Luís da Câmara Cascudo exerceu em vida um monte de profissões. Foi jornalista, crítico literário, estudioso da cultura popular, poeta, advogado, professor...
Fora isso, dominava pelo menos meia dúzia de idiomas: francês, inglês, espanhol...
Entre um livro e outro, Cascudo nos legou cerca de 150 títulos. O primeiro desses títulos, Alma Patrícia foi publicado em 1921.
Em 1930 disputou cargo político na terra onde nasceu, Natal, RN e acabou por eleger-se deputado.
A carreira de deputado de Câmara Cascudo durou apenas três dias.
Melhor sorte teve o escritor cearense Gustavo Barroso (1888-1959), que exerceu o cargo de deputado federal entre 1915 e 1917.
A história conta que Gustavo Barroso defendeu como pôde, na Câmara, os flagelados da seca de 15. Essa seca seria temática do primeiro livro da escritora Rachel de Queiroz.
Consta também que nos Anais da história que Barroso assumiu e defendeu a luta dos indígenas por seus direitos.
Pois é.
Em 1922, o presidente paraibano Epitácio Pessoa criou o Museu Histórico Nacional e nomeou o cearense como seu primeiro diretor. No cargo ficou até 1930, quando Vargas o demitiu.
Um dos principais livros de Câmara Cascudo é o Dicionário do Folclore Brasileiro, em dois volumes, impresso e lançado pela gráfica do Senado em 1952.
O fato de Cascudo ter exercido por apenas três dias o cargo de ddeputado deveu-se à decisão de Vargas em fechar as Assembleias Legislativas de todo o Brasil. Não teve tempo pra fazer nada. Segundo ele, "Não pude salvar o Brasil, mas também não me perdi".
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