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segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

13 DE DEZEMBRO, PARA O BEM E PARA O MAL...


São grandes os violeiros, violonistas, violinistas e sanfoneiros que o Brasil tem.
São grandes os músicos, compositores e instrumentistas que o Brasil tem.
José Nunes, um nome como tantos, virou Tião Carreiro.
Tião foi um dos maiores violeiros e intérpretes que já ouvi. Eu o entrevistei um ou dois anos antes de ele morrer (1993), disse-me querer gravar de Luiz Gonzaga a toada, Asa Branca. Lembro disso no livro, Eu Vou Contar pra Vocês (1999).
Tião nasceu em Minas Gerais no dia 13 de dezembro de 1934, vinte e dois anos depois de nascer em Exu-PE, Luiz Gonzaga do Nascimento, que o tempo o faria Rei do Baião. Esse Luiz também nasceu num dia treze de dezembro (1912), número, aliás, que gosto muito.
No mesmo ano em que Tião lançava em disco o Pagode em Brasília (1961), parceria com Lourival dos Santos (1917-1997), lançava também o pagode Minas Gerais, que fez em parceria com Pardinho (Antônio Henrique de Lima; 1932-2001). Eu também o entrevistei para a série Som da Terra (Continental; 1994). Ambos viviam em guerra o tempo todo. Pardinho, porém, foi o mais duradouro companheiro da dupla com Tião.
A discografia de Tião Carreiro é muito robusta.
No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha tudo de Tião e seus parceiros.
A propósito do dia treze de dezembro, não podemos esquecer a tragédia que foi a decretação do Ato Institucional nº5 (AI-5), que prendeu, torturou e matou mais de quatrocentos brasileiros, antes de censurar milhares e milhares de livros, peças teatrais, filmes, tudo. O congresso, naquela ocasião, em 1968, foi fechado e grande parte dos políticos, cassada e exilada. Um horror! E pensar que há brasileiros pedindo a volta da ditadura militar. É de lascar!
Eu fiz uma letrinha que serviu de inspiração melódica ao parceiro músico Jorge Ribbas. Ouçam!

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