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quarta-feira, 16 de outubro de 2024
O POPULAR E O ERUDITO NO CÉU
terça-feira, 15 de outubro de 2024
BOULOS GANHOU DEBATE
domingo, 13 de outubro de 2024
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (138)
Machado de Assis (olha ele de novo!) adorava tudo ou quase tudo que Voltaire escreveu. A sua doce ironia, há quem diz que vinha da sua grande admiração pelo francês autor de Cândido — Ou o Otimismo.
E o que dizer da paulista de Mococa Ercília Nogueira Cobra?
Em 1924, Ercília escreveu o livro Virgindade Inútil, novela de uma rebelde. Essa obra foi publicada pelo criativo e exigente escritor Monteiro Lobato, que era dono de uma editora na capital paulista. O governo não gostou e mandou trogloditas tirar o livro de circulação.
De Ercília é também o livro Virgindade Anti-Higiênica.
No decorrer do tempo que viveu, Ercília foi presa uma vez em São Paulo, outra vez no Rio de Janeiro e mais duas: no Paraná e Rio Grande do Sul. Era acusada de tudo que não presta. Chamavam-na de prostituta, pornográfica, subversiva e de cafetina. Apanhou muito. Foi torturada e numa ou duas ocasiões obrigada a depor à autoridade policial totalmente nua.
Conta a história que numa de suas prisões viu-se cara a cara com um delegado de Polícia. Ele perguntava em português e ela, de repente, passou a responder em bom francês. O delegado riu e a encarou debochando nessa mesma língua. Ante tal situação e clima, Ercília mandou ver em alemão. Agora, irritado, o delegado a mandou aos gritos à cela.
Não se sabe direito até hoje quando Ercília Cobra morreu. E de quê.
Ah! Sim: Talvez com o propósito único de vingar-se da sociedade hipócrita, Ercília montou um bordel e o encheu de mulheres corajosas com ela. Isso ocorreu em Caxias, RS.
Foto e Ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora
sábado, 12 de outubro de 2024
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (137)
A história da pioneira Cavendish, se passa no polo norte.
No polo norte também Bradley ambientou seu romance. Lá tem um lugar fantástico, Mizora. Nesse lugar, governado por mulheres, não há crime, não há violência, não há miséria, só coisa boa. Não, não, tem uma coisa péssima: racismo e quanto aos homens que aparecem na história estão condenados à morte, como faziam as amazonas da mitologia grega.
O francês Júlio Verne (1828-1905) passeou pelo universo até se cansar. Foi também até as profundezas do mar. São dele as obras Viagem ao Centro da Terra (1864), Da Terra à Lua (1865) e Vinte Mil Léguas Submarinas (1870). Futurista.
Thea von Harbou |
O Futurismo se acha brilhantemente em muitos títulos. É possível que a alemã Thea von Harbou (1888-1954) tenha sido a primeira mulher a roteirizar histórias do tipo feitas por Verne.
Em 1925, Harbou desenvolveu uma história curiosíssima intitulada Metrópolis.
Metrópolis é um mundo dividido como hoje em duas partes: o pobre e o rico. O pobre robotizado e o rico livre para fazer tudo que lhe dá na telha. No enredo tem um cara que criou tal mundo: Joh Fredersen. É o chefão. Manda em tudo, na vida e na morte. O filho de Joh, Freder, finda por apaixonar-se por uma certa Maria. Lá pras tantas é dito que “da compreensão, surge o amor”.
“Pai! Ajude os homens que vivem em suas máquinas!”
“Eu não posso ajudá-los”, disse o cérebro de Metrópolis. “Ninguém pode ajudá-los. Eles estão onde deveriam estar. Eles são o que deveriam ser. Eles não servem para mais nada, ou nada diferente.”
Joh Fredersen acaba nos braços da mãe.
O livro foi publicado em 1925 e dois anos depois ganhou versão cinematográfica feita pela autora.
Ah! Sim: o enredo todo se passa no ano de 2026.
É também de Thea von Harbou a história de um grupo de humanos que voa num foguete em busca de ouro na lua. A ganância provoca brigas e mortes entre os humanos. Sobram, no fim, um homem e uma mulher. Título: Mulher na Lua.
Histórias inventadas ou não com sexo, prazer e amor ainda se multiplicam em todo canto. A França tem sido um dos berços de grandes autores até há pouco proibidos como Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867), autor do clássico As Flores do Mal.
A vida de Baudelaire foi muito agitada, com álcool, drogas e paixões devassas. Era rebelde ao extremo e não perdoava a mãe, Caroline, por ter se casado novamente após a morte do pai Joseph. Morreu com 46 anos de idade.
Outro rebelde na história da literatura francesa foi Voltaire, que viveu o tempo todo cutucando onça com vara curta. Muitos o classificavam de irresponsável e maldito. Bebia, jogava e traficava horrores. Ainda hoje há quem o chame de feladaputa. Fazia qualquer negócio. Porém, há sempre um porém em toda história: Voltaire era a favor da liberdade de expressão, da liberdade religiosa e da liberdade política. Pois, pois.
Esse francês, que morreu com 83 anos de idade em 1778, deixou uma obra formada por poemas, romances, peças de teatro e tal.
Como Sade, cumpriu temporada na Bastilha.
sexta-feira, 11 de outubro de 2024
PARECIA FIM DO MUNDO...
quinta-feira, 10 de outubro de 2024
GUILHERME BOULOS: 50!
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
HOJE É DIA DOS CORREIOS E DE TAIGUARA
TAIGUARA
terça-feira, 8 de outubro de 2024
MARIEL MARISCOTT ACABOU, MAS O CRIME NÃO
O dia 8 de outubro de 1981 começou, mas não terminou para o ex-policial Mariel Mariscott.
Mariscott, considerado o mais brilhante integrante do famigerado Esquadrão da Morte, tombou morto com uma saraivada de balas cravadas no corpo, quando com seu carro andava devagar numa rua no centro do Rio. Tinha 41 anos de idade.
O Esquadrão da Morte começou simultaneamente em vários Estados do Brasil. Isso, a partir dos anos de 1960.
Somente no Espírito Santo o Esquadrão deixou um saldo de mais ou menos 1,5 mil "bandidos" mortos.
No Río de Janeiro, o número de assassinatos assinado com a marca Esquadrão até hoje é incalculável.
Tudo começou em 1965, quando foi assassinado o famoso Milton Le Cocq.
Le Cocq era integrante do corpo pessoal de segurança do presidente Vargas.
Pois, pois, isso foi o suficiente para que um grupo da elite policial do Rio partisse para a "vingança".
A história é longa.
O crime de morte continua sendo praticado absurdamente em todas as partes do nosso País.
No segundo semestre do ano de 1978, eu e o amigo querido Nelson Del Pino, que já está no céu, entramos no complexo penitenciário Frei Caneca para entrevistar o homem de ouro Mariel Mariscot. Com ele, na cela, permanecemos pelo menos três horas. Durante esse tempo nada podíamos gravar ou escrever o que falávamos. Ao lado da cela, de fora, dois ou três seguranças do presídio a tudo acompanhavam.
De cara fechada, os seguranças pareciam postes.
Muita coisa aconteceu depois da entrevista que fizemos com Mariel.
Ao término do nosso papo, Nelson e eu saímos a passos largos até o boteco mais próximo. E lá pusemos a memória em movimento. Pusemos no papel toda a conversa que tivemos com Mariel. O resultado disso foi uma série de página inteira publicada diariamente no extinto diário paulistano Notícias Populares. Uma dessas páginas é essa em que o entrevistado fala que está sendo ameaçado de morte. Leia:
Clique na imagem para melhor visualização |
segunda-feira, 7 de outubro de 2024
ATENÇÃO: BOULOS NA CABEÇA!
A esquerda tradicional, não a light, parece ter encontrado o caminho para nocautear o adversário bolsonarista no segundo round. Claro, aqui em Sampa.
A direita raivosa, canina, representada por um tal de Pablo não sei quê, chegou perigosamente no seu limite. À beira, pois, de engolir a democracia que a tanto custo as pessoas de bem conquistaram depois dos lamentáveis anos de chumbo que vivemos, entre 1964 e 1985.
A democracia como tal entendemos continua bravamente resistindo aos instintos selvagens da canalha que a ronda e a estoca com vara curta.
O paulistano Guilherme Boulos, do PSOL, foi à luta e na luta continua para se sobrepor aos ensurdecedores latidos da antidemocracia tão a gosto dos ditadores ativos ou de plantão sempre prontos para trazer à tona as desgraceiras do inferno muito além de Dante.
Foi de aperreio o tempo que durou a apuração dos votos depositados nas urnas eletrônicas, ontem 6.
Na corrida para o segundo turno à prefeitura de São Paulo, houve um momento em que o tal não sei quê assustou a democracia quando aproximou-se de Nunes. Isso durou pouco, felizmente.
É possível que o segundo turno em Sampa seja mais civilizado, com debates compreensíveis e de propostas condizentes às necessidades da população.
Uma coisa seja dita: o presidente Lula, a quem Boulos e o seu partido estão ligados, precisa baixar a bola e dedicar-se mais à campanha do próprio PT e dos partidos aliados, como o PSOL. O mesmo deve ser dito em relação à Marta, vice na chapa de Boulos à prefeitura paulistana. Deve ser mais explícita, mais clara, ao pedir voto para o seu parceiro na chapa PSOL/PT.
Por enquanto, Boulos está salvando o PT.
Boulos anda com os pés no chão, prometendo atender às necessidades do povo independentemente de credo, cor e gênero.
Um novo dia está chegando: 27 de outubro.
domingo, 6 de outubro de 2024
AINDA HÁ TEMPO PRA VOTAR EM BOULOS
Sinto-me livre que nem um passarinho voando num céu de brigadeiro. E pra que eu me sinta assim, desse jeito, a explicação é simples: saí há pouco da zona eleitoral após cravar os nomes de Boulos para a Prefeitura e Dheison para o cargo de vereador para a nossa Câmara.
Pois é, estou hoje aliviadíssimo por ter certeza de que exerci por completo o meu direito cidadão de escolher bons representantes políticos.
Quem ainda não voltou a essa hora da tarde (15:30h) sugiro que vá à urna e crave o nome Boulos 50 e o nome Dheison 13110.
É isso aí, pessoal!
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (136)
No campo ficcional americano tem, entre tantas, a romancista Nora Roberts.
Em Doce Vingança (1988), Nora conta a história de uma jovem e bela princesa que promete vingar-se do pai. É considerada pela crítica especializada como “a Sheldon de saia”.
Uma série de cinco romances de autoria de Jess Michaels, fez um sucesso estrondoso por aí afora.
Cada um dos livros da série Os Notórios Flynn, recebeu um título próprio. Pela ordem: O Outro Duque, A Amante do Canalha, Apostando na Viúva, Nenhum Cavalheiro para Georgina e O Marquês de Mary. No geral, conta a história de uma família londrina do começo do século 19.
Jess é uma das escritoras estadunidenses mais famosa e autora de uma centena de livros. O mais famoso é O Duque Silencioso (2017). Trata de história envolvendo o personagem Ewan, abusado pelo pai e tal.
Histórias desse tipo pululam por aí, em tudo quanto é língua.
No século 17, veio ao mundo uma gringa chamada Margaret Cavendish (1623-1673). É dela a ficção científica publicada no livro O Mundo Resplandecente (1666).
Depois de Cavendish, vieram Mary Shelley (1797-1851) e Mary E. Bradley (1844-1930), respectivamente autoras de Frankenstein (1818) e Mizora (1880).
Em O Mundo Resplandecente, Cavendish cria uma personagem feminina carismática, surpreendente, que habita um lugar cheio de gelo governado por um cara que só quer o bem de todos. É bacana.
Em Frankenstein, a autora apresenta ao mundo a figura estranhíssima de um certo doutor mal amanhado, esquisitíssimo. Bom, a história todo mundo já sabe.
Foto e Ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora
sábado, 5 de outubro de 2024
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (135)
Margaret Atwood |
Ainda seguindo a linha distópica de Huxley e Orwell, a canadense Margaret Atwood publicou em 1985 o livro O Conto de Aia. Esse livro trata de um golpe com características teocráticas dado nos EUA. Esse país passa a se chamar República de Gileade, na qual há uma onda crescente de mulheres estéreis. As mulheres não estéreis são raptadas, sequestradas, pelo poder então vigente e obrigadas a reproduzir filhos com os poderosos mandantes da tal república. Quem tentar fugir, morre.
O norte-americano Sidney Sheldon (1917-2007), um dos mais celebrados autores de ficção, tem livros que falam disso.
Bagshawe, uma inglesa, era fã de Sheldon e na continuação do Reverso da Medalha a matriarca da família Blackwell, Kate, volta à cena e ao desaparecer deserda uma de suas filhas. E o pau canta alto entre amor, ódio, inveja, drogas e mortes.
Pois é, tudo isso se acha lá.
O Reverso da Medalha é uma expressão encontrada no belo e original conto O Último Dia de um Poeta, de Machado de Assis, publicado originalmente em maio de 1867 no Jornal das Famílias. Esse conto foi assinado por Max, um dos vários pseudônimos de Machado. É leitura de hora e meia. Aliás, Machado de Assis era um grande leitor de Shakespeare. Lia-o no original. E no original também lia autores franceses. Foi ele o primeiro a traduzir para o português Victor Hugo, Edgar Allan Poe, Dante Alighieri, La Fontaine e tantos outros.
Machado também enveredou pela literatura grega, inspirando-se em tragédias verdadeiras ou inventadas.
Em 1903, o autor de Dom Casmurro publicou no Almanaque Brasileiro Garnier uma história intitulada Pílades e Orestes.
Orestes matou a mãe, que matou o esposo degolando-o. A irmã dele, Electra, casa-se com seu melhor amigo: Pílades.
No texto de Machado, Orestes é Quintanilha e Pílades, Gonçalves. Quintanilha é deputado e Gonçalves o advogado. Surge de repente uma jovem muito bonita e não digo mais nada. É muito bom!
sexta-feira, 4 de outubro de 2024
POR QUE NÃO BOULOS NO PRIMEIRO TURNO?
Boulos é a esperança do povo paulistano e de quem escolheu Sampa para viver assim como eu.
Devo dizer a quem a estas linhas ler que tenho acompanhado o movimento de todos os candidatos à Prefeitura da cidade de São Paulo. Assim devo acrescentar que Boulos tem se comprometido a defender a cultura popular e o povo em geral, incluindo pessoas que têm no destino o peso de carregar problemas referentes à mobilidade. Incluo-me nesse destino, vivendo na escuridão da noite.
Boa política é a política bem feita em prol das pessoas, independentemente de cor, gênero ou ideologia.
Viva a esperança!
Viva a vida!
Alguém já disse que a democracia pode não ser o melhor sistema de governo, mas outro melhor não há.
quinta-feira, 3 de outubro de 2024
VOTEMOS NO MELHOR PARA SÃO PAULO: BOULOS, 50!
Em poucos dias iremos às urnas definir o futuro das nossas cidades. Serão as primeiras eleições depois de o Brasil ter vivido uma das jornadas democráticas mais importantes de sua história: a construção de uma ampla frente em defesa da democracia nas eleições presidenciais de 2022.
A vitória foi grande, mas não definitiva. O bolsonarismo se reorganizou e continua ativo, sem recuar um milímetro em seu programa, cujo cerne é destruir os direitos mais básicos da república brasileira.
Neste exato momento, bolsonaristas de todo o país se articulam para transformar o próximo domingo em um momento de virada, que elegeria candidatos bolsonaristas em muitas capitais do país. Esse bloco antidemocrático tem dois objetivos: dar uma grande demonstração de força e colocar as máquinas de muitas prefeituras importantes a serviço da candidatura presidencial do bolsonarismo em 2026.
A situação de São Paulo — a maior cidade do país — é especialmente preocupante, porque estamos diante do risco de dois candidatos bolsonaristas passarem ao segundo turno: Pablo Marçal e Ricardo Nunes. Um resultado como este representaria a consagração, pelo voto popular, da violência política, da defesa da tortura, do negacionismo científico, da destruição de direitos, do descaso com os mais pobres, do desprezo com a cultura, com as minorias e com a democracia além do vasto programa de destruição do meio ambiente.
A frente ampla que impediu Bolsonaro de permanecer no poder precisa se levantar novamente para evitar que este segundo turno de consagração do bolsonarismo aconteça.
Quando olhamos para as pesquisas, fica evidente que o candidato que reúne as melhores condições de evitar o desfecho trágico de um segundo turno entre dois bolsonaristas é Guilherme Boulos. Parte dos signatários deste manifesto tem preferência por outras candidaturas e só votaria em Boulos no segundo turno, mas reconhece que estamos diante de um risco que o país não pode correr.
Diante disso, fazemos um chamado a todas as pessoas comprometidas com a empatia, a democracia, a humanidade e o futuro para que votemos, já neste domingo, em Guilherme Boulos.
terça-feira, 1 de outubro de 2024
VIVA A RÁDIO CBN!
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