O dia 24 de agosto de 1954 amanheceu trazendo perplexidade.
Perplexidade também trouxe para o Brasil a manhã do dia 24 de agosto de 2020.
No primeiro caso, a corrupção incomodou o presidente Getúlio, que encerrou sua vida com um tiro no peito. Clique: https://assisangelo.blogspot.com/2015/11/conversa-suicidio-e-paz.html
No segundo caso, a corrupção incomodou o presidente Bolsonaro, que preferiu agredir um repórter.
Getúlio foi ditador entre 1930 a 1945. Após renunciar, ele voltou pelo poder das urnas.
Os jornais de hoje 24 trazem a notícia de que Bolsonaro preferiu atacar um repórter a responder a pergunta sobre a origem de 89 mil reais depositados pelo ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz na conta da primeira dama, Michele Bolsonaro.
Agredir, humilhar, ignorar jornalistas é o que mais tem feito o marido da Michele.
Ignorância e grosseria são as suas marcas comportamentais. Com isso ele não só agride a imprensa como agride, ignora e menospreza a Nação brasileira.
O projeto de Bolsonaro é perpetuar-se no poder como ditador, claro. Claríssimo. Mas não sabe ele que isso ele não pode fazer. Muita coisa ele pode como presidente, mas tomar de si o próprio poder, não. Isso é golpe. Mais ainda, autogolpe. Absurdo, não? E bom que se diga que o Brasil está mais preparado para seguir em frente, democraticamente, do que em tempos passados quando a ditadura nos roubou a liberdade.
A imprensa internacional mostra esse novo absurdo de Bolsonaro, que não contém os ímpetos de agredir os jornalistas e desrespeitar as leis contidas na Constituição.
Bolsonaro é contra a liberdade.
Só no primeiro semestre deste ano ele agrediu jornalistas e a imprensa 245 vezes. E está solto, como se vê.
Está mais do que na hora de Jair Messias Bolsonaro pedir licença para se tratar. No hospício, talvez.
As três estrofes aí fazem parte do cordel Jornalismo e Liberdade nos Tempos de Pandemia, que escrevi e publiquei no dia 1 de junho. Caso queira lê-lo inteiro, clique: https://institutomemoriabrasil.com.br/
Representante do mal
Da dor e da maldade
Inimigo do bem comum
Avesso à fraternidade
Bolsonaro prende muito
Mas não prende a liberdade
Repórter cobre tudo
Cobre guerra e eleição
Operação tapa-buraco
Virada de caminhão
Discurso de papagaio
Assalto e corrupção
Nunca fura a pauta
E faz tudo sempre legal
Está em todo canto
Num parque, num hospital
Num trem, num bar, num barco
Como se fosse normal
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