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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

A FARSA DO ENSINO NO BRASIL

Aprender ou ensinar é uma decisão pessoal ou de sociedade.
A decisão formal de ensinar, no Brasil, partiu de  Pedro I, ainda na primeira metade do século XIX, quando foi instituído o ensino da educação escolar.
Muita gente aprendeu bonito.
E hoje?
Até o final da primeira ditadura no Brasil, com Getúlio, apostava-se na importância do professor e no que ele ensinava.
Grandes faculdades de direito, como a de São Paulo e a de Recife,  geraram nomes que chegaram até a dirigir os destinos do nosso país.
E hoje?
Houve um tempo que para concorrer ao cargo de Presidente da República era preciso que seus postulantes fossem donos de notório saber, como Rui Barbosa.
Mas Rui perdeu.
O ensino formal no Brasil perdeu muito com o correr do tempo, enfraquecendo-se enormemente com o advento da segunda ditadura, iniciada em 1964.
Os militares chegaram ao ponto de excluir do currículo a matéria de iniciação musical.
N’alguns programas que pilotei no rádio paulistano bati muito forte na necessidade de se trazer de volta o ensino musical às escolas.
Essa insistência levei ao Congresso Nacional há uns anos (ouça abaixo), quando justifiquei essa necessidade, logo depois transformada em projeto aprovado pela então senadora Roseana Sarney. Mas, infelizmente, essa lei não pegou e, consequentemente, ainda não foi de todo cumprida.
Hoje a realidade é a seguinte: o professor finge que ensina e o aluno finge que aprende, e o resultado é essa incógnita que nos remete a um futuro sombrio.
Apostar na educação é apostar num país livre, vivo, inteligente e feliz. Enfim, como certa vez disse Monteiro Lobato: "um país se faz com homens e livros"!
Viva o saber!

Ouça trecho de Música Brasileira em Debate: 
https://www.youtube.com/watch?v=LDUd0j7zICs

 Esta postagem (vídeo acima) é uma edição da minha participação nas discussões do seminário Música Brasileira em Debate, realizado no Congresso Nacional no dia 30 de maio de 2006. Na ocasião, eu fiz uma explanação da importância da cultura popular para um país, qualquer país, deixando clara a ideia de trazermos de volta às escolas o ensino da música, notadamente da nossa música folclórica tão rica e que tantas pérolas tem dado ao Brasil, como Boi Barroso, Tutu Marabá, Boi da Cara Preta, Prenda Minha e Asa Branca. A íntegra do seminário pode ser acessada pelo Portal da Câmara (Assis Ângelo).



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