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segunda-feira, 25 de março de 2013

BRAVO ABRE CONCURSO PARA LEITOR

Março é mês que nos lembra de artistas que marcaram profundamente a vida musical do Brasil, entre eles o compositor, violinista e maestro Alberto Marino (na foto, ao lado), autor da primeira música que traz no título o nome de um bairro paulistano. 
A música, Rapaziada do Brás, na origem uma valsa choro instrumental gravada e lançada em 1927 em disco Brasilphone pelo Sexteto Bertorino Alma - anagrama do autor -, foi composta na noite de 20 de novembro de 1917,  ano em que explodiu a primeira grande greve em São Paulo, iniciada na Mooca e imediatamente assumida pelos operários do Brás.
O autor tinha, então, 15 anos de idade.       
Depois Alberto Marino, pai de Alberto Marino Jr., que poria letra na melodia de Rapaziada do Brás para o argentino naturalizado Carlos Galhardo gravar em 1960, comporia e gravaria ainda à frente do Sexteto as valsas Luar de São Paulo, Senhoritas do Brás, Nice e Noites Paulistas, lançadas em disco Columbia, em 1934; e dois anos depois, pela mesma gravadora, a valsa Amarga Serenata, composta em parceria com o cantor Jorge Amaral, e Vai Depressa, a única rancheira que Alberto Marino compôs.
Além das músicas de sua autoria, o maestro gravaria com seu sexteto meia dúzia de músicas de outros compositores, como Domingos Pecci (Não Chores Mais Meu Bem) e José Rizzo (Em ti Pensando).
São de março Adelino Moreira, Ademilde Fonseca, Antenógenes Silva, Antônio Maria, Aracy Cortes, Benedito Lacerda, Bidu Sayao, Carmélia Alves, Ernesto Nazareth, Guerra Peixe, Giuseppe Rieli, Inezita Barroso, Ismael Silva, Jorge Goulart, Josué de Barros, Luiz Americano, Luiz Carlos Paraná, Morais Sarmento, Nora Ney, Robertinho do Acordeon, Teixeirinha, Théo de Barros, Villa-Lobos, Waldemar Henrique, Zé Dantas...
O baiano Assis Valente, também autor de músicas que fazem referência a São Paulo, como o batuque Não Quero Não lançado em 1938 pelo Bando da Lua, nasceu no dia 19 de março de 1911 e morreu no dia 6 desse mesmo mês, em 1958, de modo mais do que lamentável: suicidando-se ao ingerir formicida num banco de praça no Rio de Janeiro, depois de sair do escritório da União Brasileira dos Compositores, UBC, sem receber nada do que esperava a título de direitos autorais.
Ele estava endividado, com credores lhe batendo à porta e desesperou-se.
Ary Barroso chegou a pagar o último aluguel da casa onde ele morava.
Valente deixou obras-primas, como Brasil Pandeiro e Boas Festas, em que diz:

Anoiteceu, o sino gemeu
E a gente ficou feliz a rezar
Papai Noel, vê se você tem
A felicidade pra você me dar
Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
E assim felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel não vem
Com certeza já morreu
Ou então felicidade
É brinquedo que não tem
 

REVISTA BRAVO
A Bravo, uma das mais importantes revistas culturais do País, acaba de abrir inusitado concurso direcionado a seus leitores.
As inscrições se estendem até o final deste mês e o regulamento com todos os esclarecimentos se acha no site da revista. Clique:

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