Claro que é claro que Joana é uma intrusa na casa do viúvo João Batista, um cara rico até não querer mais e altamente benquisto entre os seus do seu tempo.
Joana chegou à casa de João depois de ler um anúncio de jornal oferecendo a posição de governanta à mulher que aceitasse a convocação.
Os dois personagens aí citados são protagonistas de um conto de Machado de Assis.
Enredo parecido escreveu Júlia Lopes de Almeida, sob o título A Intrusa.
Essa história a autora publicou, na forma de folhetim, no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro. Isso no correr de 1905. Três anos depois A Intrusa ganhou formato de livro.
Júlia inventou no seu enredo a história de uma jovem brasileira que desenvolvia estudos em Paris. Foi quando, derrepentemente, a jovem recebe a notícia de que ficara órfã. Àquela altura, de pai e mãe.
A jovem, Alice, teve de voltar ao Brasil e no Brasil procurar meios para se manter. Foi quando, já no Rio, folheando um jornal deparou-se com anúncio dando conta de um viúvo que precisava de uma governanta para cuidar da filha Maria da Glória, criança de uns 8 anos.
Alice apresentou-se e foi atendida pelo tal viúvo, de nome Argemiro.
Argemiro era um importante empreendedor, rico e desejado pela mulherada.
Pra ganhar o emprego, Alice teve de aceitar a condição de nunca apresentar-se e falar diretamente com o contratante.
A jovem órfã deu conta do recado, de modo que findou a encantar o viúvo que jurara a sua moribunda esposa que jamais voltaria a se casar.
A sogra de Argemiro, a baronesa Luíza, irritou-se e fez o maior escarcéu quando soube da nova presença feminina na casa do genro.
No ferrenho propósito de pôr a correr Alice, a baronesa fez-se aliada de um escravo.
A menina Maria da Glória passou a gostar de Alice como ninguém. Resultado: superando a todos os obstáculos, Alice e Argemiro casaram-se e foram felizes para sempre.
Esse conto Júlia escreveu quase 30 anos depois de Machado ter escrito A Melhor das Noivas.
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