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sábado, 18 de abril de 2020

100 ANOS DE EMÍLIA, A BONECA!

Brincalhona, saltitante, provocadora, sem noção...daquelas figurinhas totalmente fora do eixo politicamente incorreta. Pois bem, essa personagem habita o imaginário popular há 100 anos. Chama-se Emília.
Emília nasceu da imaginação do paulista Monteiro Lobato. É uma boneca muito vaidosa e presente nas rodas dos moradores do Sítio do Pica pau Amarelo.
Emília é incrível. Tão fora de ordem que um dia o seu criador disse que sobre ela havia perdido completamente o controle. Quando estou escrevendo, contou Lobato, "ela pula nos meus dedos e faz o que quer".
Foi e 1920 que Emília apareceu pela primeira vez em livro. Título: A Menina do Narizinho Arrebitado.
A história de Monteiro Lobato é uma história incrível. Seu primeiro livro, Urupês, teve a primeira edição lançada em 1918. É nesse livro que o personagem Jeca Tatu dá as caras pela primeira vez.
Leiam:

http://assisangelo.blogspot.com/search?q=jeca+tatu

Moenteiro Lobato era declaradamente um nacionalista extremado, Getúlio Vargas, também. Por que então, Getúlio mandou prender Lobato em 1941?
Lobato foi o criador de uma campanha nacional pelo Petróleo. Até escreveu um livro a respeito: O Poço do Visconde, lançado em 1937. Nesse ano, não podemos esquecer, Vargas eu o golpe sobre o golpe que se chamou Estado Novo. Vio-len-tís-si-mo. Mas essa é outra história...
Monteiro Lobato é o pai da literatura infantil no Brasil. deixou uma obra fantástica, Hoje, em domínio público.
Foi no dia 18 de abril de 1882 que nasceu, em Taubaté, SP, José Bento Renato Monteiro Lobato.
Antes de o amigo leitor acessar a única entrevista de Lobato que restou gravada, confira o que ele poeticamente achava da vida:

– A vida, senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem pára de piscar chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme e acorda, dorme e acorda, até que dorme e não acorda mais [...]
A vida das gentes neste mundo, senhor Sabugo, é isso. Um rosário de piscados. Cada pisco é um dia. Pisca e mama, pisca e brinca, pisca e estuda, pisca e ama, pisca e cria filhos, pisca e geme os reumatismos, e por fim pisca pela última vez e morre.
– E depois que morre?, perguntou o Visconde.
– Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?


Acompanhe abaixo a única entrevista que ficou gravada para a posteridade.



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