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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

O ESPECIAL LUIZ VIEIRA, NA CULTURA DIA 6

Tenho recebido muitos emails, perguntando por que não escrevo todo dia.
O Luiz Paulino, por exemplo, manda: “Vamos atualizar o blog, afinal desde sexta-feira que não entra nada de novo. Eu sou um dos milhões de assíduos internautas que diariamente pedem a sua bênção, clicando lá (no blog)”.
Na verdade eu quero, mas não está muito fácil encontrar tempo para postar texto todo dia, pois ando terminando novo livro, viajando para palestras etc.
Agora mesmo acabo de voltar de São José dos Campos.
Conto depois.
Amanhã, antes de um encontro na Casa de Cultura da Freguesia do Ó, dirigida pelo multiinstrumentista Jarbas Mariz, digo umas coisas (já gravadas) sobre cultura popular, política e pré-sal, na rádio Trianon. Domingo, na Rádio Cultura, falo sobre o grupo Demônios da Garoa em série de Luiz Giron baseada no livro que acabo de publicar via Grupo Trends Tecnologia, do empresário Assis Benites: Pascalingundum! Os Eternos Demônios da Garoa.
Aliás, vocês que me lêem, já o leram?
Segunda, antes de embarcar para uma palestra no SESC Niterói, no Rio, onde falarei sobre a importância de Patativa do Assaré no campo da poesia, estarei na telinha via Net e TVA.
E assim vamos.
Da jornalista Deborah Morabia, recebo release no qual se lê: “INÉDITO – TERÇA, DIA 6À 0h10 – MOSAICOS – A ARTE DE LUIZ VIEIRA – O programa Mosaicos presta homenagem ao cantor e compositor Luiz Vieira, com apresentações exclusivas de Trio Virgulino, Arirê e Ana Salvagni, além de depoimentos e interpretações de Pery Ribeiro e Carlos José. O documentário musical também revê a trajetória do artista por meio de imagens do acervo da TV Cultura, com participações de Luiz Vieira nos programas Bem Brasil (1992), Ensaio (1991), MPB Especial (1975), dentre outros. No repertório, sucessos como Estrela Miúda e Na Asa do Vento (Luiz Vieira e João do Vale); Largo do Cafunçu e Coreana (Luiz Vieira e Ubirajara dos Santos); e Guarania da Saudade (Luiz Vieira). A direção é de Nico Prado e a narração de Rolando Boldrin. Classificação indicativa: livre”.
Ótimo, pois sempre é tempo de lembrar Luiz Vieira, de batismo Luiz Rattes Vieira Filho, cantor, compositor, ator, o bute! Até tropeiro, lavrador, engraxate e pescador de siri o danado foi. E guia de cego também, com direito a almoço no lendário Hotel Glória, no Rio de Janeiro; ao lado do diabo cego, é claro.
Nascido na chamada capital do agreste pernambucano, Caruaru, no Dia da Criança há 81 anos, Luiz Vieira fez história.
Fez e continua fazendo, inclusive jús ao dia em que nasceu.
Compôs e cantou, e canta ainda muito bem.
Aos oito anos, no Rio para onde se mudou com os pais dona Anita e seu Luiz, pôs melodia nuns versos que não eram seus, mas de um professor de nome Ulisses. Estes:

O vento tem carta branca
Ele faz tudo que quer.
O vento gosta de saia
Persegue toda mulher.

Faz tempestade e faz graça.
Em tudo mete o nariz,
Em toda parte se acha,
É prazenteiro e feliz

Sentindo falta de algo mais para completar a canção, ele inventou esta quadra com rima entre o 1º e o 3º versos:

Outro dia eu vi o vento
Ventando lá na avenida,
Entrando no apartamento,
Procurando uma menina.

Há anos Luiz Vieira apresenta todos os dias o programa Minha Terra, Nossa Gente, pela Rádio Carioca (AM 1400 kHz), no qual fala de gente do seu (e do nosso) tempo, com a simplicidade dos mestres.
Luiz é autor de clássicos, entre os quais O Menino de Braçanã, em parceria com Arnaldo Passos (1954) e Prelúdio pra Ninar Gente Grande, mais conhecido como Menino Passarinho (1962), com gravações até no Exterior.
Ele estreou no disco em julho de 1951, ao gravar, de sua autoria, Baião da Vila Bela e Coreana, no dia 10 de maio desse ano.
O Baião de Vila Bela é uma pérola.
Seus três primeiros discos traziam só baiões e o nome de um amigo que sua generosidade escolheu como parceiro, sem numa nota ou verso ter contribuído: Ubirajara dos Santos.
Além de compositor etc., Luiz Vieira é também um grande declamador.
Procurem e ouçam Se eu Pudesse Falar, poema lançado em 78 RPM em maio de 1953, pelo extinto selo Todamérica. Vale a pena procurar.
O selo Revivendo Músicas, do amigo pernambucano Leon Barg, é um caminho. No mais, quem procura, acha.
Bom, nos agendemos para assistir o Mosaicos especial da TV Cultura, à boca da madrugada de 6 próximo.
..................
Aproveito para agradecer os votos de vida longa enviados por amigos e leitores deste blog, entre os quais Laudecy Ferreira, Aparecida Ceciliano, Darlan Ferreira, Alcides Campos, Jarbas Mariz, Telma Nakano, Rozangela Inojosa, Roniwalter Jatobá, que me fez beber cachaça; Peter Alouche, que quer me dar um porre de uísque; cantador Sebastião Marinho, que quer cantar para mim; as cantoras Célia & Celma, que escreveram: “Dia de aniversário não é apenas para desejar felicidades para o tempo que virá, mas, também, para comemorar as conquistas do ano que passou. E nisso você é campeão! Que tenha sempre saúde para novas vitórias”.
Que posso dizer emocionado ainda como estou?
Obrigado a todos, de coração.
E arriba, e rumo aos 58!

2 comentários:

  1. Pois é, ou meu e-mail de feliz aniversário não chegou - aliás, foi um e-mail re: (você escreveu e eu respondi) - ou meus votos são tão desimportantes que não merecem figurar nem nos "agradecemos também a"...

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  2. Grande Marco!
    Claro que fico agradecido e orgulhoso por ter sido lembrado por você no dia dos meus 57. E assim espero que continuar até os 120, 150...
    Abração,

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