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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

IRRESPONSABILIDADE MATA, EM MINAS


A cantora Clara Nunes (1942-1983) era mineira de Paraopeba. ela e muita gente bonita. Eu a conheci, simples e forte como os ventos do São Francisco.
Paraopeba é um município que dista da capital mineira, 100 Km mais ou menos.
Paraopeba nasceu às margens do rio de mesmo nome, ali pelo século 18.
Paraopeba fica perto de Brumadinho, onde acaba de ocorrer uma tragédia enorme, provocada pela irresponsabilidade  dos dirigentes da Vale e outros poderosos.
Paraopeba é uma cidade muito bonita, pequena e pacata. E o rio, lindo. Como o rio Doce, que perdeu a cor e o sabor com a tragédia que praticamente o engoliu em novembro de 2015. Lembram-se?
http://assisangelo.blogspot.com/2015/11/estao-esquecendo-mariana.html

O rio Paraopeba, como tantos e tantos, acaba misturando-se às águas do mar, depois de serpentear por regiões diversas.
O rio Paraopeba se acha em contos e romances de autores brasileiros.E na música, também.
João Guimarães Rosa (1908-1967) adorava citar cidades e rios nas suas obras. Em Grande Sertão , ele deixa seus personagens falar por ele. Cita umas duas dezenas de lugarejos e cidades por onde passa. Aliás, nesse livro, os personagens nadam e  atravessam rios, riachos, riachões, etc.
No tempo de Rosa não havia essas malditas barragens que matam bichos, peixes e gente.


Assis e Clara Nunes







SEBASTIÃO MARINHO
O cantador repentista Sebastião telefona dizendo que se acha na cidade em que nasceu, a paraibana Solânea. Ele, como faz todos os anos, põe a viola nas costas e vai cantar Nordeste afora. Já esteve esse ano em vários municípios da Paraíba e Rio Grande do Norte. Diz que está tudo muito bom, mas falta água. a seca é grande por onde tem andado. As cenas que vê o fazem sofrer. Cenas de sol quente, de seca, de dor. Mas assim que é a vida. E a vida segue. Nesse fim de semana Marinho vai estar em Pilões, PB. À Capital paulista, voltará no próximo dia 6.

QUARENTA E UM ANOS, SÓ SE FAZ UMA VEZ!

Idade, idade, idade, aniversário, aniversário, aniversário, viver, viver, viver.....
Como é bom viver.
Há quem negue a idade, que bobagem!
Minha querida Inesita Barroso ( 1925-2015) dizia tantas coisas bonitas sobre o tempo "a gente não leva nada!",  "que tal brincar?".
E dizia também: "porque negar a idade?" e ela brincava também dizendo e continuava brincando: "somos tão pobres, mas ricos somos pela autenticidade que Deus nos dá".
Inezita dizia tudo  com tanta naturalidade que enchia- me de alegria. Carmélia alves (1925-2013), a rainha do baião e Anastácia achavam muita graça do que Inezita (1925-2015) dizia. Machado de Assis ( 1839-1908) sabia como ninguém falar de coisas e gentes , de vaidades, de histórias do dia a dia. No romance Esaú e Jacó ( 1904), ele dá vida a incríveis personagens, baseados no livro Gênesis. Começa com Perpétua e sua irmã Natividade subindo o Morro do Castelo, Rio, em busca do futuro enunciado pela adivinha Cabloca. E a história segue. Lá pelas tantas, bem para tantas, Natividade fica triste no seu aniversário de 41 anos de idade. Esse detalhe no romance Machadiano fez me lembrar o aniversário de Mirian, irmã de Mara e Márcia, filha do potiguar Xavier Cortes. Quarenta e um anos! No romance de Machado, Natividade sofre por pensar que o marido Santos tinha se esquecido de data para ela tão importante. É quando ele, Santos, dá lhe um abraço e beijos e beijos, anunciando que ela é desde aquele instante baronesa, mulher do barão, e ele barão. E os 2 filhos Pedro e Paulo ( Esaú e Jacó), razão que a levou a consultar a Cabloca, não entendem nada, mas vibram e batem palmas. Esau e Jacó é um livro absolutamente necessário em qualquer estante que se preze. Viva Mirian, irmã de Mara e Márcia!
O futuro de Pedro, previsto pela mãe, é ser médico. E o de Paulo, advogado.
A história segue num crescente, mas não vou contar o final.


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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

SAMPA:CURIOSIDADES MUSICAIS


Eu já falei que há mais de 3000 músicas que tratam da cidade de São Paulo, feitas por mais de de 7000 compositores de todos os Estados brasileiros e também do Exterior. Pois bem a primeira dessas músicas que traz na sua letra o nome de um bairro é tã tã tã tãããã... Hino Nacional Brasileiro, de  Osório Duque Estrada (1870-1927) e Francisco Manoel da Silva (1795-1865). O bairro é Ipiranga. 
A primeira música que traz no título o nome de um bairro paulistano é tã tã tã tãããã... Rapaziada do Brás. Essa música, uma valsa-choro, que tem  como autores o maestro Alberto Marino (1902-1967) e um dos seus filhos, Alberto Marino Jr. (1924-2011). A primeira gravação dessa música com o autor  Bertorino Alma (Alberto Marino), data de 1926, originalmente sem letra. Marino assinava Bertorino Alma  pois não caía bem aos ouvidos da elite um erudito compor música popular.
No link abaixo eu trago algumas curiosidades. Confiram:

No acervo do Instituto Memória Brasil se acham dezenas e dezenas de gravações diferentes de Rapaziada do Brás.

Confira a  primeira gravação  de Rapaziado do Brás,  com Bertorino Alma, que  ocorreu de modo independente e através do selo Brasilphone. Confiram:

A primeira gravação com letra,  de Rapaziada do Brás,  ocorreu em 1965. A façanha coube ao argentino naturalizado Carlos Galhardo (1913-1985). Confiram:






terça-feira, 22 de janeiro de 2019

BRASIL DE BRASILEIRO

Arnaldo Xavier era um paraibano, poeta, amigo meu. Negro, maravilhoso. Um dia, não sei qual, ele se lascou todinho e morreu dentro de casa. Disseram: foi infarto.
Eu brigava muito com o Arnaldo. Ele dizia que eu era doido e idiota, pelo ponto puro e simples de eu aplaudir Castro Alves, baiano, por ter feito com tanta grandeza o Navio Negreiro.
Castro Alves, branco que era, assumiu a liberdade da vida. E isso independia e independe de cor. E Arnaldo não entendia isso.
Arnaldo entendia que negro tinha que falar de negro e que branco era inimigo.
Que bobagem!
Os negros trazidos de África prá mover a vida do Brasil construíram o Brasil.
Depois de tudo que aconteceu, escravos na vida continuamos. Brancos e negros, negros e brancos.
Ouvi há pouco o repeteco da fala do ex capitão, ora presidente Bolsonaro. E lá estava ele em Davos abrindo para o mundo o Brasil. Pôxa, que bom!
Estou torcendo para que o novo governo, eleito pelo povo, dê certo.
Cá prá nós, é engraçado ouvir o Bolsonaro falar "quéshtão",Óquei, óquei, óquei?? 
Então tá, ok?
A gente pode errar falando, podemos acertar nos gestos.
Não votei no Bolsonaro.
Quem sabe quem sou, sabe que fui eu um dos fundadores do PT.

EDUARDO ARAÚJO

Ontem ou anteontem ouvi Vila, chamado professor, dizer na Pan que Eduardo Araújo tinha ido para outro plano. Ele diz isso sempre de modo apoplético. Eduardo continua vivo e cantando muito bem. Fica o registro. Aliás, o Vila disse uma vez que estava fazendo um livro baseado em livro que eu escrevi falando do Nordeste. Eu gosto do Vila. Disseram que esse livro sobre o Nordeste escrito pelo Vila já saiu, opa!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

PRA PENSAR: A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

Outro dia ouvi no rádio que o bambambã da Rússia, Putin oferecia todo o seu apoio a Maduro. Isso fez-me lembrar do belíssimo enredo desenvolvido por George Orwell, no seu famoso livro A Revolução dos Bichos. Obra prima. 
Orwell desenvolveu a trama do livro inspirado nas loucuras de Stalin.
É muitíssimo atual e ponto de reflexão a Revolução dos Bichos. Começa com Major, um velho porco muito respeitado por seus pares, dizendo que tivera um sonho e que esse sonho ele queria compatilhar com todos. Major morre e Bola de Neve, outro porco sensato e respeitado, o substitui. Mas logo depois Bola de Neve é posto pra correr por outro porco, Napoleão.
Napoleão é a cara de Stalin.
Napoleão tem um assessor tipo carrapato, Garganta.
No final, não vou contar o final, há um momento que não dá pra deixar de comparar com o que ocorreu na Conferencia de Teerã, reunindo representantes das três grandes potências envolvidas na II Grande Guerra: Stalin (URSS), Churchill (Reino Unido) e Roosevelt (USA).
E onde ficam Trotsky e Lênin em Revolução dos Bichos?
O livro é fantástico, fabuloso. Aliás é uma fábula que todos devem ler. Detalhe: Até hoje esse livro não foi traduzido na Rússia, nem na China, nem na Coreia do Norte e na Venezuela, acho que não.
George Orwell morreu no dia 21 de janeiro de 1950. Sua obra não.

CORDEL ENCANTADO

Hoje, 21, faz uma semana que a Plim Plim repõe na sua programação o folhetim Cordel Encantado. Belíssimo. A primeira vez que esse folhetim foi ao ar foi em 2011. Na ocasião o Globo Ruim fez uma bela reportagem sobre literatura de coral. Confira:


PAIAIA E SÃO PAULO PARA TODOS

A vida é coisa maravilhosa.
A Tv Cultura, de São Paulo, costuma trazer programa e entrevistados importantíssimos. É a melhor TV. Às vezes pisa aqui, às vezes pisa acolá. Mas isso é bom para provocar o tico e teco que há em nós.
O historiador José Ramos Tinhorão chega sempre a mim, as sextas-feiras, reclamando que está com uma dor aqui e ali.
Velhice foi o tema do programa Roda Viva da segunda 14 passada. Confira:
http://tvcultura.com.br/playlists/46_roda-viva-ultimos-programas.html

PAIAIÁ

Depois de quase um ano voltei ao programa Paiaiá.
O Paiaiá é um programa apresentado pelo Paiaiaense Carlos Sílvio, que vai ao ar todos os sábados, ao meio-dia, na Rádio Web Conectados (www.radioconectados.com.br). O cabra é bom.
O programa Paiaiá, da Conectados, é um programa que fala de jovens e velhos, de meninos e meninas, de ricos e pobres, e talentos em geral...

Dessa vez falei sobre os 465 anos que São Paulo a completar na próxima sexta-feira. Falei de Inezita, Paulo Vanzolini, Alberto Marino, Zica Bergami,Osvaldinho da Cuica, Tom Zé e outros grandes que cantaram São Paulo. Até eu andei fazendo isso, junto com Jarbas Mariz.
Clique a assista a entrevista: https://www.youtube.com/watch?v=hxuMwA1DKEA



Rapaziada do Brás originalmente é uma valsa-choro de autoria de Marino feita em 1917 sem letra. A letra veio depois, em 1965, quando Marino Jr. letrou a música do pai para Carlos Galhardo gravar. Ouça:



sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

DE PAIAIÁ PARA SÃO PAULO

Olá, queridos leitores. 
Dia 25 de Janeiro a cidade de São Paulo completa 465 anos e para falar dessa cidade e como ela foi tratada através da música, amanhã, meio-dia, ao vivo, começando a temporada 2019 do programa Paiaiá na Conectados, eu  estarei no programa para falar de músicas que homenageiam a cidade de São Paulo .
Acesse: www.radioconectados.com.br ou pelo nosso aplicativo https://goo.gl/beZewi.
WhatsApp: 01120616257
Apresentação: Carlos Sílvio. Saiba quem é Carlos Sílvio clicando nesse link:
http://assisangelo.blogspot.com/2019/01/de-paiaia-para-o-mundo.html

Reprise, domingo, 19h00

Não percam.
Rádio web Conectados, a maior web rádio do Brasil.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

HOMENS DE SAIA, E DAÍ?

Dia desse, ontem ou anteontem, a querida Cris Alves trouxe-me um Whiskão proveniente da Escócia. Tomara que goste, ela disse. Esse Whisky é d e uma terra tradicional de homens de saia. Pensei: aí vem coisa. E veio. Perguntou-me sem mais delongas: "Você sabe por que o escocês usa saia?". Pensei: poxa...
E lá fui eu arrancando pensamentos, conhecimentos, história.
O homem nasceu nu e assim continua nascendo. Mas houve um tempo em que o homem nu passou a vestir o que hoje é considerado saia. Os escoceses usam saia há menos tempo do que se imagina. Os guerreiros romanos, gladiadores, usavam saia para ter movimentos livres nas pernas.
Calça amarra, limita movimentos. E é aí onde o homem macho se acha e se perde.
Por não querer se achar, o homem se perde em jeans.




Eu, cá comigo, fico imaginando o Osvaldinho da Cuíca com saia. Eu, cá comigo fico imaginando Geraldo Vandré de saia. Eu cá comigo fico imaginando Chico Buarque de saia. Eu, cá comigo fico imaginando Jair Bolsonaro de saia. Agora, pensei comigo, e Hitler e Mussolini e Stalin e Fidel de saia, hein??? Em 1957 ou 58, em João Pessoa, PB, um folião foi linchado pelo fato puro e simples de usar saia. Essa história está num livro de Wils Leal. O preconceito é uma merda ou não é?
Caetano Veloso de saia vi outro dia, não pegou bem: pernas magrelas, sorriso oco e tudo sem cor. Não pegou bem porque ficou feio prá danar.
E de saia editores como Cortez, hein? José Xavier Cortez com seus já 81 anos de idade ficaria bem com uma sainha. Mas o diabo é o tal do preconceito, da discriminação...
Que tal minha gente saber, conhecer a história? A história do mundo, claro. Em 1979, o Trio Nordestino gravou e a Copacabana, extinta, lançou o LP Trio Nordestino e o Homem de Saia. A música Homem de Saia é a terceira do lado A desse LP. O homem de saia fotografado na capa do disco é Ribinha, cearense. O autor da música, Enéas. Ouçam:



CHORINHO

Amanhã, 15, depois do Jornal da Cultura estrei mais uma vez dizendo mais uma coisinha sobre choro e chorões no programa de 13 capítulos O Brasil Toca Choro. Enquanto o amanhã não chega, cliquem:



SÃO PAULO EM PAUTA


O mundo foi criado por Deus no mês de janeiro, embora sobre essa questão haja alguma controvérsia. Nesse mês também foi criada a cidade de São Paulo. Isso há 465 anos a completarem-se no próximo dia 25.
A história do mundo é contada na Bíblia.
A história da cidade dos paulistanos eu contei em 2012, através da música numa grande exposição denominada Roteiro Musical da Cidade de São Paulo.
Uma extensa programação deu suporte à essa exposição.
Apresentaram-se na ocasião muitos artistas, entre os quais Arrigo Barnabé, Kiko Dinucci, Oliveira de Panelas e Sebastião Marinho (poetas repentistas), Passoca, Costa Senna, Roberto Seresteiro, Emicida, Thaíde, Eduardo Gudin, Oswaldinho da Cuíca, Tom Zé, Altamiro Carrinho e Inezita Barroso, relembre:




Roteiro Musical da Cidade De São Paulo foi resultado de uma pesquisa que fiz no correr de vinte e poucos anos, que reuniu mais de três mil títulos musicais. Contei a história da Capital Paulista através da música.
O primeiro título musical sobre a cidade foi composto em 1750 (Missa a São Paulo, Calixto e Anchieta Arzão). Curiosidade: no dia 6 de agosto de 1862 o Correio Paulistano trazia notícia da existência de um álbum intitulado “Melodias Paulistanas”, de autoria do padre Mamede José Gomes da Silva. A trilha dessa história conta com valsas, sambas, choros, forrós, baiões, rocks, baladas, raps, dobrados, pagodes, xotes, lambadas, toadas, modinhas, maxixes, tangos, emboladas, corridos, polcas, rancheiras etc.
Essa pesquisa, incluindo discos e partituras originais, se acha no acervo do Instituto Memória Brasil, IMB. Sobre o tema clique:




Declaração de Amor A São Paulo (poesia):



Inscreva-se no canal do Assis Ângelo:


Ah sim não custa dizer: ninguém, em canto nenhum do mundo, contou a história de uma cidade do modo como eu conto, ou seja através da música.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Dia de festa

Dia 12 de janeiro, um dia bonito.
O dia 12, como todos os dias, historicamente é um dia bonito.
Hoje, 12 de janeiro de 2019, vai ficar pra história, como o dia em que meu peito bateu mais depressa, por ter recebido, pessoas que a tempo o meu peito queia ver, brincar, se divertir, etc.
Sou paraibano de João Pessoa, como muita gente sabe.
João Pessoa de Albuquerque era governador/presidente da Paraíba, quando aceitou ser forte na chapa presidencial que punha o gaúcho Getúlio Vargas, como o homem que dirigiria, como dirigiu, o destino do nosso País até quando foi possível...
A minha casa, hoje, acendeu-se toda de alegria.
A capital da Paraíba recebeu o nome de João Pessoa em 1930. Mas, essa é outra história...
Eu e a minha casa, incluindo a minha mente e o meu coração, encheram-se de alegria, com a presença de Dirceu e Andréa Noronha e seus filhos incríveis Maria Clara e Emanuel. E como se não bastasse, neste mesmo ambiente e tempo, estiveram meus amores queridos, meninas joíssimas, Ana e Cla.
Dia 12 de janeiro...

LINDUARTE NORONHA

como não bastasse, de tão grande que foi este meu dia, veio a mim e a todos que comigo estiveram, o nome mágico do grande pernambucano da Paraíba, Linduarte Noronha. Linduarte foi tão grande quanto Deus. Detalhe: Deus não filmava e nem nunca quis ser cineasta, Linduarte não quis ser Deus, mas quis ser cineasta. Deus criou o mundo e Linduarte, o cinema brasileiro. E o detalhe, um detalhinho bobo: a obra do genial Linduarte está interditada. Que pena! O Brasil precisa beber da obra de gênios, como Linduarte. E eu estou falando tudo isso agora com a alegria de quem me dá estas informações: Dirceu Noronha de Oliveira Filho, o sobrinho. Amigos, amigas, procurem Linduarte Noronha nesta história louca em que está se transformando o YouTube, procurem aí, no YouTube, Linduarte Noronha (1930-2012). 

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

ELIS, MINISSÉRIE DA GLOBO

Estou nas últimas páginas do romance O Primo Basílio, do português Eça de Queiroz.
Eça nasceu em 1845. Cem anos depois nascia no Rio Grande do Sul a brasileira Elis Regina. Elis nasceu em Janeiro de 1945, Eça em março.
O que tem a ver Eça com Elis? Simples: Eça foi um grande escritor e Elis uma grande intérprete da nossa música popular.
Mais tarde, depois do Jornal Nacional e da novela que vem em seguida, estréia na telinha da Plin Plin, a série em 4 capítulos:  Elis - Viver é Melhor Que Sonhar, com a atriz Andréia Horta.
Eu vou seguir essa história.
Conheci Elis em 1978, acho.
O Primo Basílio foi escrito em 1878. 


DOMINGO NO PARQUE


Mais de 12 milhões de brasileiros se acham completamente desempregados. Acrescente-se a esses números mais um tanto enorme de brasileiros sem emprego nenhum, mas fazendo bicos. E mais não sei quantos de desempregados completamente desiludidos, cabisbaixos, pessimistas, desistentes de seguir a busca por um emprego com carteira assinada.
Deus do céu, até quando essa situação persistirá?
Ouvi não sei onde alguém dizer que os milionários, bilionários, trilionários brasileiros situam-se entre 8 a 10 % da população calculada pelo IBGE em mais de 200 milhões de habitantes. Trabalhar faz bem, não trabalhar é um horror. Horror maior, porém é não fazer nada.
No começo de tudo, diz a história bíblica, que Deus criou o mundo e tudo o mais, incluindo Adão e Eva, únicos seres pensantes do Éden. Mas um dia, cansados de nada fazer, esses dois puseram os pés pelas mãos e deu no que deu: expulsos do bem bom, pelo Criador.
Eu já trabalhei muito, muito mesmo. Parei, endoidei e agora estou voltando à naturalidade da vida, que é ir e vir. 
Fiquei cego dos olhos, pirei um pouco e acudido por anjos à minha volta cá estou, vendo com os olhos das pessoas que amo. Por que digo tudo isso? Hoje até o começo da tarde fez um calor dos diabos. Ontem, também. Anteontem fui ao parque. Foi bom. Peguei sol e o sol me pegou. Caminhei, passeei e até ensaiei uma corrida na pista do Parque da Aclimação, cá em Sampa. Essa pista mede 998 metros. Dei 3 voltas. Depois fui levado à relva onde escutei leitura feita pela namorada Lúcia, e o registro está aí em cima.
Viva a vida!

ESTOU ME MODERNIZANDO




domingo, 6 de janeiro de 2019

BOLSONARO, EDUCAÇÃO E PAULO FREIRE

Claro que assusta ouvir o novo presidente da República dizer que vai extirpar da educação o educador Paulo Freire (1921-1997), o nome por si próprio aplaudido e reconhecido em boa parte do mundo, por tudo que fez no campo da educação pró-analfabetos e oprimidos.
Paulo Freire, que conheci de perto, deixou uma obra monumental. O seu método de ensino foi e é um método revolucionário. Claro que os poderosos da chamada direita política e intelectual o abominam até hoje e certamente o abominarão para sempre.
Bolsonaro, o novo presidente eleito pela maioria dos brasileiros, também abomina o método Paulo freiriano. Portanto, tirar o seu método educativo da escola chega a ser até compreensível, embora lamentável.
Escola com partido ou sem partido?
Nos anos de 1970 o carioca Augusto Boal (1931-2009) adotou o método freiriano, levando-o para aplicação no Peru. Não deu certo.
Escola não tem que ter partido político. Escola tem que ter professor preparado e bem preparado para transmitir história e ensinamentos. Tem que ensinar matemática, et cetera. E para ter  professor assim tem que apostar na educação, tem que apostar no futuro do país, como faz o governo da Coréia do Sul. Fui longe?
Acabaram-se os curso Primário, Ginasial e Científico. Agora temos o ensino fundamental ministrado no correr de 9 anos. O resultado final dessa história toda é que há cerca de 30 milhões de brasileiros denominados de analfabetos funcionais. Um crime, não é? Fora esses, há ainda, mais uns 12 milhões de brasileiros que não sabem distinguir um "o" de uma roda de caminhão. É duro, mas é isso que ocorre. E grosso modo, acrescento: atualmente professor finge que ensina e aluno finge que aprende, quando não isso ocorre o pau canta nas salas de aula. Os registros policiais confirmam isso. E o professor ganha uma titica de nada.

 

Até os anos de 1980 e meados por ali, a média de caminhada dos brasileiros era de 10 mil passos/dia. Hoje essa média chega apenas a 2,5 mil passos. O que quero dizer com isso? quero dizer que em todas ou quase em todas as áreas da vida cotidiana brasileira estamos regredindo, na educação, inclusive.
Meu amigo, minha amiga, você sabe quantos livros dizem que nós brasileiros  lemos por ano? nem vou dizer aqui. Prefiro que façam uma pequena pesquisa nesse "coiso" chamado Google. É de arrepiar.
Estamos nos emburrecendo a passo galopante.
Paulo Freire foi sem dúvida, um grande brasileiro. Seus livros devem ser lidos cada vez mais e as editoras tem a obrigação de incentivar essa leitura. Há caminhos para isso e para tudo e todos os problemas que nos cercam.
Bolsonaro pode ser um problema ou não.
Para o bem ou para o mal, não nos esqueçamos: quem o escolheu foi o povo, através das urnas certo?

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

VIVENDO E DESCOBRINDO A VIDA





Antes de mais nada as fotos e o vídeo nesta página apresentadas são de inteira responsabilidade de meu amigo treinador Anderson Gonzaga
Ouvi hoje cedo na CBN o professor de ginástica Marcio Atalla dizer que nos anos de 1980 os brasileiros caminhavam, diariamente, cerca de 7 km. Esses 7 km equivalem a aproximadamente 10 mil passos. Hoje segundo o mesmo especialista, os brasileiros caminham em média 2,5 km. Até nisso estamos regredindo.
Perdi a visão dos meus olhos há quase 5 anos. Nesse período, comi o pão que o diabo amassou. Hoje já como até bolo e tomo umas e outras dando vivas à vida. Mas não basta só isso. É preciso mostrar que a vida é um barato, é uma alegria, é uma dádiva. Por isso temos, também, de exercitar o corpo além da alma. É isso e muito mais o que ando fazendo nos últimos 2 anos. Poesia por exemplo. Acompanhem-me:


Certa noite eu sonhei
Que voltara a enxergar
Que voltara a ver o mundo
Que voltava a me achar
Mas foi tudo só um sonho
E é preciso caminhar

Caminhando descobri
Que dá pra ver sem ter visão
Que a visão são os sentidos
Incluindo a audição
E que os olhos são detalhes
Caprichos da Criação

Caminhar é preciso
E parar, nunca parar!
É preciso persistir
É preciso procurar
Certas coisas que não vemos
Como a cor do verbo amar

Naquela noite descobri
Que a Crença faz o Ser
Bem mais forte do que é
Mas não basta só querer
É preciso exercitar
Os sentidos para ver



quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Leiam


Olá, pessoal. É o seguinte: o texto aí abaixo é grandão, é cheio de links. Mas, sugiro que vocês leiam. Tam a ver com brasilidade, cegueria e mals tratos. Claro, falo de tudo isso com categoria. E viva cidadania!


https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8155438913674603024#editor/target=post;postID=2426840783862497397;onPublishedMenu=allposts;onClosedMenu=allposts;postNum=1;src=postname

DE PAIAIÁ PARA O MUNDO

Assis e Carlos Sílvio (foto:Lúcia Agostini)
Paiaiá é um povoado, município de Nova Soure, BA, localizado a 230 Km de Salvador. Lá vivem cerca de 600 pessoas, umas tão boas quanto as outras. Tudo gente grande, incluindo as crianças. Uma dessas, Carlos Silvio, deu uma fugidinha de lá para pintar e bordar na capital paulista. Já faz um tempo. No próximo dia 10, fará exatamente 20 anos que esse cidadão chegou como quem não quer e querendo crescer mais para o povo todo vê-lo e ouví-lo.
Carlos Silvio é um comunicador nato.E como se diz lá no nosso Nordeste:o cabra é tão bom, tão bom,que se não tivesse nascido outro não nasceria. Mas é assim, como diz José Cortez: "cabra bom já nasce temperado". Caso do Silvio, pois.
Encontrei Carlos Silvio por telefone. Ele telefonou me convidando a participar do programa Paiaiá , levado ao ar todos os sábados pela rádio web  Conectados, que fica ali no bairro paulistano do Ipiranga, onde no meio da tarde de 1822, Dom Pedro I desembaiou a espada e berrou: "Independência ou Morte!".
Exageros a parte de Dom Pedro, o fato é que o dito grito entrou para a história como para a história está entrando o bom baiano de Paiaiá Carlos Silvio.
Bom, fui ao programa do Sílvio e falei falei um monte de coisas que me veio à mente.
Carlos Sílvio me surpreendeu como apresentador do Paiaiá na Conectados. Vocês querem ver como me saí na ocasião? Clique:
https://www.youtube.com/watch?v=IB5cxBilm4A&t=10s
Por que estou falando tudo isso?
No próximo dia 19 estarei de volta ao Paiaiá. Dessa vez contando um pouco da história da cidade paulistana através da música que pra ela é composta. Até eu fiz umas coisinhas sobre sampa, com acompanhamento especial e inusitado do Cidadão do Samba, Osvaldinho da Cuíca..Clique:
https://www.youtube.com/watch?v=bn5AtXEMP8s&t=19s
Mas, biograficamente, quem é o cidadão Carlos Sílvio? É ele mesmo quem conta: "meu nome de batismo é Carlos Sílvio Lima Ramos. Nasci  em 27 de junho de 1977. Sou filho de Agnelo da Silva Ramos e Maria Neuza; ele ferreiro e ela dona de casa. Ele está vivo. Sou o terceiro de 10 filhos, 5 homens e 5 mulheres. Desses dez, vingaram cinco mulheres e eu. Morei em Paiaiá até 21 anos de idade e migrei para São Paulo no dia 10 de janeiro de 1999. Vim para São Paulo como milhões de nordestinos em busca de uma vida melhor. Todos nós temos sonhos, meu sonho sempre foi trabalhar com comunicação e este sonho está sendo realizado  há exatos 2 anos e 7 meses, na Rádio Conectados (www.radioconectados.com.br). Casei em São Paulo. Faz 10 anos. Minha companheira é Gleice Fonseca, com quem tenho um filho Murilo de 9 anos, que Deus nos trouxe e mais um, Enzo, que Deus nos deu por outros caminhos. Adotar é fundamental. No programa Paiaiá já entrevistei mais de uma centena de pessoas, das mais diversas áreas do viver cotidiano, da música a psicanálise. Do jurídico ao esporte.Todos me entusiasmaram, mas alguns mais como: Prof. Geraldo Prado (historiador), Sérgio Martins (jornalista), Dr. Lafayete Lage (ortopedista), Diego Viñas (futebol de várzea), José Erenilson da Silva ( escritor) e tantos mais. Claro, no nosso programa contamos com colaboradores excepcionais como o historiador Darlan Zurc, do povoado da Melancia, assim como Paiaiá, município de Nova Soure.
No mais sou São paulino, talvez minha melhor qualidade. O meu programa vai ao ar todos os sábados, das 12 as 13 horas. Meu programa trata de registrar o pensamento de quem se preocupa a levar informação sobre o cotidiano cultural da vida brasileira para o mundo".





quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

OS INVISÍVEIS NA POSSE DE BOLSONARO


Foi evento bonito o que levou mais de 100 mil pessoas a prestigiar a posse do novo presidente da República, em Brasília. Bolsonaro falou forte, firme, sem reticências ou meias palavras. Falou de esperança. Diz que o dia de ontem 1 é histórico. Prometeu que não titubeará em destruir os inimigos do Brasil e que lutará por uma sociedade sem divisão.  Os corruptos estão na sua mira, como na sua mira estão as organizações criminosas. O povo o aplaudiu, gritou, bateu palmas e em coro improvisado cantou: "o capitão chegou, o capitão chegou".
O hino nacional foi tocado várias vezes em momentos diferentes. Foram tocadas também músicas de repertório nacional, clássicas, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso. Saiba mais sobre essa música:
http://assisangelo.blogspot.com/2018/11/hoje-e-dia-de-ary-barroso.html

Ary, o bom mineiro de Ubá foi musicalmente seguidor do nacionalismo. Foi ele também o criador do samba patriótico. Foi grande esse Ary;
Esquerda, direita, ou o quer for não importa. O que importa mesmo é que o Brasil cresça e com ele, nós.
A nação brasileira sofre desde sempre, desde a chegada dos invasores de outras terras. Portugueses, inclusive. Foram muitas, muitas as guerras, os conflitos armados no território nacional. O livro as Batalhas Brasileiras, de Hernani Donato, conta  isso. É obra lançada há anos pela Ibrasa, cuja leitura recomendo.
O que mais me impressionou foi o texto de Michele Bolsonaro, lido por Adriana Ramos e interpretado em Libra pela própria autora.
Michele nasceu em Brasília, é jovem e há muito vem se dedicando a um público invisível à sociedade: surdos, etc.
No Brasil 46% da população, sofrem algum tipo de deficiência. |Os dados são do  IBGE, colhidos há uma década.
Passa fácil fácil, de 1 milhão o número de cegos no país. Não é mole não.
Dia desse falei a respeito desses números aos presidente da Fundação Padre Anchieta, Marco Mendonça, quando eu lhe disse que sou hoje um desses invisíveis, surpreendeu-se. Foi um bom papo. Falei-lhe do projeto que tenho de apresentar um programa de rádio e TV direcionado a  essa gente e ao público em geral. Aparentemente entusiasmou-se.
De cego e cegueira posso falar. Mais de 3 mil tipos de problemas mexem com a visão humana. O meu caso foi descolamento de retina. Comi pão amassado, dormido, mas agora já como até bolo e com sorriso na cara. Se não houvesse a meu redor as poucas pessoas que há.....
Depressão é um mal dos infernos que nos chega de uma hora para outra.
No mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde- OMS, há mais de 300 milhões de pessoas sofrendo desse mal.O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking dos países atingidos pela depressão.
https://www.youtube.com/watch?v=Isyz6nN2Wus&feature=youtu.be


https://www.youtube.com/watch?v=Isyz6nN2Wus&feature=youtu.be

 E no caso da cegueira, ainda segundo a OMS, a cada 5 segundos uma pessoa passa a ver tudo escuro.
A padroeira dos cegos é Santa Luzia, uma italiana que comeu o pão que o diabo amassou. Atacada por carrascos, perdeu os olhos e virou estrela. Isso foi há não sei quanto tempo. Pra ela escrevi uns versos:




LER E RELER NÃO CUSTA....

QUEIMANDO CALORIAS


Assis Ângelo na Rádio Globo

O jornalista Assis Ângelo declamando o poema na Rádio Globo.

https://www.youtube.com/watch?v=bM9STb620l

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

ENTRE AMIGOS


Peter Alouche é um daqueles caras que ao conhecermos logo viram amigo. Foi assim comigo. Faz uns 30 anos que eu o conheço e como tal, amigos.
Pois bem, após a visão sumir dos meus olhos com ela foram também muitos conhecidos. Peter ficou. E sempre sempre conversamos pessoalmente ou por telefone. No último dia de 2018 ele bateu à porta estendendo os braços e o sorriso e conversamos sobre mil e um assuntos. Aliás também sobre a obra- prima As Mil e Uma Noites, um clássico eterno das Arábias. A propósito, Peter que fala muitas línguas esclareceu que a tradução original do título é As Mil Noite Mais Uma. A primeira tradução de As Mil e Uma Noites, traz a assinatura do imperador Pedro II.
Declamei umas coisinhas para o Peter, entre as quais essa aí do link. Clique:




segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

CANGAÇO, ONTEM E HOJE

Essa história de indulto é uma coisa antiga.
Em1937 o ditador Vargas anistiou o cangaceiro Antonio Silvino.
O tempo passou, e o mesmo Vargas anistiou Volta Seca.
Volta Seca e outros cangaceiros do bando de lampião foram anistiados pelo presidente gaúcho Getúlio Vargas.
Entrevistei  alguns cangaceiros no programa Capital Nordeste.
E a vida foi e a vida vai e continua. E Temer, temendo  o próximo governo, pôs a caneta no bolso e não escreveu nada: recusou-se a anistiar, a perdoar, quem está preso sem muita culpa.
Corisco, o cangaceiro maior depois de lampião, recusou-se a dar a sua vida à prisão. Morreu dizendo que não se entregaria.


A GRAÇA DE DEZEMBRO, AGOSTINI

Dezembro, Janeiro, todos os dias, todas as horas, tempo de dizer oi.
Nesse tempo de dizer oi, amigos queridos  a mim vieram brincar no espaço que vivo todos os dias. Papo vem , papo vai, uma viola, um violão, uma cuíca, um dizer sim, um dizer não. Isso é dezembro, é janeiro novo, vivendo oi, dizendo sim e janeiro chegando.
Falar como falei agora há pouco, com Renato Teixeira, aquele da Romaria, dizendo oi dizendo sim, estou aí já já. Fevereiro chegarei para conversar.
Por telefone ouvir tantos amigos como Fausto, o cartunista;  Rômulo, Expedito Jorge Leite, da Ibrasa; Vital Farias....
E chegando cá em casa, Tinhorão para dizer oi e tomar um vinho, junto com Kadu, do trio Gato com Fome.  E minha namorada, Lúcia,  batendo tintim com copo de vinho, vindo das bandas de Taubaté. E veja você: Lúcia é ramo filial do Angelo Agostini, aquele dos traços pioneiros , que deram graça ao dia a dia do Pedro imperial.
Bonito, não é?

sábado, 29 de dezembro de 2018

GERALDO VANDRÉ E VITOR NUZZI

O ano de 2018 está terminando, depois de nos lembrar que houve 1968.
1968 foi um ano marcante no mundo todo, no mundo inteiro. 
Que fique entre nós: o Festival Internacional da Canção, no Brasil.
Nesse festival, o paraibano Vandré foi a figura mais marcante dentre todos os artistas que se apresentaram. Mais ainda de que Chico e Tom Jobim, com a canção "Sabiá", baseada em poema do maranhense Gonçalves Dias.
Vandré entrou para a história da música brasileira com "Caminhando" ou "Pra não dizer que não falei de flores", repito, uma canção que mexeu com todo mundo.
Geraldo Vandré é uma história particular..
Muita gente, e gente muito importante da historiografia brasileira, tentou e tenta entender a trajetória do autor de "Caminhando".
Alguns livros já foram lançados sobre ele.


O biógrafo mais dedicado e importante  à história de Geraldo Vandré, de batismo Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, foi/é o paulistano Vitor Nuzzi.
Sobre Vitor, o biografado andou dizendo palavras bonitas.
O livro de Vitor Nuzzi tem por título "Geraldo Vandré – Uma canção interrompida" (editora Kuarup, 2015).
Vitor é jornalista e profissionalmente faz o que todo jornalista tem que fazer, contar história. E ele contou uma história de  um personagem da vida brasileira. Acesse:

https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/147/geraldo-vandre-o-ultimo-show-e-a-volta-silenciosa
https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/138/geraldo-vandre-reencontro-e-desencontro-com-a-arte-e-seu-pais-1
https://www.redebrasilatual.com.br/revistas/08/o-ultimo-disco-de-vandre




Vitor Nuzzi, Geraldo Vandré, Dalva Silveira  e Márcia


sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

O ERRO QUE DÁ SAMBA


No dia 31 de dezembro de 2009, o ex editor do jornal paulistano Folha de S.Paulo, Boris Casoy, no programa que apresentava na tevê Bandeirantes humilhou de maneira brutal, vejam só, de maneira brutal, garis que limpavam ruas da nossa cidade paulistana, da nossa São Paulo. A respeito, não me estenderei. Veja:




Boris foi meu editor no jornal que ele editava. Anos 70. Ele sempre foi chato e calculista. Amigo de poderosos, da violência. Uma reportagem que fiz sobre o esquadrão da morte, ele a engavetou e até hoje não me explicou por que fez isso. Uma vez nos encontramos no estúdio do programa Roda Viva, na Tevê Cultura. Ao me ver perguntou, surpreso: O que você está fazendo aqui. Respondi naturalmente: atendendo a um convite de profissionais da minha profissão.
Êeeeee, Boris!
Lembrei do Boris por ouvir outro dia meu querido Fábio Pannunzio duvidar das atrocidades cometidas por um tal João de Deus, prá mim do Capeta.
Pannunzio é um queridíssimo amigo, com quem tive o prazer de trabalhar no começo da profissão. Tempos da tevê Manchete. Tempos da tevê Globo.
Lembrar do Bóris e do Fábio faz me também lembrar de abobrinhas, assim mais ou menos, do José William Waack.
O caso do Waack é um caso de vazamento, como foi o caso do Bóris. O Waack ficou nervosinho com um buzinaço a frente da Casa Branca de onde ele iria transmitir uma entrevista ao vivo no Jornal da Globo. E aí ele tascou "isso é coisa de preto".
Em quanta besteira nos metemos!
Vocês recordam A fala vazada do ministro Rubens Ricupero?
Pois é, pouco antes de entrar ao vivo num jornal da noite na tevê Globo, o ministro da Fazenda de Itamar Franco Rubens Ricupero disse que não tinha escrúpulos para esconder o mal e defender o bem que o governo fazia. E aí ele falava de inflação, por exemplo. Resultado: caiu.
As abobrinhas lamentáveis que figurinhas carimbadas do jornalismo cometem desde sempre são lamentáveis.

MIUCHA

Eu conheci Miucha, a irmã mais velha dos Buarque, linda, maravilhosa, sempre prá cima estimulando com suas palavras a vida. Miucha me dá saudades. O corpo da Miucha foi sepultado hoje. Miucha tinha 83 anos e foi vítima de câncer.

FESTA DE SAMBA

A minha casa hoje foi agraciada com a presença dos amigos Cadú, do Gato com Fome e Tinhorão. Cadú não conheci Tinhorão, Tinhorão não conhecia Cadú. Cadú tocou violão interpretando músicas inéditas que acaba de fazer com Carlinhos Vergueiro e Gregory, seu irmão. E tudo samba. Samba, sambinha e sambão, Na linha mágica do pensamento e do coração. Eu e Tinhorão gostamos de quase todas elas. Adeus Por Ficar é muito bonita. Também acho.

Ó DO BOROGODÓ

Depois de tocar e cantar músicas inéditas para mim e para o Tinhorão, Cadú do Gato com Fome seguiu para o lugar de espetáculos Ó do Borogodó. Isso fica ali pelos lados de Pinheiros. Frequentei. Cadú vai cantar lá daqui a pouco. A propósito e curiosamente depois de apresentar Joan Baez ao meu amigo paraibano Geraldo Vandré, e de um show bonito, ela disse prá mim: agora vou para o Ó do Borogodó. Ela não cantou samba, mas dançou.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

AI-5 NUNCA MAIS!




Censura nunca mais!
A censura é uma praga que existe desde sempre, no Brasil e no mundo todo. A Imprensa Régia já veio com isso e seguiu Império a dentro.
A censura continua viva.
Agora a pouco a Justiça proibiu a Globo de noticiar qualquer coisa sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco. Encurtando o papo estão se completando 50 anos da decretação do Ato Institucional nº5.
Esse Ato foi, dentre todos os 17 Atos baixados pelo governo militar, o mais violento, o mais temido o mais arrasador, o mais tudo ruim que se possa imaginar. O fim do mundo, digamos assim. O AI-5, anunciado ao Brasil na noite de 13 de Dezembro de 1968, permitia que os militares fizessem com o povo o que bem quisesse. E ai aconteceram cassações, torturas e mortes. Pelo menos 7 mil brasileiros e brasileiras foram forçados a deixar o País. Vandré, Chico, Caetano e outros e outros viveram essa situação.
O AI-5 fez misérias, destruindo carreiras artísticas brilhantes como a de Vandre. O AI-5 durou 10 anos de vigência. Nesse período foram censuradas milhares de músicas, peças de teatro e filmes, uns 500 pelo menos.
Mais de 2 centenas de escritores tiveram obras censuradas.
Entre as músicas censuradas incluíram-se Apesar de Você, de Chico; e Sinal Fechado, de Paulinho da Viola. LPs inteiros foram proibidos de circular como o álbum branco do Chico e Imyra Tayra Ipy, de Taiguara.
Taiguara, chamado de Cantor dos Festivais foi o artista mais proibido do período em que esteve em vigência o famigerado Ato Institucional nº 5.
Que essa desgraça nunca mais caia sobre nós!
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha muitos discos e livros da época em que a Censura foi mais violenta entre nós.
Detalhe: em pesquisa publicada há 10 anos pelo paulistano Folha de S.Paulo dizia que oito num grupo de dez brasileiros e brasileiras nunca ouviram falar do AI-5 e suas consequências. Isso é péssimo, não é?
Para lembrar ouça:

A canção Pra Não Dizer que não Falei de Flores foi liberada ao público depois de uma longa e polêmica entrevista que fiz com o autor, Geraldo Vandré, publicada em setembro de 1978 no suplemento dominical, extinto, da Folha.



29 ANOS SEM O REI DO BAIÃO


Hoje, 13 de dezembro, é o dia em que nasceu o rei do baião, Luiz Gonzaga. Isso  foi 1912, em Exu PE. Nesse mesmo dia, só quem 1934 nascia Tião Carreiro.
Sábado próximo estarei dizendo umas coisas sobre Luiz Gonzaga. Minha fala já está gravada e irá ao ar no programa Vira e Mexe, da USP,  apresentado por Paulinho Rosa.

http://assisangelo.blogspot.com/search?q=luiz+gonzaga

Hoje comemora-se o dia de Santa Luzia. Para ela, escrevi essa prece:





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