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terça-feira, 18 de agosto de 2015

COISAS DA VIDA

Chovem mensagens de parabenização pela entrevista publicada domingo passado no Caderno 2 do Estadão: Memória visual. Agradeço. Foi uma espécie de desabafo, regrado à esperança, muito bem captado pela sensibilidade dos repórteres Júlio Maria e Gabriela Bilo. Falei, falei, falei a respeito do mundo que nos cerca, da política, dos políticos e da dor.

A dor foi embora no correr dessa fala. Dor de falta, dor que sobra, dor misturada com tristeza pela falta, traição e abandono de uns e outros que parecem não valorizar os olhos da cara. Uma amiga, do campo da Psicologia, disse-me que estou de “luto”. Interessante essa observação.

Somos coisinhas especiais da Criação. Amor e solidariedade são combustíveis que nos movem na movediça areia da vida. Um povo sem esperança é um povo perdido, é uma nação perdida que forma um País sem crédito no espelho do mundo.

Dor que dói, aquela que vem das profundezas da alma, machuca e ensina. Pra que reclamar, não faz sentido reclamar. Aliás, eu digo assim nestes versos em sextilhas:  

         Muita gente reclama
         Reclama sem precisão
         Reclama por reclamar
         Pois reclama sem razão
         Não é o caso de perguntar
         Por que tanta reclamação?

         Eu perdi a minha vista
         Mas não da vida à visão
         Eu hoje vejo tudo
         Com os olhos do coração
         E o que eu não via antes
         Vejo com a imaginação
        
         Não dá para reclamar
         De muitas coisas na vida
         Pois ela nos prega peça
         Na chegada e na partida
         Uma caixinha de surpresa
         É o que é a nossa vida

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