Mundo de dor e guerra:
De presidente prepotente
De vírus correndo doido
E matando muita gente
E matando muita gente
Cansado Valdir Teles
Foi pro céu cantar repente
Brilhou no repentismo
Cantador, cantou pra gente
Cantou sol, terra e mar
Cantador, cantou pra gente
Cantou sol, terra e mar
No ar plantou semente
Cansado Valdir Teles
Foi pro céu cantar repente
Muita coisa ele cantou
Cantou bem, contente
Cantou a natureza
Cantou bem, contente
Cantou a natureza
E a Deus se fez presente
Cansado Valdir Teles
Foi pro céu cantar repente
Tomando meus versos do dia a dia, por acaso alguém me liga falando da tristeza que foi o cantador morrer. Cantador não morre, cantador é sonho, é esperança. Cantador é cantador.
Eu disse isso a uma amiga, essa amiga Mirianês Zabot, que coincidentemente, curiosamente, estranhamente a mim me ligou pra dizer que Valdir Teles ela o amava, como cantador. Valdir, amigo querido de muitos anos tinha especial atenção pela música do Rio Grande do Sul. O chamamé e o vanerão eram ritmos especiais da predileção dele. Mirianês é gaúcha. E numa estrofe de sextilhas ela disse:
Que mais faria o cantador
Se não fosse um ser pensante
Andaria no espaço
Iluminada vertente
Andaria no espaço
Iluminada vertente
Cansado Valdir Teles
Foi pro céu cantar repente
Valdir Teles, de Livramento no Cariri paraibano, deixou pra vida a história do amor.
Valdir, amigo meu de tantos anos, provou que viver é amar. Ele, como Bule Bule, frequentavam a minha casa com o carinho que o amor nos dá.
Viva Valdir e o Bule Bule, alí na Bahia está a nos ver.
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