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quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

A BELA HISTÓRIA DE CAJU E CASTANHA, EM CORDEL


José Albertino da Silva tinha 12 anos de idade quando chamou a atenção do prefeito de Jaboatão dos Gruararapes, Severino Claudino. 
José Albertino não estava só, na ocasião, fazia-se acompanhado do irmão José Roberto da Silva, de 7 anos. 
Os dois Josés tocavam e cantavam emboladas de improviso, cercados de pessoas que os aplaudiam. 
O prefeito, encantado com o que via, convidou os meninos para um lanche e tal. Deu-lhes algum dinheiro e um papel onde escreveu o endereço, recomendando que os procurassem. 
A vida desses pequenos Josés começou a mudar naquele momento. De imediato ganharam um apelido que se transformou no nome artístico de ambos, Albertino (Caju) e Roberto (Castanha).
Muito rapidamente Caju e castanha chamara a atenção de outras pessoas que neles apostavam num futuro de arte. Entre essas pessoas, a cineasta Tânia Quaresma. 
Tânia estava desenvolvendo as filmagens do documentário Repente, Cordel e Canção (1975).
Belíssimo. Deste documentário participaram, além de Caju e Castanha, o Cego Oliveira e Zé Ramalho, que despontava nas paradas como Zé Ramalho da Paraíba. 
Não demorou muito, os jovens irmãos rumaram em direção à capital paulista. Nessa cidade, depois de comerem o pão que o diabo amassou, conheceram o compositor, violeiro e produtor musical mineiro Téo Azevedo. E logo lançaram um disco, LP, intitulado Embolando na Embolada (Ao lado).
A história de Caju e Castanha é uma história de luta, alguma tristeza e muita alegria. 
Além de Téo Azevedo, a dupla conheceu muitos outros artistas e produtores musicais. 
Rolando Boldrin e Lima Duarte deram um impulso fantástico à carreira da dupla, no extinto programa Som Brasil (TV Globo).
A história de Caju e Castanha virou filme e, agora, folheto de cordel assinado pelo cantor e compositor Luís Wilson, apresentador do programa dominical Pintando o Sete (Rádio Imprensa, FM 102.5).
O folheto de Wilson é um folheto muito bonito, muito bem escrito, em sextilha (acima).
José Albertino da Silva e José Roberto da Silva nasceram em Jaboatão, município distante 17km da capital pernambucana, Recife. 
Caju morreu em 2006. O seu lugar foi preenchido pelo sobrinho, Ricardo Alves da Silva. Chamado, intimidade, de Cajuzinho. 
Téo Azevedo compôs e Caju e Castanha gravaram uma música falando do programa São Paulo Capital Nordeste (Rádio Capital AM 1040) que apresentei durante quase 7 anos. Os dois participaram várias vezes desse programa. Para lembrar, clique: 
 



Um comentário:

  1. Saudações amigos ... Somos do Museu do caju... como podemos conseguir um exemplar do Cordel do Caju e Castanha...... Estamos no instagram @museudocaju 85 988359915 whatsapp Ficamos no aguardo

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