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terça-feira, 19 de setembro de 2023
CRIAÇÃO LIMITADA
segunda-feira, 18 de setembro de 2023
O QUE COMEMORAR NO DIA DA TV?
LEIA MAIS: NAS ONDAS DO RÁDIO (1) • TV 60 ANOS: HÁ RAZÂO PARA COMEMORAÇÃO? • E DEPOIS DA INTERNET, HEIN?
sábado, 16 de setembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (43)
O sexo é uma obviedade latente e indiscutível. Está em todos nós, em todos os animais. Como animais somos esquisitos, ignorantes, hipócritas principalmente.
O assunto é longo, histórico e polêmico.
Muito já se falou e ainda se falará a respeito de sexo, erotismo e coisa e tal.
Ouço desde sempre que a profissão mais antiga do mundo é a de prostituta.
Muita loucura já foi feita por sexo e em torno do sexo. Isso tem a ver com namoro, casamento, infidelidade e tudo mais que existe no mundo real e no mundo da fantasia envolvendo mulher com homem, mulher com mulher, homem com homem e variantes identificadas na sigla LGBTQIAPN+.
Tudo isso se acha nas Escrituras Sagradas. É só ler.As religiões já nem discutem a questão: proíbem.
A Igreja Católica sequer aceita a união estável entre pessoas do mesmo sexo.
Grandes poetas e romancistas do Brasil e de todo canto têm se debruçado sobre tão instigante tema. Destaque para Gregório de Matos, Olavo Bilac, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Hilda Hilst, Adelaide Carraro, Cassandra Rios, Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, Nelson Rodrigues; Pietro Aretino, Oscar Wilde, Henry Miller, Jean Genet, Anaïs Nin, Boccaccio, Sade, Masoch...
E não só esses e outros autores que falam explicitamente de sexo. Há autores, como José Saramago que aqui e acolá encontram tempo pessoal e espaço na sua obra para densa ou levemente desenvolver o assunto. No caso de Saramago considero inadiável a leitura do seu envolvente e fustigante Caim.
Não é só em livros de autores consagrados que o sexo e suas variantes são tão frequentemente abordados, discutidos, polarizados, polemizados.
Até aqui abordamos o sexo nas suas diversas facetas. No escracho, no implícito e no explícito, por aí.
Os folhetos de cordel são pródigos na questão sexo que envolve tudo, inclusive infidelidade. Exemplos: Dicionário dos Cornos, O Encontro de Falcão com um ET Corno, A Desventura de um Corno Ganancioso, A diferença entre o Corno Rico e o Corno Pobre, Relação dos Cornos Brasileiros.
O sexo também se acha, e já falamos disso, nas revistas de quadrinhos como as que fazia o famoso Carlos Zéfiro.
De modo natural e implícito cantoras e bailarinas fazem o diabo nos palcos, nas TVs e nos ambientes da Internet.O diretor e ator Celso Martinez Corrêa fez estátuas corarem com suas diabruras nos teatros da vida.
Pois é, a coisa é antiga.
Dizem que Cleópatra traía seus machos a torto e a direito. Essa foi a forma que ela encontrou para completar-se no panteão do Poder de seu tempo.
A história registra loucuras ditas e praticadas por Calígula e tantos outros doidos.
No Egito, na Pérsia, na Síria, na Grécia e Roma Antigas cultivavam-se o falo como símbolo da força masculina e da natureza. Pois é, já naquele tempo a mulher ficava em segundo plano. Voltaremos ao assunto.
Bom, macho é o cavalo-marinho que pare.
sexta-feira, 15 de setembro de 2023
EU E MEUS BOTÕES (67)
Bom dia pessoal, eu disse. O dia ontem foi quente em Brasília. Aqui em São Paulo fez calor e fez frio. No fim de semana vai dar praia.
"Hmmm, que conversa!", estranhou Zóião. Biu completou: "Acho que o chefe está provocando. Vem ele aí com essa conversa mole somente para nos testar".
Eu ri.
Barrica: "Ontem houve notícia de tudo quanto é canto, de Brasília principalmente. Tudo coisa ruim. Em Minas a polícia pegou mandantes de um crime horroroso ocorrido há 19 anos. Estavam soltos". E Biu: "No Rio a criancinha de 3 anos que levou um tiro continua em estado grave".
Zé e Mané, sabe-se lá por quê, não tiravam os olhos de Lampa que, indiferente, danava-se a cutucar as unhas com seu estimado punhalzinho. Mané: "Pois é, no Rio a polícia continua matando. É como se fosse o nordeste de Lampião. Mata-se a torto e a direito".
Jão que a tudo observava, abriu a boca pra dizer que a coisa tá ficando feia pra Bolsonaro. "Ele foi operado e passa bem", disse Mané. "Passa mal, isso sim!", emendou depressa Barrica.
Do seu canto, Zilidoro pediu a palavra pra dizer que "Não é à toa que o cara passa mal, pois se acha em maus lençóis. Ontem o seu ex-ajudante de ordem...".
"Mauro Cid! Mauro Cid!", intrometeu-se Jão. "Pois é, como se não bastasse, esse Cid tão falado abriu o bico pra dizer que ele mesmo foi quem entregou 25.000 dólares nas mãos do seu chefe. E muito mais ainda vai dizer, como seu pai. O Maurão está dizendo à boca pequena que vai remover montanhas, se preciso, pra apresentar provas contra o ex-chefe do filho", completou Zilidoro.
Muito bem, pessoal! Mas pelo jeito vocês não estão sabendo de nada que aconteceu no STF.
"Não senhor, está enganado! Eu acompanhei tudo, tim-tim por tim-tim", protestou Zilidoro passando a mão no rosto e pedindo licença pra tomar um gole d'água. "Eu também, eu também acompanhei tudo!", disseram todos quase ao mesmo tempo.
Sorri.
E já que todos acompanharam tudo no STF...
"O assunto é de grande importância para nós todos", recomeçou Zilidoro. Biu acrescentou: "Pareceu simplesmente um espetáculo a sessão de ontem e anteontem no STF. Teve até uma advogada que chorou por não terem lhe jogado um tapete vermelho para pisar".
Encerrando nosso papo, Zilidoro pediu licença pra enaltecer o "Dr. Google": "Um advogado, no plenário do STF, confundiu O Pequeno Príncipe de Saint-Exupéry com O Príncipe de Maquiavel. Essa coisa louca ele tirou do Google. Pode? É muita burrice ou não é?".
Inesperadamente, Lampa se levantou olhando pra todo mundo. Batendo palmas, disse: "A burrice também se acha entre os doutores".
Isso foi o suficiente pra o Zilidoro dizer, meio irônico: "Opa! Temos um filósofo aqui!".
quinta-feira, 14 de setembro de 2023
BRASILEIROS DÃO ADEUS AO BRASIL
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Assis e Carmélia |
quarta-feira, 13 de setembro de 2023
FUGITIVO É PEGO NO DIA DA CACHAÇA
terça-feira, 12 de setembro de 2023
VANDRÉ PERTO DOS 100
LEIA MAIS: CANTOS INTERMEDIÁRIOS DO VANDRÉ • Porta estandarte, a primeira vitória de Vandré (5/6/1966) • VANDRÉ EM ENTREVISTA NA BANDEIRANTES • HOJE É DIA DE VANDRÉ, VIVA VANDRÉ!
FUGITIVO É COMPARADO AO CAPETA
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Fausto em Alcatraz |
segunda-feira, 11 de setembro de 2023
BANDIDO BRASILEIRO DÁ DOR DE CABEÇA NOS EUA
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sábado, 9 de setembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (43)
Paulistano do bairro do Brás, da safra de 43, Drauzio Varella estudou na Universidade de São Paulo e lá formou-se em Medicina especializando-se em Oncologia, mas foi combatendo a AIDS entre os presos do Carandiru que ficou nacionalmente conhecido.
Seu trabalho voluntário na Casa de Detenção findou por gerar o livro Estação Carandiru, que virou filme.
E foi para o Carandiru que o Dr. Drauzio Varella levou o Vira Lata, personagem criado pelo roteirista Paulo Garfunkel, Magrão e transposto para a revista desenhada pelo quadrinista Líbero.
Eu pedi e Drauzio não se negou a dar um depoimento sobre a importância do Vira Lata entre os presos. Aproveita pra dizer como conheceu Magrão e Líbero. Leia, vale a pena:
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“Eu conheci o Paulo Garfunkel, o Magrão, através da minha mulher, Regina Braga, que fez uma peça com ele e o Jean Garfunkel, irmão do Magrão. E aí o Vira-Lata caiu nas minhas mãos um dia, era o primeiro número e eu achei muito interessante. Gostei muito do personagem e das ilustrações feitas pelo Líbero Malavoglia. E aí, um dia na cadeia, eu estava no Carandiru nessa época, eu levei uns folhetos de um Congresso Internacional de AIDS e distribui a cadeia. Era bonito, sabe? Um papel de ótima qualidade. Daí conversei com o pessoal da faxina e disse, “como é que o esses folhetos são recebidos aí?” Um deles falou: “ah, doutor... os folhetos são bonitos, mas o pessoal dá uma olhadinha e joga no lixo.
Bom, não é assim que a gente vai atingir essas pessoas. Então, lembrei do Vira-Lata e pensei: quem sabe um gibi? Porque eu via “eles” lendo gibis, especialmente naquelas celas coletivas, naquelas celas do “Amarelo”, por exemplo, para onde iam os marcados para morrer, via o pessoal lendo histórias em quadrinhos. “Pô” quem sabe, essa não é a linguagem pra atingir esse alvo, né? E aí conversei com o Magrão: por que que a gente não faz o Vira-Lata adaptado para a situação de cadeia? Ele gostou muito e conversou com o Líbero e já começou a pensar nas histórias, e a gente definiu quais eram as características principais do herói: ele não usava droga injetável de jeito nenhum, porque na época a cocaína injetável era muito usada nas cadeias e era a principal forma de transmissão do HIV e das hepatites. Segundo lugar, ele era um ex-presidiário, tinha cumprido pena no Carandiru, no passado. De tempos em tempos ele voltava à cadeia para visitar velhos amigos e alguns desses amigos contavam um problema que estavam tendo na rua. E o Vira-Lata saía então, para ajudá-los a resolver esse problema. E aí ele se envolvia em aventuras que tinham basicamente violência e sexo. Só que, e isso era uma característica fundamental do personagem, é que ele não fazia sexo sem preservativo. E na época, o que a gente queria falar na cadeia era exatamente isso, divulgar o preservativo, como parte da vida sexual. E os desenhos eram muito bem-feitos, era um gibi de cenas eróticas fortes.Eu, quando era menino, tinha um gibi, que era feito pelo pelo Carlos Zéfiro que tinha histórias de sexo, era um Gibi de sacanagem, os “catecismos”. E dizem que o Carlos Zéfiro foi o grande educador sexual dos anos 50 e 60. E o Líbero era um desenhista, lógico, mais preparado do que o Carlos Zéfiro, e as cenas do Vira-Lata eram muito bem desenhadas com uma ilustração ótima. Ele ficou muito conhecido na cadeia, né(?), porque foram criados 7 números. A gente distribuía, à noite de cela em cela, juntava um bando de amigos íamos pra a Detenção e fazíamos a distribuição. A cadeia era muito grande tinha mais de 7.000 presos. A gente distribuía o Vira-Lata e imediatamente eles começavam a ler. Eu acho que esse tipo de personagem que foi popular lá no antigo Carandiru, seria popular hoje também nas outras cadeias. Lógico que teria que ser adaptado para os problemas atuais. Hoje droga na veia não é mais problema nas nossas cadeias. Mas o sexo sem preservativo é, então, se nós conseguíssemos adaptar para a situação atual, porque, afinal, já se passaram aí 30 anos, né(?). Mas eu acho que esse personagem poderia fazer sucesso entre a população carcerária se fosse distribuído pelos presídios todos. Eu fico muito feliz de ter participado do Vira-Lata, com toda historia escrita pelo Paulo Garfunkel, o Magrão e o Líbero Malavoglia fazia aqueles desenhos maravilhosos”.
sexta-feira, 8 de setembro de 2023
VIVA A LITERATURA DE CORDEL!
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quinta-feira, 7 de setembro de 2023
INTELIGÊNCIA PERIGOSA
Sem rumo ou rédeas, poderosos e idiotas de má índole estão cada vez mais ousados e complicando a nossa vivência neste mundo velho sem porteira. Isso e muito mais o que ora por aí ocorre.
Os crimes e criminosos se multiplicam em piscar d'olhos.
O mundo, este mundinho, já virou um inferno pra lá de Dante.
Este mundinho infernal a que me refiro existe há mais de bilhão de anos e o homem há uns 300 mil anos.
Não aprendemos nada e nos transformamos em seres inimaginavelmente terríveis, raivosos, violentos, criminosos, assassinos de nós mesmos.
A modernagem chegou com a Era Industrial e foi se modernizando, se modernizando, se modernizando e cá estamos num beco explosivo, sem saída.
E chegou a Internet e com ela fomos nos metamorfoseando.
Agora, como se não bastasse, chegamos à catastrófica era da "inteligência artificial". Um horror!
Hoje 7 na Folha ouvi notícia dando conta de que estão tentando destruir a bela imagem do nosso grande Drauzio Varella. Estão imitando até a sua voz e distorcendo seus textos, frases, com o intuito de transformá-lo em garoto propaganda para vender remédios a incautos portadores de tudo quanto é doença.
O paulistano Drauzio Varella é um dos médicos mais respeitados do Brasil. Tem dedicado a vida pelo bem do próximo. Tem sido assim há mais de meio século. E garante, com todas as letras, que "jamais faria propaganda de medicamentos".
Eu conheci o Dr. Drauzio Varella quando fui convidado pelo SESC para mediar um debate sobre a vida e obra do Dr. Paulo Emílio Vanzolini, pra todos que gostam de boa música Paulo Vanzolini, simplesmente. Foi na unidade Pinheiros, há uns dez anos. Na mesa o compositor, cantor e violinista Eduardo Gudin, o produtor de TV Fernando Faro, o próprio Paulo e Drauzio Varella. Por que Drauzio?
O Dr. Drauzio Varella foi aluno de Paulo Vanzolini na Faculdade de Medicina da USP.
No samba Volta por Cima, o autor Paulo Vanzolini ressalta que "Um homem de moral/Não fica no chão...".
Pois é: o Dr. Drauzio Varella é um homem de moral, um brasileiro que nos orgulha sob qualquer aspecto. E fiquemos de olho nessa tal de inteligência artificial.
terça-feira, 5 de setembro de 2023
UM DIA TODO PARA PENSAR NA AMAZÔNIA
LEIA MAIS: O GOVERNO CORRE PRA TRÁS • YANOMAMI: UMA TRAGÉDIA PROGRAMADA • DEU MICO!
segunda-feira, 4 de setembro de 2023
VANDRÉ AGORA EM HEBRAICO
Caminhando, na visão do cartunista Fausto |
domingo, 3 de setembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (42)
ASSIS ANGELO: Foi namoro e paixão à primeira vista que você teve pelo personagem Vira Lata ao ler o roteiro do Magrão?
LÍBERO MALAVOGLIA: Não foi amor à primeira vista, não. Quando li as primeiras cenas, achei que tinha muito sangue correndo e que talvez não fosse pra mim esse trabalho. Só
depois, quando tentei fazer é que vi que eu podia sim, representar uma violência real da nossa sociedade. O sangue correu como a tinta. Sou grato por ter sido convidado pelo Magrão para essa co-criação aventureira, erótica e jornalisticamente denunciante de realidades fortes, e por ter conhecido o Carandirú.
ASSIS: Conte do mergulho que você deu para trazer à tona, para o nosso imaginário, esse tão fustigante personagem.
LÍBERO: Eu queria muito fazer quadrinhos. Era o que eu mais conhecia. Minhas influências eram bem variadas, super-heróis, piratas rebeldes do Pacífico, samurais, muito cinema… muita fantasia. Aí conheci o Magrão e seu personagem trazendo minha arte para toda uma temática social de desigualdade, racismo, injustiça e maldade que existe aqui, no Brasil, bem à nossa volta (Um pouco antes havia ocorrido os massacres da Candelária no Rio e o do Carandirú em São Paulo). Tudo isso era temperado com muito, mas muito mesmo, erotismo e tinha ao fundo um universo mágico-espiritual e misterioso que falava de nossas raízes. Uma oportunidade! Esse mergulho me levou a conhecer depois, uma realidade social fortíssima; a vida dentro de uma penitenciária e também a viajar dentro da minha imaginação e aí sim, me apaixonei pelo filhote.
ASSIS: Dá pra comparar o Vira Lata com outros personagens de histórias em quadrinhos do Brasil ou de fora do Brasil?
LÍBERO: Acho que ele é uma mistura de Corto Maltese, Lobo Solitário e Batman, mas
não qualquer Batman (que agora tem uma infinidade deles), o Batman “Ano Um“, Miller e Mazzuchelli que ainda é o mais real, noturno e mais “ justiceiro fora da lei“ (estou falando de quadrinhos). No Brasil, talvez algum cangaceiro do Flávio Colin, não sei.
ASSIS: Na sua visão, quem são os maiores roteiristas e quadrinistas do nosso País? Estamos com saudade do Vira Lata…
LÍBERO: Li tanta HQ de fora que sou obrigado a dizer que talvez eu não conheça tão bem a produção nacional, mas acho o Colin importante com seu traço único e temas nossos. Falando de traço, tem essa tradição do humor. J. Carlos, Jaguar, Ziraldo … e claro, Los 3 amigos, Glauco, Angeli e a Laerte genial. Sei também de uma grande produção alternativa que a internet possibilitou nos últimos anos para muitos autores, muitos vindos de comunidades e isso é muito bom. E tem o João Pinheiro, muito bom!
SAIBA MAIS:
sábado, 2 de setembro de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (41)
Eu costumo dizer que o Brasil é rico em tudo: no ar, terra e mar.
Nossas tempestades são grandes e não provocam danos tão catastróficos como frequentemente ocorre em outros ares.
Na nossa terra, de milhões de quilômetros quadrados, tem de tudo e mais um pouco. Tem água doce a granel, minérios de todos os tipos, florestas incríveis como a Amazônia e uma gente bem humorada e trabalhadora. Sem falar na fauna. Não há terremotos, nem vulcões a nos assustar. O campo movediço fica por conta dos políticos ávidos por fama e poder.
No riachinho que banha a nossa terra, o Atlântico, tem peixe bom pra valer, baleia que canta com graça e até tubarão voador, como já nos provou mestre Luiz Gê. Não há tsunamis no nosso mar que já gerou um cantor próprio: Dorival Caymmi, autor de belíssimas canções chamadas "praieiras".
Pois é, o Brasil é rico em tudo.
Foi aqui que nasceu um dos mais antenados craques do traço em quadrinhos: Líbero Malavoglia, o cara que deu estampa a um herói fora da lei batizado Vira Lata.
O Vira Lata nasceu da imaginação de Paulo Garfunkel, como já vimos.
Líbero, leitor voraz de grandes roteiristas e quadrinistas estrangeiros como Hugo Pratt e Crepax, conheceu Paulo, o Magrão, praticamente por acaso. Isso já foi dito, o que não foi dito é que o personagem de Magrão não despertou interesse imediato do quadrinista. O interesse veio depois. Líbero: "Não foi amor à primeira vista, não. Quando li as primeiras cenas, achei que tinha muito sangue correndo e que talvez não fosse pra mim esse trabalho. Só depois quando tentei fazer é que vi que eu podia sim, representar uma violência real de nossa sociedade".
No papo ping-pong que segue abaixo Líbero preenche a curiosidade dos leitores revelando, inclusive, seu amor pelos quadrinhos e a influência que recebeu de mestres estrangeiros da área que hoje ele próprio domina.
Após citar J. Carlos, Jaguar, Ziraldo, Angeli, Glauco e Laerte, Líbero confessa que não tem acompanhado passo a passo a produção dos quadrinistas nacionais.
As histórias "estreladas" pelo Vira Lata trazem momentos especiais com Tom Jobim, Luiz Gonzaga, Noel Rosa e Dorival Caymmi.
O médico paulistano Drauzio Varella tem participação interessantíssima em várias partes da história do Vira Lata.
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ASSIS ANGELO: Sabemos que você gosta muito dos traços de Hugo Pratt e do Crepax. Pergunto: em quem ou em que você se inspirou para dar cara e corpo ao Vira-Lata? Bastaram as referências do roteirista Magrão?
LÍBERO MALAVOGLIA: Salve Assis! O Pratt foi uma inspiração para além do desenho. Foi a primeira vez que os quadrinhos se mostraram pra mim como literatura. A “Balada do Mar Salgado“ é na verdade um romance aventureiro da primeira metade do século xx que poderia ter sido escrito pelo Joseph Conrad ou pelo Jack London (que inclusive aparece em uma das aventuras do Corto Maltese). Corto, o personagem principal da maioria de suas histórias é praticamente um alter ego do autor, ele mesmo um aventureiro. O curioso é que conheci esses desenhos muitos anos antes de me encantar por esse personagem, quando lia ainda criança outras histórias do Pratt no Corriere dei Piccolli, suplemento juvenil semanal do Corriere della Sera (que meu pai trazia). Essa maravilhosa revista vinha impressa em quatro, três e duas cores! Um luxo! E foi lá na verdade que me apaixonei por quadrinhos. Foi lá que conheci Hugo Pratt, Sergio Toppi…um monte de autores…e Jean Giraud, o Moebius. Pratt, Moebius e o Jack Kirby da Marvel foram minhas influências fortes. Eles me apresentavam universos inteiros desde a desobediência/rebeldia política até a psicodelia. Quando penso de onde veio a cara do Vira Lata, acho que veio desse arquétipo do rebelde que a gente vê no Corto Maltese misturado com o desejo de representar a miscigenação do povo brasileiro. O Indígena, o negro, o caboclo, tinham que estar presentes na cara e no corpo do herói. Isso já vinha do texto do Magrão, mas foi muito bom criar esse nosso “rosto”. Crepax não foi uma influência direta, mas me socorri no erotismo do Milo Manara, porque não é fácil desenhar corpos entrelaçados!
sexta-feira, 1 de setembro de 2023
DITADURA É UMA PRAGA!
(...) Libertemo-nos daquele que nos domina
Na miséria traga-nos o teu reino de justiça
E igualdade sopra como o vento a flor do precipício
Limpa como fogo o cano do meu fuzil
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Último manuscrito de Victor Jara |
UMA CANÇÃO INACABADA
O último texto poético de Victor Jara inspirou o título do livro Uma Canção Inacabada, da jornalista e dançarina Joan Alison Turner, sua viúva. Nesse livro há muita coisa desconhecida em torno do artista e fotografias inéditas. Curiosidade: uma das canções mais famosas de Jara, Te Recuerdo Amanda, foi composta em homenagem à filha. No Chile se acha a sede da Fundação Victor Jara criada por Joan, hoje com 96 anos de idade.
quarta-feira, 30 de agosto de 2023
O PAÍS DOS ESQUECIDOS
terça-feira, 29 de agosto de 2023
O DESCARTÁVEL COMO VALOR
Já faz tempo, muito tempo, que a sociedade vive consigo terrível conflito. Esse conflito, que podemos pluralizar data de tempos imemoriais. Deve ter começado quando o bicho macaco desceu das árvores e virou o tal "Homo Sapiens".
No começo de tudo, há coisa de 300 mil anos, o tal sapiens teve um relampejo de saber e passou a fazer troca-troca com seus pares. Não havia dinheiro. Trocava-se isso por aquilo, enchia-se do que comia e partia para o descanso. Pois, pois.
E aí inventaram-se problemas para uns afunhenharem outros. A isso deu-se o nome de capitalismo.
Marx tentou pôr as coisas nos trilhos, mas o que conseguiu foi piorar a situação. O mesmo fez Freud.
Pois é, a sociedade vive momentos periclitantes.
Construímos e vivemos uma sociedade sem futuro, pelo menos no tocante à alegria de viver espontaneamente para o bem de todos.
Tudo anda no caminho do descartável.
Os valores sociais estão completamente invertidos.
As artes cada vez mais perdem adeptos e admiradores reais.
A cultura popular, por exemplo, perde terreno para a banalidade.
Não à toa que o criminoso de guerra Goebbels dizia que quanto mais uma mentira fosse repetida, mais se tornaria verdadeira. E aí danou-se a perseguir escritores e artistas e a queimar em praça pública quadros e livros aos montes.
O passado se repete, com a ignorância ganhando contornos inimagináveis.
Celebridades se criam da noite para o dia.
Os ditos rítmos musicais se repetem à exaustão, emburrecendo quem nessa onda se mete.
Pergunto ao amigo leitor se ainda saberia distinguir uma bela voz de uma péssima voz. Mais: se ainda saberia distinguir um poema ou letra musical de boa qualidade ou de má qualidade.
Esse arrodeio todo faço para lembrar que grandes artistas se fazem com muito trabalho, muito estudo, perseverança e talento. Exemplo?
Enquanto eu dava ponto final ao texto sobre o sepultamento do cantor Carlos Gonzaga, no final da tarde de ontem 28 morria de uma parada cardíaca a cantora carioca Lana Bittencourt. Nos jornais de hoje 29, aqui e ali uma notinha dizia que ela havia morrido.
Dizer mais o quê, hein?
segunda-feira, 28 de agosto de 2023
CARLOS GONZAGA DÁ ADEUS NA ITÁLIA
Foi sepultado hoje 28 de manhã num cemitério da Itália o corpo do cantor mineiro Carlos Gonzaga, um dos poinoneiros do rock no Brasil.
Carlos Gonzaga, de batismo José Gonzaga Ferreira, tinha 99 anos de idade e ia completar 100 em janeiro de 2024. As causas de sua morte não foram reveladas pela família.
Carlos Gonzaga muito cedo trocou a cidade onde nasceu, Paraisópolis, pelo Rio de Janeiro e depois por São Paulo. Começou a carreira cantando sambas, calipsos, guaranias e outros gêneros musicais. Sua primeira gravação foi feita em 1955, num estúdio da extinta RCA Victor, no Rio. As músicas foram Anahí, de Osvaldo Sosa Cordero e José Fortuna; e Perdão de Nossa Senhora, de Teddy Vieira e Palmeira.
José Fortuna foi um dos bons compositores de São Paulo, invencionista muito respeitado.
Teddy Vieira e Palmeira compuseram muitas músicas em parcerias. Ambos foram executivos da extinta Continental.
Eu conheci Carlos Gonzaga no programa Jô Soares, em 1990. Na ocasião eu estava lançando o livro Eu Vou Contar Pra Vocês, sobre Luiz Gonzaga (prefácio de Dominguinhos). Na ocasião eu estava acompanhado da cantora Anastácia.
O sucesso pra valer bateu à porta de Carlos Gonzaga somente em 1958, quando gravou a versão de Diana (Paul Anka) feita por Fredy Jorge, que também conheci de perto ali pelo começo dos anos de 1980. Era poeta e diretor por longo tempo da extinta gravadora CBS, em São Paulo.
domingo, 27 de agosto de 2023
O FAMOSO... QUEM?
A velha frase de autoria desconhecida "quanto pior melhor" continua valendo. A constatação disso é fácil: basta um clique numa plataforma qualquer. E pronto!
É comum, mais do que comum, ouvir de outrem a pergunta sobre a morte de alguém que provoca celeuma: quem foi o famoso que morreu?
Isso me lembra dos falados 15 minutos de glória aludidos pelo mago da comunicação Andy Warhol.
Não era pra tanto, mas confesso que mais uma vez fui pego de calças curtas pela repercussão tsunâmica da morte de um cara famoso na periferia carioca pelas letras que punha numa coisa ritmada chamada de "funk". Esse cara, MC Marcinho, ocupou não sei quanto tempo as emissoras de rádio do Rio. Suas letras, ricas em baixarias, fizeram a cabeça de cantoras como não sei lá Popozuda. Há até quem o chamasse de "Príncipe do Funk" ou "Poeta do Funk".
Gilberto Gil, cantor, compositor e ocupante de uma das cadeiras dos "imortais" da ABL, abriu a boca pra dizer com todas as letras Marcinho "marcou várias gerações".
O governador do Rio de Janeiro disse que o funkeiro foi o "cara" que mais contribuíu para o sucesso do rítmo nas plagas cariocas. Chegou a apontar que o funk nasceu no Rio.
O funk tem suas origens num ano qualquer da década de 1960, no Sul dos EUA.
Um dos principais artífices do funk foi James Brown.
Pois é, depois de ouvir o vice-presidente da República tecer loas sobre o funk chego à conclusão de que tudo é normal nessa vida de anormalidades.
Esse Marcinho, de batismo Márcio André Nepomuceno Garcia, morreu ontem sábado 26 aos 45 anos de idade. Era de Duque de Caxias, RJ.
O Jornal Nacional encerrou sua edição de sábado com a redação em silêncio.
O Jornal da TV Cultura encerrou sua edição de sábado com o MC cantando um de seus sucessos. E por aí seguiu a repercussão da morte do artista.
A morte faz parte da vida e vice-versa. Claro, como tal os mortos carecem da nossa atenção e respeito independentemente do sexo, cor, religião, posição política ou social. A questão aqui é: funk é arte?
sábado, 26 de agosto de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (40)
ASSIS: Conte um pouco da história do Vira Lata. Ele surgiu exatamente quando e por que se encontra hoje fora do mercado?
MAGRÃO: Um dia lá pelo final da década de 1980, um amigo meu pianista me contou que na adolescência, uma moça transou com alguns rapazes do bairro e engravidou sem saber quem era o pai. Quando nasceu, o menino era a cara desse meu amigo. Eu pensei, e se o moleque fosse filho de todos? Se nascesse híbrido, como um vira-lata ou, em linguagem de veterinário, SRD - sem raça definida? Eu comecei a escrever o roteiro em 1988 e o Líbero aderiu mais ou menos um ano depois. A primeira revista foi lançada em 1991 pela editora VHD Diffusion na Bienal internacional de Quadrinhos no Rio de Janeiro e foi pras bancas.
O Doutor Drauzio Varella, a quem eu conhecia por ter trabalhado com sua esposa, Regina Braga, atriz talentosíssima, cruzou com o Vira Lata numa banca e me ligou contando sobre o projeto de redução de danos na Casa de Detenção de São Paulo, o implodido Carandiru. Lá ele notou que os caras liam muito gibi. Era dezembro de 1992, o clima estava pesado só dois meses depois do massacre que completou 30 anos em outubro do ano passado. Naquela época, a Aids era praticamente uma sentença de morte e mais de 17 por cento dos 7.700 detentos era HIV positivo, muito por conta do baque, a cocaína injetada. No calor da luta, tomando nos canos, os caras compartilhavam as seringas improvisadas com canetas bic e o vírus nadava de braçada. Nas edições da cadeia, o Vira já tinha puxado cana e estava sempre pronto a ajudar os amigos presos. O herói destruía seringas e corações femininos (sempre com camisinha). Quanto ao fato de estar recolhido, fora do mercado, temos planos e uma boa parte do roteiro escrito pra lançar uma aventura inédita. O Vira anda sumido, mas tá de butuca, sempre à espreita pronto pra dar o bote. O Brecht disse: Infeliz o povo que precisa de heróis.
ASSIS: O Vira Lata é um anti-herói, mas tem pinta de herói aqui e acolá. Você já
pensou em levá-lo à TV ou à telona? No mínimo pode dar mini série, não?
MAGRÃO: Eu já recebi algumas propostas pra longa metragem e série. Escrevi roteiros pros dois formatos. Tenho fé de que quando chegar a hora vai rolar.
ASSIS: Corajoso, destemido, o Vira Lata respeita as leis e ama tudo quanto é mulher. Será que algum dia vai se apaixonar, casar e ter filhos?
MAGRÃO: O herói não sabe, mas tem uma filha Yumi (flecha), fruto do seu primeiro amor com Tieko. O Vira se apaixona todos os dias mas casar, acho que não convém a um cão de rua.
ASSIS: Por que tanto sangue e sexo nas aventuras do Vira Lata?
MAGRÃO: Sexo porque é o bom da vida, violência porque tem muito filho da puta à solta que merece uma bela surra.
ASSIS: Aqui e ali você insere referências a nossa música popular: Tom Jobim, Luiz Gonzaga, Noel Rosa, Cartola, Zé Gonçalves, Marino Pinto... e até ponto de umbanda…
MAGRÃO: Ninguém melhor do que você, meu amigo Assis ngelo, sabe que o Brasil tem um legado imenso, um patrimônio imaterial que são as suas canções. A canção é uma crônica alada. Nas asas da melodia uma história atravessa o tempo e tem o poder de acender o pavio de uma revolução. "Vem vamos embora/ Que esperar não é saber…" (Vandré). A faísca do Vira Lata já estava expressa na estrofe de uma canção que eu fiz em
parceria com meu mano velho Jean Garfunkel quase dez anos antes de pensar em escrever o primeiro roteiro.
O coração saindo pela boca
Meio triste, meio rindo
Da desgraça pouca
Sou parceiro do destino nesta vida torta
Passageiro clandestino pra qualquer lugar
Eu tenho o sangue grosso, misturado
Meio preto, meio índio
Meio degredado
Na cabeça um sonho lindo sempre engatilhado
Sou da terra das palmeiras onde um sabiá
Tem que saber se virar
Feito vira lata, camelô
Cantador, cangaceiro
Feito brasileiro
LEIA O VIRA LATA COMPLETO:
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
FAUSTO LEVA HUMOR À PIRACICABA
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Fausto Bergocce com seu mais novo livro |
Amanhã sábado 26 será inaugurada a 50ª Edição do Salão de Humor de Piracicaba. Humoristas de todos os seguimentos, do traço ao palco, estarão presentes.
Em clima de festa de abertura do belo Salão estará lançando novo livro o craque da graça e tudo mais Fausto Bergocce. Seu novo livro, Histórias de Esquina, está fazendo o maior sucesso entre as pessoas sensíveis e inteligentes deste meu Brasil varonil.
Eu, da minha parte, só tenho a dizer que sinto-me inserido nessa festa de bom traço e humor. Enfim, assino o livro Esquinas junto com Fausto.
Né, não?
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Contracapa de Histórias de Esquina |
LEIA MAIS: FAUSTO SETENTÃO! • POR QUE NÃO COMPRAR UM FAUSTO BERGOCCE? • JOGANDO CONVERSA FORA • FAUSTO: O TURISTA APRENDIZ
quinta-feira, 24 de agosto de 2023
MAIS UM 24 SEM GETÚLIO
A notícia do suicídio do presidente Getúlio Vargas provocou uma onda de profunda tristeza em todo País. Essa onda começou bem cedo, ali pelas 5h da manhã.
O dia era 24 de agosto e o ano, 1954.
Em poucas horas poetas repentistas levaram ao público folhetos de momento, enquanto nas rádios ouviam-se o tempo todo depoimentos de pessoas comuns e autoridades sobre o presidente que resolvera tirar a própria vida.
Aquele 24 de agosto ficou marcado definitivamente na história do Brasil.
Getúlio Vargas foi o primeiro e até aqui o único presidente a se suicidar.
Compositores fizeram músicas enaltecendo as qualidades do morto. Ouça Teixeirinha:
LEIA MAIS: EU E MEUS BOTÕES (8) • ESTADO NOVO NUNCA MAIS! • GETÚLIO VARGAS E BELCHIOR • HUMOR, POLÍTICA E PROTESTO (1) • FILOSOFIA E SUICÍDIO
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