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sábado, 28 de abril de 2018

A VIDA É BOA, O HOMEM É MAU

Assis, José Cortez (à esquerda) e Carlos Sílvio
O mundo continua perdido. E continuará perdido enquanto nós estivermos perdidos. E perdidos estaremos enquanto não acreditarmos, de verdade, no outro, no próximo. Hummm...

Pois é, acreditarmos no próximo pode ser bom, pode não ser.

É aquela história: quem me acusa tem que provar que eu não presto.

Nós, humanos, somos sempre uma icógnita.

Outro dia um amigo foi engalobado por pessoas que ele acretiva serem do bem. E aqui chegamos a um ponto, no mínimo, interessante: o bem e o mal. O que é isso?

Mas, na verdade, não é sobre isso que quero falar.

Minha filha Ana acaba de me dizer que o programa Fantástico, da Globo, vai apresentar amanhã 29 uma entrevista de um casal centenário. Esse casal vive, naturalmente juntos, há oitenta e não sei quanto tempo. Esse casal está por ali pelas bodas de chumbo. Pois, pois.

No Brasil de hoje existem cerca de onze mil homens e mulheres centenários. Beleza!

Pessoas, no Brasil, com oitenta anos também há muitos. E com sessenta, sessenta e cinco?

A Organização Mundial da Saúde, OMS, acaba de reclassificar as faixas etárias. Eu, por exemplo, nasci em 1952. Sou, portanto, um jovem. Tá bom, explico: menor de idade no mundo é a pessoa que chega aos dezessete anos. Depois daí, dezoito anos é a pessoa considerada jovem, que assim continua até os sessenta e cinco anos. Dos sessenta e seis aos setenta e nove é a pessoa considerada entrante na casa da meia idade. O idoso é aquele que chega aos oitenta e vai até os noventa e nove. Depois daí pra frente, viva Deus!

Pois é, o meu amigo tem oitenta e um anos de idade, vai fazer oitenta e dois neste ano da Graça de 2018. Claro, é nordestino que nem eu. Uma pessoa grande, incapaz de fazer mal a sei lá... a uma mosca?

Por que somos, nós, tão maus?

Por que ferimos a outrem?


VISITA BONITA
Foi não foi pessoas queridas chegam à minha casa para dizer coisas. Hoje mesmo, recebi a visita de Carlos Sílvio e Darlan Zurc. E também José Cortez, o cara que dá nome à editora famosa. Carlos Sílvio é motorista de profissão e apresentador revelação de rádio e TV. Da Bahia. Espantei-me com o desembaraço desse moço no programa Paiaiá na Conectados, apresentado todos os sábados (das 12h às 13h) na rádio, essa mesma, chamada Conectados, que fica ali à Rua Clóvis Bueno de Azevedo, 159, Ipiranga. Claro, Ipiranga é o bairro onde D. Pedro berrou a independência do Brasil. D. Pedro foi o primeiro golpista brasileiro. Mas golpista, mesmo. Real. Isso é história. Não é essa história do PT, PSDB, bebebibibobobabá e outros partidos e tal. A primeira Constituição do Brasil, de 1824, foi resultante de um golpe de D. Pedro. Pois é. Mas essa é outra história... E Cortez, hein? Quanta história tem pra contar esse homem!

Carlos Sílvio (à esquerda), José Cortez e Assis

PAIAIÁ

Paiaiá é um povoado localizado em algum lugar da Bahia. Você não conhece? Paiaiá tem o maior acervo literário do Brasil, talvez do mundo, não sei. Quem sabe disso é Carlos Sílvio. Pra começar a saber que lugar é esse, clic: www.bit.ly/paiaianaconectados.

sexta-feira, 27 de abril de 2018

SEXISMO, RACISMO,LGBTFOBIA EM DISCUSSÃO NA PUC

Um dos mais importantes educadores brasileiros, o potiguar José Cortez, anda Brasil afora falando de educação e de cultura popular.Ex-marinheiro, caçado pelos donos do poder em 1964, refugiou-se na capital paulista onde há 40 anos fundou uma editora de livros que leva o seu nome. Cortez é um incansável. Para ele, dentre todos os países, o mais importante é o Brasil.
A Cortez Editora publicou centenas e centenas de livros, milhares, desde a sua fundação. Os títulos publicados tem a ver, naturalmente, com educação e cultura.
Eu mesmo publiquei livros com a chancela de sua editora: A Menina Inesita Barroso ( 2011) e Lua Estrela Baião (2013).
Entre tanta coisa de fundamental importância que Jose Cortez fêz, está o Seminário Anual de Serviço Social.  A primeira edição desse evento ocorreu em 12/05/2008. Portanto, há exatos dez anos. Agora, no próximo dia 7, será realizado a 11a. edição desse evento que reúne milhares de pessoas do Brasil inteiro, da Paraíba a Tocantins.
Eu costumo participar regularmente desse evento. Participo porque entendo ser um momento de aprendizagem e reflexão. O tema deste ano é Questão Social, Sexismo,Racismo, LGBTfobia. Que País é Esse?
É um assunto importantíssimo esse, não é mesmo?
O Brasil é um País complexo, política, social e economicamente falando.
Você meu amigo, minha amiga. lembra do governador biônico Francelino Pereira? Pois bem, é dele a frase Que País é Esse? Se lembra ou não lembra click:


assisangelo.blogspot.com/2017/12/que-pais-e-esse.html

Ah, se você estiver com sorte, ainda pode se inscrever para participar do Seminário, que ocorrerá no próximo dia 7 de maio na PUC-SP,  fone 11-3864 011.
José Cortez é um dos poucos brasileiros que, vivo, dá nome a uma escola pública em São Paulo. Aí na foto


quinta-feira, 26 de abril de 2018

GILMAR MENDES E O CACHORRO DE PAVLOV

O que é que tem a ver o juiz Gilmar Mendes com o fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936)?
Engraçado, amanheci hoje pensando no amigo que partiu,  Taiguara (1945-1996).
Taiguara, Chala da Silva nasceu em Montevideu no Uruguai e veio morar no Brasil, junto com a família, ainda menino. No Rio estudou e o tempo o transformou num dos mais importantes intérpretes da música popular brasileira. Chegou a ser chamado de O Rei dos Festivais. Eu gostava muito dele e a recíproca verdadeira. Frequentávam nos um a casa do outro.Pois bem, um dia ele puxou conversa sobre Pavlov.
Ele adorava Pavlov.
Pavlov foi o primeiro fisiologista a ganhar o Nobel , em 1904, por pesquisas desenvolvidas em torno do comportamento dos animais.Aí a meu ver, é que entra o Gilmar.
Gilmar Mendes apresenta todas as características de um ser humano, mas o seu comportamento é um tanto esquisito,  Seja como membro da 2a. Turma do STF ou como integrando do plenário do mesmo STF.
Num passado não muito distante, ensinaram ao Gilmar as boas maneiras que um cidadão deve ter na relação com o próximo. Chegou a aprender isto, mas a aprendizagem durou até apreender as regras do, digamos, cachorro de Pavlov. Ele não late propriamente. Mas grunhe e até dá patadas, como se viu recentemente numa rua de Lisboa, em Portugal. Na ocasião, perguntado por uma repórter da Folha sobre quem estava pagando a passagem dele, respondeu: " enfia essa pergunta na bunda"! Os seus rompantes são totalmente incivilizados, sem falar do que faz às sombras.
Como cachorro de Pavlov, só que na área jurídica, Mendes inventou de soltar tudo quanto é preso condenado ou em vias de ser condenado pela Justica.




KAFKA
O Brasil é uma beleza. É o Patropi muito bem descrito na música de Jorge Ben, que começa assim: "moro num país tropical/abençoado por Deus/e bonito por natureza..". Pois bem, neste Patropi tem de "um tudo": príncipes e princesas, reis e rainhas, e bandido de todos os naipes infiltrados desde as malocas ao Congresso Nacional, passando naturalmente pelas Câmaras e Assembléias Legislativas. E tem ainda coisas engraçadas, pitorescas e bizarras. Ou não é bizarro alguém ser pego com a mão na cumbuca e dizer que ali não tinha nada, tampouco cumbuca? O Lula, por exemplo, saiu do governo dizendo que não sabia nada de mensalão. O mesmo fizeram os cabeções do PSDB. Há pouco, o Temer.Ontem 25 foi a vez  do homem da mala (Rodrigo Rocha Loures) dizer que não sabia o que tinha dentro da mala. O Aécio Neves está seguindo a mesma linha, acrescentando que foi vítima de uma "armação".Ele fala hoje 26 à Justiça. Tô de olho.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

VIVA CACO BARCELOS

Segunda 23 ouvi na rádio CBN, ali pelo começo da tarde, entrevista muito  bonita do amigo ex-companheiro da globo Caco Barcelos. Trabalhei com ele, com Fernando Coelho e outros bons de papo e vida. Aprendi muito.
Talvez poucos saibam, que fui repórter da editoria da folha, no começo quando cheguei em São Paulo, em 1986. Quanta gente bonita conheci, entre essa gente, meu irmão que está no céu Eli Vanini.
Zanfra, Dorneles, hei, cês inda lembram do Eli? das noitadas do Som de Cristal?
Hoje, daqui a pouco,  o Caco volta a nos mostrar sua vida perigosa como repórter policial numa reportagem que tem como foco a milícia atuante no Rio de Janeiro.
Na entrevista que Caco deu `a CBN ficamos sabendo que um dos seus livros. Rota 66, vai virar filme.
Rota 66 é um livro do caralho.
Caco um brasileiro nascido em Porto Alegre, da safra de 1950, é tão grande quanto o sol.

segunda-feira, 23 de abril de 2018

MACHISMO NO SAMBA E NO CORDEL

Hoje faz uma semana que a cantora e compositora Ivone Lara morreu. Ela foi uma das mais autênticas representantes do samba carioca. Nasceu em 1921, num dia 13 e num dia 13 foi internada. Morreu no hospital, 3 dias depois da internação. Essa história todo mundo já sabe.
Como toda ou quase toda mulher, Dona Ivone Lara casou e teve filhos. Mas enquanto casada comeu o pão que o diabo amassou, pois o maridão não aceitava que seu nome caí se na boca do povo, nem como grande artista que foi. Começou a compor ali pelos anos de 1940, mas com medo do marido entregava as composições para outras pessoas gravarem sem seu nome.
O caso de Dona Ivone me remete à história da paraibana Maria das Neves, a Nevinha, filha do cordelista Francisco das Chagas Batista (1882-1930). Aliás, neste ano de 2018 completam-se 80 anos do lançamento do primeiro folheto de Nevinha: O Violino do Diabo ou O Preço da Honestidade, que saiu com o nome (pseudônimo) de Altino Alagoano. Altino, diga-se de passagem, era como se chamava seu marido. Êta, machismo da gota serena! Clique:

http://assisangelo.blogspot.com.br/2017/03/a-mulher-na-literatura-de-cordel.html

Dona Inove Lara recebeu todas as glorias, em vida. Um dos seus sambas mais conhecidos é Sonho Meu, que recebeu diversas interpretações. Aqui com Maria Bethânia e Gal Costa:




 TOM ZÉ

Atenção meus amigos, atenção minhas amigas, quem não foi ainda é hora de ir apreciar a exposição multimídia do querido baiano de Irara Tom Zé, ali nas dependências do prédio onde que foi sede da Caixa Econômica Federal, na Praça da Sé ao lado da estação. Tom Zé é um cabra danado, cheio de onda, que trafega pelo mundo das vanguardas. A exposição será encerrada dia 20 de maio. Nesse dia, não custa dizer: o bom Renato Teixeira faz aniversário de vida: 73 anos. Viva Tom Zé!

sexta-feira, 20 de abril de 2018

CORRENDO PELA VIDA


Do mesmo modo que digo que já não preciso de olhos para ver a realidade gritante que no dia a dia surge a nossa frente, digo também que não faço ginástica prá ficar forte e bonito. Era só o que faltava! Faço ginástica prá economizar idas e vindas ao médico e gastos com  farmácia. Ginástica é saúde.
Sinto-me revigorado desde quando voltei à tona depois de longa invernada, submerso no poço da solidão e da tristeza. Claro: perder a luz dos olhos dói, e muito. Mas estou vivo, sinto-me bem. A propósito Sinto-me Bem é o título da primeira música, um samba, gravado por aquele que entraria na história da MPB como o Seresteiro estou falando do gaúcho Nelson Gonçalves. Ouçam-no:



Há um ano a se completar no próximo dia quatro, recomecei a atividade física. Dessa vez na academia de ginástica Cia Life. É natural que quem faz ginástica tenha o seu treinador pessoal, seu orientador. No meu caso tenho dois, três: Beto, Brito e Anderson.
Sobre Beto e Anderson já andei falando por aqui.
Brito, Vani Brito, (foto acima, de pé), é um mineiro de Lavra do Cruzeiro, distrito de São José de Safira, que fica a não sei quantos quilômetros da capital Belo Horizonte. Mora em São Paulo há um bocado de tempo. Tem 33 anos. Na escala decrescente, ele é o segundo de oito irmãos. Talvez seja de todos o mais doido, o mais aventureiro, o que não teve medo de meter as caras no mundo, um cara destemido. Por caminhos tortuosos chegou aos Stêites. Pois bem, Brito é um cara legal, cheio de onda, como também os são Beto e Anderson. A mãe de Brito, dona Sebastiana, adora música do sertão, do campo. Um dos seus ídolos, são dois: Tião Carreiro e Pardinho. Ela adora essa música:



VAI SER O BENEDITO.

Na cena política nacional há 28 partidos com assento no Congresso Nacional e mais uns dez esperando a vez para mostrar suas garras. No rigor, em qualquer língua, há apenas uma ideologia fragmentada em três ou quatro pedaços, no mais, sei lá!
Até aqui, todos os partidos com assento no Congresso Nacional querem ter um presidente para chamar de seu. E aí vão et cetera et cetera et cetera.
Claro, o PT não terá Lula, talvez Ciro...
O Solidariedade sai com o ex PCB Aldo Rebelo, que embora muito bom não irá longe, e ele sabe disso.
O PSOL tem Boulos e não tem nada.
Temer...o futuro dele é cadeia.
O Meireles, como Temer também não tem futuro como candidato à Presidência.
Pelo PSC, Paulo Rabelo de Castro é quem para o quê?
O PSDB, ai ai ai, Alckmin, sai a campo queimado com denúncias que pesam contra ele por recebimento de grana de modo indevido. O jogo é complicado, sempre foi, mas no momento é o mais complicado de todos os tempos. Até porque nunca tivemos tantos partidos disputando o voto do povo.
A esquerda nunca se entendeu, principalmente no Brasil.
Mais de uma dezena de partidos ditos de esquerda não são, grosso modo de esquerda, mas a vida vai.
A direita é direita. Sempre foi. A propósito, ouvi do coronel de triste memória Erasmo Dias (1924-2010) a frase que nunca esqueci: "Vocês, de esquerda, só lêem vocês mesmos. E não se entendem. Nós , que vocês chamam de direita, direitona, lemos tudo, essa é a diferença entre nós e vocês".
A direita, direitona, se apresenta nas eleições deste ano com o deputado Jair Bolsonaro.
Agora anotem aí: Joaquim Barbosa, ex presidente do STF, irá ao segundo turno com Bolsonaro.
Joaquim Benedito Barbosa Gomes será o novo presidente do Brasil.
Joaquim, mesmo com todas as reticências, filiou-se a pouco ao Partido Socialista Brasileiro, PSB.
O PSB foi fundado no dia 6 de agosto de 1947, pelo baiano de Salvador João Mangabeira (1880-1964). Sempre foi um partido combativo, brigou com Getúlio etc. Miguel Arraes, aliás um dos seus primeiros integrantes, ganhou a governança de Pernambuco, pela última vez, pelo PSB. Esse partido foi cassado pelo Ato Institucional nº 2 em 1965. É de esquerda. O Socialista da sigla tem a ver com Marx e Engels. Mas é preciso entender o que é Socialismo. Não confundir com Comunismo.
Não temos certeza ainda, mas acho que a Marina integrará a chapa de Joaquim. Se não for ela, será um desconhecido de peso, profissionalmente falando.
As eleições de 2018 serão as mais violentas de todos os tempos.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE PUTAS

Deu o que falar a declaração do cantor e compositor Geraldo Vandré, segundo a qual continua sendo "a puta mais cara do Brasil".
Essa declaração foi feita no correr de uma entrevista coletiva que o artista concedeu à imprensa pessoense, um dia antes da apresentação que faria, e fez, no espaço cultural José Lins do Rego. O que acho disso?
Geraldo Vandré, paraibano de João Pessoa, sempre foi um artista pra lá de polêmico. 
Também quiseram saber sobre a sua posição política. E respondeu: "Na mão esquerda trago uma certeza, na mão direita uma garantia. Mas atenção! As vezes troco de mão".
As declarações de Vandré à imprensa sempre despertaram atenção do público, de qualquer público. 
Há anos, por exemplo, ele disse que suas composições eram composições de amor. Essa coisa de música de protesto "é pra quem não tem poder".
Em 1968, pouco antes de tomar conhecimento da classificação de Pra não dizer que não falei de flores (Caminhando) no Festival Internacional da Canção, Geraldo Vandré se achava na antiga Iugoslávia. E lá, cercado de autoridades do governo comunista, ele enfezou-se com um bam-bam-bam de lá que o chamou em discurso como "um dos nossos representantes no Brasil". Isso foi o suficiente para o artista virar a mesa, obrigando o tradutor a traduzir ipis literis o que estava falando. Ou seja: que não era comunista nem representante de comunista em canto nenhum. O resultado disso foi o imediato cancelamento da excursão artística de Geraldo em países da chamada "Cortina de Ferro". Quem me contou isso foi um dos integrantes do extinto conjunto musical Trio Marayá, Behring Leiros (1935-2016).
Geraldo Vandré não é bolinho, não.
Mais de uma vez ele me disse que sempre foi o artista mais bem pago do Brasil, mais até do que o tal rei Roberto Carlos. Aliás, os dois nunca se bicaram.
A personalidade de Geraldo Vandré, de batismo Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, é fortíssima. Portanto não é de se estranhar a fala dele segundo a qual continua sendo "a puta mais cara do Brasil". Simples, assim.
É claro que essa declaração não contém, e longe de conter, qualquer teor pejorativo contra às "eternas damas da calçada", título de uma reportagem de 2 páginas que publiquei no dia 3 de dezembro de 1978 às páginas 6 e 7 do extinto suplemento cultural Follhetim, do paulistano Folha de S.Paulo. Confira.
É incrível a história de Geraldo Vandré. Ele nasceu no dia 12 de setembro de 1935. Chegou ao Rio de Janeiro com 17 anos de idade, em 1971 concluiu o curso de Direito. Em 1962, cria o "personagem" Vandré. Esse personagem "nasceu" na capital paulista. Leia o especial sobre ele que publiquei no Newsletter Jornalistas e Cia. Confira, clicando sobre o link abaixo: 


domingo, 15 de abril de 2018

HÁ 54 ANOS VANDRÉ LANÇAVA PRIMEIRO LP

Assis Ângelo entrevista Joan Baez ao lado de Vandré

No acervo do Instituto Memória Brasil, IMB, se acha toda a obra do artista paraibano Geraldo Vandré. Toda, entenda-se, lançada em discos desde 1962. Em 78 Rpm, Vandré gravou e lançou dois discos, raríssimos hoje. Dois anos depois, ele lançou o seu primeiro LP: Geraldo Vandré, com músicas autorais e de outros artistas, entre os quais Baden Powell e Vinícius de Moraes. Entre os músicos que o acompanham nesse disco estavam o já referido Baden e Walter Wanderley (foto abaixo).
O LP Geraldo Vandré foi lançado em abril de 1964, um mês depois de os militares tomarem o poder.
O derradeiro LP de Vandré, gravado em Paris, recebeu o título de Terras de Benvirá. Anos antes, ele compusera sua última trilha para um filme A Hora e Vez de Augusto Matraga, baseado em conto homônimo do mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967).
Após voltar do exílio, Geraldo Vandré abandonou a carreira artística. Virou um emblema. Nunca mais cantou profissionalmente em público, mas foi não foi, assistia a um show ou a um concerto, eu o acompanhei várias vezes e lembro muito bem da sua amizade com o maestro cearense Eleazar de Carvalho (1912-1996), que foi por muitos anos titular da orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo.
Geraldo Vandré sempre foi um artista de grande sensibilidade e refinamento cultural. A mim ele sempre mostrou interesse em enveredar pelo campo da música erudita. E essa sua vontade ele também compartilhou com o maestro Eleazar a quem chegara a sugerir parceria. Mas Eleazar desconversou. Eu também gostava muito de Eleazar, mas essa é outra história.
Num ano qualquer da década de 80, Vandré participou de Breve Concerto no Teatro da Biblioteca Mário de Andrade. Foi bonito. Parte curiosa foi quando ele regeu a Platéia, que cantou o hino Nacional Brasileiro. Depois disso ele também subiu ao Palco do Auditório Simón Bolivar com cadetes da Aeronáutica que interpretaram uma de suas músicas até aqui inéditas: Fabiana. Por fim ele deu o ar de sua graça num palco onde se achava Joan Baez. Clique:


Nos dias 22 e 23 de março passados, Geraldo voltou a João Pessoa, sua terra e se fez acompanhar pela Orquestra Sinfônica do Estado da Paraíba. Antes, no dia 21, em entrevista a jornalistas que desejavam saber da sua posição política, ele respondeu: "na mão esquerda trago uma certeza, na mão direita uma garantia" e riu. Essa fala um tanto poética, é uma adaptação de um longo poema seu que termina assim:
"Na mão esquerda trago laço e chicote, na outra marcos do chão"...
Essa temática ilustraria algumas de suas canções como Aroeira:








MIA COUTO e LENNA BAHULE

Nestes tempos bicudos de discriminação e preconceito, de falta de diálogo, de guerras, de loucuras é bom estar ao lado de quem acredita na importância da vida e dos seres em geral. O escritor moçambicano Mia Couto é dessas pessoas. Ele e a cantora Lenna Bahule, que também é de Moçambique.Os dois estarão no evento Noite de Estréia, programado pela Companhia das Letras para acontecer no Teatro Porto Seguro (Alameda Barão de Piracicaba, 740), às 19 hs. Mia, além de conversar com seus admiradores vai autografar o livro O Bebedor de Horizontes, último da trilogia As Areias do Imperador. Lenna fará um Pocket Show. Mia é um dos mais importantes escritores da atualidade. Vamos lá?





sábado, 14 de abril de 2018

CANTOS INTERMEDIÁRIOS DO VANDRÉ


Na próxima sexta-feira, deverá sair a público a segunda edição do livro Cantos Intermediários de Benvirá,que reúne poesias do autor Geraldo Vandré. Esse livro foi publicado, originalmente, no Chile de 1973. Nele se acham curiosidades como a primeira versão da letra de Disparada, enorme, diga-se de passagem. Essa edição é patrocinada pelo governo do estado da Paraíba e será distribuída gratuitamente.

Depois de muitos anos, Geraldo Vandré apresentou-se num palco da Paraíba. Isso ocorreu nos dias 22 e 23 de março passado. O público, de todas as idades, o recebeu de coração e braços abertos. Foi uma troca de emoções, tanto do artista como da plateia. E ele cantou Caminhando, acompanhado por todas as vozes presentes, algo em torno de 600 em cada dia.

Geraldo fez-se acompanhar da Orquestra Sinfônica do Estado da Paraíba, regida pelo maestro Luiz Carlos Durier, e pelo Coral Sinfônico. As composições apresentadas, em tom sinfônica, foram Canta Maotina, À Minha Pátria (Pátria Amada, Idolatrada, Salve, Salve, que venceu o Festival de Água Dulce, no Peru, em 1972) e Fabiana, além de peças para piano interpretadas por Beatriz Malnic.  Os arranjos dessas obras foram feitos pelo músico Jorge Ribbas, que há muitos anos dirige um conservatório musical em Campina Grande.

Eu não estive presente ao concerto de Vandré em João Pessoa, pois tudo ocorreu em João Pessoa. Mas o colega jornalista Vitor Nuzzi esteve e narrou-me o que viu e o que sentiu. Nas suas palavras: "Realizei um sonho, bater palmas para Vandré em um palco. Eu e alguns amigos testemunhamos um momento que entrará para a história da música e da cultura no Brasil".

Sonho igual ao do Vitor certamente alguns milhões de brasileiros também gostariam de realizar.

Vitor Nuzzi é o autor do livro Geraldo Vandré - uma canção interrompida, lançado primeiramente de modo independente (100 exemplares) e depois pelo selo Kuarup. Vandré leu e disse, depois, não ter apreciado muito a leitura.

Porém – na vida há sempre um porém, como dizia o autor e ator Plínio Marcos –, em João Pessoa, depois do concerto, em conversa pessoal, disse, segundo Nuzzi, que das biografias até agora publicadas era a "razoavelmente mais honesta".

Geraldo Vandré continua sendo o que sempre foi: um grande artista da música. Um autor que jamais negou suas origens, sua arte. E a pensar: por que Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento e Sérgio Ricardo nunca gravaram nada dele, Vandré? Gil até que chegou a gravar, mas a única composição que ambos fizeram juntos, com Torquato (Rancho da Rosa Encarnada).

Os brasileiros que amam o Brasil amam Vandré. Isso é fato.

A segunda edição do livro Cantos Intermediários de Benvirá já está sendo disputada a pau.

Ah!, ia me esquecendo. O colega e jornalista Vitor Nuzzi escreveu um belo texto sobre o que viu e ouviu em 22 e 23 de março. Leia: http://www.redebrasilatual.com.br/revistas/138/geraldo-vandre-reencontro-e-desencontro-com-a-arte-e-seu-pais-1

PAIXÃO SEGUNDO CRISTINO

No dia 12 deste mês, completaram-se 50 anos da primeira apresentação pública da Paixão segundo Cristino, composta por Vandré a pedido dos dominicanos. O tempo era brabo: 1968. Leia também: https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=2019424485045126&id=100009327822194






quinta-feira, 12 de abril de 2018

LULA NA LITERATURA DE CORDEL

Dentre todos os presidentes e ex presidentes da República do Brasil, Getúlio e Lula foram os que mais chamaram  a atenção dos cordelistas, inspirando-os a escrever e publicar  dezenas e dezenas, centenas de folhetos.
Poucas horas depois de anunciada a morte , por suicídio de Getúlio Vargas, folhetos eram publicados e vendidos de mão em mão no Rio de Janeiro e em algumas regiões do Nordeste.
Mas, muito mais, já se publicou sobre Luís Ignácio Lula da Silva, principalmente no período em que ele esteve à frente do poder.
Há dez anos a se completar em agosto (Getúlio morreu no dia 24 de agosto de 1954), o poeta potiguar Crispiniano Neto reuniu pouco mais de cem folhetos sobre Lula no livro Lula e a Literatura de Cordel. São folhetos de louvor ao criador da sigla PT.
Noutros tempos, tempos anteriores a Getúlio, cordelistas nordestinos já teriam feito publicar folhetos narrando a desdita em que caiu Luís Ignácio. Aliás, uma pulguinha incômoda faz me barulho na orelha, perguntando, por que ainda não se escreveu cordel sobre a prisão de Lula?

ESQUERDA X DIREITA

O ex prefeito Dória quer ser governador e presidente da República. A mosca azul o picou. Hoje ele desceu a lenha no vice de Alckmin que virou governador, Márcio França. Dória é direitista, como se sabe. E dos mais narcisistas, mentirosos, enrolões, ambiciosos, que não medem distância nem primam pelo bom caratismo. O Alckmin é da m,esma lavra de Dória, só que mais discreto e cautelosos nos métodos. Enfim, ouvi o Dória hoje rogar praga e ameaçar França, que ele chama de Cuba. Márcio França é do PSB. 

DE NOVO GILMAR

Gilmar endoidou de vez. No plenário do STF mais uma vez hoje ele esculhambou Deus e o diabo, esculhambou com os juizes, os promotores, com a justiça, da qual aparentemente faz parte. Disse que Moro é torturador e que está torturando Palocci. Um horror a fala desse homem! Na mesma linha de Gilmar foi o incompreensível Marco Aurélio, com sua voz arrastada e cheia de falhas (ele não consegue pronunciar por inteiro qualquer palavra que termine em nal, Nacional, por exemplo). Lewandowski e Toffoli também deram nó na língua e disseram besteira. Desse grupo da pesada e a favor dos poderosos pulou fora o Celso de Mello, resultado da destrambelhada sessão de hoje no STF: 7x4 contra a soltura do ex ministro Antônio Palocci que, assim, continua entre chaves em Curitiba.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

A VIDA É FESTA, FÉ E ESPERANÇA.


Na vida tem muita coisa boa, não tem mesmo?
A gente vai vivendo e conquistando momentos bonitos, pessoas bonitas, desbravando caminhos, novos caminhos, e levando sempre a bandeira da alegria, da fé e da esperança.
No último dia 06, a minha filha Ana Maria levou mais um ano a sua idade. E aí brindamos ao lado do querido amigo Peter e da companheirinha Lúcia. Aproveitei a data para gerar os versos que se seguem:

POEMA PRA ANA MARIA
Assis Ângelo

Teu brilho é muito forte
Teu brilho tem luz divina
Teu brilho é Lua Cheia
O teu brilho, menina,
Tem a graça e a leveza
De uma estrela bailarina

Mas como explicar isso?
E a noite sem o dia?
E o dia sem o céu?
E o céu sem luz,
Como seria?
Esses são mistérios que só Deus explicaria

Mas Deus está na dele
Ele está muito ocupado
Cuidando do seu rebanho,
Que anda desgarrado
Pulando de cerca certa
Pra ficar em cerca errada

Teu brilho é muito forte
É repleto de poesia
Tem a força de mil sóis
E a tudo alumia...
Esse brilho tem um nome
O seu nome é Ana Maria!

São Paulo, 25 de janeiro de 2016.













LULA, LEITURA E CULTURA.

Ouvi em algum lugar, ontem ou ante ontem, alguém dizer que Lula estava lendo um livro onde se acha preso em Curitiba. Um livro de cunho político, cujo título não lembro. Quem disse isso foi um de seus advogados, cujo nome também não lembro. Achei curiosa a informação do advogado. Curiosa e engraçada, se levarmos em consideração que Lula nunca gostou de ler. Aliás, ele sempre se vangloriou dizendo que ler é bobagem, besteira, perda de tempo até, e que chegou aonde chegou, isto é, a presidência da República, sem precisar ler nada.
Lula, como todos nós sabemos, é nordestino de Pernambuco.
O paulista de Taubaté Monteiro Lobato dizia que "Quem Lê Mais sabe Mais". E dizia também : "Um paós se faz com homens e livros".
Uma ou duas vezes eu lembrei ao ex ministro Juca Ferreira, da Cultura, que o alagoano Color de Mello, foi não foi, saía por aí com um livro debaixo do braço. Cheguei ao ponto de lohe dizer que sugerisse ao Lula que fizesse o mesmo, mesmo não gostando de ler. E cheguei até a sugerir que ele dissesse a Lula que saísse com um ou outro livro do potiguar estudioso da cultura popular, o mais importante até hoje deste país, Luís da Câmara Cascudo. A verdade é que eu nunca vi o Lula fotografado com um livro na mão. Uma pena, não é?
Luís Ignácio Lula da Silva é, dentre todos os ex presidentes da República, o mais abordado como personagem da nossa literatura de Cordel. Voltarei ao assunto.

GILMAR MENDES

E o Gilmar Mendes, Hein? Gilmar continua empobrecendo o Supremo Tribunal Federal, STF. Agora Há pouco, ele voltou a atacar a imprensa, nominando a Tevê Globo e o Jornal Folha de S.Paulo. Uma pena, não é? Em qualquer lugar do mundo a imprensa é importante. Gilmar recebeu nos últimos meses uma dúzia de pedidos de impeachment, pedidos pela sociedade civil. O último foi do Mestre Cavalhosa. Não está na hora de o Senado atender o clamor social? Sei lá, são quase 250 deputados e senadores na mira da operação LavaJato. E por falar na LavaJato, Gilmar acaba de detonar mais uma vez o juiz Sérgio Moro. Gilmar é um horror, é do tamanho de uma coisinha de nada.


segunda-feira, 9 de abril de 2018

E AGORA?



Cristovam Buarque, senador, ex-ministro de Lula e ex-reitor na UNB: "Não fui eu que mudei, foi a esquerda que envelheceu..."

Como repórter da Folha, eu cobri várias greves. No ABC, inclusive. Foi lá que conheci o Lula. Eu, Lula e o colega jornalista Ricardo Kotscho varamos a madrugada que resultou na chegada de um interventor ao Sindicato dos Metalúrgicos. Naquela época eu fumava muito, o Lula o o Kotscho também, não havia um nervosismo propriamente dito. Era uma situação esquisita, estranha, forte, lamentável que o Governo toma as rédias de uma entidade de trabalhadores. Neste blog já escrevi a respeito daquela madrugada http://assisangelo.blogspot.com.br/2012/01/lula-da-no-em-pingo-dagua.html
Como todo mundo sabe, eu sou nordestino da Paraíba.
Como todo mundo sabe, Lula é nordestino de Pernambuco.
Fazer e discutir política é importante em qualquer lugar do mundo, pois o analfabetismo político é uma desgraça já dizia Brecht (1898-1956).
Lula nunca foi brinquedo, não.
Num de seus livros, o jornalista José Nêumanne conta que Lula passou a perna "até m Golbery" que vou ministro do governo militar. Essa passagem, aliás, me faz lembrar o que escreveu em sua autobiografia Napoleão Bonaparte:  D. João VI foi a única pessoa que passou a perna em mim, mais ou menos isso.
O Brasil é um país incrível! Lula é preso e o Corinthians, seu time de coração, ganha o Campeonato Paulista enquanto parte da torcida palmerense bota pra quebrar, literalmente, na estação Barra Funda de São Paulo. E agora?



domingo, 8 de abril de 2018

LULA PT SAUDAÇÕES

O ex-presidente do sindicato dos metalúrgicos e da República vg Lula vg foi preso ontem 7 em São Paulo e hoje já cumpre pena numa cadeia do Paraná pt
Era desse modo, usando vg (vírgula) e pt (ponto) que mandávamos e recebíamos telegramas através da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT).
Lula, quando surgiu no cenário nacional, incendiou o Brasil prometendo aos brasileiros mais simples uma vida melhor. Lula foi fundador  e o primeiro presidente do partido dos trabalhadores PT.
O PT foi fundado num dos bairros mais chiques de São Paulo, Higienópolis.
Lula prometeu mundos e fundos e plantou fundo a esperança no coração do povo. Mas aos poucos o partido foi tomando rumo diferente do que prometia o seu presidente. E transformou-se no que se vê hoje: um partido igual a tantos outros.
No Brasil, hoje, há 35 partidos legalmente criados e aceitos como tal pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A semana que terminou ontem 7, deixa surpresas e ensinamentos. E uma incógnita: Lula e o PT acabaram?
Viva o Brasil!

quinta-feira, 5 de abril de 2018

O JOGO CONTINUA

A sessão histórica do STF iniciada ontem 4, pouco depois das 14 horas e finda no começo da madrugada de hoje, eu acompanhei passo a passo. Nos primeiros 20 minutos do voto de Rosa Weber eu já sabia que o seu resultado seria contra o pedido de habeas corpus a favor de Lula.
No post anterior eu disse que o brasileiro está mais afinado com a política do que com o futebol; que para o povo é mais fácil identificar o nome dos 11 juízes do que os nomes dos 11 jogadores da Seleção do Tite. E aqui me vem a imagem de uma partida em disputa com os titulares do STF. A sessão-jogo de ontem poderia ser narrada dessa forma:
O técnico, uma mulher (Carmem Lúcia) faz preleção e dá início ao jogo, cujo campo é o plenário do Tribunal. A bola fica com o capitão do time, Fachin, que depois de bons dribles termina perdendo para Gilmar, que entra de sola e comete um monte de falhas, impedimentos etc. Num lance rápido, Moraes toma a bola, faz algumas firulas, mata no peito e passa prá o seu colega Barroso. Barroso brinca com a bola, faz embaixadinhas, mata no peito, a torcida vibra e com a firmeza de um Pelé passa a pelota para Rosa. Rosa cabeceia, brinca com a bola, faz que vai mas não vai e por fim, num chute inesperado, objetivo e bonito, marca um admirável gol. A surpresa é geral. A torcida do time 1 entra em delírio. Os craques do time 2 fazem gols seguidos, empatando com o time 1. Pelas regras do jogo, o técnico fica com a bola em ponto de pênalti e chuta certeiro. Resultado no Placar: 6 a 5.
Tudo está indo muito rápido, tanto que há poucas horas, Lula (troféu do jogo) tem a prisão decretada pelo juiz de Curitiba, Sérgio Moro. 
O jogo continua.




GILMAR MENDES

Eu gostaria de saber as razões que tem levado o juiz Gilmar Mendes com tanta frequência a Portugal. Ele está sempre lá. Outro dia ele chamou um brasileiro de palhaço ao ser por ele fotografado nas ruas de Lisboa em outra ocasião mandou um repórter enfiar na bunda a pergunta que lhe fizera sobre quem estava pagando suas despesas na Terra de Camões. Gilmar é uma vergonha brasileira. De 2016  para cá ele já foi alvo de 8 pedidos de impeachment, mas o Senado não deu bola a esses pedidos.

quarta-feira, 4 de abril de 2018

POVO TROCA FUTEBOL POR POLÍTICA

Ouço por aí que o Brasil tá lascado, que para ele não tem futuro, que tudo continua na mesma e só há a violência, a fome e o desespero.
Na verdade há uma onda de pessimismo tomando conta do país, ou de parte do país.
O Brasil estás mudando sim. Um monte de bandidos do colarinho branco está a contra gosto trocando suas mansões por prisões e devolvendo à força da justiça pelo menos parte do que subtraíram do erário público e tem muito, muito mais ainda a cair nas garras da Lei. E nem vou citá-los, pois os jornais do dia a dia já o fazem.
Nas cadeias do Brasil inteiro há quase 800 mil homens e mulheres presos, 41% deles sem acusação formal.
Juízes do STF estão decidindo se aceitam ou não o pedido de Habeas Corpus para o ex presidente Lula esperar em liberdade até a última instância; ele já foi condenado em duas e corre o risco, agora, de ter seus movimentos tolhidos pela justiça.
O Tribunal iniciou a sessão pouco depois das 14 horas. Cinco juízes já votaram: Fachin, Gilmar que antecipou seu voto e voltou voando a Portugal para cumprir agenda pessoal, Moraes, que deu voto técnico tinindo; Barroso, que falou uma linguagem bem próxima à compreensão comum, popular e Rosa Weber, que contrariou alguns de seus pares, como Marco Aurélio, por votar contra o pedido a favor de Lula.
O Brasil está mudando, sim.
Hoje é mais fácil os brasileiros saberem de cor os nomes dos juízes do STF do que dos jogadores que integram a seleção de Tite.
Estamos a pouco mais de dois mneses do início da Copa do Mundo na Rússia e não se fala disso nos botecos, nos restaurantes, nas praças como costumava-se falar, e isso é um bom sinal. É salutar, sim, trocar a discussão em torno de futebol pela política.
O teatrólogo pernambucano Nelson Rodrigues dizia que Futebol é o ópio do povo. Essa máxima pode ser trocada, e para melhor: política é prato para ser digerido cada vez mais. Aliás, o teatrólogo alemão, Bertold Brecht,  dizia que analfabeto político é todo aquele que rejeita a discussão sobre o cotidiano.

REI DOS FUROS

O amigo jornalista José Antonio Severo, gaúcho dos bons, veio tomar uma cerveja comigo no último fim de semana. Severo tem deixado marcas na imprensa, ele foi repórter da extinta Revista Realidade e um dos editores do extinto diário Gazeta Mercantil. Foi também o criador do Jornal da Globo e hoje e participa de um Portal na Internet e foi não foi está dando furo. Há poucos dias todo mundo tomou conhecimento da pretensão de Temer candidatar-se à presidência, furo do Severo, autor de vários livros. Seu mais novo livro, Senhores da Guerra, em dois volumes, inspirou o cineasta Tabajara Ruas. O filme foi lançado ano passado. É um épico.



segunda-feira, 2 de abril de 2018

O QUÊ TEM A VER CARINHO COM TERREMOTO?

Pessoas extremamente sensíveis anunciam que sentiram abalos sísmicos em São Paulo, Brasilia, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e não sei mais aonde. Meio cético, fiquei na minha. Mas não é que nesse meio tempo em que se mostra aguçado o meu ceticismo o telefone toca e na linha ouço o economista Rômulo Nóbrega, autor do belíssimo livro sobre o compositor Rosil Cavalcanti, a perguntar se eu estou bem? Ora, ora, estou bem, sim. Na verdade eu pensei que esse abalo tinha sido provocado antecipadamente pela tropa petista e figuras incendiárias do congresso nacional. Bom, meu coração continua batendo no ritmo do samba. Bim, bão, carinhosamente a dizer que estou bem. 



LULA LÁ

E por falar na tropa petista, acabo de lembrar de uma coisinha. Essa coisinha é o slogan "Lula la", de autoria de uma das pessoas mais bonitas que eu já conheci, Carlito Maia. Esse slogan chegou às mãos do potiguar meu amigo Hilton Acioli ali pelos começos de 1989 e virou um clássico popular, por que não? Pois é, Hilton gerou uma hora prima com o slogan de Maia que era publicitário. O arranjo é do mineiro Wagner Tizzo, Hilton recebeu uma merrequinha de nada pelo que fez. Hilton não é petista e é o mais frequente parceiro do paraibano Geraldo Vandré. Detalhe: no dia 3 de junho de 1989 o jornal Folha de SP, na coluna Painel, dizia que Hilton era o autor de Disparada junto com Vandré. Mentira o co-autor dessa música é o carioca Théo de Barros. 

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