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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

CHIQUERADOR, CACHELÔ, PIADOR...

Ontem fui ao Mercado Municipal, não para tomar cana e comer bacalhau.
Fui para ouvir choro e samba tocado e cantado por gente bamba, como Barão do Pandeiro.
Festa para os meus ouvidos.
João Macambira e outros Macambiras também estavam lá.
João participou do CD Inéditos do Capitão Furtado e Téo Azevedo, que produzimos ano passado e que contou ainda com a participação dos amigos Inezita Barroso, Moacir Franco, Tinoco, Adão da Viola – grande Adão da Viola! –, irmãs Galvão e mais uma penca de craques.
Mas choro e samba no Mercado Municipal Paulistano?
Isso mesmo! Iniciativa do ex-deputado Henrique Pacheco, que agora tem Box no mercado e cuida da alegria de todos, com avental, boa fala e bons gestos.
Passava pouco das 13 horas quando cheguei, bem depois de tudo começado.
E quem de cara vejo logo? Ele, Paulo Vanzolini! Autor de meia centena de músicas, entre as quais os clássicos Ronda e Volta por Cima.
Antes do “boa tarde” etc., Paulo me puxou ao lado para dizer que não encontrou a palavra chiquerador no Dicionário Catrumano, que escrevi com Téo. A palavra, Paulo disse, ouviu há anos durante suas andanças por terras do Maranhão e hoje confessa ter alguma dificuldade para identificar o seu significado, o mesmo ocorrendo com a palavra cachelô. Chiquerador, ele crê ser chicote comprido. Pode ser. Outra, piador ou peador, Paulo conhece: local onde se peia ou pea um cavalo para não fugir...
Por que tamanha curiosidade?
É que o Paulo se lembrou de um poema, sem título, que escutou há muito e que é assim:

Quando eu vim da minha terra
E passei nos cachelô
Fiz um par de alpargatas
No queixo do teu avô
E só não fiz mais bem feito
Porque o diabo do velho acordou
Mas ainda sobrou um pedaço
Pra fazer um chiquerador
Pra tocar tua madrinha
No caminho do peador

Onde fica o novo reduto do choro e do samba no Mercado? Juntinho do Box do Pacheco: a Banca do Choro.
Vá e leve a família.
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PLOCAS & BOAS
- Eita! José Serra esteve ontem em Exu, terra do rei do baião Luiz Gonzaga. Hoje o colega jornalista Paulo Henrique Amorim me telefonou querendo saber o que acho disso. O que acho sai amanhã no blog dele. A propósito: vocês estão se agendando para prestigiar o lançamento do meu amigo Roniwalter Jatobá, depois de amanhã 5 na Casa das Rosas? O novo livro de Roni trata do criador do baião como gênero musical: O Jovem Luiz Gonzaga, pela editora Nova Alexandria.
- O Rei do Maranhão já não sabe o que fazer. Ora diz que vai soltar o osso, ora diz que não. O caso é grave... Enquanto isso, o povo que se lixe!
- E a gripe suína, hein? Nunca a indústria farmacêutica ganhou tnto.
- E tenho dito!

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