É terça de carnaval e o Minhocão, no centro da capital paulista, treme ameaçando cair com milhares de foliões felizes da vida. Um deles perde os óculos. A informação é rapidamente passada e repassada e em poucos minutos ele passa de mão em mão e chega ao dono, míope.
Cena 2:
Na Vila Madalena, zona Oeste da
capital paulista, pequenos grupos com seus próprios carrinhos ou o que valha,
coolers como chamam os gringos, portando cervejas, se misturam à multidão. De repente
uma das pessoas desses grupos esbarra num folião e perde desculpas, mil desculpas.
Cena 3:
Uma voz feminina, forte, reboa no
ar: “Somos da paz, queremos a paz e a alegria é a palavra de ordem, agora. Quem
veio aqui para roubar, para fazer o mal suma!”.Estes três casos ocorreram durante a brincadeira de blocos de carnaval nas ruas da cidade de São Paulo neste ano de 2014; o último com o afro Ylu Oba de Min, que reúne cerca de duas dezenas de milhar de foliões, predominantemente mulheres.
O contraponto desses três casos foram outros três ocorridos na Vila Madalena, onde a boemia quase sempre leva à embriaguez e a atos de irresponsabilidade como os registrados na delegacia de polícia da região.
Mais de um milhão de pessoas, incluindo crianças e famílias inteiras, engrossaram este ano os blocos que chegaram a se duplicar na capital do mundo, São Paulo.
A leitura que se tem, é: os paulistanos estão espontaneamente reconquistando as ruas para se divertir.
E isso é bom, e isso é cidadania.
Viva a paz e alegria de viver!
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