Seguir o blog

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

MULHERES: NA REALIDADE E NA FICÇÃO (7)


O romance A Mão e a Luva, do bruxo Machado, foi originalmente publicado no formato de folhetim entre 26 de setembro e 3 de novembro do ano de 1874, no jornal O Globo de Quintino Bocaiuva. No mesmo mês de novembro, o folhetim foi à praça como livro. 

Conta a história de uma órfã de pai e mãe, Guiomar, adotada pela madrinha baronesa.

Baronesa não tem o nome revelado, aparece simplesmente como uma mulher detentora de título nobre. Viúva e rica.

Tinha 17 anos de idade Guiomar quando foi adotada pela caridosa baronesa, que acabara de perder a única filha.

Conta o narrador que Guiomar é belíssima e de uma inteligência fora do comum. Carismática, a menina pôs na cabeça que tinha de ascender à sociedade com categoria e brilho. E com grana na bolsa. 

Dois marmanjos disputavam a pau o coração de Guiomar. Um deles, Jorge, vivia torrando a fortuna que herdara dos pais. Era preguiçoso e sem iniciativa. O segundo, Estevão, era um melancólico cidadão. Não tinha vontade de crescer no meio social. Ramerrão. Eram os dois advogados. 

De repente, e não mais do que de repente, aparece um terceiro personagem no jogo: Luís Alves.

Luís era também advogado e foi ele quem apresentou Estevão a Guiomar. Apresentação formalíssima, mas suficiente pra deixar o mancebo arriado dos quatro pneus. Isto é, a-pai-xo-na-dís-si-mo. E ela ó, nem nem.

Jorge, o sem valia dos infernos, era protegido da baronesa. 

Jorge terminou caindo nas graças da governanta inglesa da baronesa, Mrs. Oswald. 

Bom, a história vai vai até que Jorge pede a sua protetora licença pra se casar com Guiomar. 

E mais não digo, ora! A não ser que Estevão remoe a perda do coração que não ganhou e pensa seriamente em se matar.

Pois, pois.

Suicídios e tentativas de suicídio são facilmente encontrados nas páginas dos pequenos e grandes romances. 

No belíssimo A Luneta Mágica, de Joaquim Manuel de Macedo, o personagem principal Simplício chega a subir o Corcovado e a pensar em atirar-se lá de cima para subir ao céu. Hummm...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

POSTAGENS MAIS VISTAS