O romance A Mão e a Luva, do bruxo Machado, foi originalmente publicado no formato de folhetim entre 26 de setembro e 3 de novembro do ano de 1874, no jornal O Globo de Quintino Bocaiuva. No mesmo mês de novembro, o folhetim foi à praça como livro.
Conta a história de uma órfã de pai e mãe, Guiomar, adotada pela madrinha baronesa.
Baronesa não tem o nome revelado, aparece simplesmente como uma mulher detentora de título nobre. Viúva e rica.
Tinha 17 anos de idade Guiomar quando foi adotada pela caridosa baronesa, que acabara de perder a única filha.
Conta o narrador que Guiomar é belíssima e de uma inteligência fora do comum. Carismática, a menina pôs na cabeça que tinha de ascender à sociedade com categoria e brilho. E com grana na bolsa.
Dois marmanjos disputavam a pau o coração de Guiomar. Um deles, Jorge, vivia torrando a fortuna que herdara dos pais. Era preguiçoso e sem iniciativa. O segundo, Estevão, era um melancólico cidadão. Não tinha vontade de crescer no meio social. Ramerrão. Eram os dois advogados.
De repente, e não mais do que de repente, aparece um terceiro personagem no jogo: Luís Alves.
Luís era também advogado e foi ele quem apresentou Estevão a Guiomar. Apresentação formalíssima, mas suficiente pra deixar o mancebo arriado dos quatro pneus. Isto é, a-pai-xo-na-dís-si-mo. E ela ó, nem nem.
Jorge, o sem valia dos infernos, era protegido da baronesa.
Jorge terminou caindo nas graças da governanta inglesa da baronesa, Mrs. Oswald.
Bom, a história vai vai até que Jorge pede a sua protetora licença pra se casar com Guiomar.
E mais não digo, ora! A não ser que Estevão remoe a perda do coração que não ganhou e pensa seriamente em se matar.
Pois, pois.
Suicídios e tentativas de suicídio são facilmente encontrados nas páginas dos pequenos e grandes romances.
No belíssimo A Luneta Mágica, de Joaquim Manuel de Macedo, o personagem principal Simplício chega a subir o Corcovado e a pensar em atirar-se lá de cima para subir ao céu. Hummm...
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