Seguir o blog

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

UM ANO SEM BAEZ NO PALCO


Setembro de 2019 chegou sem trazer aos palcos a cantora nova-iorquina Joan Baez.
O anúncio dessa despedida foi feito pela própria artista, num teatro da Espanha. Um mês antes.
Conheci Baez logo depois que Deus me levou os olhos em 2014.
Ela ficaria muito feliz ao conhecer Vandré, que tanto queria conhecer.
Alegre e simpática, sorriso na cara, mulher.
Mandou-me um email agradecendo por te-la apresentado a Vandré.
Dizia no email que depois de se afastar da música (a voz não é eterna) iria dedicar-se às artes plásticas. Passatempo.
Baez nasceu em 1941 e antes de se tornar alguém incrível, assistiu uma palestra de um negro famoso falando das injustiças cometidas por brancos, na sua escola. Tinha 13 anos de idade. Revoltou-se.
O tempo parece que não passa e quando passa parece trazer só o passado.
Decidida a virar artista, a menina botou pra fora sua bela voz e em 1959 já era admirada por muita gente.
Livre como um pássaro e objetiva como um voo razante dado por um falcão, com olhos de lince, rapidamente identificou no garoto Robert Allen Zimmerman o artista que viria a ser com o nome de Bob Dylan.
Foi ela quem o descobriu para o mundo da música.
Baez e Dylan tiveram um caso, sem filhos.
O caso que ambos tiveram foi um caso de identificação mútua, e forte, com todos os jovens do mundo.
Joan Baez transformou-se na mais importante intérprete da música folclórica e de protesto no mundo, em todos os tempos.
Foi contra todos os tiranos e a favor de todas as liberdades.
Na primeira vez em que Baez chegou ao Brasil não pode cantar em público, mas cantou num camarim em dueto com o paraibano Zé Ramalho.
Ramalho deu-me uma cópia da gravação que ele e ela fizeram em 1981, no Rio.
O tempo passou e por razões inexplicáveis Vandré telefona pra mim perguntando se eu conhecia Joan Baez...
Eu apresentei Joan Baez a Geraldo Vandré. Essa história é longa. Cliquem:

VERÍSSIMO, VIETNÃ: O PRISIONEIRO
HÁ 54 ANOS VANDRÉ LANÇAVA PRIMEIRO LP
O NOBEL E A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS:
VANDRÉ, DITADURA E JOAN BAEZ
JOAN BAEZ E VANDRÉ, O ENCONTRO


No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, é possível achar todos os discos de Vandré e quase todos os discos da Baez.
Ah, sim: Vandré renunciou a carreira artística em dezembro de 1968, quando tinha 33 anos de idade e 4 LPs.
Joan Baez abandonou a carreira deixando mais de 30 LPs.
Com a sua despedida, também levou um depoimento meu e do Vandré.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

POSTAGENS MAIS VISTAS