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domingo, 13 de fevereiro de 2022

TINHORÃO PELO OLHO DA CARA

O Samba Agora Vai, O Rasga, Festa de Negro em Devoção de Branco, Rei do Congo e Os Romances em Folhetins no Brasil.
Esses são títulos de alguns livros que o jornalista e historiador paulista José Ramos Tinhorão publicou a partir da 2ª metade dos anos de 1960, ainda no tempo em que morava no Rio de Janeiro. Foi no Rio, aliás, que ele iniciou sua brilhante carreira.
Alguns de seus livros foram publicados em Portugal e só depois, no Brasil.
O legado de Tinhorão é incomparável, especialmente no tocante à área musical.
Antes de Tinhorão não havia, a rigor, uma bibliografia da história da nossa música popular.
Todos os seus livros se acham no mercado, à exceção do que foi escrito sobre ele próprio: Tinhorão, o Legendário, de Elizabeth Lorenzotti.
Esse livro, esgotado, está “inflacionando” o mercado livreiro. É certo que o biografado não concordaria com o valor pedido por um exemplar do livro que conta parte de sua história e obra: R$1.590 (Amazon).

Conheci Tinhorão ali pelos fins dos 70. Fui muitas vezes ao seu famoso kitinet, na Maria Antônia. Tornamo-nos amigos. Ele chegou a fazer prefácios de livros e até um disco meu (Assis Ângelo interpreta poetas brasileiros).
Muita gente considerava Tinhorão uma pessoa chata, mal resolvida. Nada disso. Era um gozador. Tirava sarro de si próprio.
Certa vez perguntei-lhe se conhecia a rua Tinhorão. Não, respondeu. Informei-lhe que existe, em Sampa, uma rua com o nome dessa planta, mas que não fora feita em sua homenagem. Disse qualquer coisa que não lembro e sorriu, enquanto tomávamos um vinhozinho que ninguém é de ferro, ora.
Essa rua, Tinhorão, localiza-se no bairro de Higioenópolis.
Como se vê, o jornalista e historiador José Ramos Tinhorão continua na pauta do dia.


Sobre Tinhorão, escrevi muitos textos. Alguns: 

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