Durante semana e meia o clube dos assassinos covardes comemorou abertamente a fuga espetaculosa do maranhense Danilo Cavalcante, na Pensilvânia, EUA. Essa fuga terminou nas primeiras horas do dia de hoje 13. A caçada contou com helicópteros, drones, matadores da S.W.A.T., cães, cavalos, o diabo.
O fugitivo em questão foi capturado, curiosamente, no Dia Nacional da Cachaça: 13 de setembro.
O Brasil ocupa o 3º lugar no ranking dos países produtores de destilados.
É brasileira a cachaça que ingerimos e exportamos.
Anualmente no Brasil é produzido algo em torno de 1,3 bilhão de litros de cachaça, ou pinga, como todo mundo diz. São Paulo é o maior produtor de pinga do País: 45% do total que se produz no território nacional. Que tal, hein?
Ingerem-se no Brasil a maior parte da cachaça produzida e apenas 1% ou 2% vai pra boca dos estrangeiros e estrangeiras.
Houve um tempo em que os EUA tentaram se apossar patenteando a cachaça que os brasileiros descobriram, mas não lograram êxito. Ali pelo século XVI, a rainha Luísa de Bourbon autorizou a colônia não só a produzir mas a ingerir o inebriante líquido. Foi um porre!
A matéria-prima da cachaça, a cana-de-açúcar propriamente dita, veio da Índia.
Os indianos descobriram a cana-de-açúcar anos antes de Cristo, pelo menos é o que conta a história.
A cachaça já provocou muita alegria e tristeza. E morte.
Foi no século 17 que ocorreu, no Brasil, a chamada Revolta da Cachaça. Foi no Rio, quando poderosos donos de engenho se levantaram contra o governo, por causa dos altos impostos cobrados. Deu tragédia com enforcamentos e tal.
De lá pra cá muita coisa foi feita em torno desse saboroso "veneno", degustado por pobres e ricos; engenheiros, médicos, profissionais liberais em geral. Nem o nosso Lula nega o sabor que a pinga tem.
Para bons momentos, há sempre uma boa cana à espera de convivas.
É certo que os americanos estão vibrando com a prisão do agora famoso assassino brasileiro. Pois, pois.
Existem já vários livros contando a história da cachaça. Um desses, O Prelúdio da Cachaça, de Câmara Cascudo, foi publicado em 1968. E muitos outros títulos como O Mito da Cachaça Havana, De Marvada a Bendita, Cachaça: Ciência, Tecnologia e Arte, A Revolta da Cachaça, Cachaça: História, Gastronomia e Turismo, Cachaça, Prazer Brasileiro e Os Segredos da Cachaça: Tudo o que Você Precisa Saber.
Muitas composições musicais também foram feitas para ressaltar os efeitos da cachaça como Pinga Ni Mim, Movido a Álcool, Cachaceiro, No Embalo da Cachaça, Um Copo de Pinga, Cachaça, A Cachaça, e Marvada Pinga, com Inezita Barroso. Ouça:
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