O tal general foi o último ditador do ciclo militar, no Brasil.
O golpe militar, que teve o apoio de poderosos civis, foi deflagrado em 1964. Durou 21 anos.
Muita gente boa teve de deixar o País. Milhares, incluindo artistas da nossa música, escritores e tal.
O último presidente que antecedeu o atual, Lula, tentou fazer o que fizeram os militares de 64. Não conseguiu e está solto, por incrível que pareça.
Precisamos nos cuidar, pois o Capeta e filhotes continuam a rondar esta nossa terra brasileira.
Foi o mesmo Figueiredo quem deu ao finado Silvio Santos o SBT. Isso no dia 19 de agosto de 1981. Há 43 anos, pois.
Foram dois cearenses os principais intermediários de S.S. com o general. Estou falando da dupla Dom e Ravel. Dom morreu em 2000 e Ravel, em 2011.
Uma vez entrevistei o Ravel. Foi numa biblioteca pública da zona Leste de Sampa. Não me recordo qual exatamente. Lembro que levei o amigo Paulo Vanzolini para este papo. Ravel não permitiu que a nossa conversa fosse gravada, mas deve ter foto por aí. Ele contou da sua amizade ruidosa com Silvio e defendeu-se dizendo que a marchinha Brasil Ame-o ou Deixe-o foi feita em homenagem aos campeões do tricampeonato de futebol. "Não fizemos essa música para agradar o regime militar".
Além de Brasil Ame-o ou Deixe-o, gravado originalmente pelo grupo Os Incríveis, Dom e Ravel geraram outras "pérolas" ufanistas como Você Também é Responsável, Obrigado ao Homem do Campo e Só o Amor Constrói.
É bom que se diga que a Lei da Anistia não veio de graça. Foi resultado de enorme mobilização do povo brasileiro. E isso há exatos 45 anos.
Entre os artistas obrigados a deixar o Brasil naquela época, estavam Chico, Caetano, Gil, Vandré.
Ditadura nunca mais, não é mesmo?
João Bosco e Aldir Blanc compuseram para Elis Regina gravar a música O Bêbado e a Equilibrista. Ouça:
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