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domingo, 4 de outubro de 2020

ADEUS, ZUZA!

Tinha 20 anos a mais do que eu e partiu para a Eternidade, da maneira mais natural possível: dormindo, como Charles Chaplin (1889-1977) e Manezinho Araújo (1910-1993).
Chaplin foi o mais importante artista do cinema mudo e Manezinho Araújo, o mais importante cantor-embolador que o Brasil já teve.
Pois bem, o jornalista e musicólogo Zuza Homem de Mello marcou de modo significativo a vida cultural do País, especialmente São Paulo.
Deixou vários livros publicados sobre música brasileira.
Ele morreu na manhã de hoje 4, aos 88 anos.
Zuza passou por várias redações de jornais, entre as quais, a do Estadão.
Durante muitos anos apresentou programas nas rádios Jovem Pan e USP.
O programa apresentado por Zuza na USP ia ao ar todos os sábados.
Zuza morou em Nova Iorque. Foi pra lá com o propósito de estudar música na Julliard, mesma escola que teve como professor o maestro cearense Eleazar de Carvalho (1912 - 1996).
No decorrer do período em que estudou música em Nova Iorque, Zuza conheceu praticamente todos os grandes artistas, isso no correr dos anos 50. Zuza conheceu: Billy Holiday, Miles Davis, John Coltrane e Peggy Lee, cantora que chegou a gravar uma música de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (Juazeiro).
Eu conheci Zuza num ano qualquer da década de 1980. Cheguei a entrevistá-lo para o jornal Gazeta de Pinheiros. Anos depois participamos juntos de debates no programa Canal Livre, da TV Bandeirantes.
A última vez que nos encontramos foi na noite de lançamento da série O Brasil Toca Choro, da TV Cultura. Ao meu lado, a colega jornalista Cilene Soares. Antes disso estivemos juntos no JC Debate dividindo conversa sobre a cantora Inezita Barroso (1925-2015), que acabara de morrer.



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