O Brasil anda em
crise há mais de 500 anos. A primeira ocorreu com a invasão dos portugueses a
partir da Costa da Bahia. Naturalmente, e como não poderia deixar de ser, as
primeiras vítimas foram os primeiros habitantes do nosso País. E outras crises
se seguiram, com a invasão dos holandeses, franceses, ingleses, espanhóis,
norte-americanos... Os americanos do Norte aprontaram e aprontaram e continuam
aprontando.
Atualmente, nesta
década e meia do terceiro milênio, as crises continuam a infernizar a vida de
nós pobres mortais, “sem dinheiro no banco, sem parentes importantes...”.
(Belchior)
Mas uma coisa
curiosa: mesmo sufocados por crises seculares e contínuas, continuamos vivendo,
abraçados à esperança...
E assim, temos
motivos inúmeros para rirmos e choramos ao mesmo tempo.
Inegavelmente, somos
um País rico de todas as formas: em dor, miséria, tristeza e tudo mais.
O poeta baiano Castro
Alves dizia que a praça é do povo. Ele era, seguramente, um otimista imbatível
em prosa e verso, um poeta incrível; enfim, um poeta da Paz e da Liberdade. Ele
era um pouco de nós...
O Brasil é rico
também na forma ou formas de criar, de fazer arte.
No comecinho dos anos
de 1950, o rei do baião Luiz Gonzaga (1912/1989) e seu parceiro Humberto
Teixeira (1915/1979), depois de gerarem duas dezenas de grande sucesso, como os
baiões ‘Paraíba’ e ‘Asa Branca’, geraram também o fado-toada ‘Ai, Ai Portugal’,
originalmente lançado à praça pela portuguesinha Estér de Abreu (1921/1997). E
por falar em Luiz Gonzaga, não custa lembrar que domingo (2) fez 26 anos do seu
desaparecimento entre nós. Nesse dia fui levado ao bairro paulistano do Caxingui
, na zona Sul, para falar umas palavras a seu respeito e a respeito da cantora
mineira Fatel Barbosa, que aniversariava nesse mesmo dia. E lá encontrei amigos
como Luiz Wilson, Anastácia, Tio Joca, do Trio Sabiá, entre outros.
Pois bem, hoje é o
Dia do Fado.
Os portugueses são
uma parada, são ou não são?
Meu amigo Diângelus, quando estive em Lisboa em 1986, uma amiga lusitana comentou: "Eu ouço desde pequenininha falar que o Brasil está no fundo do poço, mas ele nunca desaparece. Eu acho que o Brasil é maior do que o poço". E disse a verdade, porque desde que me entendo de gente também ouço isso. Agora
ResponderExcluircom muito mais força. Abraços, Gilvan de Brito.