira da sua longa discografia desenvolvida na extinta gravadora Victor. Isso aconteceu numa tarde de março de 1941.
"Bom, aqui estou", disse o maestro Marcos Arakaki.
O maestro contou da trajetória que tem trilhado no espaço musical de concerto. Antes de gabaritar-se como regente de orquestras, Arakaki formou-se em violino. Em 2001, acrescentou, "Ganhei um concurso musical denominado Eleazar de Carvalho".
Pois é, pessoal, essas são as pessoas que eu tenho o prazer de trazer a esta casa.
"E cadê a dona Flor Maria, seu Assis?", foi dizendo sem gaguejar e afoitamente, o desabrido Lampa.
Respondi a pergunta prometendo trazer em breve a dona Flor. Agora, é o seguinte: estou notando que há duas pessoas a mais nesta casa.
Lampa, de repente, levanta-se num pulo e diz que um dos desconhecidos é amigo seu. "O Fuinha é gente boa, corajosa e sem papas na língua".
Pedi que Fuinha se apresentasse. Ele: "Eu sou da terra de Ariano Suassuna, de Taperoá, sertão paraibano. Toco viola, toco sanfona e toco também pau na cabeça de quem não presta".
Todos caíram na risada, até mesmo o sempre desconfiado e sisudo Lampa. Antes que eu pedisse que a outra figura aqui chegada se apresentasse, Zilidoro levantou a mão e disse: "Seu Assis, o Pitoco é um amigo de infância. Gosto muito dele. Perdeu o pai numa emboscada, no interior de Pernambuco. Filho único. A mãe morreu de desgosto, de tristeza com a morte do marido...".
Puxa vida, que história! "E tem uma coisa ainda, seu Assis. O Pitoco é meio gago".
Hummm... Essa história de meio gago é que nem aquela história de meio gay, meio grávida!
Pitoco, um tanto acanhado confirmou o que Zilidoro dissera. "Eeeu,eeeu, eu sooou aaassim. Assim mesmo! Eeeu, eeu, eu fafalo assim, maas penso direito!".
Pois olhe só, Pitoco, eu gostei de você.
O maestro Arakaki, Magrão e Cilene riram puxando palmas para Pitoco.
De repente, Zé, Jão e Mané surgiram do fundo da casa trazendo bandejas com suco, queijo e outras cositas mais incluindo uma cachacinha do nosso engenho em Areia e aos dois novos ocupantes da casa brindamos: saúde e vida longa a nós todos.
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