A violência é um mal que existe
desde sempre. Na Idade da Pedra, por exemplo, o homem já espancava a mulher. E
hoje não é diferente, embora haja leis que impeçam isso. As acusações que levaram
Lula à prisão deixaram um rastro de violência contra jornalistas em Salvador,
João Pessoa, Brasília, São Bernardo e outros lugares, quem não se lembra?
Na virada do Império para
a República (1889) houve muitos feridos e mortos.
O cearense Antonio Conselheiro, de
batismo Antônio Vicente Mendes Maciel (1830-1897), foi acusado por republicanos
de ser monarquista.
Antes de cair, Canudos venceu tropas do Governo Federal.
No
correr disso, e por causa disso, jornais monarquistas foram destruídos
violentamente no Rio de Janeiro. Houve até morte. O mês era abril de 1897. Ao
fim, a tragédia de Canudos resultou em mais de 20 mil mortes.
No livro Os Sertões, a
página 611 (13ª edição, Livraria Francisco Alves; 1936) escreveu Euclides da
Cunha que “Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na
frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados”.
Por volta de 1908
gravou-se a primeira música com referência, já no título, da região dizimada
pelo Exército: Partida para Canudos. Essa música, uma polca, foi gravada pelo
maestro Veríssimo para a Casa Edson, do Rio. Um exemplar desse disco (na foto)
se acha no acervo do Instituto Memória Brasil, IMB.
Anualmente são assassinadas mais de 60 mil pessoas no Brasil. E pelo andar da carruagem esse número pode aumentar, infelizmente. O assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista, Anderson Pedro Gomes, ainda não foi esclarecido.
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