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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

O POPULAR E O ERUDITO NO CÉU

O compositor e humorista paulista de Martinópolis Ary Toledo deixou essa terrinha doida de tiros, pipocos e geral um dia depois do vendaval que atingiu São Paulo e outros lugares, matando, ferindo e deixando milhões de pessoas na escuridão e sem água potável.
Ary Toledo nasceu no dia 22 de agosto de 1937, curiosamente no Dia Internacional do Folclore.
Com certeza posso dizer que Ary foi o humorista com o maior repertório de piadas e causos que contava com naturalidade no Rádio, na TV, em todo canto.
Conheci Ary Toledo nas dependências da extinta gravadora Copacabana, cá em Sampa. Na ocasião, ele me apresentou, enquanto bebericávamos, a cantora dançarina Gretchen, que estava iniciando carreira. Viramos amigos. Frequentei muito a sua casa. Faz tempo, algum tempo.
Eu e Ary falávamos por telefone, não com muita frequência. E a vida segue.
No correr da sua carreira, Ary foi estrela das TVs Tupi, SBT e tantas e tantas mais. Cantava, tocava violão. Deixou bons discos, bons LPs. Seu maior sucesso em disco e no palco foi Pau de Arara, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Essa música foi gravada ao vivo no Teatro Record, em 1965. Saiu pela extinta Fermata/RGE. Pra lembrar, ouça:


Ah! Sim: Ary Christoni de Toledo foi-se embora na manhã do dia 12 desse mês de outubro, depois de internado durante algum tempo no Hospital Sírio Libanês.

SAUDADE

Hoje é dia de saudade pra quem gosta de boa música.
Nascido no dia 2 de novembro de 1883, o craque do violão João Pernambuco morreu no dia 16 de outubro de 1947. Deixou poucos discos gravados, mas todos de ótima qualidade. Foi amigo do maestro Villa-Lobos. A Villa deve-se a informação de que Pernambuco foi o autor da melodia da belíssima Luar do Sertão. Tida, por muito tempo, ser toda de autoria do maranhense Catulo da Paixão Cearense (1863-1946).
Atenção: hoje também é dia da saudade do compositor erudito Alberto Nepomuceno.
Nepomuceno morreu no dia 16 de outubro de 1920. 
Neste 2024 completam-se 160 anos de nascimento do cearense Nepomuceno.
Lembro que uma vez o querido Belchior sugeriu-me, num dos encontros lá na minha casa, que eu escrevesse um livro sobre o seu famoso conterrâneo. Fiquei devendo.
Sobre Alberto Nepomuceno, leia mais: ALBERTO NEPOMUCENO, 100 ANOS

terça-feira, 15 de outubro de 2024

BOULOS GANHOU DEBATE

Um destempero cósmico
Apagou a luz solar
E encheu de breu o mundo
Antes do céu cair no mar...

Não só o Brasil, mas o mundo todo está fervendo.
Canalhas continuam ateando fogo nas florestas, matando animais e envenenando a terra.
Zebra das grandes ainda há no Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e toda região Norte do nosso País.
No Rio de Janeiro e na Bahia, milícias tomam conta de tudo impedindo, assim, o ir e vir por nós garantido pela Constituição vigente.
Sexta-feira à noite, o céu despejou chuva e ventos acima de 100km/hora. Casas caíram, postes e muitas coisas mais caíram em consequência do vendaval que durou cerca de meia hora. O resultado foi que pelo menos 2,5 milhões de pessoas em domicílios caíram no vale do Deus dará.
O apagão advindo do vendaval foi um dos temas predominantes no debate de ontem 14 na Rede Bandeirantes de Rádio e TV, entre os candidatos à cadeira de prefeito da maior cidade do Brasil e da América do Sul: São Paulo.
Os candidatos Guilherme Boulos e Ricardo Nunes falaram e falaram, com Nunes tercerizandos os problemas da Capital paulista e tal.
No decorrer do debate houve, na parte de Boulos, propostas interessantes e necessárias ao bom andamento da administração municipal.
Além de apagão, questões referentes à educação, transporte, saúde e segurança pública foram postos em debate. E paremos por aqui.
Ah! Sim: depois de acusar o vice que virou prefeito de Sampa depois da morte de Bruno Covas, Guilherme Boulos desafiou o concorrente à abrir ao público suas contas bancárias. Isso porque Nunes disse o tempo todo que era completamente inocente de tudo que lhe acusavam. Pegou mal essa insistência de bater tanto na tecla da inocência.
Bom, acho que Boulos ganhou essa primeira parada no caminho íngreme até a Prefeitura.
Quem não viu, veja como foi o debate na Band:

domingo, 13 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (138)

Machado de Assis (olha ele de novo!) adorava tudo ou quase tudo que Voltaire escreveu. A sua doce ironia, há quem diz que vinha da sua grande admiração pelo francês autor de Cândido — Ou o Otimismo.

E o que dizer da paulista de Mococa Ercília Nogueira Cobra?

Em 1924, Ercília escreveu o livro Virgindade Inútil, novela de uma rebelde. Essa obra foi publicada pelo criativo e exigente escritor Monteiro Lobato, que era dono de uma editora na capital paulista. O governo não gostou e mandou trogloditas tirar o livro de circulação. 

De Ercília é também o livro Virgindade Anti-Higiênica. 

No decorrer do tempo que viveu, Ercília foi presa uma vez em São Paulo, outra vez no Rio de Janeiro e mais duas: no Paraná e Rio Grande do Sul. Era acusada de tudo que não presta. Chamavam-na de prostituta, pornográfica, subversiva e de cafetina. Apanhou muito. Foi torturada e numa ou duas ocasiões obrigada a depor à autoridade policial totalmente nua.

Conta a história que numa de suas prisões viu-se cara a cara com um delegado de Polícia. Ele perguntava em português e ela, de repente, passou a responder em bom francês. O delegado riu e a encarou debochando nessa mesma língua. Ante tal situação e clima, Ercília mandou ver em alemão. Agora, irritado, o delegado a mandou aos gritos à cela.

Não se sabe direito até hoje quando Ercília Cobra morreu. E de quê.

Ah! Sim: Talvez com o propósito único de vingar-se da sociedade hipócrita, Ercília montou um bordel e o encheu de mulheres corajosas com ela. Isso ocorreu em Caxias, RS.


Foto e Ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora

sábado, 12 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (137)

A história da pioneira Cavendish, se passa no polo norte.

No polo norte também Bradley ambientou seu romance. Lá tem um lugar fantástico, Mizora. Nesse lugar, governado por mulheres, não há crime, não há violência, não há miséria, só coisa boa. Não, não, tem uma coisa péssima: racismo e quanto aos homens que aparecem na história estão condenados à morte, como faziam as amazonas da mitologia grega.

O francês Júlio Verne (1828-1905) passeou pelo universo até se cansar. Foi também até as profundezas do mar. São dele as obras Viagem ao Centro da Terra (1864), Da Terra à Lua (1865) e Vinte Mil Léguas Submarinas (1870). Futurista.

Thea von Harbou

O Futurismo se acha brilhantemente em muitos títulos. É possível que a alemã Thea von Harbou (1888-1954) tenha sido a primeira mulher a roteirizar histórias do tipo feitas por Verne.

Em 1925, Harbou desenvolveu uma história curiosíssima intitulada Metrópolis.

Metrópolis é um mundo dividido como hoje em duas partes: o pobre e o rico. O pobre robotizado e o rico livre para fazer tudo que lhe dá na telha. No enredo tem um cara que criou tal mundo: Joh Fredersen. É o chefão. Manda em tudo, na vida e na morte. O filho de Joh, Freder, finda por apaixonar-se por uma certa Maria. Lá pras tantas é dito que “da compreensão, surge o amor”.


“Pai! Ajude os homens que vivem em suas máquinas!”


 “Eu não posso ajudá-los”, disse o cérebro de Metrópolis. “Ninguém pode ajudá-los. Eles estão onde deveriam estar. Eles são o que deveriam ser. Eles não servem para mais nada, ou nada diferente.”


Joh Fredersen acaba nos braços da mãe.

O livro foi publicado em 1925 e dois anos depois ganhou versão cinematográfica feita pela autora. 

Ah! Sim: o enredo todo se passa no ano de 2026.

É também de Thea von Harbou a história de um grupo de humanos que voa num foguete em busca de ouro na lua. A ganância provoca brigas e mortes entre os humanos. Sobram, no fim, um homem e uma mulher. Título: Mulher na Lua.

Histórias inventadas ou não com sexo, prazer e amor ainda se multiplicam em todo canto. A França tem sido um dos berços de grandes autores até há pouco proibidos como Charles-Pierre Baudelaire (1821-1867), autor do clássico As Flores do Mal.

A vida de Baudelaire foi muito agitada, com álcool, drogas e paixões devassas. Era rebelde ao extremo e não perdoava a mãe, Caroline, por ter se casado novamente após a morte do pai Joseph. Morreu com 46 anos de idade.

Outro rebelde na história da literatura francesa foi Voltaire, que viveu o tempo todo cutucando onça com vara curta. Muitos o classificavam de irresponsável e maldito. Bebia, jogava e traficava horrores. Ainda hoje há quem o chame de feladaputa. Fazia qualquer negócio. Porém, há sempre um porém em toda história: Voltaire era a favor da liberdade de expressão, da liberdade religiosa e da liberdade política. Pois, pois. 

Esse francês, que morreu com 83 anos de idade em 1778, deixou uma obra formada por poemas, romances, peças de teatro e tal.

Como Sade, cumpriu temporada na Bastilha.

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

PARECIA FIM DO MUNDO...


Raios e relâmpagos
Fizeram a noite clarear 
Parecia ser sinais
Para o mundo se acabar
De repente lá de cima
O céu desabou no mar

Pois é ai, ai. 
Foi agora há pouco. 
Tudo estrondou a minha volta. Parecia que o mundo todo explodia. Era pipoco aqui, era pipoco acolá. Estrondos terríveis e o céu todo clareando.
Os clarões do fim do mundo chegando perto de mim. 
Apocalipse?
Não chamei nem por mãe nem por pai, até porque não os tenho mais. Mas tremi.
Ao meu lado, no treme treme do medo, minha filha Clarissa e a querida amiga Anninha rezavam pedindo paz e implorando a Deus, perdão.
Agora o coração está voltando a bater com naturalidade. 

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

GUILHERME BOULOS: 50!



Eu gostei.
Gostei de ver, quer dizer ouvir, Guilherme Boulos sendo sabatinado por jornalistas do Globo, Valor e CBN. Foi hoje 10, entre 8:30 e 9:30.
O papo rolou com Boulos 50 na Rádio CBN, cá em Sampa. 
Era pra ser debate entre Nunes e Boulos. Nunes não atendeu ao convite para discutir as necessidades que a Capital paulista precisa.
Guilherme Boulos falou com muita serenidade tudo que pretende fazer pela população paulistana. Falou com firmeza e sinceridade dos problemas graves existentes em todos os cantos da cidade. Dos problemas de moradia, de insegurança, de abandono no Centro e muita coisa.
Entendo e aposto que Boulos pode ser um grande prefeito de São Paulo. Pra isso, precisa de votos.
Não custa aqui lembrar que pelo menos 2,5 milhões de eleitores e eleitoras deixaram de votar nas urnas da capital paulista no 1º turno, ali no último dia 6 deste mês. Agora é hora. O dia 27 de outubro está chegando.
Vamos nessa? Boulos 50!
E atenção, anote aí: Guilherme Boulos é o futuro político de São Paulo e do Brasil. 
Bom, quem não pôde acompanhar o papo de Boulos na CBN, basta só clicar:


quarta-feira, 9 de outubro de 2024

HOJE É DIA DOS CORREIOS E DE TAIGUARA


Há bem pouco tempo os Correios eram o caminho mais fácil para entrarmos em contato com pessoas queridas, amigos, amigas e tal. Usávamos também telegramas e tal. Hoje mudou tudo. A mudança deve-se à chegada irreversível da Internet.
Muita coisa bonita foi, musicalmente, escrita.
Para lembrar, ouça:


TAIGUARA

Hoje 9, além de ser o Dia dos Correios, é o dia em que nasceu o cantor Taiguara. Foi em 1945.

terça-feira, 8 de outubro de 2024

MARIEL MARISCOTT ACABOU, MAS O CRIME NÃO


O dia 8 de outubro de 1981 começou, mas não terminou para o ex-policial Mariel Mariscott.

Mariscott, considerado o mais brilhante integrante do famigerado Esquadrão da Morte, tombou morto com uma saraivada de balas cravadas no corpo, quando com seu carro andava devagar numa rua no centro do Rio. Tinha 41 anos de idade. 

O Esquadrão da Morte começou simultaneamente em vários Estados do Brasil. Isso, a partir dos anos de 1960. 

Somente no Espírito Santo o Esquadrão deixou um saldo de mais ou menos 1,5 mil "bandidos" mortos.

No Río de Janeiro, o número de assassinatos assinado com a marca Esquadrão até hoje é incalculável. 

Tudo começou em 1965, quando foi assassinado o famoso Milton Le Cocq.

Le Cocq era integrante do corpo pessoal de segurança do presidente Vargas.

Pois, pois, isso foi o suficiente para que um grupo da elite policial do Rio partisse para a "vingança".

A história é longa.

O crime de morte continua sendo praticado absurdamente em todas as partes do nosso País.

No segundo semestre do ano de 1978, eu e o amigo querido Nelson Del Pino, que já está no céu, entramos no complexo penitenciário Frei Caneca para entrevistar o homem de ouro Mariel Mariscot. Com ele, na cela, permanecemos pelo menos três horas. Durante esse tempo nada podíamos gravar ou escrever o que falávamos. Ao lado da cela, de fora, dois ou três seguranças do presídio a tudo acompanhavam.

De cara fechada, os seguranças pareciam postes.

Muita coisa aconteceu depois da entrevista que fizemos com Mariel.

Ao término do nosso papo, Nelson e eu saímos a passos largos até o boteco mais próximo. E lá pusemos a memória em movimento. Pusemos no papel toda a conversa que tivemos com Mariel. O resultado disso foi uma série de página inteira publicada diariamente no extinto diário paulistano Notícias Populares. Uma dessas páginas é essa em que o entrevistado fala que está sendo ameaçado de morte. Leia: 

Clique na imagem para melhor visualização


segunda-feira, 7 de outubro de 2024

ATENÇÃO: BOULOS NA CABEÇA!

A esquerda tradicional, não a light, parece ter encontrado o caminho para nocautear o adversário bolsonarista no segundo round.  Claro, aqui em Sampa.

A direita raivosa, canina, representada por um tal de Pablo não sei quê, chegou perigosamente no seu limite. À beira, pois, de engolir a democracia que a tanto custo as pessoas de bem conquistaram depois dos lamentáveis anos de chumbo que vivemos, entre 1964 e 1985.

A democracia como tal entendemos continua bravamente resistindo aos instintos selvagens da canalha que a ronda e a estoca com vara curta.

O paulistano Guilherme Boulos, do PSOL, foi à luta e na luta continua para se sobrepor aos ensurdecedores latidos da antidemocracia tão a gosto dos ditadores ativos ou de plantão sempre prontos para trazer à tona as desgraceiras do inferno muito além de Dante. 

Foi de aperreio o tempo que durou a apuração dos votos depositados nas urnas eletrônicas, ontem 6. 

Na corrida para o segundo turno à prefeitura de São Paulo, houve um momento em que o tal não sei quê assustou a democracia quando aproximou-se de Nunes. Isso durou pouco, felizmente. 

É possível que o segundo turno em Sampa seja mais civilizado, com debates compreensíveis e de propostas condizentes às necessidades da população. 

Uma coisa seja dita: o presidente Lula, a quem Boulos e o seu partido estão ligados, precisa baixar a bola e dedicar-se mais à campanha do próprio PT e dos partidos aliados, como o PSOL. O mesmo deve ser dito em relação à Marta, vice na chapa de Boulos à prefeitura paulistana. Deve ser mais explícita, mais clara, ao pedir voto para o seu parceiro na chapa PSOL/PT.

Por enquanto, Boulos está salvando o PT.

Boulos anda com os pés no chão, prometendo atender às necessidades do povo independentemente de credo, cor e gênero. 

Um novo dia está chegando: 27 de outubro. 


domingo, 6 de outubro de 2024

AINDA HÁ TEMPO PRA VOTAR EM BOULOS

Sinto-me livre que nem um passarinho voando num céu de brigadeiro. E pra que eu me sinta assim, desse jeito, a explicação é simples: saí há pouco da zona eleitoral após cravar os nomes de Boulos para a Prefeitura e Dheison para o cargo de vereador para a nossa Câmara. 

Pois é, estou hoje aliviadíssimo por ter certeza de que exerci por completo o meu direito cidadão de escolher bons representantes políticos. 

Quem ainda não voltou a essa hora da tarde (15:30h) sugiro que vá à urna e crave o nome Boulos 50 e o nome Dheison 13110. 

É isso aí, pessoal!

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (136)

No Brasil e em todo canto há mulheres incríveis escrevendo livros.
No campo ficcional americano tem, entre tantas, a romancista Nora Roberts.
Em Doce Vingança (1988), Nora conta a história de uma jovem e bela princesa que promete vingar-se do pai. É considerada pela crítica especializada como “a Sheldon de saia”.
Uma série de cinco romances de autoria de Jess Michaels, fez um sucesso estrondoso por aí afora.
Cada um dos livros da série Os Notórios Flynn, recebeu um título próprio. Pela ordem: O Outro Duque, A Amante do Canalha, Apostando na Viúva, Nenhum Cavalheiro para Georgina e O Marquês de Mary. No geral, conta a história de uma família londrina do começo do século 19.
Jess é uma das escritoras estadunidenses mais famosa e autora de uma centena de livros. O mais famoso é O Duque Silencioso (2017). Trata de história envolvendo o personagem Ewan, abusado pelo pai e tal.
Os livros dessa estadunidense tem muito sexo descrito em minúcias, adultério, estupro. É coisa popular, quase beirando o popularesco. Linguagem simples e mal traduzida para o português.
Histórias desse tipo pululam por aí, em tudo quanto é língua. 
No século 17, veio ao mundo uma gringa chamada Margaret Cavendish (1623-1673). É dela a ficção científica publicada no livro O Mundo Resplandecente (1666).
Depois de Cavendish, vieram Mary Shelley (1797-1851) e Mary E. Bradley (1844-1930), respectivamente autoras de Frankenstein (1818) e Mizora (1880).
Em O Mundo Resplandecente, Cavendish cria uma personagem feminina carismática, surpreendente, que habita um lugar cheio de gelo governado por um cara que só quer o bem de todos. É bacana.
Em Frankenstein, a autora apresenta ao mundo a figura estranhíssima de um certo doutor mal amanhado, esquisitíssimo. Bom, a história todo mundo já sabe.

Foto e Ilustrações de Flor Maria e Anna da Hora

sábado, 5 de outubro de 2024

LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (135)

Margaret Atwood

Ainda seguindo a linha distópica de Huxley e Orwell, a canadense Margaret Atwood publicou em 1985 o livro O Conto de Aia. Esse livro trata de um golpe com características teocráticas dado nos EUA. Esse país passa a se chamar República de Gileade, na qual há uma onda crescente de mulheres estéreis. As mulheres não estéreis são raptadas, sequestradas, pelo poder então vigente e obrigadas a reproduzir filhos com os poderosos mandantes da tal república. Quem tentar fugir, morre.

O norte-americano Sidney Sheldon (1917-2007), um dos mais celebrados autores de ficção, tem livros que falam disso.

O Ditador, de 1995, é um livro cuja história se passa num país fictício da América do Sul: Amador, próximo à Colômbia e tal. A população vive sob o cabresto de um violento sujeito chamado Coronel Ramón Bolívar. Há um momento que o sujeito é obrigado a se submeter a uma cirurgia no coração. Morre não morre, o cara é representado por um sósia que chega de Nova Iorque integrando uma companhia de teatro. Seu nome é Eddie Davis, um ator sem expressão que de uma hora para outra vira astro.

Essa história de Sheldon é fantástica. Como fantásticas são muitas de suas histórias. O Reverso da Medalha (1991), por exemplo, que teve continuação assinada por Tilly Bagshawe, no livro A Senhora do Jogo (2009).

Bagshawe, uma inglesa, era fã de Sheldon e na continuação do Reverso da Medalha a matriarca da família Blackwell, Kate, volta à cena e ao desaparecer deserda uma de suas filhas. E o pau canta alto entre amor, ódio, inveja, drogas e mortes.

Pois é, tudo isso se acha lá.

O Reverso da Medalha é uma expressão encontrada no belo e original conto O Último Dia de um Poeta, de Machado de Assis, publicado originalmente em maio de 1867 no Jornal das Famílias. Esse conto foi assinado por Max, um dos vários pseudônimos de Machado. É leitura de hora e meia. Aliás, Machado de Assis era um grande leitor de Shakespeare. Lia-o no original. E no original também lia autores franceses. Foi ele o primeiro a traduzir para o português Victor Hugo, Edgar Allan Poe, Dante Alighieri, La Fontaine e tantos outros.

Machado também enveredou pela literatura grega, inspirando-se em tragédias verdadeiras ou inventadas.

Em 1903, o autor de Dom Casmurro publicou no Almanaque Brasileiro Garnier uma história intitulada Pílades e Orestes.

Orestes matou a mãe, que matou o esposo degolando-o. A irmã dele, Electra, casa-se com seu melhor amigo: Pílades.

No texto de Machado, Orestes é Quintanilha e Pílades, Gonçalves. Quintanilha é deputado e Gonçalves o advogado. Surge de repente uma jovem muito bonita e não digo mais nada. É muito bom!

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

POR QUE NÃO BOULOS NO PRIMEIRO TURNO?

Como sempre faço em dia de eleição, visto a minha melhor roupa, calço meu melhor par de sapatos, penteio-me, perfumo-me e serelepe, feliz da vida, saio de casa para esperançoso depositar o meu voto na urna. Farei isso de novo depois de amanhã 6.
Na urna porei democraticamente o meu voto a quem confio completamente lutar pelo bem coletivo. Essa pessoa a quem tanto confio tem nome para assumir a Prefeitura da maior cidade do Brasil: Guilherme Boulos, 50.
Boulos é a esperança do povo paulistano e de quem escolheu Sampa para viver assim como eu.
Devo dizer a quem a estas linhas ler que tenho acompanhado o movimento de todos os candidatos à Prefeitura da cidade de São Paulo. Assim devo acrescentar que Boulos tem se comprometido a defender a cultura popular e o povo em geral, incluindo pessoas que têm no destino o peso de carregar problemas referentes à mobilidade. Incluo-me nesse destino, vivendo na escuridão da noite. 
Boa política é a política bem feita em prol das pessoas, independentemente de cor, gênero ou ideologia. 
Viva a esperança!
Viva a vida!
No rastro de Boulos, o outro voto meu agora para vereador também tem nome: Dheison da Siva 13110.  
Alguém já disse que a democracia pode não ser o melhor sistema de governo, mas outro melhor não há.


quinta-feira, 3 de outubro de 2024

VOTEMOS NO MELHOR PARA SÃO PAULO: BOULOS, 50!


Meu amigo, minha amiga, está na hora de pôr São Paulo para andar, movimentar-se, em direção ao futuro que a cada fração de segundo bate à porta. Sim, agora é a hora de levar paz e desenvolvimento em prol da população de São Paulo.
Melhoria para esta multifacetada cidade, a 5ª maior do mundo, está nas nossas mãos. Domingo 6, pois, depositemos na urna o nosso voto no nome que nos representará na prefeitura municipal: Guilherme Boulos.
Jornalistas, escritores, compositores, atores, cantores, acabam de divulgar um manifesto pro Boulos. Leia e passe para frente:
Em poucos dias iremos às urnas definir o futuro das nossas cidades. Serão as primeiras eleições depois de o Brasil ter vivido uma das jornadas democráticas mais importantes de sua história: a construção de uma ampla frente em defesa da democracia nas eleições presidenciais de 2022.
A vitória foi grande, mas não definitiva. O bolsonarismo se reorganizou e continua ativo, sem recuar um milímetro em seu programa, cujo cerne é destruir os direitos mais básicos da república brasileira.
Neste exato momento, bolsonaristas de todo o país se articulam para transformar o próximo domingo em um momento de virada, que elegeria candidatos bolsonaristas em muitas capitais do país. Esse bloco antidemocrático tem dois objetivos: dar uma grande demonstração de força e colocar as máquinas de muitas prefeituras importantes a serviço da candidatura presidencial do bolsonarismo em 2026.
A situação de São Paulo — a maior cidade do país — é especialmente preocupante, porque estamos diante do risco de dois candidatos bolsonaristas passarem ao segundo turno: Pablo Marçal e Ricardo Nunes. Um resultado como este representaria a consagração, pelo voto popular, da violência política, da defesa da tortura, do negacionismo científico, da destruição de direitos, do descaso com os mais pobres, do desprezo com a cultura, com as minorias e com a democracia além do vasto programa de destruição do meio ambiente.
A frente ampla que impediu Bolsonaro de permanecer no poder precisa se levantar novamente para evitar que este segundo turno de consagração do bolsonarismo aconteça.
Quando olhamos para as pesquisas, fica evidente que o candidato que reúne as melhores condições de evitar o desfecho trágico de um segundo turno entre dois bolsonaristas é Guilherme Boulos. Parte dos signatários deste manifesto tem preferência por outras candidaturas e só votaria em Boulos no segundo turno, mas reconhece que estamos diante de um risco que o país não pode correr.
Diante disso, fazemos um chamado a todas as pessoas comprometidas com a empatia, a democracia, a humanidade e o futuro para que votemos, já neste domingo, em Guilherme Boulos.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

VIVA A RÁDIO CBN!

Eu gosto muito de rádio. Já produzi e apresentei muitos programas.
A Rádio CBN, Companhia Brasileira de Notícias, foi inaugurada no dia 1º de outubro de 1991. Começou na rua das Palmeiras, agora está lá pros lados da 9 de Julho. Faz hoje, portanto, exatos 33 anos de fundação dessa rádio. Gosto muito da CBN. E amigos como o cantor Geraldo Vandré, também.
São ótimos os repórteres e apresentadores da CBN. Meu carinho especial à apresentadora Tânia Morales.
Estive várias vezes a dizer coisas nessa emissora. A última vez foi no dia 26 de agosto, quando fui falar ao vivo sobre o livro que adaptei do poeta português Luiz de Camões. Para lembrar, clique:



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