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sexta-feira, 19 de março de 2021

COISA RUIM VAI PRO LIXO

Um dia alguém perguntou a Almodóvar por que nunca fez referência nominal ao ditador Franco, da Espanha. E ele respondeu mais ou menos assim: Pra não ficar com ele na cabeça.
O nome Bolsonaro escrevo para que nunca ninguém se esqueça da horrorosa pessoa que ele é. É ruim.
O Brasil teve dois reis e doze presidentes antes Segunda República, inaugurada em 1930.
O primeiro presidente, Deodoro, derrubou o Império e depois fechou o Congresso, antes de renunciar.
O segundo presidente, Floriano, foi ao todo o segundo golpe de Estado, ao se recusar a convocar eleições para substituir Deodoro, que era Marechal que nem Floriano.
O terceiro presidente, o civil Prudente de Morais, botou pra quebrar. Isto é, mandou o exército acabar com o povo de Canudos. Não ficou pedra sobre pedra.
E assim foi, e assim vamos.
Foi não foi, Bolsonaro fala em Estado de Sítio.
Esse é um Estado extremoso.
Nove dos 12 presidentes da Primeira República fizeram uso deste instrumento.
O Estado de Sítio é uma porta para a ditadura. E disso se aproveitou Getúlio Vargas (1930-45).
Negacionista até a medula, contraditório nas suas contradições, Bolsonaro acaba de entrar com ação no STF contra os governadores da Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.
Bolsonaro acha que a sua autoridade de presidente está sendo minada pelos governadores.
O que dizer desse cidadão?
A lata de lixo da história o espera.
Almodóvar, Pedro Almodóvar, é um dos mais importantes atores, diretores e roteiristas do cinema mundial.

RESPEITAR PRA SER RESPEITADO

Muito cedo aprendemos na escola ser necessário respeitar o próximo para sermos respeitados.
Isso é básico.
Muito cedo aprendemos também que é importante respeitarmos os mais velhos. Nessa linha, vale respeitar as autoridades. Religiosas, inclusive. 
Quando eu era menino, além de chamar os meus país e avós de senhor e senhora, aprendi não ser mal pedir a benção a padres. Pois é. 
Na escala administrativa de um país, o presidente ocupa o topo.
E o que fazer quando um presidente não respeita o seu povo, as pessoas? 
Bolsonaro foi eleito pelas urnas para cuidar dos interesses do país e da nação. Mas ele não faz isso. O que ele faz é política para proveito pessoal e dos seus filhotes, camumbembes.
O atual presidente da República pratica o péssimo exercício de fazer mal à nação. 
No mínimo é um xarope, e amarguento. Daqueles que nos fazem por as tripas pra fora. Afe!

Deve ter meio legal 
Pra tirar o presidente
No lugar onde foi posto
Há pouco, recentemente
Bolsonaro bicho feio 
É atraso permanente
 
Ontem 18, na sua live semanal, disse que está entrando com processo contra governadores que, segundo ele, estão decretando estado de sítio. "Isso só quem pode fazer sou eu". 
Bolsonaro sonha fazer do Brasil um grande quartel.

...No Inferno tem Capeta
No espaço, pandemia
Muita gente já morreu
De dor, de agonia
Bolsonaro tira sarro
Do seu povo todo dia

Diante da pandemia
O Presidente debochou
Dizendo ser gripezinha
Sim, foi isso o que falou
Que diachos há com ele
Perdeu a cela, endoidou?

A Covid-19
No mundo é pandemia
No Brasil é quase nad
É somente gritaria
Segundo Bolsonaro
É conversa, fantasia

Os mortos se multiplicam
No colo do Capitão
Que o tempo todo só fez
Engendrar complicação
Deixando o povo tonto
Sem luz, na escuridão

Um tanto tonto o Brasil
Ferido geme no chão
Enquanto o criminoso,
Um filho do Cramunhão,
Alucinado gargalha
Com um tridente na mão

O Brasil está perplexo
Assim meio lascado
Já nem sabe o que fazer
É coice pra todo lado
Tem cavalo doido correndo
Correndo solto no prado...

(Trecho do cordel Serpente Quer por Ovo No Brasil, Assis Ângelo) 


quinta-feira, 18 de março de 2021

VINTE ANOS SEM ANTENÓGENES

Antenógenes Silva foi um dos mais importantes acordeonistas que o Brasil já teve. Nasceu em Minas, que trocou por Ribeirão Preto, SP.
Atuou em emissoras de rádios no Rio de Janeiro e gravou muitos discos.
Na Alemanha, em 1957, Antenógenes sagrou-se como o maior sanfoneiro do mundo.
Eu conheci Antenógenes num ano qualquer da década de 90. Cheguei a entrevistá-lo para o programa Gente e Coisas do Nordeste, que produzi e apresentei na extinta rádio Atual, SP.
Antenógenes me falou muita coisa da sua vida. Contou, inclusive, passagens da sua vida que o público brasileiro desconhecia como as apresentações que fez ao lado do criado do tango, o argentino Carlos Gardel. 
Uma de suas músicas mais conhecidas é Saudade de Matão, uma valsa de 1938 gravada por muitos intérpretes, incluindo Luiz Gonzaga (abaixo). À propósito, Antenógenes foi afinador de sanfona de Gonzaga. 
Antenógenes Honório da Silva nasceu no dia 30 de outubro de 1906 e morreu no dia 9 de março de 2001, em Guarulhos, SP.


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UM LOUCO DE PEDRA

Com base num dito popular, um deputado disse em Brasília que não adianta trocar as rodas da carroça quando o problema está no burro que a puxa.
O deputado falou isso para criticar a mudança de titular no cargo do Ministério da Saúde. 
De fato, não adianta trocar Pazzuello por Queiroga, se a política de suicídio definida por Bolsonaro continua a mesma. Caso, aliás, de dizer, "é trocar seis por meia dúzia".
Os números de internação e mortos são assustadores, avassaladores, terríveis. 
O mundo todo está perplexo com o comportamento de criminoso do presidente Bolsonaro.
O número de mortes no Brasil pela Covid-19 já se aproxima dos 300 mil. 
O País está em choque, colapsado, e Bolsonaro dando de ombros a essa tragédia assustadora.
Alguém precisa dar cabo desse irresponsável, para dizer o mínimo. 
Quando uma pessoa de idade avançada ou portadora de lesões mentais graves fica impossibilitada de agir por conta própria, a família a interdita, para o bem próprio e da sociedade. 
Bolsonaro é um louco de pedra, um perigo absoluto para a sociedade.

CORDEL

Em agosto de 2020, quando o número de mortos pela covid-19 no nosso país chegava a 100 mil, eu compus e gravei o poema abaixo: 

quarta-feira, 17 de março de 2021

SOCIEDADE DE SERES INVISÍVEIS

José Álvares de Azevedo
Há exatamente 167 anos morria no Rio de Janeiro o carioca José Alvares de Azevedo.
Esse Azevedo não tem nada a ver com os irmãos escritores Artur e Aloísio, do Maranhão. 
José morreu no dia 17 de março, quando tinha 19 anos, 11 meses, uma semana e dois dias de idade, pelas minhas contas.
Ele é do dia 8 de abril de 1834.
Dois anos depois, em 1836, também nascia no Rio de Janeiro o jornalista, poeta e tudo mais Benjamim Constante.
José tinha dez anos quando os pais, abonados, o mandaram a Paris, França, para estudar no Imperial Instituto dos Cegos.
Esse Instituto foi fundado em 1749, por iniciativa do Rei Louis XVI.
Sim, esse mesmo Louis que perderia a cabeça numa guilhotina no correr do agitado julho de 1789.
Seis anos depois, José Alvares de Azevedo retornava ao Brasil. 
Sob os olhos orgulhosos dos pais, Azevedo passou a dar palestras e a ensinar cegos e cegas a lerem pelo método Braille. 
Azevedo mexeu positivamente com a sociedade local. E não demorou muito pra que lhe arrumassem uma audiência com o imperador Pedro II.
Pedro II era um entusiasta das artes e das ciências. E encantou-se com o jovem Azevedo.
Na ocasião José Alvares de Azevedo pediu ao imperador que criasse por decreto uma Instituição idêntica a que ele conhecera em Paris.
E foi assim que no dia 12 de setembro de 1854, com a assinatura do Rei Pedro, foi criado o Imperial Instituto de Cegos do Brasil.
A instituição foi criada naquele dia e ano, mas só foi inaugurada no dia 17 de dezembro, exatos nove meses depois da morte do seu idealizador.
Em 1891, dois anos após a queda do império e a ascensão da República, o Imperial Instituto dos Cegos ganhou o nome de Instituto Benjamim Constant. Que existe até hoje.
Benjamim foi professor de Matemática e Ciências Naturais antes de o instituto ganhar o seu nome.
Azevedo é o patrono dos cegos no Brasil.
Cegos e cegas são seres invisíveis na chamada sociedade moderna.

terça-feira, 16 de março de 2021

HOJE É DIA DE KOTSCHO

Há pouco o amigo Carlos Silvio telefona pra lembrar que o querido Ricardo Kotscho aniversaria hoje. Pois é.
Agora há pouco Jorge Araújo diz que Kotscho está completando 73 anos de idade. Eu digo: não, 72.
eu digo que é 72 porque Kotscho nasceu no dia 16 de março de 1948. Dados colhidos do portal Jornalistas & Cia. Acho que foi ali que li a respeito. E o Jorge: "A filha dele, Mariana, publicou hoje que o pai está completando 73".
Pois é,  a coleguinha Anninha ri com essa história: "Assis, ele nasceu num ano par e se nasceu num ano par estamos num ano ímpar. Entendeu?"
Entendi...
Importante disso tudo não é a idade de Kotscho. Importante é que Kotscho está entre nós cada vez mais potente, influente, como cidadão consciente.
Ricardo Kotscho, um paulistano, tem muita história pra contar. Cobriu tudo quanto foi fato importante.
Há quem diga, os amigos mais próximos, que ele cobriu até a Santa Ceia.

LEIA MAIS:

GLEICE


Quem também assopra velas hoje16 é a baianinha Gleice, companheira do amigo radialista 
Carlos Sílvio.

Enquanto Kotscho assopra mais de 70 velas, Gleice assopra apenas a metade. Quer dizer: 36. Por aí. Parabéns Gleice, pra você mais duzentas velas.  

EXÉRCITO, POVO E CIÊNCIA

O Exército brasileiro já matou muitos brasileiros em 1817 (Revolução Pernambucana), em 1896/97 (Guerra de Canudos), em 1912/16 (Guerra do Contestado), em 1932 (Revolução Constitucionalista), e em outros momentos históricos como o período compreendido em 1964/85.
No último período referido, o Brasil teve cinco presidentes generais: Castello Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel e Figueiredo.
Dentre todos os militares presidentes, apenas três chegaram lá pelas urnas. O último, Bolsonaro.
Nunca o Brasil sofreu tanto na unha de um Capitão, ex-capitão.
Esse ex capitão humilhou e continua humilhando o Exército. 
Esse ex capitão humilhou e continua humilhando o Povo.
Esse ex capitão humilhou e continua humilhando a Ciência.
Nunca, na história, o Brasil teve um presidente tão negacionista como esse que aí está. 
Negacionismo é o contrário de Positivismo.
O Positivismo é a filosofia que valoriza a ciência. 
O Positivismo foi criado pelo francês Auguste Comte (1798 - 1857), na primeira metade do século XIX. 
Foi com base no Positivismo que a República posicionou seu destino: ordem e progresso, que se lê na bandeira nacional inaugurada oficialmente, no dia 19 de novembro de 1889. 
É lamentável, sobre qualquer aspecto, o que Bolsonaro anda fazendo com o Brasil. 
Como pode o presidente de um país incentivar a desordem, o caos, entre as pessoas?
Enquanto isso, mais de 280 mil brasileiros e brasileiras já foram levados pela covid-19. 
Como prêmio pelos "bons" serviços prestados à população através do ministério da saúde, o general Pazzuelo pode assumir o cargo de adido militar em Paris. Que tal? 
O substituto de Pazzuelo, Marcelo Queiroga, promete fazer tudo o que o chefe mandar.
Pois é, estamos afunhenhados ou não?  



segunda-feira, 15 de março de 2021

LUGAR DE COVARDE É NA CADEIA

O Brasil é uma mistura de coisas e tempos. 
As coisas do Brasil são muitas e belas. 
O concreto é coisa, não é?
E o tempo, hein?
Às vezes tenho a impressão de que ainda vivemos na Idade Média, ou até antes. 
Na escola a gente aprendeu coisas do arco da velha. 
Quem não se lembra do professor contando que no começo de tudo os homens arrastavam as mulheres pelos cabelos até as suas cavernas, hein?
Sexta 12 os onze juízes do Supremo Tribunal Federal, STF, derrubaram e enterraram por unanimidade definitivamente a horrorosa tese de Legitima Defesa da honra. 
Por essa tese, LDH, os covardes assassinavam mulheres, incluindo namoradas e noivas. Impunemente, depois de espancá-las à exaustão. 
Sempre foi assim. 
Os últimos números dessa tragédia indicam que uma mulher a cada duas horas foi assassinada no Brasil por seus "companheiros" e maridos no decorrer de 2018. Só em São Paulo, nesse mesmo ano, 134 mulheres foram vítimas de feminicídio. Esse número aumentou em 2019: 154, entre janeiro e novembro. 
E o que aconteceu com os assassinos? 
Os assassinos foram, na maioria, inocentados com base na tal tese de legítima defesa da honra. 
O feminicidio sempre foi uma tragédia, no Brasil e alhures.
Nos Emirados Árabes Unidos, por exemplo, os homens tem o direito de fazerem o que quiser com as mulheres, inclusive matá-las.
Na nossa literatura os casos de feminicídio eram colocados com naturalidade. Leia: O MACHISMO CONTINUA FAZENDO VÍTIMAS

domingo, 14 de março de 2021

HISTÓRIAS DAS ARÁBIAS. PRINCESA PRESA (3)

Histórias de príncipes e princesas, de fadas e bruxas, de bichos que falam e de castelos e tal, pensei que haviam se acabado.
Agora mesmo a Família Real da Inglaterra está em povolrosa com as falas tonitruantes de Harry e Meghan.
A parte periclitante desse folhetim diz respeito à gestação de Meghan. Alguém próxima à Rainha teria demonstrado preocupação com a cor do bebê que vem aí.

Ora, ora.
Num lugar qualquer de Dubai uma princesa pede socorro. É Latifa. 


Na TV ouvir notícia  
Que a mim preocupou
Uma bela das Arábias 
Do Inferno o pão comeu
É verdade ou mentira?
Ela então me respondeu:
 
Nessa gaiola de ouro
Eu solto minha tristeza
Solto também meu pranto
Pela dor de ser princesa
Tudo que quero na vida
É viver livre, não presa

O pai de Latifa é o todo poderoso de Dubai, Mohamed bin Rashed al-Maktum.
Latifa é uma das mais de trintas filhas desse Mohamed.
Dubai, cuja capital é Abudabi, é um dos países que formam os Emirados Árabes Unidos.
Um emirado é uma região administrada por um Emir, que vem a ser figura de maior destaque da sociedade local. Existe há séculos.
Os Emirados, diga-se de passagem, são um grupo de Monarquia absolutistas.
Sei não, mas acho que vou pedir ajuda a Aladim para libertar Latifa.

sábado, 13 de março de 2021

INÉDITAS DE ASTOR PIAZZOLLA

Quinta 11 saíram, aqui e ali, notas sobre o centenário de nascimento do argentino de Mar Del Plata Astor Piazzolla, o mais reverenciado bandeneonista do mundo.
Piazzolla gostava muito dos artistas brasileiros e do Brasil.
Certa vez, há 50 anos, ele assistiu a uma apresentação do cantor mineiro Milton Nascimento. Depois foi ao camorim e parabenizou o artista. Feliz com a presença de Piazzolla, Milton disse que também gostaria de assisti-lo no palco. 
O horário do show de Piazzolla coincidia com o horário do show de Milton. Não seja por isso, retrucou o argentino,  "farei uma apresentação só para você numa noite de folga sua".
E assim foi feito. Foi no Rio e todo mundo gostou, porque além de Milton outros craques da nossa música  lá também estiveram, como Nana Caymi e Chico Buarque.
Uma vez, lá no finzinho do século passado, Dominguinhos contou-me da alegria que teve ao receber um telefonema de Chico pedindo autorização para incluir uma música dos dois. Foi engraçado, disse Dominguinhos, "eu já nem me lembrava da música que eu tinha feito com ele".
A música era Xote de Navegação (1998).
Nessa mesma ocasião, e no correr do programa São Paulo Capital Nordeste que eu apresentava na Rádio Capital AM 1040, revelou-me: "o Chico é um cara interessante. Veja você, ele outro dia me disse que o Piazzolla tinha lhe mandado uma fita K7 com músicas pra serem letradas".
Até hoje Chico não letrou música nenhuma de Astor Piazzolla.
A parceria de Chico e Dominguinhos foi resultante de uma fita que Dominguinhos deixara com ele.

sexta-feira, 12 de março de 2021

O BRASILEIRO JONAS

Todo mundo sabe, e se não sabe deveria saber: o Brasil tem mais de 8 milhões e meio de km².
Todo mundo sabe, e se não sabe deveria saber: o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes, incluindo homens, mulheres e crianças de várias partes deste mundo perdido de meu Deus do Céu.
O Brasil é rico de todas as formas, de todas as maneiras.
O nosso País é o país mais miscigenado do mundo. Aqui todas as línguas encontram uma compreensão. Compreendem-se.
Jonas Soares, seu Jonas, nasceu no dia 8 de setembro de 1925. 
A população do Brasil naquele ano era de pouco mais de 30 milhões de habitantes.
A cidade mais promissora do País era o Rio de Janeiro. Mas a família de seu Jonas optou por São Paulo. E em São Paulo a família de seu Jonas ficou. E ele cresceu. Casou, 7 filhos. Mais: 6 netos e 6 netas. Mais: sete bisnetas e seis bisnetos. Mais uma tataraneta, Maria Eduarda.
Seu Jonas nasceu um ano antes da morte de Houdini.
Houdini, de batismo Ehrich Weisz, era natural de Budapeste. 
Como todos os brasileiros, seu Jonas também foi um mágico. Quer dizer: fazia com que o dinheiro que ganhava por mês praticamente se multiplicasse. E foi assim que criou seus 7 filhos que lhe deram netos, bisnetos e uma tataraneta.
Houdini inspirou Kafka a escrever um conto chamado O Artista da Fome.
O artista da fome fazia das tripas coração, com naturalidade. Era a sua arte.
Kafka, na sua vida e obra, foi surrealista.
Houdini era austro-húngaro. 
Kafka era austro-húngaro.
E nessa história também aparece um cidadão chamado Otto Maria Carpeaux.
Apesar do sobrenome francês, Otto era também de origem austro-húngara. Detalhe: esse Otto teve que trocar de nome para recomeçar a vida depois de fugir da Primeira Guerra. E reinventando-se, encontrou no Brasil um novo caminho. 
Otto não era surrealista, era realista, mas amigo de Kafka.
E que diacho tudo isso tem a ver com o seu Jonas? 
Seu Jonas, baiano de Macaúbas, encontrou na vida o que encontraram Houdini, Kafka e Otto.Vida.
Para registro fica:
 
Netos
Fernando, Fabiano, Carina, Tiago, Camila, Rafael, Flávio, Bruna, Leonardo, Aline, Carolina, Gabriela

Bisnetos
Lucas, Pietra, Isabella, Henrique, Mariana, Giovanna, Pedro, Gabriel, Arthur, Sophia, Lorena, Júlia, Júnior

Sobre Kafka, leia mais: O CAPETA, DALÍ, KAFKA E DEUS

ENTRE NÓS, A PESTE E A PRAGA DOS INFERNOS

O Brasil mais bonito de que se tem notícia geme diante de uma Peste e uma Praga.
A Praga que ora vitima o Brasil também pode ser chamada de Besta.
Na Bíblia, há relatos da Besta.
A Peste é essa aí que paira no ar, identificada como novo coronavírus. 
O novo coronavírus é o que potencializa a covid-19, que mata, mata, mata. 
A covid já matou dois milhões e não sei quantas pessoas de todos os tipos e idade, mundo afora.
Só no Brasil, as vítimas desta peste já passam de 270 mil.
Essa Peste é "democrática". E se multiplica que nem uma praga. Já são muitas suas versões, linhagens, cepas. 
Enquanto isso a Praga, também chamada de Besta, cruza os braços e dá de ombros. Antes, ri e mente. 
O seu comportamento, como ele próprio, é tosco. Pra lá de tosco. 
Igualmente tosco é um tal de 03, que se recusa a seguir protocolos científicos e civilizados. 
E como a Praga, abre a boca só pra poluir o ar. 
Esse 03 é um dos filhotes da Praga. 
O Brasil geme perante os horrores provocados pela Praga e seus adoradores. São muitos, é verdade. Mas não há mal que não acabe. 
O mundo civilizado continua combatendo os males advindos do fundo dos infernos. 
Vocês já leram o Inferno, de Dante?
O Inferno é uma das três partes da obra prima A Divina Comédia.
As outras duas partes são o Purgatório e o Paraíso. 
À propósito: foi no hospital Sancta Maggiore, no bairro paulistano do Paraíso, que a covid-19 fez a sua primeira vítima fatal, um homem de 62 anos. Isso no dia 12 de março de 2020, às 16h03 minutos.

quinta-feira, 11 de março de 2021

ATOR CARLOS BAHIA EM DOCUMENTÁRIO POÉTICO

Luiz Carlos Bahia é ator, compositor e instrumentista dos melhores que o Brasil tem. 
Vive em São Paulo há muitos anos. 
Durante muito tempo trabalhou com o diretor de cinema Denoy de Oliveira. 
Um dos mais elogiados filmes de que participou foi O Baiano Fantasma (1984).
O novo trabalho para cinema de que participa Carlos Bahia é Reimundo, documentário inspirado na vida de um morador de rua chamado Raimundo Sobrinho. Desse trabalho também participa o cantor e compositor paraibano Chico César. O documentário, um curta metragem, traz a lume uma história tocante. A de um cidadão comum, como nós, que faz os primeiros estudos e ingressa na universidade. 
Sobrinho concluiu o curso de filosofia. 
Estava tudo indo muito bem na sua vida. Até que houve um porém. Este: no dia do casamento foi abandonado pela noiva à porta da igreja. 
A partir do momento em que foi abandonado, Sobrinho jogou tudo para o ar e foi viver entre moradores de rua. Sensível, escreveu belo poemas. Acessível, conquistou muitos admiradores. Entre esses, o ator e músico Luiz Carlos Bahia. 
Confira essa beleza de documentário:

ZÉ DANTAS E NOSSA HISTÓRIA (3, FINAL)

Eu já disse e repito: Zé Dantas foi um dos mais importantes parceiros musicais do País. Um pilar da obra de Luiz Gonzaga.
Zé Dantas nasceu em Pernambuco e morreu no Rio de Janeiro, no dia 11 de março de 1962.
Além de compositor, foi médico muito respeitado. E cheio de graça.
Observador da vida sertaneja, Dantas ajudou Luiz Gonzaga a por o Nordeste no mapa brasileiro.
Durante 7 anos seguidos, Zé Dantas assinou parcerias com o Rei do Baião. 
Depois de 1957, suas músicas traziam só o seu nome. Exemplo disso é a pérola Samarica Parteira, que Gonzaga gravaria em 1973.
Há poucos dias o apresentador de rádio e TV Zé Geraldo levou ao ar um especial sobre Dantas. Nesse especial, eu conto algumas coisas a mais sobre o grande pernambucano que foi José de Souza Dantas Filho.

TETÊ ESPÍNDOLA 

A cantora Tetê Espíndola, de Campo Grande, MT,  nasceu no dia 11 de março de 1954. Tetê é uma passarinha fantástica. Ela não canta, trina. Parabéns, Tetê.

VACINA SIM, JÁ, IMEDIATAMENTE (6)

Artistas de ontem e de hoje continuam dando o braço à vacina contra o novo coronavírus. Na nova leva se acham: Tarcísio Meira, Betty Faria, Raul Gil, Zezé Motta, Paulo César Pereio, Stepan Nercessian e Leny Andrade. 
Zezé, Pereio e Leny  vivem no Retiro dos Artistas, RJ, entidade presidida pelo ator ex-deputado federal Stepan Nercessian.
O Retiro acolhe, atualmente, 57 artistas brasileiros da chamada "velha guarda".

ADEUS, SEU JONAS

Ontem 10, logo cedo, a tristeza e o silêncio tomaram corpo no sobradinho de um bairro da região noroeste da Capital paulista.
Nesse sobradinho morava Jonas, seu Jonas. 
Seu Jonas nasceu numa cidadezinha baiana chamada Macaúbas, distante nem sei quantos quilômetros da capital Salvador. 
Só sei que seu Jonas nasceu lá e firmou raízes em São Paulo a partir dos oito anos de idade.
Sei também que seu Jonas cresceu firme e forte e foi longe na vida.  
Era um cidadão comum, normal. 
Aposentou-se como funcionário público do município de São Paulo. 
Muito jovem, conheceu uma Maria e com ela casou-se. Foram felizes. E com ela teve sete filhos: José, Orlando, Irene, Milton, Aparecida, Cilene e Reinaldo.
Reinaldo, o mais novo, sempre foi cheio de graça, brincalhão.
Reinaldo fazia seu Jonas rir com muita facilidade. Pareciam até amigos que se igualavam na idade.
Cilene e Aparecida não sabiam o que fazer para agradar o pai. Uma coisinha e outra fora de ordem deixavam as duas em estado de alerta.
Domingo 7 seu Jonas acordou com um certo mal estar. Uma coceirinha, ou sei lá.
Isso foi o suficiente para deixar as duas preocupadíssimas. E o levar ao médico, ao hospital. 
Na noite de ontem seu Jonas ajeitou-se como pode no leito hospitalar onde se achava, fechou os olhos e partiu. 
Jonas Soares tinha 95 anos de idade. 
 

quarta-feira, 10 de março de 2021

DONA LINDALVA, UMA CIDADÃ

A professora Lindalva com seus alunos
numa feira de ciências

Com todos os defeitos que possam ter o SUS,  Sistema Único de Saúde, sem ele o Brasil estaria na UTI. Até está, mas poderia estar pior.
O SUS foi criado no dia 17 de março de 1986. O governo era Sarney, substituto ocasional de Tancredo Neves (1910-1985).
Tancredo foi um político incrível. Mineiro, do tipo mussun. Escorregadio, técnico, craque. Uma cultura invejável.
Depois de Sarney vieram Collor, Itamar, FHC...
Os presidentes aí citados reforçaram o SUS, dando-lhe a importância precisa.
Lula não tirou dinheiro do SUS, nem Dilma. Temer, ficou na moita, não acrescentando nada.
O Coiso hoje aboletado na cadeira de presidente faz tudo para matar o SUS. Não conseguirá. É bicho pequeno, nem capitão foi, na ação do termo.
Conversa vai, conversa vem, discorrendo sobre questões do nosso país, ouço da professora paranaense Lindalva Cavalcante, radicada em São Paulo desde 1996, opiniões que confirmam a importância do SUS para todos nós."País nenhum tem um sistema de saúde tão bem direcionado ao povo, como o SUS tem", observa dona Lindalva.
Dona Lindalva, no seu linguajar natural, e popular, entende que entende que o Coiso neste momento está agindo como um verdadeiro piá pançudo, como um lumbriguendo, catarrento, tentando detonar o SUS. Ela tem razão.
Mas o Brasil é muito grande, rico, bonito. Nem o Coiso que lá está no Planalto acabará com o nosso País, mesmo tentando detonar o SUS, a Educação, a Cultura e o Meio-Ambiente.
É claro que nós, brasileiros comuns, estamos tristes com o comportamento decepcionante do governo sem governo que aí está.
Dona Lindalva é uma brasileira que sai cedo de casa para ensinar o que sabe aos meninos e meninas de Paraisópolis. Tudo adolescente, construindo uma vida bonita.
Paraisópolis, comunidade localizada na zona sul da Capital paulista, existe desde 1950. A sua população é formada, basicamente, por nordestinos.
Mais de 40.000 pessoas vivem, como podem, em Paraisópolis.
O Coiso que está aboletado na cadeira de presidente da República, precisa entender que o povo merece respeito.
"Estou com o meu braço estendido pra receber vacina, seja ela de onde for".
Além de brasileira, dona Lindalva é cidadã.
Dona Lindalva planta esperança no coração do Brasil.

MORRE O JORNALISTA HÉLIO FERNANDES

Ouvi há pouco Maju dizer no seu jornal da Plim Plim que o jornalista Hélio Fernandes (foto ao lado) havia morrido. Morreu em casa de morte natural.
No decorrer da fala de 1 hora e 23 minutos, Lula falou pra todo mundo sobre a vida difícil que vivem os brasileiros das periferias e do fundão do Brasil. 
Na sua fala, Lula disse que cinema, salas de exposição e parques não são para o povão. O povão trabalha, não se diverte.
Esse foi um jeito dele falar sobre cultura.
Lula incentivou a cultura brasileira no decorrer dos seus 2 governos. Fez o que um bom presidente faria: olhar para os pobres e apostar no desenvolvimento do País.
Incentivos à cultura começaram a ser levados avante no início do governo Vargas, paralelamente ao embrião do Ministério da Educação.
Os artistas da nossa música frequentavam com assiduidade o Catete. E lá cantavam, brincavam diante do presidente. Era uma festa.
Em março de 1985, o maranhense José Sarney criou o Ministério da Cultura. O primeiro titular desta pasta foi o mineiro José Aparecido de Oliveira (1929-2007). Um craque, um mestre da política. Depois teve mais um e o terceiro foi o paraibano Celso Furtado (1920-2004). Outro mestre.
O Coiso que se acha aí aboletado na cadeira de presidente acabou com o Ministério da Cultura, transformando-o numa insignificante secretaria vinculada ao Ministério do Turismo. Também quer acabar com a Educação e o Meio-Ambiente. Os Direitos Humanos pra ele nada valem. É um Coiso, com eu disse.
O Ministério da Cultura é possível acabar, mas a cultura nunca.
Lula incentivou a cultura, popular inclusive. 
Vargas foi o presidente mais lembrado pelos cordelistas, na história. Não, o presidente mais lembrado pelos cordelistas na nossa história foi Lula. Sobre ele, umas três centenas de folhetos foram escritos e publicados.
Nenhum presidente do Brasil inspirou tantas composições musicais como Lula.
Brisola foi muito cantado, mas o número de músicas a Brisola é inferior ao número de músicas a Lula.
É a cultura popular que dá identidade a um país. Eu já disse isso.
Houve um tempo que muitos jornais brasileiros traziam nas edições de fins de semana suplementos culturais, literários, como o Diário Popular, O Estadão e tal.
As edições de fins de semana do jornal A Tribuna da Imprensa traziam um encarte intitulado Suplemento Literário. Anos 70, por aí. Fui colaborador desse suplemento durante bastante tempo. Muitos textos meus eram cortados pela Censura. Aquele tempo, o editor do jornal era o carioca Hélio Fernandes, um profissional que jamais temeu os poderosos de plantão. Pagou por isso, respondendo a muitos processos.
O jornalista Hélio Fernandes era irmão do consagradíssimo Millôr Fernandes (1923-2012). 
Com Millôr só não aprendia quem não quisesse.
Hélio iria completar 100 anos de idade no próximo dia 17 de outubro.
E não custa lembrar: A Tribuna da Imprensa foi um jornal criado pelo ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda (1914-1977), que levou Vargas ao suicídio.
 

LULA ELOGIA A TV GLOBO

 
O pernambucano Lula nasceu com o dom da palavra. É claro no que diz. Fala com naturalidade, ao expor suas ideias.
No decorrer de sua carreira política nunca mediu distância para trocar ideias com interlocutores, fossem de que partidos fossem. Com isso, carreou respeito e admiração de todo o mundo. 
Segunda 8 o ministro Fachin, do STF, tacou fogo nas acusações contra Lula, cancelando-as. 
Ontem 9 a segunda turma do STF, presidida por Gilmar Mendes, pôs em julgamento a suspeição do ex juiz Sérgio Moro nos processos contra Lula. 
Essa movimentação toda em torno do ex presidente da República fez o PT respirar ares que anunciam novos tempos na política brasileira. 
Hoje, depois das 11, Lula fez demorado pronunciamento aos brasileiros, a partir da sede do sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, SP. 
Falou e falou. 
Agradeceu a muita gente, incluindo Martinho da Vila e Chico Buarque. Antes disso também agradeceu ao atual presidente da Argentina e à prefeita de Paris, entre outros apoiadores internacionais. 
Lá pras tantas, no seu pronunciamento, Lula falou sobre quase todos os temas da vida cotidiana. Não esqueceu de atacar Bolsonaro e desclassificar o seu já desclassificado Governo. O Brasil está desgovernado, disse. Criticou a política econômica e o modo como vem sendo tratada a pandemia provocada pelo novo coronavírus. Quer dizer, voltou com tudo. Falando pelos cotovelos. Não esquecendo sequer de se solidarizar com as famílias dos 270 mil mortos pela Covid. Isso é cidadania e neste ponto, ele é bom.
Disse também estar ansioso para se vacinar. Nesse ponto, recomendou que não se aceite as recomendações cretinas de Bolsonaro e de seu ministro da Saúde. Vacinação em massa é a saída. Para tudo, principalmente para a ecônomia.
Nos últimos instantes da sua fala, transmitida ao vivo por várias emissoras de rádio, Lula afirmou estar se sentindo cada vez mais jovem e pronto pra seguir em frente dialogando com todo mundo. Desistir é uma palavra que não consta do seu vocabulário. 
Disse que o povo não precisa de armas, quem precisa de armas são as Forças Armadas e a polícia.
Lula encerrou sua fala ao 12:57 e dispôs às perguntas dos repórteres que se achavam no sindicato do ABC.
Ah, sim, não custa deixar registrado os elogios que Lula dirigiu à TV Globo. Para ele e para o mundo civilizado é importante que os países tenham uma Imprensa livre.
A política, em qualquer tempo e lugar, muda a cada segundo, como a cada segundo, mudam o movimento e as nuvens do céu.

terça-feira, 9 de março de 2021

VIVA A DEMOCRACIA! (2)

Lembro que o lema da revolução francesa foi "liberdade, igualdade, fraternidade".
Esse lema correu o mundo. 
É o que precisamos, claro.
Poderíamos anotar, cá entre nós, o lema: responsabilidade, trabalho e cidadania. O resumo disso é, claro, Democracia.
Foi logo após a Revolução Francesa que surgiram as palavras "esquerda" e "direita". Para indicar a posição onde se achavam representantes do povo na Câmara francesa. E isso também correu o mundo, com um detalhe: a 'esquerda" representa os pobres e "direita", os ricos. 
Nos tempos atuais e sempre, essas denominações já não cabem aos representantes do povo. Não basta ser de esquerda ou de direita, até porque, essas expressões já não dizem nada. 


Leia mais: https://assisangelo.blogspot.com/2016/03/viva-democracia-opoder-continuado-leva.html
https://assisangelo.blogspot.com/searc
h?q=direita+e+esquerda



 

domingo, 7 de março de 2021

VACINA SIM, JÁ, IMEDIATAMENTE (5)

 Profissionais e todas as áreas continuam sendo vacinados contra a peste que é o Novo Coronavírus.


Muitos oitentões e noventões já receberam pelo menos uma picada no braço. Entre esses, o cartunista Ziraldo, o imortal Loyola Brandão, o ex-apresentador do JN Cid Moreira, a deputada Federal Luiza Erundina, o ex-jogador e treinador de futebol Zagallo e o cantor e compositor Geraldo Vandré.

Falei ontem6, no final da noite com Vandré. Ele no Rio e eu em São Paulo. Estava contentíssimo, alegríssimo, soltíssimo, parecendo um menino ao receber uma balinha de ortelã.

Curiosidade: em 1968, Vandré lançou a emblemática canção Terra Plana. Ouça:

 

ZÉ DANTAS E NOSSA HISTÓRIA (2)

A riqueza da nossa música popular deve se a compositores do naipe de Ari Barroso, Dorival Caymi, Rosil Cavalcanti, Humberto Teixeira e Zé Dantas, por exemplo.

Zé Dantas era pernambucano, como o seu principal intérprete Luiz Gonzaga.

No penúltimo dia do mês passado, Dantas completaria 100 anos de nascimento. A respeito, vários jornais brasileiros lembraram da sua história e trajetória  profissional. O Jornal A União, o terceiro mais antigo ainda vivo no País, destacou o nome dele numa página. (reprodução abaixo). Ao repórter desse jornal, Guilherme Cabral, eu disse algumas coisas sobre esse grande pernambucano. Leia: JORNAL A UNIÃO, pg 9


sábado, 6 de março de 2021

BOLSONARO, VAI VER SE EU ESTOU LÁ NA ESQUINA

Eu já fui criança, já fui adolescente.

Nos meus tempos de antigamente, brinquei de cavalo de pau e dei muito tiro de mentira com revólver de dedo.

Naqueles tempos, já um tanto distante, construir caminhões de taliscas e outros brinquedos que tinham latinhas, garrafas, chuchus e melancias.

Brinquei com sonhos.

Também joguei bola de gude e desses jogos sair com os bolsos cheios, de bola de tudo quanto era cor.

E rachei muito pião, deixando coleguinhas loucos. Até chorando.

Pião eu punha na unha e na unha ele rodava. Mais: na minha mão, o pião também rodava...

Pião rodando na minha mão era como valente metido a besta.

Naqueles tempos, brincávamos também com castanhas.

Castanha era um jogo de canto de parede. 

Quem lembra disso?

Hummm...

Eu também adorava brincar de médico. Era legal.

Naquele tempo, um tempo já longe de hoje, não havia safadeza. Era tudo bonito, puro.

Ai, ai...

E depois de crescido, de virado homem, a realidade bateu forte no peito e fez transbordar dos meus olhos, lágrimas.

Sempre pensei ser possível a felicidade. Para todos.

Por algum tempo, fui feliz.

Hoje como brasileiro, virando a esquina, sou infeliz. Mas ainda sou daqueles de quem o Luis da Câmara Cascudo dizia que pra ser feliz é preciso não desistir nunca. 

Cascudo, com quem aprendi muito, dizia que "o melhor do Brasil é o brasileiro".

Eu e o Brasil, que fomos crianças, choramos e continuamos a chorar pela tristeza que nos dão. Realidade.

Lá atrás, nos meus tempos de menino, quando um coleguinha nos chamava de "feladaputa" a gente respondia:


Feladaputa

É banana curta

Teu pai é corno

Tua mãe é puta


Essa era a maneira que nós crianças, encontrávamos para defender a nossa mãe. Mãe não tem pecado.  E tantas e tantas coisas tínhamos na nossa infância.

Nos meus tempo de ontem, muitas coisas lembro hoje. Mais uma delas: quando enchiam a minha paciência, eu dizia e isso é do povo: vai ver se eu tô na esquina.

Dessa frase , há hoje uma variação: vá catar coquinho.

Estou triste: o mundo está caçoando do Brasil. E você, meu amigo, minha amiga, sabe por quê?

O Brasil está virando chacota, no mundo todo, por causa do ditador sem ditadura Jair Bolsonaro.




sexta-feira, 5 de março de 2021

VACINA SIM, JÁ, IMEDIATAMENTE! (4)

 
 
Vacinas continuam chegando aos braços dos brasileiros como Paulinho da Viola, Caetano Veloso, Rolando Boldrin, Ary Toledo e Suzana Vieira.
Disse Paulinho: "". 
E o Ary Toledo disse também: "".
Leia mais:

ANIVERSARIANTE DO DIA


Murilo é um garoto que hoje completa 12 anos. É paulistano. Seus pais Carlos e Gleice são naturais da Bahia. Os três estão numa felicidade só. Claro, daqui a pouco haverá bolo, pipoca, suco e tal. Daqui bato palmas para Murilo Fonseca Ramos e seus pais. Façam da minha ausência uma presença. Arriba!

PRESIDENTE MENTIROSO

Uma vez mestre Luís da Câmara Cascudo (1898-1986) me disse, brincando que "Uma mentirinha não faz mal a ninguém". Digo eu: mas uma mentinora, faz.
O atual presidente da República, é um desclassificado, moral e intelectualmente falando.
Durante os quase 30 anos que ocupou cadeira de deputado federal, em benefício do povo nada fez. Só mamou e ainda ensinou aos filhotes como mamar. O resultado é o que se vê, rachadinhas até numa mansão.
Numa ocasião agrediu uma colega da Câmara dizendo ser ela muito feia, por isso não a estupraria. Não deu nada. Ficou por isso mesmo.
Como presidente, o povo pena na sua unha. 
Nunca se viu na história um sujeito tão baixo com faixa de presidente, achando-se dono do mundo. Não é.
Não é difícil explicar a razão pela qual esse sujeito chegou à Presidência.
Um dos seus vícios é agredir a Imprensa, sem piedade.
Negacionista a qualquer prova, recomenda a população a prevenir-se do novo Coronavírus ingerindo Cloroquina. Esse remédio não serve para o mal indicado.
O que mais faz na vida esse presidente sem estatura é mentir. Ele mente, mente, mente.
O site Aos Fatos, enumerou mais de 2.500 mentiras proferidas por esse brasileiro que não respeita o Brasil. Nem o povo.
Ontem4 em Goiás, GO, o presidente disse: "Chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando?". 
Ainda ontem4 em Minas Gerais, ele diz: "Tem idiota que a gente vê nas redes sociais, na imprensa, [dizendo] 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem [vacina] para vender no mundo".
Em sua homenagem, seguem os versinhos abaixo:
 
Idiota é quem me chama
Isso, claro, posso dizer
Debaixo da tua cama
Tem um bicho pra te comer
 
Esse bicho é muito fei
Tem os zói de holofote
Entre as perna tem um rabo
Do Capeta é seu fiote

Pro Inferno, mizerávi!
Corre lá pra sua gente
Teu lugar não é aqui
É sentado num tridente

Irritado com o comportamento negacionista do presidente, o prefeito de Pirassununga Dimas Urban, SP, desabafou: "E tem ainda idiota que diz que máscara não serve para nada". E disse mais: "Para de ser ignorante, pelo amor de Deus, o Covid tá aí. E quem não acredita nele é porque é ignorante, "zóio tapado", pelo amor de Deus. Inferno!".
Há situações na vida em que rir é melhor do que chorar.

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