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quarta-feira, 24 de maio de 2023
OLIVEIRA DE PANELAS: 77 ANOS
ESTAMOS DE VOLTA À PRÉ-HISTÓRIA
terça-feira, 23 de maio de 2023
PELO JEITO, NÃO TEMOS SALVAÇÃO
"Preto e imponente. O Cristo Redentor ficou assim há pouco. Uma ação de solidariedade que me emociona. Mas quero, sobretudo, inspirar e trazer mais luz à nossa luta. Agradeço demais toda a corrente de carinho e apoio que recebi nos últimos meses. Tanto no Brasil quanto mundo afora. Sei exatamente quem é quem. Contem comigo porque os bons são maioria e não vou desistir. Tenho um propósito na vida e, se eu tiver que sofrer mais e mais para que futuras gerações não passem por situações parecidas, estou pronto e preparado."
Bom, costumo dizer que nós, humanos, não temos e dificilmente teremos salvação.
domingo, 21 de maio de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (18)
Na última terça 28, saiu da lista do vestibular da Universidade Rio Verde, de Goiás, o livro Eu Receberia as Piores Notícias dos Teus Lindos Lábios, do jornalista e roteirista de cinema e TV Marçal Aquino. Trata-se de um romance com personagens que formam uma relação triangular, na qual se acha um pastor. E aí está o problema.
O romance de Marçal provocou a ira do deputado bolsonarista Gustavo Gayer, que da tribuna federal cuspiu cobras e lagartos contra a obra do romancista. Disse que o livro é de teor pornográfico. A Universidade curvou-se e, a seu modo, tascou o carimbo de censura no livro.
O livro já é sucesso, merecidamente.
E não custa lembrar: em 1974 os guardiões da moral tupiniquim proibiram o lançamento do Dicionário do Palavrão, do estudioso da cultura popular, Mário Souto Maior. Quatro anos antes, agentes do sistema militar tentaram identificar e prender Carlos Zéfiro, o autor dos quadrinhos eróticos que tanto prazer levou às mãos dos jovens daqueles tão nublados tempos.Artistas de todas as áreas criticaram e resistiram às investidas das botinas e blindados representados pelos donos do poder da época. Dos 60 aos 80.
O cartunista Fausto, paulista de Reginópolis, com graça e ironia resume: “Militares e nem ninguém têm ou terão o direito de vetar o imaginário sexual. O Zéfiro foi muito importante na minha vida. A vida segue”.
“Concordo completamente com o que diz Fausto. O Zéfiro foi de uma importância fundamental para a juventude da nossa época. Bati muita bronha lendo as histórias dele”, diz rindo o escarrado e cuspido músico e roteirista criador de Vira-Lata, personagem que resume de certa forma a força do Brasil pela diversidade, Paulo Garfunkel.
Fausto e Paulo Garfunkel, o Magrão, são do caralho!
Sabe aquela história da Censura?
Em 1972 Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro compuseram uma obra a que deram o título de Pesadelo. Por ali, diz assim:
…Você corta um verso, eu escrevo outro
Você me prende vivo, eu escapo morto
De repente, olha eu de novo
Perturbando a paz, exigindo troco
Vamos por aí, eu e meu cachorro
Olha um verso, olha o outro
Olha o velho, olha o moço chegando
Que medo você tem de nós, olha aí…
sábado, 20 de maio de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (17)
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Assis e Capiba |
Em 2014, uns tais de Filipe Escandurras e Magno Santana fizeram uma coisa chamada Lepo Lepo. Um grupo especializado em porcaria musical, Psirico, gravou e encheu o bolso de grana. A coisa ficou nas paradas do rádio durante intermináveis três ou quatro meses. O cara do Psirico não cantava, gemia ou grunhia num suposto ato sexual. Mas não houve censura. Aliás, anote: se não gostar do que ouve no rádio e vê na TV, mude de rádio, de canal ou desligue.
No carnaval baiano de 2023 o grande sucesso foi uma josta chamada Zona de Perigo, interpretada por um cara que faz tempo se acha na crista da onda, Léo Santana.
A interessante letra de Zona de Perigo, dada a sua beleza e profundidade filosófica, precisou da colaboração integral de seis intelectuais ora de reconhecida fama: Adriel, Rafa, Ivees, Fella, Pierrot e LuKinhas.
O ritmo de Zona de Perigo é resultado da mistura incrível de arrocha, pisadinha, funk, suor e peido, como certamente diria o despachado e sem papas na língua Capiba.
O pernambucano Capiba, autor de belíssimos frevos, rebatendo jovens músicos de sua época dizia que "Som universal é peido!".
Aproveito pra compartilhar com vocês um pedacinho, só um pedacinho, da interessantíssima música Zona de Perigo: "Sensacional o jeito que ela faz comigo/ É fora do normal, estou na zona de perigo/ ...Essa bebê provoca, a bunda dela pulsa/ ...E vem sentando gostosinho pro pai...".
Se bunda pulsa, bunda pensa.
Pergunto: isso é arte?
A banda Blitz faturou legal com o carimbo de proibição que a censura da ditadura militar lhe deu.
sexta-feira, 19 de maio de 2023
EU E MEUS BOTÕES (63)
quinta-feira, 18 de maio de 2023
VIVA ZÉ NÊUMANNE!
quarta-feira, 17 de maio de 2023
DIA FRIO E MÚSICA BOA
Tom Zé: talento à toda prova |
terça-feira, 16 de maio de 2023
HÁ 100 ANOS NASCIA VASSOURINHA
segunda-feira, 15 de maio de 2023
ÓPERA POLITICAMENTE CORRETA
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Acompanhei tudo através de audiodescrição |
Roberto Minczuk, direção musical
Ailton Krenak, concepção geral
Cibele Forjaz, direção cênica
Denilson Baniwa, codireção artística e cenografia
Simone Mina, codireção artística, cenografia e figurino
Livio Tragtenberg, assistente musical
Ligiana Costa, dramaturgismo
Aline Santini, design de luz
Vic von Poser, design de vídeo
João Malatian, assistente de direção
David Vera Popygua Ju, Peri (ator)
Zahy Tentehar, Ceci (atriz)
Solistas dias 12, 14, 17 e 20
Atalla Ayan, Peri
Nadine Koutcher, Ceci
Rodrigo Esteves, Gonzales
Solistas dias 13, 16 e 19
Enrique Bravo, Peri
Débora Faustino, Ceci
David Marcondes, Gonzales
Elenco único (todas as récitas)
Lício Bruno, Cacique
Andrey Mira, Don Antonio
Guilherme Moreira, Don Alvaro
Carlos Eduardo Santos, Ruy
Orlando Marcos, Pedro
Gustavo Lassen, Alonso
Corifeus
Luaa Gabanini
Raoni Garcia
Augusto Ortale Trainotti
ORQUESTRA E CORO GUARANI DO JARAGUÁ KYRE’Y KUERY
AVAKUE (Homens): Naldo Karai, Claudio Vera, Adilson
Vera, Lourival Tupã, Lenilson Karai, Jovelino Karai, Dario Tataendy,
Guilherme Vera Mirim, Joaci Karai, Felipe Vera, Juca Kuaray, Messias
Karai, Pedrinho Karai, Juscelino Karai KUNHANGUE
(Mulheres): Jaqueline Jaxuka, Silvana Ara, Priscila Para, Marines Poty,
Patricia Kerexu, Layne Jera, Marilda Yva, Maricela Yva, Ciara Ara
domingo, 14 de maio de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (16)
E Jamelão, hein?
De batismo José Bispo Clementino dos Santos, Jamelão cantou como ninguém a dor que os cornos sentem, mas sem palavrão. No máximo a palavrinha leviana, a propósito título de um samba canção feito por Zé Keti e Amado Régis. Ouça:
Se o homem sofre com a traição da mulher, é possível que a mulher sofra com a traição do homem.
Na discografia brasileira, ali pelos começos do século 20, há registro de marchas, sambas e canções em que os personagens das histórias cantadas deixam em casa a "patroa" e vão marcar presença nas orgias, como a coisa mais natural do mundo. Mas aí surgem personagens femininas, poucas é verdade, fazendo o mesmo. Algumas chegam até a cansar das orgias.

A portuguesinha Carmem Miranda, investida da personagem que assume diz que inauguraram um cabaré no morro e querem que ela o frequente. Diz que não e desafia quem a convença do contrário.
Numa canção de João Roberto Kelly, autor da marchinha de carnaval Cabeleira do Zezé, o cantor Jamelão interpreta um personagem que fica em casa esperando pacientemente a amada que passa as noites dançando como quer nos bailes da vida. Seu conformismo se acha quando diz que ela dança com os outros, mas o melhor dela é dele.Agora explícito ou de modo quase explícito, canta a escrachada sergipana Clemilda.
Clemilda, no RG Clemilda Ferreira da Silva (1936-2014), começou a carreira de cantora ainda nos anos de 1960. Até então o seu estilo era leve, de intérprete de canções até folclóricas. Mas num momento qualquer dos 70/80 rompeu essa linha e partiu pra música de duplo sentido. Privilegiou os ritmos do Nordeste. Um dos seus grandes sucessos foi Prenda o Tadeu. Outros sucessos dela: O Anel do Eno, Coitadinha Da Tonheta, Seu Tuzinho, É Mais Embaixo.
O fato, porém, é que a boa música popular brasileira está hoje se acovardando e dando espaço à má música popular ou “pra pular”, sem conteúdo no formato.
sábado, 13 de maio de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (15)
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Assis em uma entrevista com Nelson Gonçalves |
Não dá pra comparar as músicas de duplo sentido de ontem com as de hoje. As de hoje não são nem de duplo sentido, são claramente explícitas, sem valor literário.
O cantor, compositor e redator de programas de Chico Anísio, o pernambucano Arnaud Rodrigues, falava de putaria de modo tão sutil que parecia ingênuo. A expressão "puta que pariu", por exemplo, ganhou algo como não-sei-o-quê Paris. Ele procura imprimir graça quando canta um flagra que a sogra lhe deu quando se achava nu e pronto pra transar com sua mulher. Noutra música ele tenta fazer graça quando a mulher se abaixa para apanhar um sabonete no banheiro.
Hoje, no rádio, os humoristas se divertem e divertem os ouvintes falando de putaria com toda tranquilidade possível. O programa A Hora do Ronco, no ar diariamente no começo da manhã via Band FM, é amostra clara disso.
Programas das FMs Nativa e Imprensa tocam bastante músicas sem graça nenhuma e de baixo calão, nos ritmos de plástico ou algo que o valha. Forrós de péssimo nível e sofrências transformadas em sertanojo.
É de se lembrar, aqui, a obra do cantor gaúcho Nelson Gonçalves.
São inúmeras as músicas que falam das amarguras dos cornos, das prostitutas, cabarés, constante no repertório gonçalviano.
Instigado pessoalmente, Nelson era terrível. Um despudorado sem limite.
Não encontrei dificuldade nenhuma quando lhe fiz perguntas relacionadas a sexo. A entrevista saiu na extinta revista Privé, em 1982, sob o título "Com uma mulher sou bom: com duas, melhor; com três, sou ótimo!".
Confira a entrevista:
De autoria de David Nasser e Herivelto Martins é o tango Estação da Luz, que o famoso cantor gaúcho eternizou. Fala da vida difícil das mulheres fáceis.Outro gaúcho, Lupicínio Rodrigues, também falou na sua obra de cabaré, prostituição e dor de corno. Clássica é uma de suas canções, Vingança. Começa assim: "Eu gostei tanto/Tanto quando me contaram/Que a encontraram/Bebendo e chorando/Na mesa de um bar...".
sexta-feira, 12 de maio de 2023
LULA E A CULTURA POPULAR
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Presidente Lula ao lado da ministra da cultura Margareth Menezes, no lançamento da Lei Paulo Gustavo |
quinta-feira, 11 de maio de 2023
POBRES E PRETOS AINDA SÃO VÍTIMAS DO SISTEMA
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A cegueira não pode motivo para a Justiça condenar inocentes |
quarta-feira, 10 de maio de 2023
FÃS SE DESPEDEM DE RITA LEE
...Mulher é bicho esquisito
Todo o mês sangra
Um sexto sentido maior que a razão
Gata borralheira
Você é princesa
Dondoca é uma espécie em extinção...
Também censurada foi Lança Perfume, que todo mundo conhece de trás pra frente. O corte ocorreu ali onde a compositora escreve:
... Me vira de ponta-cabeça
Me faz de gato e sapato
Me deixa de quatro no ato
Me enche de amor...
terça-feira, 9 de maio de 2023
MORRE RADIALISTA DE ARARIPINA
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Cacá e Josafá em frente a rádio Grande Serra de Araripina |
Morreu hoje 9 em Araripina, PE, o radialista Josafá da Costa Reis.
"Josafá foi um dos pioneiros do radialismo da nossa cidade. Nasceu em 1939. Começou na rádio Cultura de Araripina. Senti muito o seu passamento", diz pesaroso o cantor e compositor arapinense Cacá Lopes.
Josafá da Costa Reis morreu no começo da manhã. Seu corpo será sepultado ainda hoje.
Cacá Lopes fala do amigo radialista num folheto que publicou em 2017, A Primeira Rádio. Leia:
Cultura de Araripina
A antiga rádio local,
Gerente Arnaldo Laje,
Locutores do dial
Orlando e Gilvan Gomes
Falavam pra o pessoal.
Josafá Reis nessa época
Já fazia locução,
Sua audiência atingia
Pouco mais de um quarteirão,
Na rádio comunitária
Pioneira da região.
Gilvan o proprietário
De uma amplificadora,
Movida à luz de motor
Chamada de Difusora,
Esse antigo equipamento
Da cultura é propulsora.
A Voz de Araripina
Era o nome oficial,
O som dos alto-falantes
Fanhoso meridional,
Nas ruas e nas esquinas
Programa sentimental.
RITA LEE DÁ ADEUS À VIDA

domingo, 7 de maio de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (14)
Até o escritor, poeta e crítico literário, Mário de Andrade não escapou da burrice ativa dos trogloditas da Censura. O alvo deles no caso foi Pauliceia Desvairada.
E passado por passado, lembro uma vez o rei do baião Luiz Gonzaga dizer que tivera uma música sua proibida. Título: Asa Branca.
Gonzaga, como Genival Lacerda, compôs e gravou várias músicas com duplo sentido.
O rei do baião, além das brincadeiras que fazia com os mais próximos, achava bacana dizer o tempo todo que era macho. Aliás, título de um dos seus LPs: Sanfoneiro Macho.
Ainda acho, porém, que Genival foi o artista que mais e melhor cantou putarias implícitas. Nunca chegou às vias de fato. Era um humorista. A molecada adorava vê-lo se balançando com aquele barrigão.
Ao contrário de Gonzaga, Genival era cheio de graça. Ria à toa. Mas devo dizer o seguinte: aqui e acolá os dois se encontravam, musicalmente. Gonzaga cantou um matuto em Copacabana "Zé matuto foi à praia só pra ver como é que é/ Mas voltou ruim da bola de ver tanta rabichola/ Nas cadeiras das muié/ Zé matuto matutou matutou/ Escreveu pra Clodovil..." (Deixa a Tanga Voar).
Nessa mesma onda, Genival fez o mesmo com um certo Severino que "Foi na praia e ficou de queixo caído/ Viu um bumbum vestido em um tal de fio dental..." (Fio Dental).
Curiosidade: uma vez, na allTV, onde eu mantinha um programa semanal, ao vivo, perguntei a Clodovil o que achara da música de Gonzaga. Indiferente, com ar de desdém, disse que não achava nada.
Quem também ria à toa era Costinha. Boca suja, mas engraçado.
Engraçado também era Walter D'Ávila, com aquela cara aparentemente amarrada. Suas caretas eram impagáveis. Meio de bunda.
sábado, 6 de maio de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (13)
Quem viveu uma ditadura militar terá sempre o que dizer.
Os militares, apoiados pelos poderosos civis de plantão, tomaram de assalto a nossa Democracia. Foi na virada de 31 de março de 1964.
Os brasileiros ainda dormiam quando os primeiros blindados invadiram as ruas da capital fluminense.
Além de prisões, torturas, desaparecidos e mortes, o governo dos generais, na marra, calou a boca de todo mundo. Os artistas foram os primeiros a serem silenciados.
Os chamados artistas "cabeça" como Chico, Caetano, Gil e Vandré foram imediatamente perseguidos. Trajando roupas femininas Vandré conseguiu na surdina escapar e exilar-se mundo afora, primeiro no Chile.
Artistas chamados "bregas" como Odair José e até Genival Lacerda não escaparam da sanha dos militares.
O forró Severina Xique Xique, de João Gonçalves e do próprio Genival, já estava bombando nas rádios do Nordeste quando a bem comportada família cearense botou o bedelho no meio e fez de tudo para que a música fosse oficialmente vetada. Isso em 1975.
Em 1973 a Censura caiu de pau na peça Calabar, de Chico Buarque e Ruy Guerra. As músicas da obra, quase todas, foram mutiladas.
Na canção Não existe Pecado ao Sul do Equador (abaixo), que anos depois seria gravada por Ney Matogrosso, o corte ocorreu nos versos "Vamos fazer um pecado safado/Debaixo do meu cobertor". Bobagem.Bobagem também ocorreu em 1982, quando os idiotas da Censura vetaram as duas últimas faixas do lado B do LP de estreia dos roqueiros da banda Blitz. As faixas vetadas, Cruel Cruel Esquizofrenético Blues e Ela Quer Morar Comigo na Lua em que constavam as expressões "puta que pariu" e "bundando", além de um trocadilho besta feito em torno da palavra "peru", saíram propositadamente arranhadas impossibilitando sua audição natural.
Isso ocorreu, como se vê, três anos antes do ciclo militar expirar. Curiosidade: em 1983 as duas faixas vetadas do LP da Blitz foram lançadas à praça num compacto simples. Sem problema nenhum. E também nenhum problema ocorreu quando lançadas em fita K7, em 1982.
Essa história ganhou as páginas do livro As Aventuras da Blitz, em 2009, e dez anos depois o documentário Blitz, o Filme.
sexta-feira, 5 de maio de 2023
PERIFERIA FAZ A FESTA NO CENTRO
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Cacá Lopes com sua maleta de cordéis |
CONECTADOS COMEMORA 7 ANOS DO PAIAIÁ
quarta-feira, 3 de maio de 2023
VIVA DRAUZIO VARELLA!
terça-feira, 2 de maio de 2023
MEIA VACA DE OURO É VENDIDA EM MINAS
segunda-feira, 1 de maio de 2023
POR QUE NÃO COMPRAR UM FAUSTO BERGOCCE?
"Telas em acrílico sobre tela (medida 30x40). Vendi por uma questão de desapego (pois não sei vender) e para capitalizar para a produção de meu novo livro o Historia de Esquina".
domingo, 30 de abril de 2023
LICENCIOSIDADE NA CULTURA POPULAR (12)
Em 1826, o criador da modinha como gênero musical, Domingos Caldas Barbosa, escrevia para quem quisesse ouvi-lo: "Quem quiser ter seu descanso/Quem sossego quiser ter/Na densa mata do mundo/Fuja do bicho mulher...".
Aos desavisados devo lembrar que Barbosa era religioso e chegou a travar polêmica com o desabusado Bocage, a rigor, um preconceituoso.
Ah! A grande Chiquinha Gonzaga, de batismo Francisca Edwiges Neves Gonzaga, também chegou a levantar a saia no minado terreno da música de safadeza ao compor Corta Jaca que começa assim:

A ditadura militar que se implantou no Brasil em 1964, implantou também a censura. E muita gente boa se fodeu à época. Odair José, por exemplo, ao ousar lançar a música Pare de Tomar a Pílula.
A censura militar impedia que artistas cantassem palavrões ou fizessem meras referências a sexo. E sobre o mundo gay nem pensar!
O livro Eu Não Sou Cachorro Não, de Paulo César de Araújo é de importância fundamental para a compreensão da música que entendemos como licenciosidade na cultura popular. Importante também para entender isso tudo que digo é o que Rodrigo Faour diz no livro História Sexual da MPB.
A obra de Paulo César de Araújo e de Rodrigo Faour são obras de referência, especialmente no tema aqui abordado.
Por não ter muito lá o que fazer, fiz uma emboladazinha com o craque Jarbas Mariz para o próprio gravar. É uma espécie de homenagem ao querido conterrâneo José Nêumanne Pinto. É um trocadalho. Ouça:
OUÇA MAIS: CHIFRUDO • A BESTEIRA É A BASE DA SABEDORIA • DAKO É BOM • GIRASSÓIS DE VAN GOGH
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