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terça-feira, 6 de agosto de 2024

A MORTE CONTINUA MATANDO...

A cada dia perco amigos.
Foram-se ontem brincar na Eternidade os amigos Sinval de Itacarambi Leão, aos 81; e o músico Caçulinha, de batismo Rubens Antônio da Silva, aos 84.
Sinval, jornalista fundador e editor da revista Imprensa, passou como profissional por vários órgãos da imprensa como TV Globo, Folha e tal. Foi briguento em todos os sentidos. Gostava do que era bom: Whisky, por exemplo. Chegou a ser preso duas vezes pelos brutamontes da ditadura militar (1964-1985). Na terceira vez, alertado por companheiros, deu no pé pra lugar desconhecido não sabido.
Caçulinha começou a carreira abraçando a sanfona, instrumento que nunca largou. Seu primeiro disco gravado era de 78 rpm. Trazia de um lado a polca Corochere (Francisco dos Santos e Caçulinha) e do outro lado a guarânia Triste Juriti (Mário Vieira e Armando Castro).
O segundo disco de Caçulinha trazia o choro Pelé (Amasílio Pasquin e Caçulinha) e a valsa Noiva do Sargento.
Durante alguns anos Caçulinha trabalhou como músico arranjador no extinto programa Domingão do Faustão, na TV Globo.
A última vez que Sinval e eu molhamos o bico foi cá em casa, há pouco mais de um ano.
A última vez que me encontrei com Caçulinha foi no estúdio da Rádio Capital. No tempo que apresentei o programa São Paulo Capital Nordeste.
Sinval e Caçulinha eram paulistas. O primeiro dos arrabaldes de Araçatuba e o segundo, Caçulinha, de Piracicaba. 
O 6 de agosto de 1910 marca a data de nascimento de outro paulista: Adoniran Barbosa, de Valinhos. Deixou-nos muitas músicas bonitas, engraçadas, irônicas e de amor como Iracema de que tanto gostava o também amigo Paulo Vanzolini, autor dos clássicos Ronda e Volta por Cima.
Pois é, o mundo está ficando menor e mais irracional.

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